ITAQUAQUECETUBA - Operação da Polícia Federal sobre desvio de recursos federais faz buscas em Itaquá

Controladoria Geral da União identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhões

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quarta-feira (9) mandado de busca e apreensão na Prefeitura de Itaquaquecetuba. A ação faz parte da operação "Prato Feito", que busca desarticular cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União destinados à educação. No país, foram 154 mandados em municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal. A Controladoria Geral da União identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhões.
 
Itaquá foi a única cidade do Alto Tietê alvo da operação. Há informações de que os agentes federais foram à sede do Poder Executivo para obter acesso a documentos referentes a licitações sobre o fornecimento de merenda escolar. O DS enviou questionamentos, mas aguarda posição da Prefeitura.
 
Segundo a PF, além dos mandados de busca e apreensão, a operação afastou preventivamente agentes públicos e suspendeu o contrato de serviço de 29 empresas. As medidas foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e, também, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. 
 
Início
 
A operação teve início a partir de um inquérito policial em 2015. O Tribunal de Contas da União (TCU) viu possíveis fraudes em licitações de fornecimento de merenda escolar em diversos municípios paulistas. E que boa parte estava ligado a grupos criminosos, que agiam em 30 municípios.
 
Segundo a PF, o contato com as prefeituras era feito por meio de lobistas, que direcionavam licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços. 
 
Há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo: 13 prefeitos, 4 ex-prefeitos, 1 vereador,  27 agentes públicos não eleitos e outras 40 pessoas da iniciativa privada. 
 
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.
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