Alto Tietê - Número de estrangeiros sobe 12% nas escolas do Alto Tietê - Segundo dados da Secretaria Estadual da Educação, região recebeu 360 estudantes de outros países em 2018
As matrículas de estudantes estrangeiros nas dez cidades do Alto
Tietê aumentaram em 12% de março de 2017 para o mesmo mês deste ano,
segundo a Secretaria Estadual da Educação. Em 2017, foram matriculados
322 alunos imigrantes na região, enquanto que este ano, foram 360.
O
país que mais se destaca no número de matrículas entre as dez cidades é
a Bolívia. Só em 2017, foram 91 alunos e este ano, 185. Todas as
escolas da rede pública do Estado de São Paulo estão com matrículas
abertas para alunos estrangeiros. De acordo com a pasta, são mais de 10
mil crianças e adolescentes vindos de outros países que estudam nas
instituições públicas do Estado.
Para a diretora do Centro de
Informações Educacionais, da Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes,
Fátima Ferreira Flores, os alunos estrangeiros são bem recebidos nas
escolas e hoje há diversos refugiados que se matriculam nas
instituições.
"Temos relatos de alunos, principalmente por ter a
Mesquita Islâmica em Mogi, de que os refugiados são bem recebidos. As
crianças são super receptivas e não há dificuldades de interação",
disse. Na cidade, a maior parte dos alunos estrangeiros é de refugiados,
vindos de países como Iraque e Síria, mas também há estudantes que
retornam de outras localidades, como o Japão.
Apesar das
escolas estarem em período de férias, é possível que o imigrante que
queira ingressar na escola realize a matrícula. A maioria dos
estrangeiros que estudam em São Paulo é de países da América do Sul,
como Bolívia e Argentina, mas, na lista, também estão Japão, Armênia e
Haiti.
Para realizar a matrícula em qualquer instituição, é
necessário apresentar na escola mais próxima um documento de identidade,
como passaporte ou Registro Nacional de Estrangeiro (RNE).
Caso o aluno
não possua histórico escolar do país de origem, a escola pode aplicar
uma prova para identificar qual o ano e série ideal, como acontece com
as crianças refugiadas, que muitas vezes chegam no país sem documentos
de escolaridade.
"É importante lembrar que as matrículas estão abertas o
ano todo e o retorno das aulas será no dia 1º de agosto. De um ano para
o outro sempre aumenta a quantidade, muitos também estão na rede
particular", ressaltou Fátima.
Lílian Pereira - http://www.portalnews.com.br
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