Mercado reduz projeção de crescimento da economia
Com a crise de abastecimento causada pelos protestos dos
caminhoneiros, o mercado financeiro reduziu a projeção para o
crescimento da economia e aumentou a estimativa de inflação.
De acordo com o Boletim Focus, publicação na internet
divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e
serviços produzidos no país – passou de 2,50% para 2,37%.
Essa foi a
quarta redução consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%.
Além disso, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,50% para 3,60%, neste ano. Para 2019,
a projeção foi ajustada de 4,01% para 4%.
Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta,
que é 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para
2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Taxa básica de juros
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa
básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito
fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle da inflação. Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de
que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Para o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de
2018 e subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.
Dólar
previsão 2019
A previsão para a cotação do dólar ao final do ano subiu de R$ 3,43
para R$ 3,48. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,45 para R$ 3,47.
A projeção para o superávit comercial subiu de US$ 56,1 bilhões para US$ 57,15 bilhões, neste ano, e de US$ 47,63 bilhões para US$ 49,80 em 2019.