O montante de R$ 353,2 bilhões foi o
faturamento registrado pelo setor supermercadista em 2017, 4,3% a mais
que o valor registrado em 2016 (R$ 338,7 bilhões).
Desse número, R$
187,4 milhões concentraram-se nas mãos das 20 maiores empresas do
segmento – Carrefour (R$ 49,6 bilhões), GPA (R$ 48,4 bilhões, sem
contabilizar os números da Via Varejo), Walmart (R$ 28,1 bilhões),
Cencosud (R$ 8,5 bilhões) e Irmãos Muffato (R$ 6 bilhões) lideraram o
ranking no ano 2017.
Os dados são da 41ª edição da pesquisa Ranking
ABRAS/SuperHiper, feita pelo Departamento de Economia da Associação
Brasileira de Supermercados em parceria com a Nielsen. O resultado total
de faturamento apontado representa 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
O setor encerrou o ano passado 89,3 mil lojas
e 1,822 milhão de funcionários diretos. Segundo o estudo, em comparação
com 2016, foram criados 20 mil novas vagas no Brasil em 2017. Apesar do
crescimento registrado, o atacarejo – segmento que mescla atributos de
atacado e varejo – chegou a crescer três vezes mais que os supermercados
no ano passado.
De acordo com dados da Euromonitor
Internacional, que considera as vendas para consumidores finais e exclui
as vendas Business to Business (B2B), o cenário econômico negativo
exerceu uma forte pressão sobre o varejo brasileiro em 2015 e 2016.
Entretanto, canais como o atacarejo foram favorecidos pelo orçamento
limitado de consumidores, uma vez que os empresários do ramo conseguiram
preços mais baixos para os produtos em reflexo aos seus reduzidos
custos de operação.
Para José Roberto Securato Júnior,
vice-presidente do Ibevar e conselheiro da Saint Paul Escola de
Negócios, com a saída da recessão econômica, é natural que atacarejos
percam atratividade e cresçam mais devagar.
De um lado, há o aumento da
concorrência e a queda de faturamento devido à deflação e, de outro, uma
mudança no comportamento do consumidor.
“O atacarejo deve seguir
crescendo e conquistando mais lares”, diz. “Mas, em algum momento, terá
que ceder às pressões do mercado varejista e suas tendências, focando
mais na experiência do consumidor, conveniência e tecnologia”,
acrescenta.
O atacarejo, segundo a Euromonitor
Internacional, cresceu 11% no Brasil em 2017, e movimentou R$ 48,4
bilhões em vendas para o consumidor final.
Já o varejo alimentar, que
inclui supermercados, hipermercados, lojas especializadas em alimentos e
bebidas e lojas de conveniência, cresceu 3,7%.
“Atacarejo é o principal
motor de crescimento de várias redes, impulsionado pela conversão de
supermercados tradicionais no formato mais robusto”, explica Securato.
A
consultoria Euromonitor Internacional projeta um crescimento médio
anual das vendas ao cliente final de 6% até 2022.
Fonte: Meio & Mensagem