A expectativa para este ano é de que a safra de grãos cresça em torno de 8,2%, de acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
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Leonardo Lucena
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (24), em São Paulo, que a safra recorde prevista para este ano e a queda do dólar deverão provocar redução nos preços dos alimentos.
A expectativa para este ano é de que a safra de grãos cresça em torno de 8,2%, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se confirmar, segundo a Conab, será um recorde para a produção na série histórica.
Já o dólar caiu nos últimos dias, passando dos R$ 6,20 no início do ano para cerca de R$ 5,88.
“Uma boa notícia é a safra agrícola. Os estudos mostram que o clima este ano deve ser positivo. Ano passado, nós tivemos uma seca muito intensa. Com um clima bom, há uma expectativa de que a safra agrícola deve crescer 8% a mais, uma safra recorde. Isso ajuda a reduzir o preço. A outra é o dólar, porque você tem fertilizante, combustível, equipamento, muita coisa que é contaminada pelo dólar. Então, com a redução do dólar, também vai ajudar”, avalia.
Para Alckmin, outros fatores que devem ajudar na redução dos preços dos alimentos são a reforma tributária e o estoque regulador da Conab.
“O estoque regulador é quando eu tenho uma grande safra e se guarda um pouco, para quando faltar existir um estoque. Isso regula um pouco, evita grandes oscilações de preço. Tem outros estudos que o governo está fazendo, vamos aguardar, mas a iniciativa é positiva. E a boa notícia é a reforma tributária, que vai desonerar a cesta básica, inclusive a proteína animal”, explicou.
Alckmin participou de um encontro com sindicalistas na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT) para debater as estratégias do governo federal e as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico e à geração de empregos no país. O tema do encontro foi Perspectiva da Economia e do Emprego em 2025.
Reunião
Enquanto o ministro se encontrava com sindicalistas em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com alguns ministros, em Brasília, para discutir estratégias que possam ajudar a baratear o preço dos alimentos.
“O presidente Lula, corretamente, está preocupado em reduzir o preço, evitar aumento de preço grande de alimentos”, disse Alckmin.
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Esta é a primeira entrevista do ex-presidente Lula após sua prisão política, em 7 de abril de 2018. Impedido de concorrer às eleições presidenciais, o ex-presidente havia sofrido censura prévia no período eleitoral. Vídeo: Ricardo Stuckert
Correios divulgam resultado preliminar do concurso de nível superior; saiba acessar
Ao todo, o concurso vai preencher 3.511 vagas imediatas
24/01/2025 | 20h13
Os Correios divulgaram nesta sexta-feira (24) o resultado preliminar da prova objetiva do concurso de nível superior da estatal. O resultado pode ser acessado pelo site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).
Também foi liberado o resultados dos recursos dos candidatos contra o gabarito preliminar. O resultado da prova objetiva para o cargo de carteiro, de nível médio, saiu na última sexta-feira (17).
Ao todo, o concurso vai preencher 3.511 vagas imediatas. São 3.099 para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26, e 412 para analista de Correios, de nível superior, cuja remuneração inicial é de R$ 6.872,48.
No caso das vagas de nível superior, há oportunidades para advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro, distribuídas nas 28 superintendências estaduais (SE) do órgão.
O prazo de validade do concurso é de um ano a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
Concurso dos Correios
Ao todo, o concurso vai preencher 3.511 vagas imediatas
Esse foi o primeiro concurso dos Correios dese 2011.
Desta vez, foram 1,6 milhão de inscritos, e o processo preencherá mais de 3,5 mil vagas.
Mais de 1 milhão de pessoas realizaram as provas em dezembro, sendo a maioria para as vagas de carteiro.
Os brasileiros têm tão raras oportunidades de reconhecimento internacional que Fernanda Torres virou um mix de Ayrton Senna, Ronaldo Fenômeno e Gisele. Com mais ginga que os três. E, melhor ainda, no mundo cultural, onde somos ainda menos conhecidos que nos esportes ou nas passarelas. A bossa nova estourou há longínquos sessenta anos. E Oscars não são pra nichos elitizados. São pras massas.
Os discursos de agradecimento de Fernanda e suas participações em talk shows na TV americana nos deslumbram. Como ela consegue fazer piadas em outro idioma, com tamanha desenvoltura? Como a própria Fernanda já descreveu recentemente, o Brasil é uma ilha continental e monoglota, distante da maior parte do mundo. Os comentários da torcida nacional nas redes sociais frequentemente babam na artista totalmente cosmopolita. O brasileiro comum adoraria poder falar inglês.
