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sábado, 15 de abril de 2017

O ministro do STF liberou para a Polícia Federal a relação de entrada e saída da residência oficial de Michel Temer no dia 28 de maio de 2014, data em que delatores da Odebrecht dizem ter entrado no local para acertar a propina de R$ 10 milhões ao PMDB.

A pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Edson Fachin autorizou a Polícia Federal a ter acesso a informações de quem entrou e saiu da residência oficial de Michel Temer no dia 28 de maio de 2014, data em que delatores da Odebrecht dizem ter entrado no local para acertar a propina de R$ 10 milhões ao PMDB.
O governo nunca negou que esses encontros aconteceram. Mas o próprio Temer tem dito que nunca fez "negócios escusos" com ninguém. Em sua delação, Marcelo Odebrecht chega a afirmar que entre o café e a sobremesa, Temer saiu da mesa quando houve a negociação com o hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre o pagamento da bolada de milhões. Mas tem delator dizendo que o acerto foi feito também diretamente com Michel Temer.
Além desse pedido, os investigadores querem ter acesso ao controle de entrada e saída da Secretaria de Aviação Civil, em 2014. Na época, outro ministro de Temer, Moreira Franco, que era ministro de Dilma, teria usado sua influência para obter R$ 4 milhões.
A Odebrecht tinha interesse nas concessões de aeroportos. Por isso, os investigadores querem ter acesso também a um levantamento das obras da empreiteira pagas pela Secretaria de Aviação Civil.
Basília Rodrigues

Esquema de lavagem de dinheiro foi usado por políticos do PT para comprar dossiê contra José Serra Em 2006, a poucas semanas das eleições ao governo de São Paulo, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel, ao tentar comprar um dossiê do candidato tucano, que disputava a eleição com o petista Aluisio Mercadante. Junto com os presos, foram encontrados cerca de R$ 1,7 milhão, parte em dólar, mas a investigação nunca conseguiu descobrir a origem do dinheiro. Agora, o delator Luiz Eduardo Soares detalhou que parte do montante foi um pedido feito pelo PT à cervejaria Itaipava com o objetivo de comprar o dossiê. Na época, a Odebrecht e a Itaipava estavam em uma operação de passar reais para dólares. O escândalo ficou conhecido como Dossiê dos Aloprados.

José Serra
Crédito: CBN

Dono do Grupo Odebrecht diz que sempre existiu caixa dois O empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da empreiteira, afirmou que a prática para doações de campanha não oficiais sempre reinou no Brasil: existiu na época dele, do seu pai e do seu filho, Marcelo Odebrecht. A declaração foi feita em depoimento ao juiz Sérgio Moro.

Lava-jato mostra que o arcabouço político e institucional do Brasil tem um estatuto de fachada Em curso há três anos, a operação da Polícia Federal acumulou uma quantidade enorme de material que comprova o envolvimento e a promiscuidade do setor público com o setor privado e uma economia baseada em relações de influência. As delações deixaram claro como os políticos são criativos para burlar as leis. Para o cientista político Gilberto de Palma, resta, agora, reconstruir toda a matéria-prima da qual se faz uma classe de representantes para um projeto de país. Ouça a entrevista.

Delações foram como a explosão de uma bomba atômica sobre Brasília Que havia um esquema de corrupção e os nomes que estavam envolvidos todo mundo sabia. Mas a questão é que quando você começa a ver na televisão como a corrupção funcionava e a forma como era estruturada, não tem como não se impressionar. As empreiteiras estavam gastando mais para obter os contratos do que com inovações na área da engenharia, por exemplo.

Em entrevista exclusiva à Band, o presidente voltou a afirmar que não tratou de negócios ilegais e que recebeu elogios de empresário em encontro





Marielly Campos noticias@band.com.br
O presidente da República Michel Temer (PMDB) voltou a afirmar neste sábado (15) que participou de uma reunião com o ex-presidente da Odebrecht Márcio Faria da Silva em 2010. 

Em entrevista exclusiva à Band, o presidente revelou que, na época, ele era presidente do seu partido e já candidato à vice-presidência do país e que o empresário estava interessado em fazer doações de campanha em nome da empreiteira ao PMDB.

Por conta das doações, "ele queria cumprimentar o presidente do partido, no caso até o candidato à vice-presidência", declarou Temer. O presidente afirmou ainda que, na ocasião, chegou atrasado ao encontro. "Ele fez alguns elogios ao meu trabalho, não sei se verdadeiros ou não, mas não falamos de valores ou contratos", completou.


