O estado de São Paulo ultrapassou neste domingo (14) a marca de 10 mil pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com Covid-19 pela 1ª vez desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas foram registrados 158 óbitos pela doença e 7.853 novos casos. No total, São Paulo tem 2.202.983 casos e 64.123 mortes.














O estado de São Paulo ultrapassou neste domingo (14) a marca de 10 mil pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com Covid-19 pela 1ª vez desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas foram registrados 158 óbitos pela doença e 7.853 novos casos. No total, São Paulo tem 2.202.983 casos e 64.123 mortes.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 90% na Grande São Paulo e 88,4% no estado. São 23.626 pessoas internadas, 10.244 em UTIs e 13.382 em enfermaria, considerando hospitais públicos e também particulares, de acordo com dados do governo estadual.

O total de internados no estado está batendo recordes todos os dias desde 27 de fevereiro. 

A ocupação total é 11% maior do que o recorde da primeira onda da pandemia, quando a ocupação chegou a 77,4% no dia 28 de maio de 2020.

Um levantamento do G1 com a TV Globo mostra que ao menos 60 pacientes com Covid-19 morreram na fila de espera por um leito de UTI até o último sábado (13).

Especialistas alertam para a possibilidade de colapso do sistema, já que a capacidade de criação de leitos, especialmente de UTI, é limitada.

Neste domingo, o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que a próxima semana será a mais difícil de toda a pandemia na cidade e admitiu o risco de colapso no sistema de saúde. 

"Sim, isso [colapso] é sempre uma possibilidade. Nós estamos trabalhando para que ele não aconteça. Por isso é que nós esperamos que as medidas de restrição, anunciadas a partir de segunda-feira, sejam efetivamente seguidas pela população. Que vai ser isso que vai fazer com que a gente possa, de alguma maneira, em 10, 15 dias, baixar a transmissibilidade da doença e o sistema de saúde tratar todo mundo que precisa ser tratado", afirmou Aparecido à GloboNews.

"O que a gente deve enfrentar esta semana vai ser o momento mais difícil dessa pandemia, nestes últimos 14 meses", alertou o secretário.

Um cálculo matemático mostra que São Paulo pode chegar ao colapso de seu sistema de saúde nos primeiros dias de abril, caso o atual ritmo de avanço da pandemia permaneça o mesmo.

Todos os leitos de UTI disponíveis para Covid-19 nas redes pública e privada do estado devem acabar nesse prazo, se o ritmo atual de internações pela doença e de abertura de novos leitos se mantiver em crescimento.

Uma morte a cada cinco minutos

O estado de São Paulo registrou uma nova morte por Covid-19 a cada cinco minutos nas duas primeiras semanas de março. Só nos primeiros 14 dias de março foram 4.630 óbitos pela doença – oito a mais que o total de dezembro inteiro. 

Nessas duas semanas, também já foram confirmados 161.355 novos casos, o que representa 40 confirmações a cada cinco minutos. 

Fase emergencial da quarentena

Em coletiva de imprensa na última quinta (11), o governo estadual anunciou novas restrições na quarentena, a chamada fase emergencial para conter o avanço da doença, e o secretário destacou que "este é o momento mais difícil da pandemia".

Veja o que pode funcionar na fase vermelha emergencial:

Escolas privadas, com 35% da capacidade.

Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários).

Supermercados, hipermercados, açougues, lojas de suplemento, feiras livres. 

Delivery e drive-thru para padarias das 20h às 5h; no restante do dia, funcionamento normal.

Delivery para bares, lanchonetes e restaurantes.

Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis.

Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.

Serviços de segurança pública e privada.

Construção civil e indústria.

Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

Outros serviços: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais. 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/14/sp-tem-mais-de-10-mil-internados-com-covid-19-em-uti-pela-1a-vez-e-grande-sp-chega-aos-90percent-de-ocupacao-dos-leitos.ghtml

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