Contrato está em linha com o plano estratégico 2024-2028 da companhia para produção de fertilizantes
Petrobras (Foto: Reprodução)
Infomoney - A Petrobrás assinou contrato com a Unigel para industrialização por encomenda para produção de fertilizantes em suas fábricas na região Nordeste, conforme comunicado ao mercado divulgado nesta sexta-feira (29).
O acordo é resultado da parceria entre a petroleira e a Unigel, divulgado em 6 de junho deste ano. Conforme a petroleira, o contrato está em linha com o plano estratégico 2024-2028 da companhia para produção de fertilizantes.
“Os estudos para produção de projetos de baixo carbono continuarão em andamento”, acrescentou a empresa.
Credores ouvidos pelo IM Business esperavam que a Unigel chegasse a um acordo para a venda das plantas hoje alugadas para a Petrobrás para a própria estatal. Esse movimento não avançou. Mas a confirmação da locação é vista como um caminho alternativo – ainda que o valor acordado seja considerado baixo. A companhia não teria mais recursos para funcionar e, diante disso, a saída teria sido a locação para a Petrobras, diz uma fonte a par da operação.
A Unigel vem em negociações acirradas com credores , que ameaçam executar uma dívida de US$ 550 milhões depois que a empresa deixou de pagar uma parcela de juros que venceu em outubro. Esse passivo se refere a debêntures com vencimento em 2027 mas que, diante do calote no pagamento dos juros, pode vir a ser executada imediatamente.
Os esforços para a venda de ativos, entretanto, continuam. No começo de dezembro, a Unigel anunciou a alienação de uma planta no México, ativo avaliado em cerca de US$ 100 milhões. E há movimentações no sentido de outros negócios, segundo fontes.
Em novembro, a agência de classificação de risco rebaixou o rating da Unigel de ‘C’ para RD (Restricted Default). Além da ausência do pagamento dos juros, pesou na decisão da o fato de a Unigel violar o compromisso de manter, no segundo trimestre de 2023, sua alavancagem líquida na proporção de 3,5 vezes suas debêntures e chegou a um acordo com os debenturistas para que a dívida não acelerasse. Isso ocorre em um momento de desempenho financeiro fraco do segmento químico e agropecuário (a Unigel é uma importante produtora de fertilizantes nitrogenados),
Fundada em 1966, a Unigel está localizada no Brasil, nos estados da Bahia, Sergipe e São Paulo, e no México.
O abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em duas etapas
Indústria, Geraldo Alckmin (gravata azul) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR)
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou neste sábado (30) um projeto de lei que prevê incentivos para a modernização do parque fabril brasileiro.
Num primeiro momento, serão destinados R$ 3,4 bilhões para o programa.
Com a depreciação prevista no PL encaminhado pelo presidente Lula, o abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em duas etapas – 50% no primeiro ano, e 50% no segundo.
A medida valerá para as aquisições ocorridas a partir de 1 de janeiro e até 31 de dezembro.
Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que a "neoindustrialização tem tudo a ver com aumento de produtividade e competitividade".
"Não é isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que o empresário tem direito. Ou seja, o governo deixa de arrecadar agora, mas recupera lá na frente".
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em julho deste ano, mostra que o maquinário usado pela indústria brasileira tem em média 14 anos de idade, sendo que 38% dos equipamentos estão próximos de ultrapassar, ou já ultrapassaram, o ciclo de vida ideal.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, a iniciativa é "um instrumento estratégico para aumentar o investimento produtivo, fazendo com que o crescimento do PIB, ou da demanda agregada, seja estimulado por estes investimentos".
"A grande qualidade dessa política é que ela gera fluxo de caixa adicional para as empresas, estimula o investimento, modernizando nosso parque fabril com tecnologias mais avançadas, e aumenta a oferta de postos de trabalho mais qualificados, portanto, com melhor remuneração".
