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sábado, 25 de junho de 2022

Toy Story: 10 curiosidades sobre a franquia que você (ainda) não sabe


Conheça curiosidades sobre a franquia de "Toy Story", lançada em 1995 - Divulgação
Conheça curiosidades sobre a franquia de "Toy Story", lançada em 1995 Imagem: Divulgação

Mariana Assumpção

da Ingresso.com

25/06/2022 

"Toy Story" (1995) foi um grande marco para a animação nos cinemas. Sua trama inspiradora e sensível, capaz de trazer lições sobre amizade, trabalho em equipe e apoio incondicional, fez história nas telonas mundo afora.

A produção na qual os brinquedos ganham vida revolucionou a indústria cinematográfica por ser a primeira animação desenvolvida inteiramente por computação gráfica. Sim, muitas já utilizavam a técnica pontualmente, mas nunca havia se criado um longa-metragem totalmente animado por CGI (Imagens Geradas por Computador).


Buzz Lightyear existiu mesmo? Entenda a trama do novo filme de 'Toy Story'

E não foram apenas os atributos técnicos e inovadores que tornaram a saga única: seus personagens cativantes roubaram a cena, com um carisma que rendeu desdobramentos em séries, jogos eletrônicos e muitos outros derivados.

Anos de sucesso ajudaram a desenvolver a ideia de "Lightyear", novo spin-off de "Toy Story". No longa, que já está em cartaz nos cinemas, acompanhamos a história do patrulheiro espacial que inspirou a criação do boneco Buzz, um dos brinquedos favoritos de Andy na franquia.

O longa de animação da Disney/Pixar apresenta uma aventura imperdível para os fãs deste universo, que agora podem explorar as origens de Buzz, Zurg e outras referências à saga original.

A franquia cinematográfica garante números incríveis de bilheteria há quase trinta anos e, nesta lista, selecionamos 10 curiosidades que você provavelmente desconhece sobre Toy Story e toda a sua história de sucesso. Confira!

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Buzz Lightyear em cena de Toy Story 4 Imagem: Divulgação

#1 | O BUZZ QUASE FICOU DE FORA

Inicialmente, os protagonistas de "Toy Story" (1995) seriam um boneco de ventríloquo e o pequeno Tinny.

O brinquedo de lata seria reaproveitado pela Pixar, já que o personagem originalmente estrelou o curta-metragem Tin Toy (1988), que pode ser assistido acima. Por ser considerado um boneco antiquado, os produtores decidiram criar uma figura de ação mais alinhada aos desejos de consumo das crianças dos anos 90, inserindo Buzz Lightyear no roteiro final.

#2 | SID DA VIDA REAL

O jovem Sid Phillips, responsável pela criação dos brinquedos bizarros que vemos no primeiro longa, foi inspirado em uma figura real.

O personagem é baseado em um ex-funcionário da Pixar, conhecido na empresa por desmontar brinquedos e usar as peças para construir novas figuras macabras. Esquisito, não?

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Cenas de "Toy Story" (1995) e o "O Iluminado" (1980) Imagem: Reprodução

#3 | REFERÊNCIAS DE TERROR

A franquia "Toy Story" é bastante conhecida por seus easter eggs e autorreferências, mas um deles é bastante incomum e deslocado do universo lúdico e infantil que o a história exalta.

Na casa do perverso Sid, o piso tem o mesmo padrão do carpete visto em "O Iluminado" (1980).

O desenho geométrico aparece em outras ocasiões ao longo dos filmes e derivados da saga, e o terror clássico dirigido por Stanley Kubrick ainda é referenciado através do número 237: placas de carro e mensagens instantâneas carregam essa menção em diversas cenas da saga "Toy Story". O número é o mesmo do quarto mais assustador do Hotel Overlook, local onde a trama de "O Iluminado" se passa.

#4 | BUZZ LIGHTYEAR OU MIKE WAZOWSKI?

Quando os produtores definiram o co-protagonismo de Buzz em "Toy Story" (1995), o ator Billy Crystal foi sondado para ser a voz oficial do personagem. Envolvido em outros projetos, Crystal acabou declinando do convite.

Depois da estreia do longa, o astro se arrependeu amargamente de ter rejeitado a oferta. Mas isso não fechou as portas para Crystal nas animações: anos mais tarde, quando o estúdio o convidou para interpretar Mike Wazowski em Monstros S.A. (2001), sua esposa foi quem atendeu o telefone. Ela chamou o marido e explicou que John Lasseter, diretor de criação da Pixar, queria falar com ele. Crystal o atendeu e disse "sim" instantaneamente, antes mesmo que Lasseter tivesse tempo de explicar o motivo da ligação.