Temer declarou que ao longo dos anos que atuou como presidente do PMDB teve muitos encontros com empresários e que não envolviam negociações ilegais. Ele confirmou ainda que houve contribuição da construtora Odebrecht para as campanhas de 2010 e 2014, assim como de outras empresas, mas que todos foram de forma legal. 
Relação institucional 

Ao ser questionado sobre sua relação com o deputado cassado Eduardo Cunha, que também era do PMDB, Temer afirmou que era uma relação "institucional", por pertencerem ao mesmo partido. O presidente classificou Cunha como um homem "hábil, persistente, muito bem posicionado com os deputados do PMDB", mas reafirmou que o contato era "absolutamente relacionado ao partido". 

Impeachment

Temer disse ainda que não teve influência no pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, Cunha havia declarado que arquivaria todos os pedidos após parlamentares do PT afirmarem que votariam em favor dele no Conselho de Ética da Câmara [no processo por quebra de decoro parlamentar, que levou Cunha a perder o mandato como deputado]. O atual presidente da República disse que chegou a levar essa informação a Dilma, que teria ficado satisfeita com a notícia.

"No dia seguinte eu vejo no noticiário que o PT votaria contra Cunha. Ele então me ligou e disse que não arquivaria [os pedidos contra Dilma]", revelou Temer. "Se o PT votasse a favor de Cunha, talvez Dilma estivesse ainda no cargo", completou.

Ministros 

Questionado sobre a permanência de ministros citados na Operação Lava Jato – oito deles apareceram nas delações dos executivos da Odebrecht – Temer afirmou que manterá a regra criada por ele: o magistrado segue no cargo até que a denúncia seja aceita pelo Ministério Público. Quando isso acontecer, o parlamentar será afastado temporariamente. Ao se tornar réu, aí sim será afastado definitivamente. 

Dunga X Tite X Felipão

O presidente rebateu as declarações do ex-presidente do Senado e também colega de partido, Renan Calheiros, que declarou que seu governo estava mais para Dunga [ex-técnico da Seleção brasileira de futebol masculino], do que para Tite [atual técnico], como segundo Renan, deveria ser. 

"Renan sempre foi assim, quis ter seus momentos de Felipão, tem o 7x1 dele, talvez tenha sido isso", disse.

Clima de insatisfação

Durante a entrevista, Temer declarou ainda que o clima de insatisfação e insegurança dos brasileiros com as diversas notícias de corrupção e os quase 200 políticos citados em delações premiadas já era esperado, porém, afirmou que o país não pode parar. “A indignação é verdadeira, a população tem razão”, declarou. “Agora é preciso praticar gestos para superar, fazendo com que o Brasil vá para frente”.

O mandatário afirmou que, apesar de sua baixa popularidade entre os eleitores, ele conta com um grande apoio do Congresso. "Estou governando ancorado e apoiado pelo Congresso Nacional. Meu grande apoio é do Congresso", disse. Graças a isso, ele diz que garantiu aprovação de reformas que ele considera importantes para o futuro do país, como a PEC do Teto – também chamada de PEC dos Gastos – e a Reforma do Ensino Médio, “que estava parada a cerca de 20 anos”.

Temer destacou ainda que, após as reformas Trabalhista e da Previdência, que ele afirmou estar participando ativamente, com diálogos e reuniões para os acertos, é preciso que se inicie uma reforma política. “Pela minha experiência, são os fatos que determinam uma reforma, e nesse momento amadureceram muito essas teses de reforma e essa é a hora [para que isso aconteça]”, declarou. 


O café ganha a China num ritmo avassalador, seja na versão solúvel ou nos espressos das modernas cafeterias.

Empresários consideram positiva queda da Selic e defendem mais reduções

Empresários consideraram positiva a quinta redução consecutiva da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (12) a taxa em 1 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,25% ao ano. As organizações, no entanto, defendem que os juros ainda são altos e há margem para maiores recuos.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa de 11,25% ao ano ainda é alta diante da queda da inflação e da recessão persistente. A entidade avalia que o corte deveria ser mais ousado, tendo em vista que a estimativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta (4,5%). 

A CNI avalia que o processo de queda dos juros depende dos avanços no ajuste fiscal e de uma “robusta” reforma da Previdência.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, avaliou positivamente o corte pelo Banco Central, mas avalia que há espaço para mais recuos da Selic. Ele apontou ainda que embora a taxa esteja caindo, os juros para o tomador final está aumentando. “O Brasil não pode mais esperar, precisamos retomar o crescimento econômico e gerar empregos.

 Para isso, a redução dos spreads bancários e o destravamento do crédito são fundamentais”, disse em nota.

A análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é que a medida foi acertada e permite retomar o caminho para o crescimento econômico.

 A entidade acredita, no entanto, o movimento de corte de juros “poderia ter começado um pouco antes”, seguindo a lógica de inflação em queda e nível de atividade baixo, com alta de desemprego. “Essa estratégia, além de baratear mais rapidamente o custo da dívida do governo, auxilia o país a enfrentar os efeitos de uma situação recessiva sem precedentes”, apontou.

O superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, também avaliou a decisão como acertada. “Com a queda de preços já dentro da meta para o ano, é preciso reduzir rapidamente a diferença entre a Selic e a inflação. Mais do que isso, a decisão do BC é uma ação concreta para alavancar a retomada da economia e, principalmente, conter o desemprego”.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro considerou acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De acordo com a Firjan, é correta a aceleração da queda da taxa de juros, “na medida em que a inflação está em trajetória cadente e a atividade econômica ainda não mostrou sinais claros de recuperação”.

Para a entidade, a redução dos juros, apesar de crucial à retomada do crescimento, precisa ser acompanhada pelo reequilíbrio das contas públicas, até para que seja sustentável. Nesse sentido, a Firjan reforçou a importância da resolução da crise financeira dos estados e da aprovação da reforma da Previdência, que necessariamente deve incluir as previdências estaduais.

 “A reforma em discussão no Congresso deve abranger as previdências estaduais, cujo déficit superou R$ 100 bilhões no ano passado”, alertou a federação.   
Em nota, a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) disse que  “a redução continuada dos juros, aliada a reformas que incentivem contratações e melhorem a ambiência de negócios, é condição essencial à retomada do crescimento do crédito e da economia”.
Em paralelo à redução da Selic, a Fecomércio RJ também defende medidas específicas no setor, como a oferta de alternativas de crédito mais em conta no uso do cartão, agora em vigor. 

Sindicato
A Força Sindical disse em nota que espera novas reduções. “É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém uma das taxas de juros mais altas do mundo, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo”, disse em nota.

A entidade aponta ainda a necessidade de implementar políticas que priorizem “retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de emprego, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda”.

Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a redução ficou "aquém da necessidade de estimular o crescimento da economia e geração de empregos".

 "É preciso ter entendimento de que a inflação está em baixa, sendo necessário coragem e determinação para reduzir nossa taxa de juros que ainda figura entre uma das mais altas do mundo", disse o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, em nota.

Mercado
O gestor de renda fixa da GGR Investimentos, Rafael Sabadell, aponta que a redução veio “em linha com que o mercado esperava”. 

Ele destaca que o item mais esperado nesta divulgação era o comentário do Copom que indica as condições para uma intensificação da redução da taxa básica de juros.

 “Basicamente vai depender do cenário econômico dando mais espaço para uma margem maior de um corte adicional. Talvez com uma queda mais acelerada na inflação ou atividade demorando um pouco mais para uma retomada maior”, destacou.

Entre os fatores que pesam para uma continuidade da redução da taxa, Sabadell indicou as questões externas, como a retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos.

 “A teoria de uma aceleração maior do ciclo americano perdeu força no último mês e tem favorecido [a redução da taxa]. E caso essa tese volte a ganhar ou perder força, afetará o ritmo. 

Se demorarem mais para aumentar os juros [nos EUA], aqui tende a dar mais espaço para cair ainda mais os juros”, avaliou.

O gestor considerou interessante o fato de o comentário do Copom citar as projeções de mercado de 8,5% para o final do ano. 

“Então acho que é bem possível que siga essa trajetória que o mercado vem precificando”, estimou.


* Colaborou Paulo Virgílio, do Rio de Janeiro

Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil*
Edição: Carolina Pimentel

Odebrecht detalha como funcionava esquema de propina; veja vídeos


Trecho da delação de Marcelo Odebrecht, herdeiro e presidente do grupo from Agência Brasil on Vimeo.


O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou na última quarta-feira (12) o sigilo de 74 dos 76 inquéritos cuja abertura foi autorizada por ele contra 83 políticos suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção. Os suspeitos foram citados por ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que assinaram acordos de delação premiada com a Justiça. De acordo com a assessoria do STF, ao todo são 950 depoimentos prestados pelos 77 ex-funcionários da empresa. No conteúdo das delações, os integrantes do grupo Odebrecht contam, entre outros pontos, como eram efetuados os pagamentos de propina e detalham os processos envolvidos no esquema.


Em outro depoimento gravado pela força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato e divulgados pelo STF, o empresário fala sobre o uso de caixa 2 nas campanhas eleitorais
O empresário Emílio Odebrecht, ex-presidente executivo e atual presidente do conselho de administração da empreiteira Odebrecht, disse que o esquema descoberto pela Operação Lava Jato ocorre há mais de 30 anos 

Da Agência Brasil*
* Com informações da TV Brasil
Edição: Carolina Pimentel

Propinas pagas pela Odebrecht chegam a US$ 3,37 bilhões entre 2006 e 2014 Número está em uma tabela entregue à Procuradoria-Geral da República pelo ex-executivo do grupo Hilberto Mascarenhas, responsável pela chamada Área de Operações Estruturada, que realizava o controle de vantagens indevidas pagas a políticos.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Governo cede mais e relator deve diminuir prazo de contribuição para teto da Previdência