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Brasil ainda não retomou o nível recorde de emprego do governo Dilma, mas está a caminho de repetir o feito
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
247 – No trimestre encerrado em novembro, o país presenciou uma notável recuperação no mercado de trabalho, marcando uma retomada do curso natural de desenvolvimento que foi interrompido por eventos adversos, como a sabotagem ao governo Dilma Rousseff, a Lava Jato, o golpe de estado de 2016 e o choque neoliberal do período Temer-Bolsonaro.
Ao final do primeiro ano do governo Lula 3, a taxa de desocupação atingiu 7,5%, registrando uma variação de -0,2 ponto percentual em relação aos três meses anteriores, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com 100,5 milhões de pessoas ocupadas, representando um crescimento de 0,9% no mesmo período, este contingente alcançou o maior patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.
"É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação, marcando uma inversão do movimento nos anos anteriores, quando, de modo geral, o indicador apresentava redução. Nesse trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas", explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
"A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 (6,6%), ou seja, retoma a valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa", destaca a pesquisadora, ressaltando a retomada dos níveis de emprego observados anteriormente.
Na comparação com o trimestre anterior, o número de desempregados permaneceu estável, totalizando 8,2 milhões de pessoas em busca de trabalho no país, representando o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015.
Com o aumento da população ocupada, o nível da ocupação variou 0,4 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior, atingindo 57,4%.
Do crescimento de 853 mil pessoas no contingente de ocupados, a maior parte (515 mil) foi absorvida pelo mercado de trabalho como empregado no setor privado com carteira assinada.
A categoria de empregados no setor privado com carteira assinada foi estimada em 37,7 milhões de trabalhadores, alcançando o segundo maior patamar da série histórica da pesquisa.
Este aumento, evidenciado desde 2022, contribui para a estabilidade do mercado formal.
"No trimestre encerrado em novembro, houve a manutenção do trabalho com carteira assinada em expansão, que vem ocorrendo desde 2022. Por outro lado, também observamos o aumento da participação da informalidade, já que a população ocupada informal também cresceu", destaca Beringuy.
Uma parcela significativa dos trabalhadores informais, os empregados sem carteira assinada no setor privado, somaram 13,4 milhões no trimestre, registrando o maior contingente da série histórica, apesar da estabilidade estatística no trimestre e no ano.
"Esse número recorde se deve a essa categoria não ter apresentado recuo desde o trimestre encerrado em maio de 2021, embora nesse último trimestre a variação tenha sido mais discreta", explica a pesquisadora.
A taxa de informalidade no trimestre foi de 39,2% da população ocupada, equivalente a 39,4 milhões de trabalhadores informais.
No contexto das atividades econômicas analisadas na pesquisa, houve aumento no número de ocupados apenas na indústria (2,9%, ou mais 369 mil pessoas) e na construção (2,8%, ou mais 199 mil pessoas).
As demais atividades permaneceram estáveis.
"A expansão da atividade de construção ocorreu principalmente por meio da informalidade, com o aumento do emprego sem carteira e por conta própria sem CNPJ, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais", destaca Beringuy.
O número de pessoas dentro da força de trabalho, soma de ocupados e desocupados, cresceu 0,6% no trimestre e foi estimado em 108,7 milhões.
Já a população fora dessa força totalizou 66,5 milhões, mantendo-se estável no mesmo período.
Os desalentados, por sua vez, caíram 5,5%, representando uma redução de 196 mil pessoas.
Ao todo, essa população foi estimada em 3,4 milhões, o menor contingente desde o trimestre encerrado em agosto de 2016.
Rendimento Cresce 2,3% Frente ao Trimestre Anterior – O rendimento médio real aumentou 2,3% no trimestre, atingindo R$ 3.034.
No ano, a alta foi de 3,8%.
"No trimestre, esse crescimento foi mais acentuado entre os empregados com carteira no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%). Vale ressaltar que na comparação anual nenhuma forma de inserção apresentou queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal. Todos registraram variação positiva", destaca a coordenadora.
Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento alcançou novamente o recorde na série histórica da pesquisa, totalizando R$ 300,2 bilhões.
O crescimento foi de 3,2% no trimestre e de 4,8% no ano.
"O aumento é explicado pela combinação da expansão do número de pessoas inseridas no mercado de trabalho e do aumento do rendimento médio desses trabalhadores".
Mais Sobre a Pesquisa –
A PNAD Contínua é o principal instrumento para o monitoramento da força de trabalho no país.
A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados.
Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial.
A partir de 1º de janeiro de 2024, o salário mínimo no Brasil será de R$ 1.412. Sem a valorização real do salário, o valor seria de R$ 1.370,82
Da esq. para a dir. no círculo: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: ABR)
Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou o impacto do reajuste do salário mínimo na economia. A entidade estima que 59,3 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo, o que resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões.
Além disso, o Dieese estimou R$ 37,7 bilhões de aumento na arrecadação tributária anual sobre o consumo, como impacto também desse reajuste do mínimo.
A partir de 1º de janeiro de 2024, o salário mínimo oficial do Brasil será de R$ 1.412. Considerando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o período de maio - mês em que houve o último reajuste - a dezembro de 2023, o ganho real chegou a 5,77%, conforme calculou o Dieese.
O aumento nominal de R$ 1.320 para 1.412 é de 6,97%, enquanto o INPC está estimado em 1,14%, de maio a dezembro.
Se usado como referência o mês de janeiro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302, o ganho real seria de 4,69%, em razão do reajuste (de 1,38%) abaixo da inflação ocorrido entre janeiro e maio. A variação do INPC foi de 2,42% no quadrimestre janeiro-abril. Diante disso, houve uma perda real de 1,01% no reajuste realizado em maio deste ano.
“Entretanto, o reajuste fixado para janeiro de 2024 mais do que compensa essa perda ocasional, resultando, como já dito, em ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023”, avalia o Dieese.
Política de valorização - No ano de 2002, o salário mínimo ficou definido em R$ 200. Em relação à sua política de valorização, que trouxe aumento real em todos os anos de 2003 a 2016, o Dieese avalia que ela constitui um dos fatores mais importantes para o aumento da renda da população mais pobre e marca o sucesso de uma luta que promoveu um grande acordo salarial na história do país.
“A política estabeleceu, ao mesmo tempo, uma regra estável, permanente e previsível, promovendo a recuperação gradativa e diferida no tempo, com referência para os aumentos reais e estímulo ao crescimento da economia. A valorização do salário mínimo induz à ampliação do mercado consumidor interno e, em consequência, fortalece a economia brasileira”, divulgou a entidade em nota técnica.
O Dieese avalia ainda que, ao elevar o piso nacional, a política contribuiu para reduzir as desigualdades salariais entre homens e mulheres, negros e não negros, entre regiões do país. Além disso, teve impacto positivo sobre os reajustes dos pisos salariais das diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras.
Em janeiro de 2017, o reajuste ficou abaixo da inflação, acumulando perda real de 0,10% no período de um ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em janeiro de 2018, a perda real acumulada foi de 0,25%.
Em 2019, o ganho real foi de 1,14%; em 2020, a perda real foi de 0,36. Em 2021, o Dieese destaca que não houve incorporação de qualquer ganho real, exceto por reflexo do pequeno arredondamento para o valor de R$ 1.100, que representou ganho de 0,01%. Para 2022, o ocorrido no ano anterior se repetiu, já que que o salário mínimo teve ganho real de apenas 0,02%. Em janeiro de 2023, o aumento real foi de 1,41%.
Os estabelecimentos deverão manter trabalhadores treinados para agir Imagem: Unsplash/Heike Trautmann
O presidente Lula sancionou a lei que cria o protocolo "Não é Não" para proteger mulheres de assédio em shows, bares e boates.
