Uber, Mogi Das Cruzes - Motoristas de Uber pedem mudanças em projeto de lei - Profissionais reclamaram, entres outros itens, da obrigação de ter a CNH isenta de multas grave ou gravíssima
Os motoristas de Uber participaram de uma reunião ontem na Câmara
de Mogi para solicitar alterações no projeto de lei encaminhado pela
prefeitura para regulamentar o serviço de transporte por aplicativos na
cidade.
Luana Nogueira
O encontro contou com a participação de representantes da
Associação do Alto Tietê de Motoristas por Aplicativo (Altimapp), do
presidente do Legislativo Pedro Komura (PSDB) e dos vereadores Caio
Cunha e Fernanda Moreno, ambos do PV.
Os pedidos serão encaminhados para
a Comissão Permanente de Transportes da Câmara.
Entre os
itens criticados está a idade máxima, de apenas cinco anos, dos carros
que podem circular para oferecer o serviço, e o fato do veículo ter que
ser registrado em nome do motorista.
"Essa foi uma reunião que os
motoristas de Uber pediram. Um dos pontos levantados foi a
obrigatoriedade do carro estar no nome do motorista, pois nem sempre o
veículo é dele, às vezes a pessoa pega emprestado de um parente. Outra
coisa foi em relação a idade do carro: no caso dos táxis a idade máxima
para rodar é de oito anos e para o Uber apenas cinco. Vamos levar os
pedidos para a Comissão de Transportes", ressaltou Cunha, que no ano
passado presidiu a Comissão Especial de Vereadores (CEV) do Uber.
O
presidente da Altimapp, Giovane Ricardo de Melo, esclareceu que outro
ponto questionado é em relação a regra que prevê que o condutor não pode
ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou reincidido em
infrações médias durante os 12 últimos meses.
"É muito complicado, pois o
motorista que trabalha com o carro todo o dia acaba tendo alguma
ocorrência. Pedimos para que essa regra siga o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) que estabelece os 21 pontos", disse.
Melo
informou que os motoristas ficaram em dúvida de como será a contribuição
com o Instituto Nacional do Serviço Social (INSS) prevista no projeto
de lei.
"Não ficou claro se isso vai ser feito por meio de MEI
(Microempreendedor Individual) ou cessão de autônomo. Vamos solicitar
ainda, que em alguns lugares públicos sejam instaladas áreas que
permitam o embarque ou desembarque. Hoje, por exemplo, passageiros pedem
ponto na matriz, mas é proibido parar no local que é de parada de
ônibus, ficamos sujeitos à multas", destacou.
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