Rodolfo Landim e Adriano Pires vão comandar a Petrobras
Redação
Publicada em 28/03/2022 às 19:37O
Ministério de Minas e Energia confirmou na noite desta segunda-feira, 28, as trocas no Conselho de Administração da Petrobras. O presidente do Flamengo, Luiz Rodolfo Landim Machado, que foi CEO das empresas de petróleo e gás de Eike Batista, vai presidir o Conselho, enquanto o economista Adriano José Pires Rodrigues será o presidente-executivo da estatal.
O anúncio foi feito sem mencionar o nome do atual presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna. Antes de assumir a petrolífera, ele foi diretor da Itaipu Binacional. Na gestão dele, os preços dos combustíveis no país dispararam, o que teve impacto direto na popularidade de Jair Bolsonaro. A gasolina, por exemplo, pode ser encontrada a mais de R$ 10 por litro, em cidades do Norte.
Embora a Petrobras seja uma empresa de economia mista, o governo federal possui a maior parte das ações. Por isso, tem o poder de alterar a composição do conselho de administração e as respectivas diretorias, sem consultar os demais acionistas.
Silva e Luna continuará no comando diário da Petrobras até a próxima reunião do conselho, no dia 13 de abril, quando a troca será formalizada. Além de Landim e Pires, outros seis nomes foram indicados para compor o colegiado: Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Luiz Henrique Caroli, Ruy Flaks Schneider, Márcio Andrade Weber, Eduardo Karrer e Carlos Eduardo Lessa Brandão.
Dentre os nomes indicados, Sonia e Ruy já participam do Conselho de Administração da Petrobras. Além deles, só Eduardo Karrer tem experiência dentro da Petrobras. Entre as funções que ocupou está a de diretor na BR Distribuidora. Todos os demais possuem experiência em diversas empresas, mas nunca exerceram funções relacionadas diretamente com a estatal.
Demissão era certa há semanas
A demissão de Silva e Luna era dada como certa há algumas semanas. O Bastidor apurou no dia 11 de março que Jair Bolsonaro já havia conversado com aliados para definir a demissão do presidente da Petrobras. Ele estava insatisfeito com a atual política de preços da empresa, que vincula o valor cobrado nas bombas ao do petróleo no mercado internacional.
Com a crise econômica provocada pela pandemia e a guerra na Ucrânia, os valores dos barris dispararam. Isso impactou diretamente o valor dos combustíveis. Em 2021, quando Silva e Luna assumiu o posto, Bolsonaro já se mostrara insatisfeito com o antecessor, Roberto Castello Branco, por motivos semelhantes.
A situação de Silva e Luna se deteriorou ainda mais pela proximidade da campanha eleitoral, não só para o presidente da República, mas também com aliados. Em encontro com Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse a Bolsonaro que os recentes aumentos eram "sabotagem" da empresa contra a candidatura do chefe do Executivo Bolsonaro considerou que os recentes aumentos da Petrobras.
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