O que aconteceu
O objetivo é garantir atendimento de vítimas de assédio e outros tipos de violência em locais onde sejam vendidas bebidas alcoolicas. O protocolo cria uma dinâmica a ser adotada para evitar o agravamento das situações, preservando a integridade da vítima.
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A lei não se aplica a cultos nem a outros eventos realizados em locais de natureza religiosa. A publicação saiu na edição desta sexta-feira (29) do DOU (Diário Oficial da União).
Os estabelecimentos deverão manter trabalhadores treinados para agir em caso de denúncia de violência ou assédio a mulher. Isso inclui preparo para preservação de provas e disponibilizar recursos para que a denunciante possa acionar a polícia ou regressar ao lar de forma segura.
O Protocolo 'Não é Não' é similar ao implantando na cidade de Barcelona, conhecido como "No Callem". Na Espanha, ele foi aplicado recentemente no episódio que envolveu o jogador brasileiro de futebol Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate.
O que diz a Lei
Protocolo deve ser adotado em ambientes nos quais sejam vendidas bebidas alcoólicas, como casas noturnas e boates. Locais onde são realizados espetáculos musicais, shows e competições esportivas também se enquadram.
A Lei considera dois tipos de agressão:
constrangimento: qualquer insistência, física ou verbal, sofrida pela mulher depois de manifestada a sua discordância com a interação;
violência: uso da força que tenha como resultado lesão, morte ou dano, entre outros, conforme legislação penal em vigor.
São deveres dos estabelecimentos:
assegurar que a equipe tenha pelo menos uma pessoa qualificada para atender ao protocolo "Não é Não";
manter, em locais visíveis, informação sobre a forma de acionar o protocolo "Não é Não" e os números de telefone de contato da Polícia Militar e da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180);
certificar-se com a vítima a necessidade de apoio e informá-la sobre seu direito a assistência.
Em casos com indícios de violência, o estabelecimento deve:
proteger a mulher e adotar as medidas de apoio previstas na Lei;
afastar a vítima do agressor, inclusive do seu alcance visual, facultado a ela ter o acompanhamento de pessoa de sua escolha;
colaborar para a identificação das possíveis testemunhas do fato;
solicitar o comparecimento da Polícia Militar ou do agente público competente;
isolar o local específico onde existam vestígios da violência, até a chegada da Polícia Militar ou do agente público competente;
garantir o acesso às imagens à Polícia Civil, à perícia oficial e aos diretamente envolvidos; e preservar, por pelo menos 30 dias, as imagens relacionadas com o ocorrido;
Os estabelecimentos também podem criar um protocolo próprio de alerta para violências. O objetivo é sempre evitar constrangimentos, preservar a dignidade e a integridade da vítima e apoiar ações de órgãos de saúde e segurança.
Isso inclui retirar o ofensor do estabelecimento e impedir o seu reingresso, nos casos de constrangimento; e divulgar nos sanitários femininos maneiras para que as mulheres possam alertar os funcionários sobre a necessidade de ajuda.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Taxa de aprovação subiu e a de desaprovação caiu na pesquisa do Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem
Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
247 - Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), encomendada pelo Palácio do Planalto e obtida com exclusividade pelo Brasil 247, mostra uma melhora consistente na avaliação do governo do presidente Lula. Após um ano do terceiro mandato presidencial de Lula, 54% dos brasileiros aprovam o trabalho do governo federal em dezembro, ante 51% em outubro.
A taxa de desaprovação ficou em 39%, enquanto 7% não souberam ou não responderam. A desaprovação caiu 2 pontos percentuais em relação a outubro.
Nesse sentido, mais brasileiros passaram a avaliar que o governo do presidente Lula supera suas expectativas, com 39% dos respondentes, ante 34% em outubro. Os que consideram o governo pior do que esperavam estão em 34%, ante 37% no mês anterior. 35% disseram que o desempenho condiz com suas expectativas, enquanto 2% não souberam responder.