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Cena da animação "Monstros S.A" com Mike Wazowski Imagem: Divulgação / Disney

#5 | ROTEIRO DE MILHÕES

"Toy Story" não conquistou apenas as crianças e adultos que se encantaram com a magia dos brinquedos falantes: sua história também cativou os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 1996, o longa foi a primeira animação da história a concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro.

#6 | UMA LICENÇA MATERNIDADE SALVOU A FRANQUIA

Quando "Toy Story 2" (1999) já estava praticamente finalizado, um funcionário da Pixar deletou, acidentalmente, uma série de arquivos que faziam parte da animação: personagens, cenários, texturas - tudo foi perdido. O estúdio ainda mantinha alguns salvos por precaução, mas a maioria estava corrompida e não poderia ser utilizada. Com quase todo o filme comprometido, um desespero generalizado tomou conta da equipe.

Foi aí que Galyn Susman, uma das diretoras envolvidas na produção, salvou o dia: ela sempre mantinha uma versão atualizada do projeto para que pudesse acompanhar o seu andamento de casa, enquanto cuidava de seu bebê recém-nascido. Usando os arquivos do computador de Galyn, recuperados durante a sua licença-maternidade, o segundo filme da franquia pôde ser lançado no tempo previsto.

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Barbie e Ken em "Toy Story 3", filme da Disney Pixar Imagem: reprodução/Disney Pixar

#7 | ANDA, BARBIE! VAMOS, BARBIE!

Uma das versões do roteiro de "Toy Story" (1995) mostrava Barbie, a boneca mais popular do planeta, como uma das personagens centrais da trama. Ela seria o interesse amoroso de Woody, sendo substituída posteriormente por Betty, a pastora de porcelana.

A Pixar tentou trazer a Barbie para o longa, através de um acordo de licenciamento com a Mattel. Entretanto, a fabricante de brinquedos alegou que não gostaria de imprimir uma personalidade única a um de seus principais produtos. Assim, a negociação acabou não indo para frente.

Porém, após o sucesso do primeiro filme e o aumento das vendas de brinquedos que toparam a parceria com a Pixar, como o Sr. Cabeça de Batata, a Mattel voltou atrás a tempo: além de fazer sua estreia na franquia em "Toy Story 2" (1999), a boneca ganhou uma edição especial chamada Tour Guide Barbie, baseada na versão animada.

#8 | AMIGO ESTOU AQUI?

Tom Hanks e Tim Allen, que emprestam suas vozes a Woody e Buzz, respectivamente, fizeram questão de gravar suas falas ao mesmo tempo em "Toy Story 3" (2010), o que raramente é feito em longas de animação.

A química entre os personagens da animação se reflete na vida real, e Tom Hanks já explicou que ele e Allen são grandes parceiros, creditando a amizade de décadas ao trabalho que compartilham em "Toy Story". Ao Cinema Blend, Hanks disse: "Na verdade, nos tornamos muito próximos simplesmente por causa da união entre Woody e Buzz". Fofos!

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Buzz Lightyear e Woody em cena de Toy Story 4 Imagem: Divulgação

#9 | BILHETERIA BILIONÁRIA

Atingir a marca de 1 bilhão de dólares nos cinemas é um feito para poucos - e, quando se trata de animações, é ainda mais difícil alcançar cifras tão altas. Mesmo assim, a franquia fez história mais uma vez em 2010: "Toy Story 3" foi o primeiro longa animado a ultrapassar esse valor em bilheteria - a produção acumulou US$ 1,066 bilhão nas telonas globais.

#10 | O ADEUS AGRIDOCE DE WOODY

Embora "Toy Story" tenha sido lançado em 1995, Tom Hanks começou a gravar as falas do xerife Woody ainda em 1991, quatro anos antes do lançamento do longa.

Quem assistiu a "Toy Story 4" (2019) sabe que o arco do personagem parece ter chegado ao fim, e Hanks também encara o longa como a sua despedida da franquia, Em entrevistas concedidas após o lançamento da animação, o ator revelou sentimentos conflitantes sobre o seu adeus a Woody: "Eu nunca comecei uma sessão de gravação sem desejar que já tivesse acabado. Woody está tenso o tempo todo. É exaustivo demais", contou.

