Temer sanciona lei que permite venda direta do óleo do pré-sal - Após aprovação pelo Senado e Câmara dos Deputados, já está em vigor a lei que autoriza a venda direta de óleo do pré-sal sem a necessidade de agentes intermediários.
Após aprovação pelo Senado e Câmara dos Deputados, já está em vigor a
lei que autoriza a venda direta de óleo do pré-sal sem a necessidade de
agentes intermediários.
A venda será feita pela estatal Pré-Sal
Petróleo S/A (PPSA), que poderá negociar diretamente com outras empresas
a parte de óleo devida à União, tendo como base o regime de partilha,
vigente desde 2010.
Antes da lei era obrigatória a contratação de agentes de
comercialização para vender o petróleo.
A Medida Provisória 811, agora
transformada em lei, foi editada pelo governo em dezembro do ano
passado, mas para continuar em vigor precisava ser aprovada pela Câmara e
pelo Senado, processo que se encerrou no dia 23 de maio.
Na última
quinta-feira (14), o presidente Michel Temer sancionou o texto, sem
vetos.
A partir de agora, a PPSA deverá comercializar os óleos
preferencialmente na modalidade de leilão, observando a política
estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e o
preço de referência fixado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), sendo que só poderá ser realizada por
preço inferior ao de referência caso não haja interessados na compra.
Nessa hipótese, os preços deverão ser compatíveis com os de mercado.
A expectativa do governo é que cerca de 5 milhões de barris de
petróleo da parcela que a União tem direito poderão ser comercializados
em 2018 e 2019.
A equipe econômica estima que nos próximos cinco anos o
comércio decorrente de contratos de partilha do Campo de Libra e de
acordo de individualização de outros campos gere uma receita bruta de R$
5,34 bilhões à União.
A nova lei também regulamenta a distribuição dos recursos da venda
destinados a um fundo social, criado em 2010 para financiar programas
nas áreas da educação, cultura, esporte e saúde pública, dentre outros.
Segundo a lei sancionada, os valores serão repassados ao fundo somente
após a dedução de tributos e gastos relacionados à comercialização dos
produtos.
Por
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fernando Fraga