Além disso, a pesquisa também questionou sobre a percepção em relação aos rumos da gestão federal. 52% consideram que o Brasil está melhorando, ante 48% em outubro. 38% consideram que o país está piorando, ante 43% em outubro. 7% acreditam que o país está igual, e 3% não souberam responder.
A pesquisa contou com 2.007 entrevistas telefônicas representativas da população brasileira a partir de 16 anos nos 27 estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo, com um intervalo de confiança de 95%. O campo foi realizado entre os dias 26 e 28 de dezembro.
Publicado em 29/12/2023 - 10:03 Por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil * - Rio de Janeiro Atualizado em 29/12/2023 - 10:25
Índice é o menor desde fevereiro de 2015
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em novembro foi de 7,5%. É o menor índice desde fevereiro de 2015.
Especificamente para trimestres terminados em novembro, o índice é o menor desde 2014, quando alcançou 6,6%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre encerrado em agosto, a taxa estava em 7,8%. Já o indicador do trimestre encerrado em agosto de 2022 era de 8,1%.
O resultado foi influenciado pelo número de pessoas ocupadas, estimado em 100,5 milhões, o maior desde que a série histórica foi iniciada, em 2012.
O número representa crescimento de 0,9% em 3 meses.
O número de desempregados ficou estável, 8,2 milhões de pessoas. É o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões de brasileiros procurando trabalho.
Ocupação
A proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar subiu 0,4 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre móvel anterior, alcançando 57%.
Das 853 mil pessoas incluídas nesse universo, a maioria, 515 mil, foi contratada com carteira assinada.
Com esse reforço, o contingente de trabalhadores com carteira assinada soma 37,7 milhões, o segundo maior patamar da série histórica, perdendo apenas para o trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões.
O número de empregados sem carteira foi de 13,4 milhões. Apesar de ter ficado estável no período, é o maior da série histórica.
Das dez atividades econômicas analisadas pelo IBGE, houve aumento no número de ocupados apenas na indústria, 369 mil pessoas, e na construção, 199 mil. As demais atividades permaneceram estáveis.
“A expansão da atividade de construção ocorreu principalmente por meio da informalidade, com o aumento do emprego sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais”, disse a coordenadora de Pnad do IBGE, Adriana Beringuy.
No trimestre, a taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada, o que representa 39,4 milhões de trabalhadores informais. Nos três meses anteriores, a taxa tinha sido 39,1%.
Rendimento
O rendimento médio real do trabalhador chegou a R$ 3.034, aumento de 2,3% no trimestre. Em relação ao ano passado, a alta foi de 3,8%. No trimestre, esse crescimento foi mais acentuado entre os empregados com carteira assinada no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%).
“Na comparação anual, nenhuma forma de inserção apresentou queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal. Todos registraram variação positiva”, ressalta a pesquisadora do IBGE.
A pesquisa do IBGE é feita com uma amostragem de 211 mil domicílios em todo o país e busca informações sobre qualquer forma de trabalho, como contratados com carteira assinada, por conta própria e informais.
Caged
Outra estatística de referência sobre o mercado de trabalho é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que coleta dados apenas de admissões e demissões de trabalhadores com carteira de trabalho.
A mais recente divulgação, nesta quinta-feira (28), apontou que novembro teve um saldo positivo de mais de 130 mil vagas. No acumulado de janeiro a novembro foram gerados no país 1.914.467 postos de trabalho.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) está programando um evento para o dia 8 de janeiro, durante o qual formalizará seu apoio à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) à Prefeitura de São Paulo.
De acordo com informações da coluna Painel, veiculada pela Folha de S. Paulo, a cerimônia ocorrerá na sede do partido na capital paulista.
Carlos Lupi, ministro da Previdência e presidente licenciado do PDT, declarou: “Nós somos um partido vítima do golpe de 1964, por isso resolvemos usar a data, para marcar a defesa da democracia”.
