Bovespa tem forte alta, após recuar mais de 3% na véspera Na última sessão, índice fechou abaixo dos 92 mil pontos, na maior queda diária desde fevereiro.

O principal indicador da bolsa paulista, a B3, opera em forte alta nesta quinta-feira (28), após ter cedido mais de 3% na véspera. 

Mais cedo, tinha leves oscilações. 

O mercado segue atento à cena política local, em meio às tensões entre Executivo e Legislativo, com temores de que possam atrapalhar as negociações para a reforma da Previdência.
Às 15h43, o Ibovespa subia 3%, aos 94.631 pontos. Veja mais cotações.

Petrobras e bancos operavam com ganhos, perto do mesmo horário.

As ações da Vale têm dia de sobe e desce. A empresa anunciou na véspera um lucro líquido de R$ 25,657 bilhões em 2018. O desempenho foi o melhor desde 2011 e representou uma alta de 45,6% na comparação com o ano anterior.

Eletrobras avançava. 

A estatal de energia informou que teve um lucro líquido de R$ 13,348 bilhões em 2018, revertendo um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no ano imediatamente anterior.

Na véspera, o Ibovespa fechou em forte queda de 3,57%, aos 91.903 pontos. Foi a menor pontuação desde janeiro e maior queda diária desde fevereiro.

Foii a menor pontuação desde janeiro e maior queda diária desde fevereiro.
Ibovespa em 2019
Pontuação de fechamento
pontospontos28/12/20189/117/128/15/213/221/21/313/321/34/114/122/131/18/218/226/28/318/326/385k87,5k90k92,5k95k97,5k100k102,5k
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Fonte: Valor Pro
A crise personificada nos presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vêm trocando farpas publicamente nos últimos dias, tem preocupado pelos riscos à tramitação do texto que muda regras das aposentadorias.

Parlamentares ouvidos pela Reuters avaliam que o ambiente político precisará de tempo para se acalmar, desde que não haja mais nenhum sobressalto na relação entre Executivo e Legislativo e que o governo se empenhe na articulação.

"A cada dia tem aumentado o pessimismo em relação à tramitação da reforma da Previdência e os temores de que esse clima bélico entre o Planalto e a principal liderança da Câmara pode colocar tudo a perder", avalia a Coinvalores, mantendo, contudo, viés otimista para a bolsa no médio e longo prazos, segundo a Reuters.

"O caminho até a aprovação da reforma deve ser bastante ruidoso, trazendo muita volatilidade para a bolsa no curto prazo, ainda assim, as posições do governo e das lideranças no Congresso continuam favoráveis à reforma", afirmou a equipe da corretora em nota a clientes.

Nesta tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que houve "muito ruído de comunicação" em torno da reforma da Previdência, mas que está "muito confiante" de que os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) sabem "de seu papel institucional".

Guedes deu a declaração após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da reforma da Previdência. Maia ofereceu um almoço na residência oficial Guedes e ao secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho.

No cenário externo, a Reuters destaca que preocupações com o ritmo do crescimento global continuam presentes nos negócios, com novidades mais positivas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China ajudando a sustentar as bolsas norte-americanas no azul.

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