Porém, mesmo depois de quase três décadas cansativas emprestando sua voz ao cowboy, Tom Hanks é muito grato por poder ter seu trabalho imortalizado em uma franquia tão importante: "Eu tenho bisnetos que ainda precisam nascer para dizer: 'Ei, esse é o meu bisavô em 'Toy Story'. E vai durar muito, porque eles continuam assistindo a 'Branca de Neve e os Sete Anões' e ainda estão ouvindo Jiminy Cricket (Grilo Falante) cantar as mesmas músicas - e o mesmo vai acontecer comigo", explicou ele. 

https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/06/25/toy-story-10-curiosidades-sobre-a-franquia-que-voce-ainda-nao-sabe.htm

Prêmio de R$ 196 milhões: veja dezenas sorteadas na Quina de São João - Quina de São João, assim como Mega da Virada, não acumula, e ganhador pode levar segundo maior

 Júlia Portela

A Quina de São João sorteou, neste sábado (25/6), o segundo maior prêmio da história do concurso. Quem acertar as cinco dezenas levará até R$ 196 milhões para casa. 

Veja as dezenas sorteadas: 35 – 36 – 49 – 75 – 80

O sorteio foi feito durante a festa de São João de Campina Grande, na Paraíba. 

A Quina de São João não acumula, assim como a famosa Mega da Virada. 

Portanto, caso ninguém acerte as cinco dezenas, o prêmio será dividido para as apostas que acertarem quatro dezenas e assim por diante. 
https://www.metropoles.com/brasil/premio-de-r-196-milhoes-veja-dezenas-sorteadas-na-quina-de-sao-joao

Áudios mostram Bolsonaro usando a PF para minar a PF que combate corrupção


Leonardo Sakamoto - 

Colunista do UOL

25/06/2022 

Gravações de Milton Ribeiro indicam que o presidente Jair Bolsonaro usou informação privilegiada da Polícia Federal para avisar seu ex-ministro de que a instituição faria uma operação contra ele - o que poderia ter dado tempo para que provas fossem destruídas. E o próprio Bolsonaro, preservado.

Se não acha isso preocupante, troque PF por Polícia Civil e o ministro por um suspeito de chefiar o crime organizado em uma comunidade. Imagine um governante avisando o investigado para que ele tenha tempo de se proteger.

A diferença, neste caso, é que a suposta organização criminosa envolvendo Ribeiro, pastores evangélicos que cobravam propina em ouro e nomes do centrão tinham acesso a bilhões de reais de recursos do Ministério da Educação. Ou seja, uma operação bem maior.

Bolsonaro se dedicou ao longo do mandato para vender a falsa imagem de que seu governo está livre de corrupção. Nos últimos meses, a enxurrada de reportagens com denúncias de sobrepreço milionário na compra de ônibus escolares rurais e de kits de robótica e de escolas construídas pela metade apenas para eleger seus aliados tornou o trabalho mais hercúleo.

A isso soma-se os pedidos de propina para a compra de vacinas contra a covid-19 em negociações envolvendo o Ministério da Saúde e as compras mal explicadas de Viagra e próteses penianas para levantar o moral do Ministério da Defesa.

Há uma parcela de 17% da população que acredita em absolutamente tudo o que Jair diz, segundo o último Datafolha. Esses fanáticos creem que há um complô contra seu "mito" e que Fabrício Queiroz, seu amigo e operador de desvios de recursos públicos, é um trabalhador injustiçado. Esse grupo até põe fé quando Bolsonaro diz que zela pela transparência, mesmo que, logo depois, ameace meter a porrada na boca de um jornalista que perguntou a razão de Queiroz ter depositado R$ 89 mil na conta da primeira-dama, Michelle.

Esse pessoal não vai mudar sua posição com as denúncias de interferência de Jair na cúpula da instituição para proteger aliados.

Tampouco a parcela dos bolsonaristas que sabe que Messias é mito, mas não é santo, mas não se importa com isso. Para eles, não há problema algum se o bolsonarismo usar a PF porque acham que, no seu lugar, o PT faria a mesma coisa. E vale tudo para ajudar a livrar o Brasil do fantasma (inexistente) do comunismo, inclusive fechar o olho para quem proteger a corrupção.

Agora, há também um eleitorado em disputa, que não está sofrendo tanto com a crise como os mais pobres, e está de olho em outras características dos candidatos - para além de sua capacidade de gerir a economia.

