O deputado federal @pastorhenriquevieira (PSOL/RJ) protocolou representação junto ao Procurador-Geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, pedindo abertura de investigação sobre denúncias de utilização da estrutura da Igreja Universal do Reino de Deus em benefício de seus candidatos nas eleições de 2026.
De acordo com reportagem do Intercept Brasil, documentos e vídeos revelam a existência de uma complexa articulação política organizada pelo grupo Arimateia, ligado à Universal.
O material mostra estratégias que incluem a coleta de informações sobre títulos de eleitor de fiéis, envio de relatórios a pastores, uso de redes sociais e programas de comunicação da igreja para orientar e mobilizar votos de forma sistemática.
Segundo as denúncias, lideranças religiosas têm utilizado o discurso espiritual para misturar religião e política, em alguns casos em tom de “guerra espiritual”, vinculando o voto a obrigações religiosas.
Há relatos de reuniões, materiais impressos e orientações para que pastores e obreiros repassem conteúdos eleitorais diretamente aos fiéis.
Henrique Vieira destaca que tal prática pode configurar abuso de poder econômico e uso indevido da religião com fins eleitorais, violando a Constituição Federal, a legislação eleitoral e tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil.
“A fé não pode ser instrumentalizada como máquina de votos. O Estado brasileiro é laico e a liberdade religiosa só se mantém quando não é usada como ferramenta de manipulação política. É preciso garantir eleições livres e democráticas”, afirmou o deputado.
A representação pede que o Ministério Público Eleitoral apure os fatos e adote as providências cabíveis, incluindo a abertura de inquérito para investigar a transparência e a licitude das práticas denunciadas.
“A fé não pode ser instrumentalizada como máquina de votos. O Estado brasileiro é laico e a liberdade religiosa só se mantém quando não é usada como ferramenta de manipulação política. É preciso garantir eleições livres e democráticas”, afirmou o deputado.
A representação pede que o Ministério Público Eleitoral apure os fatos e adote as providências cabíveis, incluindo a abertura de inquérito para investigar a transparência e a licitude das práticas denunciadas.