Moreira Franco pressionou Parente por política de preços da Petrobras - Por Andréia Sadi

O agora ex-presidente da Petrobras Pedro Parente teve nesta sexta-feira (1º) uma rápida conversa com o presidente Michel Temer, que durou de 15 a 20 minutos. 

Parente entregou a carta de demissão em caráter irrevogável - o presidente primeiro resistiu mas, diante da decisão, não fez mais nenhum gesto para segurá-lo no cargo. 

Pedro Parente vinha amadurecendo a ideia de pedir demissão desde que anunciou, em coletiva, que a Petrobras daria sua contribuição para a greve dos caminhoneiros com a redução do diesel em 10%

A avaliação do ex-presidente da Petrobras, segundo o blog apurou, era a de que a questão do diesel poderia estar se resolvendo, mas outros temas, como a gasolina, ainda estariam na pauta do país. E ele não queria ser "parte do problema"

Por isso, na conversa com Temer, ele disse que queria deixar o governo à vontade para solucionar a questão da política de preços. 

Apesar de o Planalto negar interferência política na Petrobras, fontes ouvidas pelo blog afirmam que a pressão política pela saída de Parente iria se intensificar. 

Um exemplo é o ministro Moreira Franco, titular de Minas e Energia, um dos mais próximos auxiliares do presidente Temer

O ministro pressionou Parente , durante os dias da greve dos caminhoneiros, queixando-se da política de preços, de todos os combustíveis. 

Moreira chegou a admitir, no Congresso, mudanças na política de preços. No mesmo dia, o presidente Temer concedeu uma entrevista à TV Brasil na mesma linha. 

Para fontes da Petrobras, aquelas declarações foram interpretadas como recado do governo ao agora ex-presidente da estatal. 
Por Andréia Sadi 

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