China coloca Brasil em lista de destinos de turismo, e Lula busca acordo

 

Jamil Chade - 


O governo brasileiro fechará um acordo com a China para permitir que as operadoras de turismo do país asiático possam atuar no Brasil. A esperança é que isso possa facilitar o fluxo de turistas chineses ao país, diante do início da era pós-covid-19 e a reabertura da China.

O acordo está sendo negociado e deve ser anunciado durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Pequim, na próxima semana. Outra iniciativa será a assinatura de um acordo-chave entre os dois países que abre a possibilidade de cooperação entre os dois países.

Na avaliação da Embratur, o perfil do turistas chineses pode ser positivo para o Brasil, já que há uma forte procura por turismo de experiência e de natureza. A esperança do governo é ainda a de atrair os chineses que estão espalhados pelo mundo.

Brasil entra na lista; EUA não

China colocou o Brasil na lista de países prioritários para seu turismo no início deste mês, quando 40 destinos foram aprovados. São países que não exigem medidas drásticas de controle sanitário dos chineses, como Itália, França, Grécia, Espanha ou Irã.

Já as cidades americanas, por exemplo, continuam fora da lista. Austrália, Japão e Coreia do Sul tampouco figuram na classificação, por enquanto.

Antes da pandemia da covid-19, 170 milhões de chineses viajaram ao exterior em 2019. Só em meio ano eles gastaram no exterior um total de US$ 127 bilhões.

Para 2023, o volume de viagens internacionais deve chegar a 110 milhões entre turistas chineses, e o Brasil quer atrair uma parte deles.

Uma parcela importante das viagens ainda ocorrerá dentro da China. Isso em razão da falta de uma quantidade mais adequada de conexões aéreas entre as cidades chinesas e o resto do mundo, como efeito ainda dos anos de fronteiras fechadas por causa da pandemia.

Em fevereiro, momento de fluxo importante de turismo na China, o volume de viagens ao exterior era de apenas 10% do pico atingido em 2019. A reabertura do país ainda acabou gerando uma corrida por passaportes, criando filas significativas e um tempo longo de espera pelos documentos.

Uma retomada com força das viagens ao exterior por parte dos chineses deve ocorrer apenas em 2024. As estimativas do mercado apontam que, em 2030, a China vai estar gerando 228 milhões de turistas ao ano. 

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/03/22/china-coloca-brasil-em-lista-de-destinos-de-turismo-e-lula-busca-acordo.htm

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