Esse grupo pode ser especialmente atingido caso as investigações continuem mostrando que o presidente sequestrou uma parte da Polícia Federal para proteger a si mesmo, seus familiares e aliados próximos, jogando-a sobre a outra parte, independente, que insiste em cumprir o seu papel constitucional de investigar danos aos cofres públicos.

Não à toa, a campanha do presidente ficou irritadíssima com a divulgação da pesquisa XP/Ipespe, no dia 3 de junho, que apontou que Lula (35%) ficou numericamente à frente de Bolsonaro (30%) quando os entrevistados foram questionados sobre qual candidato tem mais a característica de "honestidade". Os ataques bolsonaristas à pesquisa fizeram com que ela deixasse de ser semanal.

Essa é uma das boias em que ele se agarra agora, uma vez que o país ostenta 33 milhões de famélicos e uma inflação de 12,04% ao ano, que reduz a quantidade de comida no carrinho de supermercado e aumenta a pilha de boletos em aberto da maioria da população.

Segundo o Datafolha, divulgado nesta quinta (23), Lula venceria hoje no primeiro turno, sendo empurrado por quem ganha até dois salários mínimos (grupo em que o petista ganha do presidente por 56% a 22% e representa 52% do país). Por conta disso, Bolsonaro tem corrido para aprovar um pacote de medidas desesperadas. Entre elas, subir o Bolsa Família, ops, Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.

Como o impacto disso é incerto, ele precisa garantir que a parte do eleitorado que coloca a corrupção como preocupação acima da economia, não o rejeite na hora de escolher entre ele e Lula. Principalmente o eleitor que, hoje, não está com ele, mas pode vir a estar.

O que casos como os que inundaram o noticiário nestes dias, apontando que o presidente baixou uma "mão peluda" sobre a Polícia Federal, fazendo com que a cúpula minasse o trabalho de seus delegados e agentes, que tentam descobrir como funcionava um esquema de corrupção dentro do Ministério da Educação, não ajuda em nada.

Pois só comprova o Bolsonaro que deixou claro que não tem problema em interferir em órgãos de segurança pública, como na famosa reunião ministerial de 22 de abril de 2020. "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", disse.

A situação pode não tirar tantos votos do presidente por conta do comportamento de seus eleitores, mas não fará com que ganhe nenhum - o que, a menos de 100 dias das eleições, é péssimo para Jair. Ainda mais se o Senado demonstrar que honra sua história e instalar a CPI do MEC. 

https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2022/06/25/economia-definira-eleicao-mas-mao-peluda-de-bolsonaro-na-pf-afasta-voto.htm

Bolsonaro não está preocupado com caminhoneiros; quer álibi contra crime eleitoral, diz Josias

 Governo e Congresso articulam a instituição de um estado de emergência para viabilizar o pagamento do auxílio a caminhoneiros sem risco de infringir a lei eleitoral.

O objetivo é blindar o presidente Jair Bolsonaro contra restrições fiscais e, principalmente, eleitorais.

A legislação proíbe a implementação de novos benefícios no ano de eleições.



No Jornal da Cultura deste sábado, você vai ver: Série de protestos acontecem nos EUA após revogação do direito ao aborto; CPI do MEC já tem assinaturas suficientes para começar; Nova pesquisa confirma que voto feminino ainda é maioria no Brasil; Parque da Ciência é inaugurado em São Paulo pelo Instituto Butantan.

 


Todas as vezes que Bolsonaro "interferiu" na PF

 


25/06/22- Faltam 99 dias para as nossas eleições!

 Pesquisas eleitorais ainda mantém chances de Bolsonaro chegar a um segundo turno.

Mas o que acontece com parcela de nossa sociedade?
Será possível curar essa moléstia social que se abateu sobre uma parcela do Brasil?
Bolsonaro age sem nenhuma estratégia?
Quem lucra com o que acontece no país? Bolsonaro irá acentuará sua estratégia baseada na teoria do PÂNICO MORAL! Mas o que é isso?
Vamos analisar.

