Suzano - Suspeitos de contribuir para atentado em escola são presos - Civil revelou que foram criados perfis falsos nas redes sociais para oferecer a arma aos atiradores da Raul Brasil

As redes sociais se tornaram um dos principais mecanismos da Polícia Civil durante as investigações dos assassinatos ocorridos na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, ocorrido em 13 de março. 
Lílian Pereira - http://www.portalnews.com.br
A ação vitimou cinco alunos e duas funcionárias, mortos por dois ex-alunos. A dupla de atiradores também morreu.
De acordo com informações divulgadas ontem pelo delegado seccional de Mogi das Cruzes, Jair Barbosa Ortiz, pelo delegado titular de Suzano, Alexandre Dias e pelo promotor de Justiça, Rafael do Val, perfis falsos no Facebook levaram ao encontro dos três suspeitos presos entre anteontem e ontem. Foi decretada prisão temporária de 30 dias para o trio.
Apesar da prisão, ainda não há conformação sobre quais dos suspeitos vendeu a arma e as munições para os atiradores. 
No entanto, com o detido anteontem, em Suzano, o mecânico Cristiano Cardoso de Souza, foi encontrada uma arma e munição. 
Já o vigilante particular Adeilton Pereira dos Santos, que teria sido o responsável por negociar munições e o comerciante Tathiano Oliveira de Queiroz, encontrado com arma e munição, foram presos nesta quinta-feira. 
"Ontem (anteontem) foi desencadeada uma operação para a prisão de três indivíduos identificados como pessoas que negociaram armas e munições. Prendemos um em Suzano, com apenas um celular, e continuamos as buscas até prender os outros dois", contou Dias. 
Com Santos ainda foi encontrada uma arma calibre 38 e 14 munições; com Souza, dois celulares e com Queiroz três celulares, sendo um deles produto de roubo.
As investigações tiveram início a partir dos dois atiradores da escola, o adolescente Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25. 
Com isso, as buscas levaram os policiais a encontrarem pessoas que eventualmente poderiam ter contribuído de alguma forma para o crime ocorrer. A informação divulgada ontem é que, além do adolescente já apreendido, considerado um mentor intelectual do crime junto com Monteiro, há mais um jovem que está sendo observado. 
"Com base nas investigações, outro menor, de menos importância ainda está sendo apurado", afirmou o promotor.
A Polícia também está apurando se o trio preso tinha conhecimento do crime. 
De acordo com a linha de investigação, ainda não se sabe quem ofereceu a arma aos atiradores. 
"Não sabemos, pode ser que um só forneceu, ainda não sabemos, mas era uma arma pinada da marca Taurus", disse o delegado de Suzano.
Negociações
As redes sociais Facebook e WhatsApp foram cenário para as negociações da venda de arma e munições. "As redes sociais podem ser utilizadas como meio para prática de crime, as pessoas acreditam que estão sendo ocultados por não estarem face a face e por isso podem praticar qualquer crime e que não serão descobertas", alertou Ortiz.
Não há informações se o trio faz parte de um grupo de criminosos, mas investigações realizadas em um celular apreendido levaram os policiais a chegar aos materiais on-line. "Foram perfis falsos que negociaram diretamente com um dos assassinos", esclareceu o seccional.

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