Eduardo Bolsonaro reage à intimação da PF ameaçando delegado
Eduardo Bolsonaro reage à intimação da PF ameaçando delegado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou vídeo na segunda-feira (10) em que ofende e ameaça o delegado Fábio Alvarez Shor após receber intimação da Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos. A intimação da PR refere-se a discurso de Eduardo em 14 de agosto de 2024, no qual chama o delegado de “putinha” e “cachorrinha” do ministro Alexandre de Moraes.
A reação do bolsonarista não tardou. Empunhando o ofício da intimação, Eduardo gravou vídeo em que diz que a convocação da PF é uma “afronta” aos demais deputados.
“Isso é uma afronta a todos os deputados. Não posso imaginar que um parlamentar seja acuado a parar de falar por causa de um discurso”, diz no vídeo. Eduardo afirma que vai pedir apoio da Procuradoria da Câmara para se defender de “esse esculacho” e afirmou que a tentativa de intimidação não vai fazê-lo se calar.
Eduardo ofendeu diretamente o delegado
No discurso proferido em agosto de 2024, Eduardo Bolsonaro referiu-se diretamente ao delegado Fábio Shor e à atuação do ministro Alexandre de Moraes a propósito das investigações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. O deputado mostrou uma foto de Shor e usou termos agressivos para se referir ao delegado, o que gerou reações dentro e fora do Congresso.
Shor, que lidera investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido alvo de críticas dos bolsonaristas. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também foi indiciado pela PF depois de ter feito discurso semelhante, no qual acusava Shor de atuar de forma injusta. Ambos os parlamentares foram acusados de calúnia e difamação. Fábio Alvarez Shor recentemente foi promovido a chefe da Divisão de Investigações e Operações de Contrainteligência da PF.
Em sua resposta à intimação da Polícia Federal, Eduardo afirmou que a corporação estaria tentando prejudicá-lo, utilizando o “poder do estado” para atacar sua honra.
Ele também mencionou que a PF tenta abrir um processo administrativo por crime contra a honra, o que, segundo ele, seria uma tentativa de penalizar sua atuação. O parlamentar bolsonarista também insinuou que buscaria recorrer à justiça por abuso de autoridade, caso necessário.
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