Bolsonaro, o Bolsolão do MEC e as eleições. Marco Antonio Villa

 


Pastor preso pela PF disse que iria 'destruir todo mundo', mostra jornal


Pastor Arilton Moura, apontado como lobista em "gabinete paralelo" no MEC - Luiz Fortes/MEC
Pastor Arilton Moura, apontado como lobista em 'gabinete paralelo' no MEC Imagem: Luiz Fortes/MEC

Do UOL, em São Paulo

24/06/2022 18h15

Atualizada em 25/06/2022 10h02

O pastor Arilton Moura, apontado como um dos líderes do gabinete paralelo no MEC (Ministério da Educação), ligou para seus advogados logo após ter sido preso pela PF (Polícia Federal) e levado à sede da corporação no Pará. 

Na conversa, o religioso disse que iria "destruir todo mundo" se o caso chegasse a sua família, e pede que a equipe de defesa tranquilizasse a esposa.

"Eu preciso que você ligue para a minha esposa... acalme minha esposa... porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo", disse. 

O trecho do diálogo, e que consta nas investigações, foi divulgado hoje pelo jornal O Globo.

A Operação da Polícia Federal "Acesso Pago", que culminou com a prisão de Milton Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, apura suspeitas de corrupção e tráfico de influência na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Os pastores, que não tinham cargo no MEC, são acusados de montar um "balcão de negócios" dentro da pasta ao supostamente cobrar propinas de prefeitos em troca de liberação de recursos do FNDE.

 O caso foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo". 

Os pedidos de propina incluíam ouro, além de outros favores.

Os pastores possuem 45 registros de entradas no Palácio do Planalto, na sede da Presidência da República, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022. 

Ao todo, os registros representam 35 visitas, pois em dez ocasiões, ambos os pastores estiveram juntos no Planalto. 

A relação de entradas e saídas dos dois foi divulgada em abril pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). 

(Entenda as suspeitas clicando aqui)

Procurada pelo UOL, a defesa de Arilton Moura não se manifestou.

Milton Ribeiro sabia de operação

O delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini afirmou que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, "estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência".

 No despacho enviado à Justiça Federal e obtido pelo UOL, o policial também disse que Ribeiro recebeu a informação "supostamente" através de ligação recebida do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Calandrini, as intercepções telefônicas detectaram três conversas que chamaram a atenção da PF; a primeira entre Milton Ribeiro e Waldomiro de Oliveira Barbosa Júnior, no dia 3 de junho, outra entre Ribeiro e um homem identificado como Adolfo em 5 de junho, e a fala entre o ex-ministro e sua filha, Juliana Pinheiro Ribeiro de Azevedo, no dia 9 de junho. Também é citada uma conversa de Milton Ribeiro com sua esposa, Myrian Pinheiro Ribeiro, no dia 22 de junho — data em que o ex-ministro foi preso.

Hoje, o MPF (Ministério Público Federal) disse ter suspeitas de interferência do chefe do Executivo federal nas investigações referentes ao ex-ministro na Operação da Polícia Federal "Acesso Pago". 

O procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes pediu o envio de parte do caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), segundo documento obtido pelo UOL.

Na conversa com a filha, o ex-ministro da Educação disse que o presidente Bolsonaro o alertou sobre a operação de busca e apreensão que a PF faria contra ele - ação que acabou sendo realizada na última quarta-feira (22). (Confira o diálogo aqui)

Hoje também foram divulgados trechos de uma conversa na qual Myrian Ribeiro, esposa de Milton Ribeiro, disse que ele já "estava sabendo" sobre a operação, mas se recusava a acreditar. O trecho do diálogo, e que consta nas investigações, foi divulgado hoje pelo jornal O Globo.

"No fundo não queria acreditar, mas ele tava sabendo. Pra ter rumores do alto, a coisa... é porque o negócio já tava certo", disse em telefonema interceptado pela Polícia Federal. 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/06/24/preso-pela-pf-arilton-moura-pastor-lobista-disse-destruir-todo-mundo.htm

Josias de Souza - Deus e o diabo na terra dos pastores do capitão


Colunista do UOL

25/06/2022

Quando o pastor Milton Ribeiro disse para sua filha, resignado, "Deus vai cuidar", segundo diálogos captados em grampo legal, não suspeitava que, embora Ele esteja em toda parte, o demônio ainda controla o imponderável e alguns setores da Polícia Federal. "O presidente me ligou, ele tá com um pressentimento...", contou o pastor à filha. Pressentir é sentir antecipadamente a ocorrência de um fato futuro. Que antevisão teria tido Bolsonaro? "Eles podem querer atingi-lo através de mim... É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?" A filha do pastor, voz angelical, estranhou: "Ahhhh... Ele quer que você pare de mandar mensagens?"

