Planejamento urbano - macrometrópole paulista
Um fenômeno analisado pelo Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Universidade de Campinas (Unicamp), a pedido da Empresa Paulista de Planejamento (Emplasa) mostrando os deslocamentos entre cidades paulistas evidenciam que o planejamento nas cidades tem de acontecer o mais rápido possível.
O estudo mostra que diariamente 1,1 milhão de pessoas - mais do que a população de Campinas - viajam a São Paulo para trabalhar ou estudar e depois voltam para casa naqueles que são chamados de movimentos pendulares.
A pesquisa considera viagens feitas por maiores de 15 anos na macrometrópole paulista - 173 municípios entre a Baixada Santista e o Vale do Paraíba, passando por São Paulo, Campinas e São José dos Campos.
Fica a lição de que planejamento é a solução para o principal problema enfrentado por quem faz movimentos pendulares: o trânsito.
De acordo com estudo e dados divulgados ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, entre 2000 e 2010, o total de moradores da macrometrópole passou de 23,6 milhões para 26,4 milhões - crescimento de 11,9%. A quantidade de movimentos pendulares passou de 1,6 milhão para 2,9 milhões, uma alta de 81,2%.
É como se toda a população de Mato Grosso se locomovesse diariamente.
Para os pesquisadores, o fenômeno passa pela desconcentração da atividade econômica, com muitas empresas deixando a Capital ao longo dos anos 1990 e 2000, e pelo surgimento de novas formas de ocupação do espaço, como condomínios.
Ao analisar o perfil econômico da população pendular, os pesquisadores notaram também que a maior parte tem alta escolaridade e maior renda do que quem trabalha no município em que reside. Em São Paulo, existe a urbanização dispersa.
Tem gente disposta a ficar duas horas no fretado para morar com mais conforto e aproveitar melhor o fim de semana.
Assim, pelos dados divulgados é possível entender a situação populacional e que é preciso rever o planejamento urbano das cidades.