O British Council estima que apenas 1% dos brasileiros sejam fluentes em inglês. Ou seja, nem os 10% mais ricos do país escapam da monoglotice. Os nepobabies de verdade costumam ser preguiçosos.
"Ainda Estou Aqui" já trouxe a importância de revisitar os crimes não julgados da ditadura militar, a luta solitária de Eunice Paiva e a importância do cinema nacional. Acrescento o benchmark poliglota de Fernanda Torres à lista de conquistas do filme. O Brasil precisa se espelhar nela e querer conversar mais com o exterior.
Pra quem tem preguiça de refletir sobre idiomas, aviso: os americanos não precisam aprender uma segunda língua justamente por nascerem no país mais rico do mundo. Fizeram o seu idioma virar língua franca. O Texas sozinho tem um PIB maior que o do Brasil inteiro. Enquanto não alcançarmos esse patamar de riqueza, é bom negócio não ser monoglota. Nos anos em que morei na China, via até as caixas de supermercado estudando inglês. No gigante asiático, mesmo com alfabeto diferente e tudo mais, 5% da população é fluente em inglês (repetindo, no Brasil, só 1%). Mas, na China, mandar estudar não é ofensa.
Fernandona, melhor mãe
Há outro prazer-bônus em ver Fernanda desfilar seu inglês, francês e italiano mundo afora. Testemunhar como Fernanda Montenegro e Fernando Torres educaram bem sua filha. Investiram. Fernanda-filha ralou. Seu inglês soa melhor hoje do quando filmou com Anthony Hopkins em 1991. Estudar idiomas já adulto é hard task.
Conteúdo UOL
E não é comum nas elites econômicas, políticas e culturais do país muito estudo árduo. Há vinte anos o Brasil não tem um único presidente fluente em inglês. Temer e Dilma nasceram em famílias abastadas e estudaram em escolas elitizadas (e nada). Lula e Bolsonaro são políticos profissionais, e bem pagos, há mais de 35 anos, mas tampouco tiveram interesse nesse aprimoramento individual.
Mas até pessoas cuja obrigação seria entender o mundo e conversar com estrangeiros o tempo inteiro não fizeram esse esforço. Marcio Pochmann, o economista que quase desmantelou o IPEA, e está fazendo o mesmo no IBGE (com a renúncia de diretores e assessores em cascata) "fala pouco" inglês e "escreve pouco", segundo seu próprio currículo Lattes. Deve estar atualizadíssimo nos papers internacionais que não são traduzidos imediatamente.
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Políticos que nasceram em famílias abastadas, de Simone Tebet a Romeu Zema, não falam inglês. Não leem os britânicos Financial Times e The Economist, e não ouvem nenhum podcast americano enquanto treinam pela manhã.
O atual presidente da Agência Brasileira de Promoção das Exportações, Apex, Jorge Viana, não fala inglês. E foi prefeito, governador, senador, deputado... Precisou mudar o estatuto da própria agência que dirige (e que exigia do presidente falar inglês fluente) para continuar no cargo, com salário de 65 mil reais. O homem das exportações, pode?
Isso não causa escândalo porque boa parte do empresariado brasileiro tampouco consegue dar uma entrevista em inglês. Os poucos que vão a Davos ou a convescotes em Miami ou Lisboa não deixam as rodinhas de brasileiros. Como "vendedores" da marca Brasil, são um fracasso.
E nem muitos milionários bolsonaristas, que se dizem patriotas, mas que só se inspiram no pior dos EUA (Trump, Orlando, torres com nome de carro), conseguem se aperfeiçoar no idioma de Lincoln, Martin Luther King e Bill Gates.
Quando tive cargos de editor na Folha de S.Paulo e na Veja São Paulo, cansei de entrevistar candidatos a estágio egressos de escolas caras como o Santa e o Vera. Sempre me respondiam que não conseguiam fazer uma entrevista em inglês. Filhos da elite que adora dizer que "educação é prioridade do Brasil", mas que jamais pegam um livro na frente dos filhos.
