Em Nova York, Lula participa de ato pela democracia com líderes mundiais nesta quarta - Lula Gigante!
O presidente Lula (PT) participa nesta quarta-feira (24) de um ato em defesa da democracia e contra o extremismo, em Nova York.
Diferentemente de 2023, quando os Estados Unidos marcaram presença no evento ainda sob Joe Biden, neste ano o país não foi convidado — e tampouco o governo Donald Trump demonstrou interesse.
Além de Lula, o encontro é coordenado por Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai). Todos participam da Assembleia-Geral da ONU, aberta na terça (23) com discursos de Lula e Trump.
Antes de falar, o republicano disse ter se reunido brevemente com Lula e adiantou que os dois marcaram uma conversa para a próxima semana, possivelmente por telefone ou videoconferência. “Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química, e isso é um bom sinal”, afirmou Trump, ressaltando que teve “uma química excelente” com o petista.
Apesar do tom amistoso, o Itamaraty orientou cautela. A diplomacia brasileira quer evitar constrangimentos como os enfrentados por outros líderes em reuniões anteriores com Trump, entre eles Volodymyr Zelenski, da Ucrânia, e Cyril Ramaphosa, da África do Sul.
Lula reforça defesa da soberania
Essa é a primeira visita de Lula aos Estados Unidos desde a posse de Trump, em janeiro, e acontece em meio a uma crise diplomática marcada pela tarifa de 50% imposta a produtos brasileiros após a condenação de Jair Bolsonaro (PL).
Na ONU, Lula foi firme ao defender a soberania nacional e o papel do Judiciário. “Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis (…) Agressão contra o Poder Judiciário é inaceitável. (…) Seguiremos como país soberano e povo unido contra qualquer tipo de ameaça”, declarou, recebendo aplausos.
O presidente também condenou “falsos patriotas” e descartou a possibilidade de anistia a quem atentou contra a democracia.