Projeto em Itaquaquecetuba ajuda dependentes químicos do Alto Tietê A iniciativa é de uma igreja evangélica e atende mais de 90 pessoas. A Missão Cristolândia fica no bairro Pequeno Coração.


Uma iniciativa de uma igreja evangélica, chamado Missão Cristolândia, em Itaquaquecetuba, tem ajudado mais de 90 dependentes químicos. Os participantes são atendidos em uma casa, no bairro Pequeno Coração, onde ocupam a mente com várias atividades.
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Segundo os responsáveis pelo trabalho, o local é aberto e apenas aqueles que realmente querem se livrar do vício dão continuidade ao tratamento. Ao longo do processo, não é feito o uso de medicamentos, a cura vem através da ocupação saudável da mente e das orações.
O trabalho realizado em Itaquaquecetuba faz parte de um projeto da 1ª Igreja Batista de São Paulo. O tratamento conta com mais duas etapas em cidades diferentes. De acordo com os responsáveis pelo programa, de 2009 até agora, mais de 400 pessoas já foram retiradas das ruas e das drogas.
A matéria exibida pelo Diário TV desta segunda-feira (21) mostrou a realidade destes dependentes que lutam para sair das drogas em Itaquaquecetuba.
Na casa onde é desenvolvido o projeto, os internos cuidam de seus pertences e passam o dia desenvolvendo atividades ao ar livre. O objetivo é que ninguém fique desocupado. O interno Fagner José de Souza concorda com esta política. "A gente precisa de uma ocupação, a gente não pode ficar parado. Mexer com a horta, lavar roupa, essas coisas ajudam bastante", destaca.
O coordenador da casa, Romário Soares de Jesus, que um dia já esteve entre os internos, está recuperado há cerca de um ano e meio e hoje se dedica ao projeto como voluntário. "O tratamento aqui é de 45 a 50 dias. É a parte mais difícil no tratamento, onde tem a desintoxicação, eles têm abstinência. É uma das fases mais importantes, quando começamos o trabalho de evangelização, ensinamos a eles a se voltarem ao Senhor através das orações".
O pastor Paulo Roberto Nascimento também é voluntário na casa há praticamente um ano. Ele visita o local duas vezes por semana, e para isso, faz uma viagem que dura em média, quatro horas. "São cinco ônibus e mais dois metros, tem que valer a pena. É por amor que eu faço isso".
Luta
O estudante Luiz Fernando Montellato, de 20 anos, está na casa há oito meses. Neste período, ele até se aproximou da família novamente e hoje recebe a visita dos pais uma vez por mês. Ele é de Mogi Mirim, interior de São Paulo. O jovem começou a usar crack aos 15 anos e chegou a morar nas ruas da região central da Capital.  "Passei dois dias e duas noites andando, parei na cracolândia e lá conheci a Cristolândia", destacou.
Já o interno Antônio Vitamar Matias é do Ceará e há seis anos não tem notícia dos parentes. Ele veio para São Paulo em busca de emprego e acabou caindo no mundo do crack. Recuperado, é um dos monitores do projeto e espera um dia voltar para a cidade onde nasceu. "Meu objetivo é voltar para minha família, trabalhar e ficar longe das drogas. Eu não quero mais isso para minha vida. Graças a Deus hoje eu tenho tudo que necessito", finaliza.
Internação Compulsória 
Começou nesta segunda (21) na Capital, o trabalho de internação compulsória de dependentes químicos. O Centro de Referência em Álcool,Tabaco e Outras Drogas (Cratod) passa a ter juízes e promotores de plantão para atender casos em que os viciados precisem do serviço de recuperação.
 

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