Após denúncia da CBN, PGR manda investigar empresários que incentivaram greve - A investigação foi encaminhada às promotorias estaduais, que já têm material sobre as pessoas citadas pela CBN. Reportagem mostrou que muitos dos incentivadores da greve eram empresários, políticos e militares da reserva.



Governo suspeita que greve de caminhoneiros tenha infiltrados que pedem a intervenção militar no país. Foto: Alex de Jesus / O Tempo / Agência O Globo
Por Hermínio Bernardo

A Procuradoria-Geral da República solicitou uma investigação contra grupos suspeitos de inflar a greve dos caminhoneiros por interesses políticos e econômicos

O pedido feito ao Ministério Público Federal vem após a CBN revelar que empresários, políticos e militares da reserva buscam se promover a partir do movimento dos caminhoneiros, defendendo até mesmo intervenção militar no país.

A solicitação foi feita nesta quarta-feira após a reportagem da CBN mostrar que algumas lideranças da greve dos caminhoneiros não são da categoria. 


Alguns são empresários, integrantes de partidos e até militares da reserva.

Por meio de grupos de WhatsApp, as lideranças disseminam notícias falsas para justificar uma intervenção militar no Brasil.

O pedido foi feito pela subprocuradora geral da República e coordenadora criminal do MPF, Luiza Cristina Frischeisen.

Os investigadores já identificaram material contra as pessoas citadas pela reportagem da CBN. Uma delas é o empresário catarinense Luciano Hang, dono de uma das maiores varejistas do país, a Havan.
"Em alguns Estados já tinha investigações. Agora, eles vão chamar as pessoas, vão levantar os áudios. A gente também já levantou o que tinha em rede social. A gente até ficou sabendo que por exemplo a Havan tem pátio em Três Lagoas e estava acolhendo os caminhoneiros. Então, é bem focado na questão da incitação à intervenção militar como rompimento do estado democrático", diz Frischeisen.

O grupo é investigado por incitar a quebra do regime democrático. A subprocuradora ressalta que há liberdade de expressão, mas incitar a quebra da democracia é crime.

"A pessoa falar da liberdade de expressão dela é uma coisa. A incitação à quebra do regime democrático, ou seja, pregar uma intervenção militar é contra a democracia. E o estado democrático de direito se protege contra isso através da criminalização de determinadas condutas. Nenhum estado democrático fica inerte diante de grupos que querem derrubar a democracia e que inclusive só podem se manifestar desse jeito porque tem a democracia. Acho que a gente tem que ficar muito ciente que a forma de mudar governo ou reclamar é eleição", completa.

As investigações estão em andamento nos estados de São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


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