OMS lança plano de ação global para a atividade física - A atividade física regular, segundo a organização, é chave para prevenir e tratar doenças não transmissíveis como doença do coração, derrame, diabetes e câncer de mama e de colo. - caminhar ou andar de bicicleta no lugar de dirigir até a padaria mais próxima
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lança hoje (4) um plano de ação
global em prol da atividade física. “Ser ativo é fundamental para a
saúde. Mas, no mundo moderno, isso tem se tornado mais e mais um
desafio, principalmente pelo fato das cidades e comunidades não serem
projetadas de forma correta”, disse o diretor-geral da entidade, Tedros
Adhanom Guebreyesus.
“Precisamos de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a
dar passos mais saudáveis. Isso funciona melhor a nível municipal, onde
grande parte da responsabilidade recai em criar espaços mais saudáveis”,
completou.
O plano de ação mostra como os países podem reduzir o sedentarismo em
adultos e adolescentes em 15% até 2030.
O documento recomenda ainda um
total de 20 áreas de políticas que, combinadas, visam criar sociedades
mais ativas por meio de melhorias nos ambientes e em oportunidades para
pessoas de todas as idades e habilidades.
Dados da OMS indicam que, em todo o mundo, um em cada cinco adultos e
quatro em cada cinco adolescentes (11 a 17 anos) não praticam atividade
física de forma suficiente.
Meninas, mulheres, adultos mais velhos,
pessoas de baixa renda, com algum tipo de deficiência e com doenças
crônicas, além de populações marginalizadas e indígenas têm menos
oportunidade de serem ativos.
A atividade física regular, segundo a organização, é chave para
prevenir e tratar doenças não transmissíveis como doença do coração,
derrame, diabetes e câncer de mama e de colo.
O grupo responde por 71%
de todas as mortes registradas no mundo – incluindo a morte de 15
milhões de pessoas todos os anos com idade entre 30 e 70 anos.
“Você não precisa ser um atleta profissional para escolher ser ativo.
Usar as escadas no lugar do elevador faz a diferença. Ou caminhar ou
andar de bicicleta no lugar de dirigir até a padaria mais próxima. São
as escolhas que fazemos em cada um de todos os nossos dias que nos
mantêm saudáveis”, pontuou o diretor-geral.
O sedentarismo, segundo dados da OMS, representa custos estimados da
ordem de US$ 54 bilhões no atendimento à saúde, dos quais 57% são
registrados na rede pública de atendimento, além de US$ 14 bilhões
atribuídos à perda de produtividade.
Edição: Valéria Aguiar