Vender cultura
Além do idioma, Fernanda, Waltinho e Selton estão chacoalhando nossas convicções em outro métier. No mundo da cultura é quase obrigatório ser antiamericano. Desprezar Hollywood e avacalhar essas premiações tipo-Oscar. Mas quem já assistiu a alguma premiação do cinema brasileiro, sabe que as nossas são ainda mais sofríveis, e nem conseguem começar pontualmente para respeitar qualquer transmissão televisiva. Nossa cultura só tem a enriquecer se for mais aberta, mais internacional.
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O trio de "Ainda Estou Aqui" está ralando no melhor estilo operário da indústria americana. Lançamentos simultâneos do filme em Roma, Londres, Toronto, peregrinação em programas matutinos e noturnos da TV americana, corpo a corpo. Trabalho é isso, seja pra um político, para um empresário querendo exportar seus produtos ou arquitetos querendo ganhar contratos. Como Fernanda declarou ao apresentador Jimmy Kimmel, "Vocês, americanos, são muito bons em vender sua cultura". Que nós aprendamos com ela a exportar a nossa.
*
O brilho de Fernanda também me traz memórias muito especiais. Era estudante de jornalismo em Santos quando "Terra Estrangeira", dirigido pelo mesmo Walter Salles, estreou na deliciosa sala de cinema do Posto 4. Um antigo posto de salva-vidas transformado em cinema de arte na praia do Gonzaga pela prefeita Telma de Souza (PT). Um cinema pé na areia por assim dizer. E os alunos da faculdade onde eu estudava faziam sua estreia no "Entrevista", jornalzinho que os pais até enquadravam. Não havia WhatAapp ou assessores de imprensa.
Sugeri ao meu editor, o professor Dirceu Fernandes Lopes, que queria entrevistar as atrizes de Terra Estrangeira. Liguei para a Videofilmes e consegui facilmente os contatos de Fernanda Torres e Laura Cardoso. Ambas foram adoráveis com este novato e explicaram vários bastidores do meu filme favorito do Waltinho. Tive certeza que ela já merecia, naquele 1996, virar estrela de Hollywood.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
Objetivo do movimento especulativo era "pressionar as expectativas de inflação, a alta dos juros e o corte de investimentos do governo", aponta a deputada
Gleisi
247 - A presidente nacional
do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou de forma contundente o movimento especulativo que levou o dólar a alcançar picos históricos no Brasil, como os R$ 6,30 observados entre novembro e dezembro do ano passado. Em postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que a recente queda da moeda norte-americana para R$ 5,90 evidencia que a valorização extrema do dólar foi motivada por especulação financeira, com impactos negativos para a economia brasileira. “Foi um movimento especulativo escandaloso, para pressionar as expectativas de inflação, a alta dos juros e o corte de investimentos e políticas sociais do governo”, escreveu.
A queda do dólar nesta sexta-feira (24) reflete um movimento contínuo de desvalorização que começou nas últimas semanas, culminando na menor cotação desde 27 de novembro. Na quinta-feira (23), a moeda norte-americana fechou em R$ 5,92, com queda de 0,35%. Já nesta manhã, o dólar continuava em queda, operando a R$ 5,907 ou menos.
Na visão de Gleisi, a disparada do dólar no final de 2024 teve como objetivo pressionar a política econômica do governo federal, favorecendo especuladores financeiros em detrimento do país. Ela destacou que os ganhos exorbitantes de determinados setores financeiros ocorreram à custa do crescimento econômico e do aumento da dívida pública, que terá bilhões de reais em juros acrescidos como resultado. “O mais grave é que o crime foi cometido à luz do sol, sob aplausos da mídia”, acusou.
Analistas financeiros mais críticos também têm apontado que o comportamento do mercado cambial nos últimos meses foi influenciado por fatores externos e internos, mas, em alguns momentos, esteve claramente descolado de fundamentos econômicos objetivos. A inflação mais controlada no início de 2025 e o anúncio de políticas econômicas mais brandas por parte dos Estados Unidos ajudaram a diminuir a pressão sobre o dólar.
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Ex-diretora relata ordem de Torres para favorecer Bolsonaro nas eleições: "Todo mundo na rua"
A ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar: ela afirmou que as ações tomadas em relação ao 2° turno das eleições foram realizadas em cumprimento às ordens de Anderson Torres. Foto: Reprodução
Marília Alencar, ex-diretora do Ministério da Justiça, afirmou à Polícia Federal (PF) que Anderson Torres, seu chefe em 2022, ordenou que fossem ampliadas as equipes de segurança nas ruas durante o segundo turno das eleições presidenciais. Segundo Marília, Torres também tentou alterar o planejamento original da PF para a data, conforme informações do colunista Aguirre Talento, do UOL.
