Pequenos agricultores apostam na produção de adubo para hortaliças

Composto tipo bokashi é muito usado na agricultura orgânica.
Bokashi pode ser feito na propriedade mesmo; confira receita.


Nem sempre produtos orgânicos são menores ou mais marcados pelo ataque de pragas. Em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, os donos de uma propriedade, Jovelina Fonseca e Luiz Paulo, começaram a cultivar hortaliças depois da aposentadoria.
Um dos principais adubos colocados na terra é um pozinho, um composto do tipo bokashi.
O composto tipo bokashi é uma mistura de farelos com microorganismos que promovem a fermentação e transformam o material em um adubo muito usado na agricultura orgânica.
Ana Paula de Siqueira, Empresa de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro), ensina como fazer o composto. “Têm duas formas de preparar, uma é aeróbica, que você prepara ao longo de uma semana, revirando todos os dias, e o outro jeito é anaeróbico, sem ar, feito ensacado ou em bombas, onde não é preciso ficar revirando, mas leva 20 dias para ficar pronto”, diz.
Para fazer o composto suficiente para oito mil pés de alface são usados:
- 60 quilos de farelo de trigo
- 50 quilos de torta de mamona
- 30 litros de água sem cloro
- 1 copo de inoculante
- 1 copo de açúcar mascavo
O processo começa misturando bem os dois farelos. Depois vem o preparo da calda, onde a primeira coisa é a água de boa qualidade, sem cloro. Depois, utiliza-se o inoculante, o fermento, que no caso é o EM ou microorganismos eficientes, misturados na água.
O EM é essencial para a produção do composto. Não é muito fácil encontrá-lo para comprar, mas dá para fazer na propriedade. Clique aqui e acesse a receita.
O próximo ingrediente é o açúcar mascavo, que pode ser substituído por melaço de cana. Misture bem e jogue a solução sobre os farelos aos poucos com um regador. O material vai sendo revolvido para absorver o líquido e ficar homogêneo.
“O ponto certo é o ponto da umidade. A gente amassa um bolinho e ele fica inteiro, mas se você apertar ele se desfaz”, explica Ana Paula.
O material pronto é colocado em bombonas, bem vedadas porque o processo de fermentação será anaeróbico, sem ar. O material fica fechado por 21 dias.
Valderinha Bento da Rosa trabalhou em um sítio vizinho onde tudo é feito no sistema orgânico e ficou encantada. “Só de parar de usar veneno, já foi muito bom, melhorou bem a minha saúde”, diz.
Junto com a filha, Mirian Cordeiro, que é técnica agrícola, e alguns vizinhos, a agricultora fez um curso e aprendeu a produzir o composto. “Acho que o bokashi é uma espécie de ouro que o pessoal tem que descobrir”, diz Mirian.
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