Milton Ribeiro avisa que não irá ao Senado falar sobre pastores no MEC - Em ofício enviado pelo Ministério da Educação à Comissão de Educação do Senado, ex-ministro justifica ausência com exoneração

 Júlia Portela

30/03/2022 

O Ministério da Educação (MEC) informou, na noite desta quarta-feira (30/3), à Comissão de Educação do Senado, que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro não irá à audiência para a qual foi convidado para explicar possíveis irregularidades no MEC, prevista para esta quinta-feira (31/3). O ofício justifica a decisão citando a exoneração do ministro, concretizada na última segunda-feira (28/3). 

“Informo a impossibilidade de seu comparecimento, tendo em vista a publicação do Decreto de 28 de março de 2022, em edição extra do Diário Oficial da União”, diz o ofício enviado ao presidente da CE, Marcelo Castro (MDB-PI). O documento é assinado por Marcelo Mendonça, chefe da assessoria para assuntos parlamentares do MEC.


Mais cedo, Marcelo Castro afirmou que a ausência de Ribeiro à audiência será interpretada como um “convite” para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a crise no MEC. 


Nas redes sociais, Castro escreveu que considera o ofício enviado pelo MEC “sem efeito” e ressaltou que as apurações sobre “esse escândalo com recursos do ministério irão continuar”.



















Ribeiro havia confirmado sua presença na audiência na semana passada, mas não tinha se manifestado desde sua exoneração. O pedido foi entregue pelo então ministro ao presidente Jair Bolsonaro após denúncias de que ele estaria favorecendo pastores na distribuição de verbas da pasta. 

Inicialmente, o pedido era de convocação, o que obrigaria o ex-ministro a comparecer. No entanto, a pedido de um parlamentar governista, a convocação foi transformada em convite, quando a pessoa não é obrigada a comparecer. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na Casa, já começou a coleta de assinaturas para instaurar a CPI destinada a apurar as irregularidades na destinação das verbas públicas do MEC e do FNDE a prefeitos. São necessários 27 assinaturas de 81 senadores.


Em áudios sobre o papel de pastores na destinação de verbas da pasta, revelados pela Folha de S.Paulo na semana passada, Ribeiro confirma o direcionamento e afirma que faz isso a pedido do presidente Bolsonaro. Os religiosos beneficiados não têm cargo, e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do Ministério da Educação (MEC).

https://www.metropoles.com/brasil/milton-ribeiro-avisa-que-nao-ira-ao-senado-falar-sobre-pastores-no-mec

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