A moça soou como se já tivesse ciência do teor dos "versículos" que seu pai despejava dentro do WhatsApp de Bolsonaro. Milton não precisou explicar que raios de versos bíblicos eram aqueles. Ele apenas atalhou a filha: "Não! Não é isso..." O problema não estava no envio de trechos do novíssimo Testamento que inspira a relação do ex-ministro com o ex-chefe. A questão era que Bolsonaro pressentira que o sacrossanto relacionamento estava prestes a ser devassado: "Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão... Em casa... Sabe?"

Por alguma misteriosa razão, a filha de Milton Ribeiro sentiu a necessidade de dar um aviso: "Eu tô te ligando de um celular normal viu, pai?" Era como se a moça, contagiada pelos pressentimentos de Bolsonaro, intuísse que a polícia poderia estar na escuta. O pai, também infectado pelo vírus da premonição, compreendeu rapidamente os temores da filha: "Ah é? Ah, então... Depois a gente fala, então, tá?"

Jacaré não é tronco

Foi nesse ponto que o pastor se apegou à fé como náufrago que agarra o jacaré imaginando que é um tronco. "Deus vai cuidar", declarou, antes de mudar o rumo da prosa. Era 9 de junho quando Bolsonaro disparou o telefonema que Milton Ribeiro relatava para a filha. O presidente se encontrava nos Estados Unidos. Participava, a convite de Joe Biden, da Cúpula das Américas. Integrava a comitiva presidencial o ministro da Justiça, Anderson Torres.

O Tinhoso estava no comando. Com os instintos premonitórios aguçados pela companhia do chefe da pasta da Justiça, superior hierárquico da Polícia Federal, Bolsonaro foi tomado de assalto (ops!) por um desejo irrefreável de conversar com o pastor Milton. Repetindo: Bolsonaro acabara de realizar uma viagem transoceânica. Sua agenda incluía um encontro com Biden, o presidente da nação mais poderosa do Planeta. Mas o capitão decidiu desperdiçar um naco do seu tempo para avisar ao ex-ministro que ele deveria se preparar para a visita da polícia. Treze dias depois, o presságio do presidente se materializaria na porta do apartamento do ex-ministro da Educação, na cidade de Santos.

Os rapazes da Polícia Federal exibiram para Milton Ribeiro dois mandados judiciais. Um de busca e apreensão, outro de prisão. Depois de varejar gavetas e armários, os agentes federais levaram preso o ex-ministro. A prisão foi relaxada no dia seguinte. Perdeu-se algo essencial numa operação policial: o fator surpresa. "No fundo, ele não queria acreditar, mas ele tava sabendo", declarou Myrian Ribeiro, mulher do pastor, noutro diálogo captado pelos grampos da PF. "Pra ter rumores do alto, a coisa... É porque o negócio já tava certo."

"Organização criminosa"

Outros membros do grupo que a PF classificou como "organização criminosa" foram submetidos, em outras praças, ao mesmo ritual litúrgico. Foram à garra, por exemplo, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, corretores de verbas do MEC junto a prefeituras. Milton, Gilmar e Arilton são exemplos acabados de uma mutação genética do espécime chamado "pastor bolsonarista".

Milton é pastor da Igreja Presbiteriana. Tem a admiração da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ascendeu ao MEC por indicação do ministro "terrivelmente evangélico" do Supremo André Mendonça, outro pastor presbiteriano. Gilmar achegou-se a Bolsonaro como presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e chefe do Instituto Teológico Cristo para Todos. A credencial de Arilton era de assessor de assuntos políticos da Convenção Nacional das Igrejas.

Suponha-se que os três tenham sido devotados servos de Deus. É o que de melhor se pode fazer por eles. Quando se deu a mutação de pastores para alvos de batidas policiais? Infelizmente, o fenômeno da involução moral é infenso a respostas com precisão científica. Poder e dinheiro, naturalmente, contam. Mas como identificar o momento exato em que as portas da tentação se abriram?

"Pedido especial" de Bolsonaro

Para efeito da investigação em curso, a coisa desandou quando a conversão ao bolsonarismo e o culto ao "mito" viraram a cabeça dos pastores e as maçanetas dos gabinetes do Planalto e da Esplanada. Os grampos da PF foram precedidos de gravação na qual a língua de Milton Ribeiro, num movimento diabolicamente celestial, admitiu que os cofres do MEC foram destravados para os pastores graças a "um pedido especial" de Bolsonaro. Para desassossego do presidente, a língua do ex-ministro revelou-se uma venenosa produtora de incontinências verbais.

