Acordo com caminhoneiros não vai levar a aumento de imposto, diz Marun - Ministro diz que o acordo vai custar R$ 5 bilhões do orçamento
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje (25)
que os subsídios concedidos pelo governo à Petrobras para controle dos
preços do combustível não serão custeados por aumento de impostos.
“Não
vai ser por [aumento de] impostos”, garantiu. Segundo ele, R$ 5 bilhões
do Orçamento da União serão destinados para este fim.
Para entrar em acordo com os caminhoneiros e encerrar a greve, o
governo comprometeu-se a fixar os preços do diesel a cada 30 dias,
levando em conta a redução imediata de 10% que também faz parte do
acerto.
A Petrobras seguirá com a política de reajuste de preços atual e
o governo vai pagar à companhia a diferença.
Mesmo em uma situação de ajuste fiscal, em entrevista à Globo News, Marun defendeu a medida.
“A Petrobras é um patrimônio do Brasil”, afirmou.
Apesar do acordo firmado ontem (24), o protesto dos caminhoneiros
prosseguiu hoje (25). Diante da situação, o presidente Michel Temer
autorizou o uso das forças federais para retirar os caminhões das
estradas.
Perguntado se o governo errou a não prever o início do movimento ou
não diagnosticar sua força durante as negociações, Marun diz: “Não
admito que governo Temer errou”, e acrescentou: “Agimos em conformidade
com a lei e com o Estado de Direito”.
Edição: Davi Oliveira
Por
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil