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sábado, 23 de maio de 2020

Michel Temer repercute falas de Jair Bolsonaro -

Bolsonaro, o cafajeste que ameaça o Brasil - Marco Antonio Villa

Parlamentares pedem investigação e afastamento de ministros após vídeo

Senadores e deputados da oposição entraram nesta sexta-feira (22) e sábado (23) com pedidos de investigação e afastamento de ministros junto ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da Repúlica
As representações foram motivadas por declarações dadas em reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia 22 de abril, cujo registro em vídeo foi divulgado integralmente.
São alvos das ações Ricardo Salles, da pasta do Meio Ambiente; Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos; Abraham Weintraub, da Educação; e General Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Salles e Damares são alvo de representação protocolada pelos senadores da Rede Sustentabilidade Randolfe Rodrigues  (AP) e Fabiano Contarato (ES), e pelos deputados Joênia Wapichana (RO) e Alessandro Molon (PSB - RJ). 
Eles pedem que o STF solicite à PGR a abertura de inquérito contra Salles e Damares e que os dois ministros sejam afastado imediatamente do cargo.
No caso de Salles, os parlamentares alegam que o ministro do Meio Ambiente sugeriu a promoção de "reformas infralegais de desregulamentação ambiental" ao sugerir na reunião que o governo Federal aproveite o momento de “tranquilidade”, em que a imprensa está com atenção voltada para a cobertura da pandemia do coronavírus, para "ir passando uma boiada"
Para eles, a fala demonstrou "clara ofensa ao princípio da transparência administrativa, um desdobramento do princípio constitucional da moralidade"
"As palavras e o contexto demonstram claramente, em alto e bom som, a intenção do sr. Ministro do Meio Ambiente de afrouxar, de maneira sorrateira, as normas estatais relacionadas ao meio ambiente , aproveitando-se de um momento tão crítico da história da saúde pública nacional”, disse Randolfe.
Já contra Damares, segundo os parlamentares, deve haver apuração contra crimes de responsabilidade e difamação ao criticar governadores e prefeitos favoráveis às medidas de distanciamento social e dizer, sem informar como, que seu ministério estaria pedindo a prisão de alguns desses políticos. 
Na representação, eles dizem que a pastora é "incompatível" com o regime democrático
"Ao proferir tais críticas, a ministra ignorou a decisão preferida pelo STF que confirmou o entendimento de que as medidas adotadas pelo Governo Federal na Medida Provisória (MP) 926/2020 para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios", dizem na representação.
Em outra representação, desta vez ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os mesmos parlamamentares pedem apuração de crimes de discriminação contra povos indígenas e ciganos supostamente cometidos pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub
No pedido, os parlamentares caracterizam as trechos das falas de Weintraub como uma “clara destilação de ódio, em termos claros, enfáticos e chocantes, contra o povo indígena e o povo cigano."
No texto, eles também frisam a crítica feita por Weintraub a Brasília, a qual chamou de “cancro de corrupção, de privilégio” e dizem que o ministro  dirigiu-se ao Supremo Tribunal Federal "com absoluto desrespeito", ao afirmar que: “Eu, por mim, botava esses vagabundos na cadeia. Começando no STF”.
Já o general Augusto Heleno é alvo de uma representação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e dos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e André Peixoto (PDT-CE) e também de outra do deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), ambas junto à PGR.
Eles pedem apuração de crime de responsabilidade e contra a segurança nacional por causa de nota divulgada pelo general Heleno horas após o ministro do STF Celso de Mello determinar o encaminhamento de requerimentos à PGR, dentre os quais havia um pedido de busca e apreensão do telefone celular do presidente Jair Bolsonaro.
Na nota, Heleno classificou a medida como uma “interferência inadmissível” e uma “afronta à autoridade máxima do Poder Executivo”. Também fez um “alerta” de a decisão do STF poderia “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
"Não toleraremos quaisquer tipos de ameaças entre os poderes da República, e defenderemos incansavelmente a ordem democrática, na qual todos estão sujeitos às mesmas leis e aos mesmos juízes e decisões judiciais, inclusive, e principalmente, o Presidente da República", diz o deputado  Calero em seu pedido. 
"A resposta do sr. ministro Heleno transborda as balizas do ordenamento jurídico, na medida em que há verdadeira ameaça ao adequado funcionamento do órgão máximo de um Poder Constituído. Afinal, ninguém sabe o que esconde o termo ‘consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". "Não vamos aceitar ameaça alguma contra a democracia. O sr. Augusto Heleno não só deve explicações como desculpas por ameaçar as instituições", dizem os demais parlamentares na outra representação.
Da CNN, em São Paulo