Primeiro, ela, a língua, colocou Bolsonaro na posição de patrono de traficantes de verbas para a construção e aparelhamento de creches e escolas. Agora, a língua exibiu-se para os grampos da PF. Os investigadores constataram que a "organização criminosa" dispunha de linhas telefônicas desconhecidas da polícia. Mas a língua traiu o dono nas conversas com "celulares normais".

Na primeira hora do escândalo, há três meses, Bolsonaro disse que levaria sua cara de pau ao fogo por Milton Ribeiro. Não se deu conta do alto teor de combustão do óleo de peroba. Jogando lenha na fogueira, prefeitos achacados contaram que os pastores do MEC cobravam um pixuleco que variava de R$ 15 mil a R$ 40 mil para franquear o acesso às arcas bilionárias do Fundo Nacional de Desenvolvimento e Educação, o FNDE.

Ouro e bíblias

Num dos achaques, o irmão Arilton rogou que a propina fosse liquidada em ouro, Noutro, pediu que lhe comprassem mil Bíblias superfaturadas. Numa fase em que ainda era socorrido pelo benefício da dúvida, o então ministro Milton Ribeiro justificou-se alegando que já havia encaminhado as denúncias à Controladoria-Geral da União. Verdade. O diabo é que Milton não retirou os pastores de sua agenda. E as verbas do FNDE, convenientemente geridas pelo centrão, continuaram saindo pelo ladrão.

Na origem, o inquérito sobre o escândalo do MEC começou a tramitar no Supremo Tribunal Federal. Mas Bolsonaro, com as bochechas carbonizadas, viu-se compelido a estimular o pedido de demissão de Milton Ribeiro. Sem mandato, o pastor virou matéria-prima para a primeira instância. O envolvimento de Bolsonaro manteria o caso na Corte Suprema. Entretanto, o departamento de blindagem da Procuradoria-Geral da República sustentou que não havia o que investigar em relação a Bolsonaro. O caso desceu, então, para o primeiro grau. Deu no que está dando.

Bolsonaro agora diz que leva ao fogo por Milton apenas a mão, não a cara. Demora a perceber que entrou processo de autocombustão. Vangloria-se da independência da sua Polícia Federal. É desmentido pelo delegado que cuida do caso do MEC. "Houve interferência", escreveu Bruno Calandrini em carta aos colegas. Segundo o delegado, o ex-ministro "foi tratado com honrarias não existentes na lei". Ele lamentou a perda da "autonomia investigativa para conduzir o inquérito com independência e segurança institucional."

Antro de Perver$ão

A pedido do Ministério Público, o caso subiu novamente para o Supremo, agora puxado pela suspeita de que o "pressentimento" de Bolsonaro é um eufemismo para um outro crime: obstrução de Justiça. O silêncio dos bumbos do centrão indica que os pastores não estão sozinhos. O escândalo do MEC, apenas o mais recente de uma série, expõe outros personagens.

O espécime "pastor bolsonarista", em simbiose com uma fauna aliada que —manjada desde a chegada das caravelas— dispensa mutações, faz do governo "sem nenhum caso de corrupção" um antro de perver$ão. Sob Bolsonaro, não há inocentes. Há apenas suspeitos, investigados, denunciados e cúmplices. O FNDE, o cofre de onde saíram as verbas traficadas pelos pastores, encontra-se sob os republicanos cuidados de prepostos de Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto.

A corrupção tornou-se parte do sistema do presidente "antissistêmico". O bolsonarismo está tonto. Antes, guerreava para retirar Bolsonaro da encrenca, empurrando Milton Ribeiro e Cia. para a primeira instância. Agora, questiona a legitimidade do inquérito que instalou grampos na língua dos pastores.

"Vou destruir todo mundo"

Com a experiência de quem matou as provas de sua rachadinha nos tribunais superiores, Flávio Bolsonaro rosnou nas redes sociais: "Então havia gravação do ex-ministro falando que 'ele' achava que poderia ter busca e apreensão? Se 'ele' era Bolsonaro, porque o juiz e o procurador do Ministério Público Federal não remeteram os autos ao Supremo Tribunal Federal ao invés de prender o ex-ministro. Tá cheirando a 'sacanagem', além de crime, claro". O primogênito parece carregar no DNA o talento do pai para a premonição.

No primeiro ano de governo, numa crise em que levou à frigideira o então chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, Bolsonaro disse que enxergava os seus ministros como fusíveis. Eles existem como dispositivos de proteção. Queimam para evitar que o presidente e o sistema entrem em curto-circuito. O problema de um presidente que fabrica crises é a quantidade de fios desencapados que ficam pelo caminho.

No dia em que a "organização criminosa" do MEC foi em cana, o pastor Arilton Moura telefonou para um assessor. Escutado pela PF, ele soou assim: "Preciso que você ligue para minha esposa... Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo!"

Todos os cristãos genuínos devem orar para que o irmão Arilton leve às últimas consequências o seu plano de Apocalipse. A essa altura, uma nova operação abafa, com a condescendência do Supremo, autorizaria os contribuintes em dia com o fisco a ecoar Flávio Bolsonaro: "Tá cheirando a 'sacanagem'." 

https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2022/06/25/deus-e-o-diabo-na-terra-dos-pastores-do-capitao.htm

Jamil Chade - Indignados, cadê vocês?


Colunista do UOL

25/06/2022 05h45

Em Brasília, uma festa lotada com a elite da cidade celebrava a chegada do fim de semana, embalada ao som de bandas ao vivo. 

Nos bairros de classe média e alta de São Paulo, as janelas vazias indicavam que as panelas estavam em seus devidos lugares: na cozinha.

 Na avenida Paulista, o prédio da Fiesp mantinha sua cor, sem qualquer sinal de que seus ocupantes poderiam ousar usar o local como um outdoor gigante em prol do combate à corrupção.

Onde estão todos aqueles indignados que, com suas empregadas puxando os carrinhos das crianças, vestiram orgulhosamente a camisa da CBF e foram pedir um Brasil melhor e sem corrupção?

Os áudios do pastor Milton representam um sério abalo para a ideia de república num país que, de tanto sofrer golpes, já não sabe exatamente onde está o chão. 

Se seu conteúdo for confirmado, o mais assustador é que ele apenas prova que a OCDE tinha razão: a interferência de Jair Bolsonaro na Justiça.

Objetivo central da política externa brasileira, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) elaborou um documento ainda em 2020 em que tecia críticas à interferência do presidente Jair Bolsonaro sobre instituições que deveriam manter sua autonomia para lutar contra a corrupção.

Os comentários faziam parte de um documento classificado, naquele momento, de "confidencial".

Para a entidade, "aumentar a eficiência dos gastos públicos não será possível sem mais melhorias no combate à corrupção e aos crimes econômicos". 

"A aplicação de leis é um elemento necessário para evitar a impunidade e garantir a credibilidade e legitimidade das instituições. 

Os progressos na estrutura legal e institucional de aplicação da lei no Brasil têm sido fundamentais para o sucesso recente.

 Isso inclui leis e instrumentos-chave anticorrupção, tais como acordos de leniência, em combinação com o fortalecimento de órgãos de execução como a polícia federal, a unidade de inteligência financeira, o Ministério Público, o órgão fiscalizador da concorrência e as autoridades fiscais.

 Fortalecer a autonomia desses órgãos e isolá-los contra interferências políticas será fundamental para a construção de avanços no passado", defendeu.

Mas o alerta da OCDE era claro.

 "Recentemente, a autonomia de facto de todos esses órgãos tem sido questionada por interferências presidenciais incomuns no processo de seleção de postos-chave", indicou.

"Evitar interferências políticas no futuro através de processos seletivos baseados em regras e formalizar a autonomia operacional e orçamentária desses órgãos será crucial para evitar contratempos na luta contra a corrupção", sugeriu.

A suspeita, agora, é de que tal "interferência presidencial" possa ser uma realidade.

 Pena que isso caiu justamente em ano de Copa do Mundo.

 Não podemos culpar a ausência das camisas da CBF nas ruas. 

Afinal, estão guardadas para celebramos juntos que somos brasileiros "com muito orgulho, com muito amor", enquanto rezamos para que o menino milionário de 30 anos que veste o número 10 cumpra finalmente sua função de adulto.

A indignação seletiva seria a prova de que nunca foi a corrupção que de fato levou as pessoas às ruas naqueles anos de protestos? Ou o silêncio é apenas o estrondo de um país esgotado?

Seja qual for a explicação, os áudios não revelam quem é Bolsonaro. Eles escancaram quem nós somos hoje

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/06/25/indignados-cade-voces.htm

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