A PF concluiu que as ordens tinham como objetivo influenciar o resultado das eleições em favor do então presidente Jair Bolsonaro (PL), motivo pelo qual Torres foi indiciado no relatório final da investigação por dificultar ou restringir o voto dos eleitores.
No depoimento, Marília enfatizou que seguiu diretamente as instruções de Torres em relação ao segundo turno. Ela também declarou que o ex-ministro mentiu ao afirmar que ela teria agido por conta própria. Marília mencionou ainda que Torres demonstrava preocupação especial com a Bahia, estado onde o presidente Lula (PT) obteve uma votação expressiva.
Após o primeiro turno, Torres convocou uma reunião com membros do ministério, além de dirigentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), exigindo reforço no policiamento para o segundo turno. Na ocasião, os chefes das corporações explicaram que, no primeiro turno, parte das equipes ficou apenas de sobreaviso devido ao congelamento de recursos para diárias.
A investigação aponta que Torres usava notícias falsas sobre compra de votos como justificativa para intensificar as operações, principalmente no estado da Bahia.
“Todo mundo na rua”
Segundo o depoimento de Marília, Torres insistiu na ampliação do efetivo policial, dizendo: “Tem que aumentar o efetivo, tem que aumentar o efetivo, não, tem que ser 100%, eu quero todo mundo na rua”.
Por conta dessa ordem, Marília solicitou dados às corporações sobre a distribuição das equipes da PF e PRF no segundo turno, algo que não foi realizado no primeiro. Torres teria analisado os dados e criticado a concentração das forças em áreas próximas às capitais, pedindo um novo planejamento a ser enviado à PF.
Anderson Torres e Jair Bolsonaro (PL): para a PF, as ordens de Torres tinham o objetivo de interferir no resultado do segundo turno e favorecer o ex-presidente. Foto: Reprodução
A ex-diretora também relatou que a postura de Torres causou estranheza entre os agentes da PF, uma vez que a corporação não realiza policiamento ostensivo, nem mesmo durante o período eleitoral.
Em depoimento, Torres negou ter dado essas ordens e afirmou que o relatório com a nova distribuição foi feito por iniciativa dos subordinados. Confrontada com essas alegações, Marília reafirmou que seguiu instruções diretas do ex-ministro.
Marília ainda revelou que Torres, durante uma visita à Superintendência da PF na Bahia antes do segundo turno, pediu a ela, por telefone, uma cópia da planilha de planejamento das equipes no estado.
“Ele ligou e perguntou: ‘Você tem aquela planilha sobre a Bahia? Sobre a distribuição do efetivo?’ Eu falei que não tinha, mas que poderia buscar com o [Leo] Garrido [delegado da equipe dela]. Ele pediu que eu enviasse para ele e para o DPF Almada. Respondi que sim, claro”, contou Marília. A planilha foi repassada a Leandro Almada, que na época era o superintendente da PF na Bahia.
Lula se reúne com ministros para elaborar plano para baratear alimentos
Créditos: Ricardo Stuckert
Por Yuri Ferreira
ECONOMIA24/1/2025
Nesta sexta-feira (24), o presidente Lula se reunirá
com diferentes ministros do governo para discutir um plano de redução no preço dos alimentos no país.
Apesar da inflação em 2024 ter registrado uma taxa de 4,83%, o setor de alimentação e bebidas apresentou uma alta significativa de 7,69%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A reunião contará com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, vice de Geraldo Alckmin. Também participarão a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiavelli; o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello; e o diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. A reunião está marcada para as 9h30, no horário de Brasília.
O governo estuda medidas para conter a inflação e reduzir os preços dos alimentos no mercado. Entretanto, busca evitar medidas impopulares ou excessivamente intervencionistas, como o congelamento de preços, e pretende manter a responsabilidade fiscal, descartando a possibilidade de subsídios aos alimentos.
Uma das alternativas discutidas é a criação de um programa semelhante ao Farmácia Popular, que contaria com uma rede de pequenos varejistas oferecendo alimentos a preços mais baixos que os dos grandes supermercados, sem a necessidade de subsídios.
Por outro lado, a proposta de alterar a validade dos alimentos, apresentada pela iniciativa privada por meio da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), não foi considerada pelo governo.
Previsão: Após dias de calor, temporais devem voltar com força no Sul e no Sudeste
A previsão do tempo aponta que os temporais devem voltar com força nas regiões Sul e Sudeste do país a partir desta sexta-feira (24), depois de uma semana com temperaturas recorde em diversas capitais.
A expectativa é de uma leve diminuição no calor nos próximos dias, segundo os metereologistas do Climatempo.
A tendência é que as capitais que vinham registrando máximas acima dos 35°C tenham marcas mais próximas aos 30°C nos próximos dias. As temperaturas devem cair por volta de 4 ou 5 graus até o fim de semana.
Para a região Sul, são esperados chuva volumosa, granizo e ventos intensos, de até 80 km/h. Há risco de alagamentos e queda de árvores. No Norte e no Nordeste a expectativa também é de chuva volumosa, mas com menos chance de temporais. Amapá, norte do Pará, Maranhão, Piauí e norte do Ceará devem registrar grandes acumulados.
Previsão para o fim de semana
No fim de semana, a previsão para o Centro-Sul é também de calor e pancadas de chuva, principalmente na parte da tarde e da noite. Uma frente fria deve se formar no sábado (25), mantendo o risco de temporais na região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Expectativa é de uma leve diminuição no calor nos próximos dias.
No domingo (26), os temporais se espalham para Minas Gerais, parte do Espírito Santo e também no Centro-Oeste. A chuva também deve continuar no Norte e no Nordeste, atingindo Amapá, norte do Pará, norte do Maranhã, Acre, Amazonas, Rondônia e até Tocantins.
Calor ‘adiabático’
O aumento nos termômetros, principalmente no Sudeste, não tem relação com a onda de calor que esquentou parte do Sul e de Mato Grosso do Sul. Na região, o fenômeno responsável pelo calorão é o “aquecimento adiabático”.
O calor do início da semana na região é uma combinação de três fatores: Diminuição da nebulosidade e da chuva; Ausência de ventos frios de origem polar e Aquecimento adiabático.
O grupo de defesa dos impostos Patriotic Millionaires destacou recentemente uma pesquisa realizada pela Survation que
entrevistou mais de 2.000 pessoas em países do G20. As conclusões revelam que a maioria (72%) vê a extrema concentração de riqueza como uma ameaça à democracia, contribuindo para o declínio da confiança tanto nos meios de comunicação social como no sistema judicial.
Além disso, uma carta aberta assinada por 370 indivíduos ultra-ricos cobra dos líderes mundiais o enfrentamento aos danos causados pela extrema concentração de riqueza e que “tracem um limite” para proteger as democracias.
A desigualdade de riqueza global continua a aumentar, com os indivíduos mais ricos acumulando fortunas sem precedentes, enquanto milhões lutam para sobreviver. Relatórios e dados recentes revelam fortes contrastes na distribuição da riqueza, destacando o fosso crescente entre os ultra-ricos e o resto da população.
Um outro dado que merece atenção trata da chamada “nova era da riqueza herdada”. De acordo com o relatório “UBS Billionaire Ambitions”, até 2022 a herança respondia à menor parte da fortuna acumulada pelos bilionários. Em 2023, a herança passou a representar a maior parte, ou seja, mais do que a riqueza gerada por meio do trabalho.
Desde as fortunas crescentes de alguns até à proporção cada vez menor de ativos detidos pelos mais pobres – apenas 6% – estas conclusões sublinham a necessidade urgente de ação para resolver as disparidades econômicas.
Concentração de riqueza: em 2024 surgiram 204 novos bilionários
Relatório da organização não governamental (ONG) internacional Oxfam sobre concentração de renda mostra que o ritmo de concentração em 2024 teve novo pico, a exemplo do que ocorreu durante a pandemia de covid-19. Surgiram 204 novos bilionários no planeta, e o ritmo de enriquecimento dos super-ricos aumentou três vezes em relação a 2023.
Os bilionários, pouco mais de 2.900 pessoas, enriqueceram, em média, US$ 2 milhões por dia. Os dez mais ricos, por sua vez, enriqueceram em média US$ 100 milhões por dia. Alguém que receba um salário mínimo no Brasil demoraria 109 anos para receber R$ 2 milhões e, pela cotação atual, 650 anos para receber U$$ 2 milhões.
