'Assunto do século passado', diz ministro sobre pedidos de intervenção militar Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, disse que 'não vê' mais sentido em falar sobre intervenção.

   
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, disse que não vê nenhum militar pensando nisso. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, afirmou nesta terça-feira (29), no Palácio do Planalto, que falar em intervenção militar é "assunto do século passado". 

“É um assunto do século passado, uma pergunta que, do ponto de vista pessoal, não vejo mais nenhum sentido. [...] Mas ainda existe alguém, algumas pessoas que acham que essa alternativa é possível", disse o ministro em entrevista à imprensa após reunião do gabinete que monitora a greve dos caminhoneiros. 

“Eu vivo no século 21 e o século 21 está divertidíssimo. Meu farol, que eu uso para me conduzir, é muito mais potente do que o retrovisor", completou o ministro. 

Etchegoyen afirmou que é preciso entender os motivos para chegar a uma situação na qual, parte da sociedade, enxerga a intervenção como uma “solução razoável”. 

"Por que nós chegamos em uma situação em que a sociedade, ou parte da sociedade, ou parte de um movimento ou oportunistas de qualquer lado acham que isso é uma solução razoável?", disse o ministro.

"Não vejo nenhum militar, não vejo Forças Armadas pensando nisso, não conheço absolutamente", declarou. 

O gabinete de ministros que monitora a greve dos caminhoneiros voltou a se reunir nesta terça-feira (29) no Palácio do Planalto. 

A greve dos caminhoneiros chegou ao nono dia e a prioridade do governo federal é normalizar o abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos no país. 

O presidente Michel Temer não acompanhou a reunião desta terça. Ele viajou para São Paulo, onde participou da abertura de um fórum de investimentos.

Preço do diesel

Após a reunião no Palácio do Planalto, o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, disse que o governo do "não pensa em aumento de impostos" para compensar a redução no preço do litro do diesel prometida pelo presidente Michel Temer no último domingo (27). 

A hipótese de aumento de tributos foi levantada na segunda-feira (28), pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ele disse que era uma alternativa para compensar a redução de R$ 0,46 no litro do diesel, concedido pelo governo para atender o pedido de caminhoneiros grevistas. 

Nesta terça-feira (29), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Guardia disse que o governo não considera mais a possibilidade de aumento de tributos para compensar a redução da Cide e do PIS-Cofins sobre o diesel. 
 Por Guilherme Mazui, G1, Brasília

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