"Perplexo", ministro Marco Aurélio Mello pede saída de Weintraub

internet imagem
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse neste sábado (23) ao Estadão que ficou "perplexo" com o vídeo da reunião ministerial do presidente Jair Bolsonaro com o primeiro escalão do governo, marcada por palavrões, ameaças e ataques a instituições
Estadão Conteúdo

23 de Maio de 2020 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, chegou a dizer que "por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".

"Tudo lamentável, ante a falta de urbanidade. Fiquei perplexo. O povo não quer 'circo'. Quer saúde, emprego e educação", disse Marco Aurélio à reportagem. "Fosse o presidente (da República), teria um gesto de temperança. Instaria o Ministro da Educação a pedir o boné. Quem sabe?"

Ao levantar o sigilo do vídeo da reunião, o decano do STF, ministro Celso de Mello, apontou aparente "prática criminosa" na conduta de Weintraub, "num discurso contumelioso (insultante) e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral" em relação aos ministros da Corte. Para Celso de Mello, a declaração de Weintraub põe em evidência "seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria" e configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria).
Em sua decisão, Celso de Mello mandou comunicar os colegas do STF sobre os ataques de Weintraub para que os ministros, caso queiram, adotem as medidas que considerarem pertinentes.
Mesmo assim, Marco Aurélio não pretende tomar nenhuma medida contra o titular do Ministério da Educação. 

"De forma alguma. Não sou vagabundo. A carapuça passou longe", rebateu Marco Aurélio.

Indagado pela reportagem se vê uma ameaça à democracia nas falas da reunião ministerial, o ministro foi categórico: 

"A resposta é desenganadamente negativa. Não vejo. Não há espaço para retrocesso."
Uma das últimas pontes que restam do Palácio do Planalto com o STF é com o presidente da Corte, Dias Toffoli, que ainda não se manifestou. 

Toffoli tem procurado manter um diálogo institucional com o presidente Jair Bolsonaro e tem usado a própria a abertura das sessões plenárias - que ocorrem às quartas e quintas-feiras - para mandar recados e defender a Corte de ataques.
Aborto
Em outro momento da reunião, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, fez críticas ao STF e falou que é 'palhaçada' a Corte trazer o aborto de novo para a pauta. 

"As mulheres que são vítima do zika vírus vão abortar e agora vem do coronavírus? Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral?", afirmou a ministra na reunião.
O STF acabou rejeitando uma ação que pedia, entre outras coisas, o direito de aborto para grávidas infectadas pelo vírus da zika

No jargão jurídico, os ministros não conheceram a ação, ou seja, a rejeitaram por questões processuais, sem analisar o mérito da questão.

ANÁLISE: Os vídeos de Bolsonaro e a interferência na PF - O Antagonista

Vídeo da reunião ministerial fortalece o Presidente

Moro sobre divulgação de vídeo: ‘A verdade foi dita e comprovada’

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou nesta sexta-feira (22) que “a verdade foi dita e comprovada”. 
  • Por Jovem Pan
  •  

A mensagem foi publicada nas redes sociais após a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril – citada por ele como prova de suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

“A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do DIretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ. Quanto a outros temas exibidos no vídeo, cada um pode fazer a sua avaliação”, escreveu.
A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do DIretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ. Quanto a outros temas exibidos no vídeo, cada um pode fazer a sua avaliação.

36,8 mil pessoas estão falando sobre isso
Na gravação, Bolsonaro afirma que tentou trocar “gente da segurança nossa no Rio de Janeiro”. “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio oficialmente e não consegui.

Isso acabou. 

Eu não vou f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura.” 

Em seguida afirma ainda que “se não puder trocar, troca o chefe dele, troca o ministro”. “Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. 

Não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui de brincadeira.” 

Moro participava da reunião e anunciou sua demissão no dia 24 de abril, dois dias após o encontro no Palácio do Planalto.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O doutor Cloroquina ataca outra vez


O presidente Jair Bolsonaro parece estar em um campeonato de aberrações. Quanto mais faz, mais procura se superar. 
Sem trégua ou descanso. 
Vai testando, dia a dia, os limites da paciência dos brasileiros. 
Desesperador alguém com tal predisposição pelo caos. 
Agora ele parte para o que seja talvez o intento mais tenebroso: colocar vidas em risco. E o faz da pior maneira possível. 
Politizando receitas de tratamento. 
Desprezando os alertas da ciência. 
Impondo a vontade a ferro e fogo, em gritante violação ao direito à saúde por vias responsáveis. 
Estabelecendo na marra protocolos de orientação médica via Ministério da Saúde, sugerindo medicamento — sem nenhum aval da comunidade de especialistas —, porque assim ele consegue a tão sonhada senha para o seu objetivo de estimular a desobediência ao isolamento. 
Bolsonaro não se emenda. 
Na base do temos a solução, voltem às ruas, o curandeiro de araque prega o “elixir mágico” da hidroxicloroquina como a alternativa, numa irresponsabilidade criminosa capaz de levá-lo — e seria bom se assim o fosse — aos tribunais internacionais, por ameaça à humanidade. 
Um presidente, sem o menor traquejo ou conhecimento para tanto, querer oferecer a panaceia do tratamento durante uma pandemia com tal grau de letalidade e contaminação é algo pérfido. Repulsivo. 
Não se prescreve remédio por decreto. 
Praticamente todas as associações e sociedades médicas de imunologia e infectologia do País, em documento conjunto referendado por 27 autoridades dessas instituições, recomendaram o não uso do fármaco, cujas aplicações são “embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo”. 
É a primeira vez que essas entidades resolvem se manifestar conjuntamente, dada à ameaça que vislumbram pela frente. 
As universidades de Harvard, Oxford, Colúmbia, MIT e Virgínia, mundialmente consagradas por suas pesquisas, foram unânimes em apontar que a hidroxicloroquina não reduz mortes, é ineficaz e até capaz de ampliar a quantidade de óbitos entre as vítimas da Covid-19, com resultados perigosos na maioria dos casos. 
Os estudos se amontoam nesse sentido. 
Um desses trabalhos demonstrou que o número de mortes entre os que usaram a medicação no combate ao coronavírus foi 3,6 vezes maior do que entre os que não a usaram. 
A insistência, e até mesmo a pressão de Bolsonaro, para estabelecer de qualquer maneira o uso rotineiro, desde o início da manifestação da doença, tem chocado a comunidade científica internacional.
E não é para menos. 
Para um presidente que prega o “se morrer, morreu”, o grau de preocupação com as consequências é próximo de zero. 
Ou zero mesmo. 
Alguém que classifica a atual tragédia humana como mera “histeria”, “fantasia”, “resfriadinho” e “gripezinha”, prefere mergulhar a população na ignorância a governar. 
Os dois ministros anteriores que comandavam a pasta não aceitaram assinar o protocolo da prescrição, por respeitarem a ciência.
Nenhum obstáculo para o capitão. 
Mera mudança de peças. 
Trocou os dois em menos de um mês. 
Deixou no lugar um militar que segue disciplinadamente as ordens, custe o que custar. 
Afastou o pelotão de técnicos e aparelhou o ministério com mais de uma dezena de oficiais. 
Não pode dar certo qualquer iniciativa em cenário tão sombrio, que fere a ética profissional. 
A orientação em voga daqui por diante é danosa e perversa, deliberadamente. 
Quantas vidas perdidas podem decorrer daí? 
No caso, cada uma delas terá de ser diretamente atribuída ao chefe da Nação
Bolsonaro não se comove. 
Dá de ombros. 
Tripudia do problema, com gracejos que atingem os píncaros do inominável. 
No mesmo dia em que o Brasil ultrapassava o dramático numero de mais de mil mortes em apenas 24 horas (com um acumulado de quase 20 mil óbitos desde o início, fora casos não notificados), ele resolveu fazer piada da situação, durante “live” que realiza semanalmente.
Entre sorrisos e troça, lançou a nova pérola: “quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tubaína”
Gargalhadas se seguiram. 
O capitão divertia-se com a espiritualidade “nonsense” enquanto milhares de famílias enterravam os mortos. 
Bolsonaro está pouco se lixando
“E daí? Quer que eu faça o que? Sou Messias, mas não faço milagre”, como diz. Perceba e se convença: o mandatário não está preocupado com o que acontece a você, aos seus familiares ou amigos. 
Viram meras estatísticas. 
Na cartilha do “mito”, fins justificam os meios. 
Já deixou isso claro no passado recente. 
Em determinada ocasião, ele chegou a pregar uma guerra fratricida, na qual poderiam morrer “uns 30 mil” pobres. 
Sem problema para ele.
Não é de hoje, Bolsonaro adota a narrativa de que morrer é normal e de que a pandemia da Covid-19 não passa de terrorismo. 
Na patota dos veneradores — por mais estapafúrdia que possa parecer a alienação —, ele é a voz da verdade. 
O que o Messias diz e estabelece converte-se automaticamente em mantra a ser difundido. 
Na esgotosfera de redes digitais seguidores vão bovinamente replicando o novo mandamento para converter incautos. 
E o delírio bolsonarista segue o curso. 
Insanos engajados tentam dessa feita vender a mensagem da hora da reabertura. 
É chegado o momento, no entender do rebanho de adoradores. 
Apesar da escalada dramática de mortes, da expansão acelerada de contaminação, dos novos focos antes imunes à doença. 
Na tese da turma, manietada pelos conceitos do “mito”, vai se morrer de qualquer jeito, então adeus à quarentena! 
Uma espécie de reinterpretação do conceito de “capitalismo selvagem” cunhado em outra época e circunstância. 
A barbárie do salve-se quem puder para garantir a economia vem prevalecendo. 
O bolso em primeiro plano. 
As vidas, depois. 
E que Deus tenha piedade. 
A absoluta reversão de valores dá conta da decadência social em curso por essas paragens.
Na esmagadora maioria dos países, da Europa à Ásia, e mesmo nos EUA de Trump, a mera cogitação de reabertura ficou condicionada ao princípio de uma queda consecutiva nos registros de morte por, ao menos, 14 dias consecutivos. 
Assiste-se atualmente ao retorno da rotina por lá, justamente segundo tal prerrogativa. 
Como comprovam as experiências, aqueles locais que aplicaram o isolamento mais rígido desde o início, chegando ao lockdown, saíram mais rápido e com menos danos à economia. 
Por aqui, não. 
Uma quarentena meia boca, onde índices de desobediência superavam 50% da população, prevaleceu e o Brasil vai ostentando no momento a triste primazia de liderar as estatísticas da doença. 
Entramos depois no processo e não aprendemos nada. 
Poderíamos ter seguido a orientação elementar, das organizações globais de saúde, de parar para depois recomeçar. 
A turba ruidosa liderada pelo quixotesco capitão não deixou. 
Ao contrário: promoveu o levante para romper procedimentos e estabelecer falsos protocolos. 
No momento, não há esforço de coordenação por parte do “capitão Cloroquina”
Não existe racionalidade. 
Apenas confronto. 
Provocação e abusos de quem nunca pensou em solução. 
Luta tão somente pela reeleição, na base de artimanhas populistas, para se perpetuar no poder. 
E libera todo mundo, apesar das mortes que não cessam e aumentam.

Carlos José Marques

Sobre o autor

Carlos José Marques é diretor editorial da Editora Três

Após vídeo, Datena diz que nunca mais irá entrevistar Jair Bolsonaro - Em reunião ministerial, presidente da Caixa disse que Band "pediu dinheiro" ao governo

Datena é o mais novo Bolsominion arrependido após divulgação do vídeo


O apresentador do Brasil Urgente, na TV Band, José Luiz Datena é o mais novo novo Bolsominion arrependido após Supremo Tribunal Federal (STF) divulgar o vídeo da reunião ministerial, de 22 de abril, em que o presidente Jair Bolsonaro aparece dizendo que iria interferir na Polícia Federal, conforme denunciou o ex-ministro Sérgio Moro, ao deixar o governo.

Datena ficou revoltado ao ver o presidente da Caixa Econômica dizer que a Band queria dinheiro do governo. Para o apresentador, as declarações mancham a imagem da emissora que apoia a bajula Bolsonaro desde o início do mandato.
“Aí vem o cara numa reunião ministerial com o presidente da República e diz ‘o pessoal da Band quer dinheiro’. Se você deu dinheiro para alguém aqui da Band, Pedro, você indique para quem você deu, que com certeza essa pessoa vai ser demitida, se não foi uma coisa legal, se não foi mídia técnica. E do jeito que você colocou tem dúbia interpretação. Ou você prevaricou e o Bolsonaro devia te mandar embora hoje”
“Sob o risco de ser demitido”, Datena revela que não queria fazer a propagandas do governo que fez e que as teria feito porque ‘estava em contrato’. Depois de tentar se justificar, o apresentador diz que não quer mais entrevistar Bolsonaro. “Nunca mais”, diz Datena.

https://catracalivre.com.br/cidadania/datena-e-o-mais-novo-bolsominion-arrependido-apos-divulgacao-do-video/

O Brasil está quebrado e precisa “aguentar” a China, diz Guedes

Em vídeo da reunião ministerial divulgado nesta sexta-feira (22), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a China deveria financiar um Plano Marshall para o mundo a fim de compensar os impactos econômicos causados pelo coronavírus. Mesmo assim, segundo o ministro, o Brasil não deveria entrar em mais atritos com a China. 
Do CNN Brasil Business, em São Paulo
“A China é aquele cara que você sabe que você tem que aguentar. Porque para vocês terem uma ideia, para cada um dólar que o Brasil exporta para os Estados Unidos, exportamos três para a China”, diz Guedes, que também defende uma maior responsabilização aos chineses. “A China (censurado) deveria financiar um Plano Marshall para ajudar todo mundo que foi atingido”, disse ele
Guedes afirma que a relação com os chineses pode ser pragmática. E que a China precisa do Brasil porque “eles precisam comer”.
“Você sabe que geopoliticamente você está do lado de cá. (...) Não vamos vender para eles ponto críticos nosso, mas vamos vender a nossa soja para eles. Isso a gente pode vender à vontade. Eles precisam comer, eles precisam comer”, disse.
Críticas ao desenvolvimentismo
Segundo o ministro, o Pró-Brasil, vendido como uma espécie de plano para recuperar o país, essa ideia poderia ser um desastre. Segundo ele, a retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, reformas e abertura da economia.
“Voltar uma agenda de trinta anos atrás, que é investimento público financiado pelo governo, foi o que a Dilma fez. Então, tá cheio de gente pensando nessa eleição agora, e botando coisa p... na cabeça de todo mundo aqui dentro. (...) O governo quebrou! Em todos os níveis (...)”
Segundo ele, a agenda de desalavancar bancos públicos e reduzir endividamento e queda de juros seria suficiente para o Brasil voltar a “voar”, mas aí veio o coronavírus. E a previsão de queda do PIB para 2020 é de 4,7%.
Guedes ainda afirmou que tem conversado com investidores e que querem um "bom ambiente de negócios no país". Segundo o ministro, o mundo inteiro quer investir no Brasil e que estão dispostos a colocar "centena de bilhões de dólares" no país. 
"Simplificação de impostos e segurança jurídica, coisas desse tipo", disse. De acordo com o ministro, o governo precisaria entrar na OCDE e aderir ao General Purchase Agreement (GPA) seria o suficiente para o Brasil entrar no alvo dos investidores novamente.
"Então, basta a gente fazer isso, quer dizer, vai fazer concorrência para concessão, privatização, então nós já estamos na pista certa, já estamos indo para a direção certa", disse. 
Reconstrução com aprendizes militares
A reconstrução, segundo Guedes, pode passar pelo recrutamento de jovens aprendizes dos quartéis brasileiros. "Quantos jovens podemos absover?  Um milhão a duzentos reais, que é o bolsa família, trezentos reais, pro cara de manhã fazer calistenia. (...) De tarde, aprende a ser um cidadão, pô. (...) É... voluntário para fazer estrada, para fazer isso, fazer aquilo. Sabe quanto custa isso? É duzentos reais por mês."
Segundo o ministro, com dez meses com um milhão de jovens, os custos para os cofres públicos seria de R$ 2 bilhões. "Então, nós vamos pegar na reconstrução, nós vamos pegar um bilhão, dois bilhões e contratar um milhão de jovens. A Alemanha fez isso na reconstrução (da Segunda Guerra Mundial)", disse o ministro. 

Divulgação do vídeo aumenta tensão entre governo e Supremo

Ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, sobre os desdobramentos da liberação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.

Estudo com 96 mil pacientes não encontra benefício de uso de cloroquina contra Covid-19 e detecta risco de arritmia cardíaca

Uma pesquisa científica publicada na renomada revista "The Lancet" com 96 mil pacientes aponta que a hidroxicloroquina e a cloroquina não apresentam benefícios no tratamento da Covid-19. 
Por Carolina Dantas, G1
Os resultados divulgados nesta sexta-feira (22) mostram que também não há melhora na recuperação dos infectados, mas existe um risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo Sars CoV-2.

Dados do estudo:

  • 96.032 pacientes internados foram observados;
  • Idade média de 53,8 anos com 46,3% de mulheres;
  • Pacientes são de 671 hospitais em 6 continentes;
  • 14.888 pacientes receberam 4 tipos de tratamentos diferentes com a cloroquina e a hidroxicloroquina;
  • As hospitalizações ocorreram entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020.
O grupo de cientistas comparou os resultados de 1.868 pessoas que receberam apenas cloroquina, 3.016 que receberam só hidroxicloroquina, 3.783 que tomaram a combinação de cloroquina e macrólidos (uma classe de antibióticos), e mais 6.221 pacientes com hidroxicloroquina e macrólidos. O grupo controle, que serve para comparação e não fez uso dos medicamentos, é formado por 81.144 pacientes.
"Este é o primeiro estudo em larga escala a encontrar evidências robustas estatisticamente de que o tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não traz benefícios a pacientes com Covid-19", disse o autor Mandeep Mehra, líder da pesquisa e diretor do Brigham and Women's Hospital Center for Advanced Heart Desease, em Boston, nos Estados Unidos.
Independente disso, os cientistas argumentam que há a necessidade de mais pesquisas internacionais para comprovação dos dados e uma análise definitiva. Por enquanto, portanto, não há comprovação de que as substâncias ajudem no combate à Covid-19.

Estudo de Nova York

Em 8 de maio, outra revista, a britânica "The New England Journal of Medicine", publicou os primeiros resultados robustos internacionais sobre a efetividade do tratamento da hidroxicloroquina em pacientes hospitalizados com coronavírus. De acordo com os autores, não foram encontradas evidências de que a droga tenha reduzido o risco de entubação ou de morte.
A pesquisa revisada por outros cientistas (pares) antes da publicação foi feita no Presbyterian Hospital, em Nova York, e observou pacientes com teste positivo para o vírus. Todos estavam em um quadro moderado a grave, definido pelo nível de saturação de oxigênio no sangue inferior a 94%. Foram admitidas 1.446 pessoas com a doença entre 7 e 8 de abril de 2020, e 70 delas foram excluídas por já terem recebido alta, morrido ou sido entubadas.
Até o início deste mês, não havia estudos mais efetivos a respeito do uso desses medicamentos. A primeira pesquisa divulgada foi feita na França e analisou 26 pacientes, mas excluiu 6 deles com uma piora do quadro após o uso do medicamento. Mesmo que alguns infectados tenham apresentado uma melhora no quadro, a retirada do pequeno grupo dificultou a interpretação dos dados. A pesquisa foi bastante criticada pela comunidade científica.

Protocolo para uso no Brasil

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou um documento que orienta o uso da hidroxicloroquina no país em pacientes infectados pelo Sars CoV-2. Nesta quinta-feira (21), uma nova versão foi editada com a assinatura de secretários da saúde da pasta.No final do período, 1 a cada 11 pacientes do grupo controle havia morrido - 7.530 pessoas (9,3%). Todos os quatro tipos de tratamento foram associados com um risco maior de morrer no hospital:

  • Dos que apenas usaram cloroquina ou hidroxicloroquina, cerca de 1 a cada 6 pacientes morreram. Foram 307 pessoas que tomaram cloroquina (16,4%) e 543 que tomaram hidroxicloroquina (18%).
  • Dos que tomaram cloroquina ou hidroxicloroquina com macrólidos, cerca de 1 a cada 5 pacientes morreram. Houve 839 mortes (22,2%) no caso de uso de cloroquina com antibiótico e 1.479 (23,8%) na combinação de hidroxicloroquina com antibiótico.
  • Os cientistas excluíram fatores que podem influenciar os resultados, como idade, raça, índice de massa corporal e outras condições associadas (doenças cardíacas, diabetes, e doenças pulmonares).
    De acordo com os autores, os pacientes medicados com as substâncias apresentaram também risco maior de desenvolver arritmia cardíaca. A maior taxa foi vista em pacientes que receberam a hidroxicloroquina em combinação com os antibióticos: 8% ou 502 pessoas em um grupo de 6.221. O grupo controle, que não recebeu as substâncias, teve um índice de 0,3%.
    Este é o maior estudo feito com pacientes infectados e internados com a Covid-19 e a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina.
    A Organização Mundial da Saúde (OMSafirmou nesta quarta-feira (20) que as substâncias podem causar efeitos colaterais e não têm eficiência contra doença. Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças comunicáveis da Opas, também disse que "não há evidências para recomendar cloroquina e hidroxicloroquina".
  • A mudança no protocolo era um desejo do presidente Jair Bolsonaro, defensor da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Não há comprovação científica de que a cloroquina é capaz de curar a Covid-19. Outros estudos internacionais também não encontraram eficácia no remédio e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda o uso.
    O protocolo da cloroquina foi motivo de atrito entre Bolsonaro e os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Em menos de um mês, os dois deixaram o governo.
    O texto do ministério mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de o médico decidir sobre a aplicar ou não o remédio. A cloroquina não está disponível para a população em geral.
  • A empresa anunciou investimento de R$ 2 bilhões na 99Food, delivery de comida, até junho de 2026.

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