CNA pede ao Supremo que suspenda efeitos de MP que tabela o frete
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou com 
ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos da 
Medida Provisória 832, que estabeleceu tabelamento de preços mínimos 
para o serviço de frete prestado pelos caminhoneiros.
Editada pelo Executivo há duas semanas, a medida é considerada pelos 
agricultores e pecuaristas inconstitucional.
“A MP desrespeita a livre 
iniciativa, a livre concorrência, os contratos firmados e pode ser 
caracterizada como intervenção indevida no Estado na economia”, 
argumenta a CNA na ação protocolada terça-feira (12).
“Buscamos o diálogo e nos colocamos à disposição para o debate em 
busca de uma solução que não fosse o tabelamento obrigatório. Mas o 
produtor rural começou a ser muito afetado e está com dificuldades de 
escoar sua produção e sem transportar nada devido a esse impasse. Por 
isso, não nos restou alternativa”, disse o chefe da Assessoria Jurídica 
da CNA, Rudy Maia Ferraz.
Para a CNA, a tabela deve ser usada apenas como referência e não em 
caráter impositivo. 
O tabelamento, segundo a entidade, poderá aumentar o
 custo de transporte para o setor agropecuário em até 152%, além de 
trazer insegurança jurídica e prejuízo para as exportações.
Edição:   Fernando Fraga
Por
            
                Karine Melo - Repórter da Agência Brasil