“No ano passado, a Oxfam previu um trilionário em uma década. Se as tendências atuais continuarem, haverá agora cinco trilionários em uma década. Enquanto isso, de acordo com o Banco Mundial, o número de pessoas que vivem na pobreza praticamente não mudou desde 1990”, destaca o relatório, que aponta que os 44% mais pobres do mundo vivem com menos de US$ 6,85 por dia.
247- Dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o Brasil ocupa a 7ª posição no ranking de países com maior paridade do poder de compra (PPC). Segundo o levantamento, o país aparece à frente de nações como Indonésia, França e Reino Unido. A lista é liderada pela China.
A PPC é um método de comparação entre as economias que leva em conta o custo de bens e serviços em diferentes países. Em vez de usar apenas taxas de câmbio de mercado, que podem distorcer o valor real da economia por variações cambiais ou especulação, a PPC ajusta os valores para refletir quanto é possível comprar em cada país com a mesma quantidade de dinheiro.
Isso faz com que o tamanho relativo da economia de países como o Brasil pareça maior em PPC em comparação com o PIB nominal, já que o custo de vida mais baixo permite maior poder de compra com a mesma moeda.
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MPF cobra tombamento de prédio onde Rubens Paiva foi morto
Igor Mello
O MPF (Ministério Público do Rio de Janeiro) expediu na última terça-feira (21) um ofício recomendando que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) dê prioridade ao processo de tombamento da sede do antigo Doi-Codi no Rio de Janeiro.
O prédio abriga hoje uma unidade do Exército. Durante a Ditadura Militar, foi um espaço de tortura e assassinato de opositores do regime. Entre eles o ex-deputado federal Rubens Paiva, cuja história é retratada no filme “Ainda estou aqui”.
Tombamento se arrasta desde 2013
De acordo com o MPF, o processo de tombamento se arrasta no Iphan desde 2013. O prédio fica na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Hoje, abriga o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro.
O MPF relata que, ao longo da última década, o Exército criou dificuldades para o tombamento do prédio. Entre outras ações, dificultou o acesso ao imóvel para que as avaliações necessárias fossem feitas.
No dia 12 de janeiro, familiares de vítimas da ditadura e militantes por reparação fizeram uma manifestação na Praça Lamartine Babo, ao lado do antigo DOI-Codi. No ato, cobraram o tombamento do quartel e pediram que o prédio seja transformado em um centro de memória.
Obra sobre história de Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva, morto pela Ditadura, concorre a Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e Melhor Atriz
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Aquiles Lins
247 - O ator Selton Mello comemorou as três indicações de "Ainda Estou Aqui' ao Oscar 2025, anunciadas nesta quinta-feira (23). Longa é o primeiro filme brasileiro a ser indicado a Melhor Filme, a principal categoria da premiação. O filme também foi indicado nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com a atuação de Fernanda Torres.
Em publicação nas redes sociais, Selton Mello listou vários motivos pelos quais Ainda Estou Aqui já é vitorioso. “Muitas camadas. Nosso país precisava desse filme. O mundo todo precisava desse filme. Nesse exato momento, três indicações ao Oscar: com a de melhor filme nós entramos para a história para sempre. Ainda estamos aqui. Eunice, Rubens, nós & vocês", escreve o ator.
Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre seu pai, Rubens Paiva, que foi vítima da ditadura militar brasileira, mas foca na história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado. Interpretada por Fernanda Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice, Eunice enfrentou a tragédia do desaparecimento de seu marido, interpretado por Selton Mello, durante o regime militar.
No começo de janeiro, Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em filme de drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui, e trouxe a estatueta inédita para o país.
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247 - A atriz Fernanda Montenegro, de 95 anos, celebrou a indicação de sua filha, Fernanda Torres, ao Oscar 2025, por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui.
A atriz concorrerá ao prêmio de Melhor Atriz, enquanto a produção brasileira também disputa as categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Filme – um feito histórico, pois é a primeira vez que um filme brasileiro concorre à estatueta principal do Oscar.
Em uma postagem nas redes sociais, Fernanda Montenegro compartilhou sua felicidade e, ao mesmo tempo, prestou uma homenagem ao ex-companheiro Fernando Torres, que faleceu em 2008. “Eu, Fernanda Montenegro e Fernando Torres — onde ele quer que ele esteja — estamos felizes e realizados, em estado de aleluia pelas indicações de Fernanda Torres e Walter Salles ao importante prêmio do Oscar. Um ganho cultural para o Brasil. Meu coração de mãe em estado de graça”, escreveu a atriz.
