Terceirização é o carro-chefe da flexibilização trabalhista de Temer Governo Michel Temer quer aprovar a terceirização até o fim do ano. Pressão dos empresários, crise econômica e conclusão do impeachment devem criar ambiente para discutir também reforma trabalhista.
Por Raquel Miura Michel Temer Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil O governo Michel Temer quer levar adiante este ano a regulamentação do trabalho terceirizado. A questão é qual proposta apoiar daquelas que tramitam no Congresso. A mais radical já foi aprovada pela Câmara. Falta agora o Senado. Ela permite a terceirização dos funcionários a qualquer empresa de qualquer ramo. Uma fábrica poderia ter os operários que trabalham na montagem do produto sem vínculo direto com a empresa. O líder da minoria no Senado, Lindberg Farias, diz que haverá mobilização para barrar tal projeto. “Porque o movimento sindical vai se levantar, porque um projeto de terceirização, você sabe que um trabalhador terceirizado recebe 23% a menos, na mesma área, que um trabalhador que não é terceirizado. Tem uma rotatividade da mão de obra muito grande. Então, os trabalhadores, a tendência é haver uma grande mobilização. E aí pode ser difícil eles aprovarem aqui.