A escolha da data também é simbólica, pois coincide com o primeiro aniversário da tentativa de golpe de Estado por parte de militantes bolsonaristas e de extrema direita, que resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Além do apoio do PDT, Guilherme Boulos já conta com o respaldo do Partido dos Trabalhadores (PT).
Há expectativas de que o PDT indique o candidato a vice na chapa encabeçada por Boulos.
Especula-se que a ex-prefeita Marta Suplicy, atualmente sem partido e membro da gestão do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), possa filiar-se ao PT e ocupar essa posição.
A decisão de apoiar Boulos foi tomada após sua desistência da candidatura ao Governo de São Paulo em 2022, em favor do então candidato petista e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vale lembrar que o PDT havia cogitado lançar o apresentador José Luiz Datena como candidato a prefeito, mas o acordo não se concretizou.
Posteriormente, Datena filiou-se ao PSB e mantém uma presença significativa no cenário político paulistano, podendo ser candidato a vice na chapa liderada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).
Após completar um ano no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), conseguiu realizar 20% das promessas feitas durante sua campanha eleitoral em 2022.
Segundo um levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo, Lula havia feito um total de 103 promessas em sua plataforma política.
De acordo com os dados, ao término do primeiro ano de mandato, 21 das propostas foram totalmente concluídas, 59 estão em andamento, e 23 permanecem paralisadas.
O setor econômico lidera o número de promessas cumpridas, com 11 delas realizadas com sucesso, seguido por questões políticas e de saúde, cada uma com 2 promessas cumpridas.
As informações foram obtidas a partir do programa de governo do presidente Lula, das propagandas eleitorais, da carta de compromissos lançada em 27 de outubro e de entrevistas concedidas durante o período eleitoral.
As promessas abrangem diversas áreas, incluindo economia, agricultura, educação, saúde, segurança pública e questões políticas, como a reorganização de ministérios.
Os setores com o maior número de promessas pendentes são segurança, com 6, economia e infraestrutura, ambos com 3 promessas em andamento. O meio ambiente, que teve destaque na campanha de Lula, apresenta 6 propostas em progresso mais lento.
O governo federal, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), destacou que o primeiro ano do terceiro mandato de Lula se encerra com resultados importantes em diversas áreas, incluindo crescimento econômico, redução do desemprego e melhoria da imagem internacional do país.
A Secom ressaltou que cada ação realizada demonstra o compromisso do governo em enfrentar os desafios nos setores abrangidos.
Em alguns temas, o presidente havia feito apenas uma promessa, como é o caso de questões relacionadas à Defesa, povos indígenas, esporte, moradia e turismo. No entanto, Lula cumpriu a promessa de criar o Ministério dos Povos Indígenas e nomeou um civil para liderar o Ministério da Defesa.
No campo esportivo, a única promessa de Lula ainda está pendente, sem anúncios de expansões ou aumento de investimentos no programa Bolsa Atleta, que remunera atletas de alto rendimento.
Na área econômica, Lula cumpriu uma variedade de promessas, desde medidas mais simples, como a não privatização dos Correios e Petrobras, até medidas mais ambiciosas, como a mudança do teto de gastos, aprovação de um novo arcabouço fiscal, reajuste do salário mínimo acima da inflação e a retomada do Bolsa Família com aumento para R$ 600, mais R$ 150 por filho.
O presidente também revogou os sigilos de documentos classificados como secretos por até cem anos, uma medida implementada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e promoveu um ambiente de diálogo mais equilibrado entre os Poderes.
Na área da Saúde, ele retomou o programa Mais Médicos e o programa Farmácia Popular.
Entre as iniciativas em andamento estão a renegociação de dívidas das famílias por meio do programa Desenrola Brasil, o fortalecimento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Dentre as principais promessas ainda em andamento estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, a inclusão de câmeras corporais em todos os policiais do país e a meta de alcançar o desmatamento líquido zero, além do reflorestamento de áreas degradadas.