Fernanda Torres, indicada por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui, repetiu o feito da mãe, que foi a única atriz brasileira a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1999, por sua performance no aclamado Central do Brasil.
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247 - O presidente Lula (PT) celebrou pelas redes sociais nesta quinta-feira (23) as três indicações do filme brasileiro “Ainda estou aqui” ao Oscar 2025.
Depois de ganhar o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama, a brasileira Fernanda Torres teve sua indicação ao Oscar formalizada. Ela vai concorrer à categoria de Melhor Atriz, enquanto o filme como um todo disputará o prêmio de Melhor Filme - sendo a primeira vez do Brasil nesta que é a principal categoria da premiação - e Melhor Filme Internacional.
“A turma de ‘Ainda estou aqui’ já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, MELHOR FILME. Quanto orgulho! Beijo para Fernanda Torres e Walter Salles”, publicou o presidente.
Melhor Atriz
Fernanda Torres ("Ainda estou aqui")
Mikey Madison ("Anora")
Demi Moore ("A substância")
Karla Sofía Gascón ("Emilia Pérez")
Cynthia Erivo ("Wicked")
Melhor Filme Internacional
"Ainda estou aqui" (Brasil)
"Emilia Pérez" (França)
"Flow" (Letônia)
"A Garota da Agulha" (Dinamarca)
"A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha)
Melhor filme
"Emilia Pérez"
"O brutalista"
"Anora"
"Conclave"
"Um completo desconhecido"
"Ainda estou aqui"
"Nickel Boys"
"Wicked"
"Duna: Parte 2"
"A substância"
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247 - Após o anúncio das indicações ao Oscar 2025, a atriz Fernanda Torres celebrou emocionada nas redes sociais sua indicação ao prêmio de Melhor Atriz por sua atuação no filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles. Em um vídeo publicado, ela repetiu a frase que marcou sua vitória no Globo de Ouro no início do mês: "A vida presta e muito. Confie! Beijo imenso, Fernanda". Esta é a segunda vez que uma integrante da família Torres-Montenegro é reconhecida pela Academia. Há 26 anos, sua mãe, Fernanda Montenegro, foi indicada ao Oscar na mesma categoria por "Central do Brasil", também dirigido por Salles.
A notícia repercutiu amplamente, com manifestações de apoio e orgulho de personalidades e autoridades. No X, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o feito: “A turma de 'Ainda Estou Aqui' já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, Melhor Filme. Quanto orgulho! Beijo para Fernanda Torres e Walter Salles”.
O ator Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva no longa, também celebrou. Em seu perfil no Instagram, postou uma foto ao lado de Torres e Salles e escreveu: "Brasil no topo".
Três indicações históricas
O filme "Ainda Estou Aqui" alcançou reconhecimento em três categorias principais: Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (23), diretamente de Los Angeles, reforçando a relevância internacional do cinema brasileiro.
Na categoria de Melhor Atriz, Torres concorre com Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón, Mikey Madison e Demi Moore. Já na disputa por Melhor Filme, a produção brasileira está ao lado de grandes títulos como Anora, O Brutalista, Um Completo Desconhecido, Conclave, Duna: Parte 2, Emilia Pérez, Nickel Boys, A Substância e Wicked.
Além disso, o longa brasileiro disputa o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro contra obras de destaque como A Garota da Agulha (Dinamarca), Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).
Um marco para o cinema brasileiro
Fernanda Torres já havia entrado para a história ao receber, no início de janeiro, o Globo de Ouro de Melhor Atriz na categoria Drama, tornando-se a primeira brasileira a conquistar o prêmio. Agora, com a indicação ao Oscar, seu nome reforça o protagonismo da família no cenário cinematográfico global, ecoando o feito de sua mãe décadas antes.
"Ainda Estou Aqui" aborda temas de memória e reparação histórica, com uma narrativa sensível e poderosa que reflete a marca de Walter Salles. A obra também destaca interpretações marcantes, como a de Selton Mello, e apresenta uma fotografia e trilha sonora que cativaram o público e a crítica internacional.
A cerimônia de entrega do Oscar 2025 será realizada em 9 de março, em Los Angeles, e promete ser um momento de celebração para o cinema nacional. "Ainda Estou Aqui" não apenas levou o Brasil ao topo das principais premiações do ano, mas também reafirmou a força de suas histórias e talentos no cenário global.
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