Junji Abe - Hortifrutiflorigranjeiros - Levantamento confirma força do setor

No 3º aniversário da Pró-Horti, Junji, presidente da Frente Parlamentar, destaca "os pequenos que fazem a diferença na economia, geram milhões de empregos e levam saúde à mesa dos brasileiros"

Junji: “São os pequenos que fazem a diferença na economia nacional, geram milhões de empregos e levam, todos os dias, saúde à mesa dos brasileiros”

As hortaliças ocupam 842 mil hectares (8,42 bilhões de metros quadrados – m²). Apenas os 18 tipos mais comuns somam 19,62 milhões de toneladas por ano, movimentam R$ 53,49 bilhões no mercado final e geram 2 milhões de empregos diretos – somente no campo, sem incluir os demais elos da cadeia produtiva. Os dados relativos a 2012 foram apresentados pela ABCSem – Associação Brasileira – Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, durante a solenidade em comemoração ao 3º aniversário da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros, presidida pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

“São os pequenos que fazem a diferença na economia nacional, geram milhões de empregos e levam, todos os dias, saúde à mesa dos brasileiros”, definiu Junji, nesta quinta-feira (29/05/2014), no evento realizado na estância turística de Holambra, região de Campinas, durante a 21ª Hortitec – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas. Ele observou que “quem lida com os hortifrutiflorigranjeiros ocupa pequenas áreas nas várias regiões do País, dedica-se à policultura – produzindo sempre mais de duas ou três variedades, é altamente técnico, tem boas noções de todas as etapas da cadeia produtiva – antes e depois da porteira –, garante o abastecimento do mercado interno e, infelizmente, nunca teve o devido reconhecimento ficando alijado de qualquer política de incentivo”.

Para dar uma ideia do alto nível de qualificação dos produtores do segmento, Junji deu um exemplo de Mogi das Cruzes, sua cidade natal e polo de referência nacional em horticultura localizado na Grande São Paulo. “Empresas de hortícolas minimamente processadas (hortaliças selecionadas, fracionadas, higienizadas e embaladas) colocam os produtos nas gôndolas de Londres, num prazo de 48 horas, entre a colheita e o consumidor final”.

Segundo Junji, ainda há muito a ser feito para que as cadeias produtivas do segmento avancem no cenário internacional. ”A grande maioria dedica-se ao abastecimento do mercado interno, mas, como se vê, existe qualificação para atender o consumidor estrangeiro”, pontuou, ao lamentar a desatenção do poder público com o que ele classifica como categoria intermediária. Abrange as culturas que não recebem qualquer incentivo governamental porque não se enquadram nos critérios de agricultura familiar, amparada pelo Pronaf, e nem são produtos de exportação que geram commodities e respondem pelo superávit brasileiro, como os do setor sucroalcooleiro, citricultura, cafeicultura e sojicultura, entre outros.

Idealizador da Pró-Horti, inédita no Congresso Nacional e lançada em junho de 2011, Junji lembrou que o colegiado reúne mais de 230 parlamentares – entre deputados e senadores – solidários ao apelo pela implantação de políticas públicas voltadas ao segmento de verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores, plantas ornamentais e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno.

Ao apresentar o 2º levantamento de dados socioeconômicos da cadeia produtiva de hortaliças no Brasil, o presidente do Conselho de Ética da ABCSem, Luís Eduardo da Silva Rodrigues, agradeceu os esforços de Junji, no comando da Pró-Horti. “Graças à devoção do deputado na missão cotidiana de lutar pelo setor, temos registrado conquistas importantes em benefício de todas as cadeias produtivas”.

Rodrigues disse que a ABCSem realizou o levantamento para analisar a evolução do segmento. Embora o tamanho da área cultivada com hortaliças não tenha registrado aumento, os demais indicadores mostraram expressiva ascensão. “É mais uma prova do que o Junji costuma afirmar quanto aos produtores. Eles têm profunda qualificação para, sem ampliar a extensão de terras utilizadas, elevar a produtividade com alta tecnologia e redução de perdas”, traduziu.

A própria realização da 21ª edição da Hortitec, que acolheu o evento de aniversário da Pró-Horti, confirma o nível avançado dos produtores do segmento, como completou Junji. Trata-se da maior mostra da América Latina, com mais de 350 expositores dos mais diversos itens relacionados às cadeias produtivas. Desde variedades inéditas de hortifrútis, flores e plantas, até diferentes modalidades de cultivo protegido, passando por novas técnicas de irrigação, uso de máquinas agrícolas e embalagens, até metodologias avançadas de manejo como o controle biológico de pragas.

Os dados exibidos pelo executivo da ABCSem incluíram as três categorias de valor da produção das hortaliças no País. O tema chamou a atenção das mais de 100 lideranças que participavam do evento. Considerando a produção anual (2012) dos 18 tipos de alimentos pesquisados, o montante pago ao produtor é o mais tímido: R$ 14,21 bilhões. No atacado, referenciado pelo entreposto paulistano da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, a mesma mercadoria atinge R$ 26,84 bilhões. O impacto no bolso do consumidor é quase quatro vezes superior à quantia paga a quem produz, atingindo R$ 53,49 bilhões.

