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Delações da Odebrecht mostram que país uniu dois dos piores tipos de capitalismo

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São eles o capitalismo de Estado e o de 'amigos'. O primeiro é ineficiente porque o governo não se sai bem na produção de mercadorias e na prestação de serviços, e 40% do PIB brasileiro passa pelas mãos do Estado. O segundo é aquele em que se estabelece uma teia de relações entre as empresas e o governo, ou seja, só obtém contratos aquelas que possuem bons amigos no governo. O resultado disso é corrupção, preços altos e ineficiência da economia brasileira. Marcelo Odebrecht é um dos principais delatores da Lava-jato. Foto: Geraldo Bubniak / Freelancer

Quanto maior a estatura do político, mais cara era a fatura

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Cabeças da Odebrecht detalham esquema considerado normal e cheio de regras para favorecer políticos em troca de vantagens em contratos públicos e aprovação de leis em benefício da empreiteira. Patriarca da empresa diz que há 30 anos relacionamento entre empresários e políticos é assim. E afirma que o 'pessoal de Lula estava com a goela muito grande'. Emílio Odebrecht afirmou a Sérgio Moro que caixa 2 sempre existiu Crédito: Leo Pinheiro / Valor Econômico

Delator confirma que Odebrecht reformou sítio de Atibaia para Lula passar fins de semana

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Frei Chico No depoimento, Alexandrino de Alencar diz, inclusive, que alguns cuidados foram tomados para não comprometer a empresa nem o ex-presidente Lula, como a compra de materiais em dinheiro vivo. O ex-executivo afirmou ainda que Lula sempre soube da mesada que a empresa dava ao irmão dele, Frei Chico, que durou 13 anos. Por Gabriela Echenique O delator da Odebrecht, Alexandrino de Alencar, confirmou à Lava-jato, que a Odebrecht reformou o sítio de Atibaia para que Lula fosse ao local nos finais de semana.  No depoimento, o ex-executivo diz, inclusive, que alguns cuidados foram tomados para não comprometer a empresa nem o ex-presidente Lula: nenhum dos funcionários usou o macacão da empreiteira e a compra dos materiais foi feita toda em dinheiro vivo.  Ele disse ainda que o advogado de Lula, Roberto Teixeira, mostrou preocupação para não parecer que a obra não tinha vínculo com os donos do sítio e em como justificar os pagamentos feitos. Ele chegou a sugerir que fos

Temer nega participação em irregularidades citadas em delação da Odebrecht

O presidente Michel Temer negou, em nota oficial divulgada na noite de ontem, ter se reunido com o ex-presidente da Odebrecht Industrial, Márcio Faria, em 2010 para tratar de doações ao PMDB, como o executivo disse em delação premiada.  Segundo Faria, o encontro ocorreu no escritório de Temer em São Paulo e o pagamento ao partido seria em troca de facilitar a participação da Odebrecht em projetos da Petrobras. “O presidente Michel Temer jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta.  O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha .  conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras.  E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião”, disse a nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da R

Investigação de políticos citados em delações pode durar até 5 anos no STF

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Os inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos citados nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht podem levar pelo menos cinco anos e meio para chegar a uma conclusão.  O tempo é estimado pela FGV Direito Rio para que um processo criminal envolvendo autoridades com foro privilegiado seja finalizado. A estimativa faz parte do levantamento Supremo em Números, divulgado anualmente pela instituição.  Além do tempo médio, durante a tramitação, os processos ainda poderão ser paralisados e remetidos para a primeira instância do Judiciário se os políticos envolvidos não se reelegerem e, com isso, perderem o foro privilegiado.  A prescrição dos crimes também não está descartada.  No caso de investigados maiores de 70 anos, o tempo para a Justiça punir os acusados cai pela metade em relação à pena máxima para cada crime. Os políticos citados nas delações dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht vão responder no STF pelos cri

Marcelo Odebrecht diz que US$ 40 milhões foram pedidos para Lula em troca de financiamento Marcelo Odebrecht falou sobre uma a negociação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão junto ao BNDES para fechar negócios em Angola. O caso aconteceu em 2009, quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento. Segundo Marcelo Odebrecht, Paulo Bernardo teria pedido uma contribuição de US$ 40 milhões a pedido do ex-presidente Lula para autorizar a linha de crédito para a empreiteira.

Delações mostram que o que vale para empresas é ter 'bons amigos' no governo O depoimento de Marcelo Odebrecht deixou claro que tudo o que se pedia ao governo, sendo legítimo ou não, gerava uma expectativa de retorno. Esta é a melhor definição do 'capitalismo de amigos'.

Empresários prestavam ‘favorzinhos’ aos partidos políticos em troca de facilidades, diz delator Em um dos depoimentos, o empresário fala que contou com a ajuda de políticos no Senado para acabar com a chamada "guerra dos portos", em que as empresas acabavam comprando produtos importados porque os estados davam benefícios fiscais em detrimento dos produtos nacionais. O interesse da Odebrecht era favorecer a Brasken, que é o braço petroquímico do grupo.

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Marcelo Odebrecht repassou dinheiro de contrato com a Petrobras ao PMDB Ele afirmou que o repasse chegou ao conhecimento de Dilma Rousseff, o que gerou incômodo no governo. A então presidente da Petrobras Graça Foster também não gostou do repasse. Marcelo Odebrecht não foi claro ao dizer que Michel Temer sabia dos pagamentos ao PMDB, mas disse que mandou um diretor da companhia avisá-lo que Dilma estava desconfiada dos repasses.

FGTS: Caixa já pagou R$ 12,3 bi de contas inativas a 8 milhões de trabalhadores

O valor sacado na segunda fase do pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre os dias 8 e 10 deste mês, alcançou R$ 6,2 bilhões, o equivalente a 55% do total de R$ 11,2 bilhões previstos para esta etapa.  A informação foi dada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, que participou hoje (12) da entrega de 300 imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Com esse resultado, a Caixa chega a mais de R$ 12,3 bilhões pagos a cerca de 8 milhões de trabalhadores beneficiados pela Medida Provisória (MP) 763/2016.  Somente entre os nascidos em março, abril e maio, mais de 4,3 milhões sacaram os recursos das contas inativas do FGTS, o que representa 56% das 7,7 milhões de pessoas nascidas nesse período. Na primeira fase, que teve início no dia 10 de março, a Caixa pagou mais de R$ 6,1 bilhões relativos às contas inativas do FGTS para 3,7 milhões trabalhadores nascidos em jan