Segundo Junji, o quadro reflete uma deformação histórica nos preços pagos ao produtor em relação aos valores cobrados do consumidor final por itens sazonais e perecíveis. “A precariedade dos canais de comercialização, como a falta de centrais modernas de abastecimento, para escoar a produção é um dos gargalos. O produtor aceita o pagamento oferecido porque não pode trazer seus produtos de volta. Se não aceitar, perde tudo”.

Há outros motivos que impulsionam a variação, como a precariedade da infraestrutura do transporte de carga, concentrada no modal rodoviário, responsável por perdas superiores a 30% no trajeto por conta das más condições das estradas, além de ser quatro vezes mais caro que o ferroviário. Este último também precisaria ser adequado ao deslocamento de itens perecíveis, com o uso de vagões refrigerados. “É um desejo distante considerando que o governo sequer avança na recuperação do sistema ferroviário convencional”, pontuou o presidente da Pró-Horti.

Em destaque
Ao pinçar as principais lutas e conquistas da Pró-Horti, o deputado federal Junji Abe foi efusivamente aplaudido pelo público participante do 3º aniversário da frente. Ele reiterou o apelo para união e efetiva participação de todos os elos das cadeias produtivas nas lutas do setor. “O trabalho de um braço político como a Pró-Horti depende do respaldo de todos os agentes da corrente produtiva. É preciso envolver as bases, como os trabalhadores e suas famílias, as indústrias de tratores e implementos, os transportadores, embaladores, os parceiros, os supermercadistas, o dono da quitanda, enfim, todos. Só assim teremos representatividade para sensibilizar as autoridades”.

Ganhou destaque o avanço representado pela aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de Lei (4937/2013), de autoria de Junji, que dispensa os cultivares de flores e plantas ornamentais, de domínio público, da obrigatoriedade de inscrição no RNC – Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura, Kees Schoenmaker, disse que “a notícia foi festejada” pelo segmento, ansioso pela reivindicada desburocratização. Ele fez uma palestra sobre o mercado de flores no País. “Nunca apelamos em vão ao Junji que sempre nos ouve e faz o impossível para nos atender”, testemunhou.

Presente ao evento, a presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do Ministério da Agricultura, Silvia Van Roijen, fez questão de manifestar os agradecimentos. “Junji foi certeiro e competente para fazer o projeto avançar com uma rapidez impressionante num País onde toda medida contra burocracia demora anos para se concretizar”. Ela assinalou que o fim da obrigatoriedade do RNC destravará as inovações no setor, beneficiando toda a corrente produtiva, do produtor ao consumidor.

De acordo com Silvia, existe uma fila de 14 mil registros a serem emitidos pelo Ministério da Agricultura para organizar o setor. Se transformado em lei, o projeto de Junji acaba com a espera de 5 ou 6 anos até a obtenção do RNC. “Hoje, se o produtor tenta vender uma flor não registrada, está sujeito a multas que vão de R$ 2 mil a R$ 6 mil por cultivar. Junji não só elaborou o projeto, como o defende com unhas e dentes no Congresso Nacional. É uma iniciativa destemida que merece o reconhecimento de todo o segmento de flores e plantas”.

Em sua palestra, Junji também invocou a importância da agropecuária para a sobrevivência do ser humano. “Pelo menos, uma vez na vida, precisamos de um advogado, um médico ou um arquiteto. Mas, três vezes por dia, precisamos de um agricultor”, mostrou ele em uma das transparências. Já para evidenciar as flores e plantas ornamentais, o deputado lembrou que elas marcam o cotidiano das pessoas, desde o nascimento até o fim da vida. “De tão importantes, as flores podem até dispensar um advogado para reconciliação de um casal em crise”, arremessou, conquistando sonoras risadas da plateia.

Amparada por uma potente rede de parceiros, formada pelas principais instituições brasileiras ligadas ao setor, em suas variadas vertentes de atuação, a Pró-Horti conta com uma rede institucional de apoios. Junji frisou o trabalho da ABCSem – com a frente desde o início –, agradecendo a entidade na pessoa da assessora técnica Ana Paula de Sá Leitão van der Geest. “É uma verdadeira guerreira, destemida e alerta para nos ajudar o tempo todo”, frisou o deputado.

Também participaram do evento da Pró-Horti o prefeito de Holambra, Fernando Fiori de Godoy, o Dr. Fernando (PTB); Clarice Bocchese da Cunha Simm, presidente da ABPCFlor – Associação Brasileira de Proteção de Cultivares de Flores e Plantas Ornamentais;
Ivair Monteiro da Silva, vice-presidente da Aphortesp – Associação dos Produtores e Distribuidores de Horti-Frúti do Estado de São Paulo; Flávia Maria Sarto, representante da Ocesp – Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo; Paulo Honda, presidente do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes; Celso Vainer Manzatto, chefe-geral da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Meio Ambiente; Theo Breg, ex-presidente da Cooperativa Veiling Holambra;Petrus Bartholomeus Weel (PTB), presidente da Câmara Municipal de Holambra;Johannes Maria Van Oene, presidente da Cooperativa Veiling Holambra; Andreas Petrus Van Kruijssen, diretor-geral da Cooperativa Veilling Holambra; e Luciano Vilela, representante da Ibrahort – Instituto Brasileiro de Horticultura, além de outras lideranças do segmento de hortifrutiflorigranjeiros.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com

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