BRASÍLIA (Reuters) - Em meio a avalanche causada pela abertura de inquéritos contra dezenas de políticos pelo STF, o governo prepara mais concessões na reforma da Previdência e concordou em retirar um dos pontos de mais difícil aceitação, a necessidade de o trabalhador contribuir por 49 anos para obter o teto da aposentadoria, desde que se garanta a aprovação da reforma.
O mais provável neste momento é que o tempo de contribuição para que o trabalhador receba a aposentadoria máxima com base em seus salários seja um período de 40 anos. O teto das aposentadorias no regime geral é de 5.531 reais.
"O relator está analisando várias alternativas, fazendo as últimas contas", afirmou o presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). "Ontem ficamos até o final da tarde analisando essas questões com a equipe econômica."
"Mas essa questão dos 49 anos de contribuição, que tanto prejuízo causou à reforma, vai deixar de estar presente no relatório", acrescentou.
A alternativa que está sendo trabalhada pelo relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), é que o ponto de partida do cálculo da aposentadoria --mínimo que o trabalhador aposentado receberia--, proposto como 51 por cento, passaria a 60 por cento. Como com cada ano a mais de contribuição o trabalhador ganha um ponto percentual, passaria-se a 40 anos para chegar ao teto da Previdência.
A mudança tiraria o peso dos 49 anos de contribuição, uma guerra de comunicação que o governo não conseguiu ganhar, mesmo com o discurso que a vasta maioria dos trabalhadores atualmente não recebe o teto. Com os olhos nas eleições de 2018 e acusados com denúncias de corrupção, os parlamentares pressionaram para mexer também neste ponto, que não estava inicialmente previsto entre os que seriam negociados.
No entanto, para aliviar o impacto financeiro dessa mudança --que poderia passar dos 17 por cento de redução no custo da Previdência calculado inicialmente para as alterações-- o governo propõe mudar o cálculo do valor da aposentadoria.
Atualmente, usa-se os 80 por cento maiores salários que o trabalhador recebeu ao longo da vida. Passaria-se a usar 100 por cento do salários para calcular o benefício.
"É uma das opções do relator. Mas ele ainda vai definir vários aspectos até segunda-feira", disse Marun.
Outro ponto que ainda estava em discussão, mas está praticamente definido, é a idade mínima para se aposentar para quem aderir ao novo processo de transição, que deve ficar em 50 anos para mulheres e 55 anos para homens, aumentando gradualmente em um período de 20 anos até chegar a idade mínima de 65 anos, definida na regra geral da reforma.
Isso significa que quem estiver no período de transição terá um período menor de contribuição --os anos que faltam mais um pedágio de 30 por cento-- mas só poderá se aposentar com 50 e 55 anos, respectivamente.
Os principais envolvidos na negociação devem voltar a Brasília no próximo domingo para que Oliveira Maia apresente seu relatório. De acordo com uma fonte governista, a intenção é que o relatório seja apresentado na segunda-feira a líderes da base aliada, antes da apresentação à Comissão Especial, na terça-feira.
"Mas vai depender do que ele realmente conseguir fechar. A gente não pode apresentar uma coisa que não esteja 100 por cento fechada", disse uma fonte do Palácio.
Esta semana, ao apresentar aos parlamentares da base sua concordância em alterar a reforma --tratada até agora como praticamente inegociável-- o presidente Michel Temer afirmou que o texto enviado pelo governo era uma mudança para 30 ou 40 anos, mas que aceitava uma reforma para 20 anos, desde que fosse aprovada.
A Previdência, disse o presidente, virou o "símbolo da vitória reformista, ou não, do governo".
O discurso foi feito antes da divulgação da decisão do ministro do STF Edson Fachin de permitir a abertura de inquérito contra quase uma centena de pessoas, incluindo dezenas de parlamentares e oito ministros do governo Temer.
Depois disso, a avaliação no Palácio do Planalto, de acordo com uma fonte, é que a aprovação da reforma, passou a ser ainda mais essencial para o governo, sob pena de, ao não aprovar, ser acossado pelas investigações de corrupção e ainda perder a confiança de que poderá melhorar a economia.

(Reportagem adicional de Marcela Ayres)
 

Temer quer acelerar agenda de reformas, mas base admite risco após lista da Odebrecht

BRASÍLIA (Reuters) - O Palácio do Planalto pretende acelerar as articulações nos próximos dias com a base aliada para tentar aprovar as reformas da Previdência e trabalhista no Congresso, que estariam ameaçadas, na avaliação de parlamentares, após a abertura de inquérito contra dezenas de deputados e senadores implicados nas delações de executivos da Odebrecht e a divulgação dos vídeos em que se expôs o esquema de corrupção.
O presidente Michel Temer poderá se reunir com líderes da base para discutir detalhes do texto da reforma da Previdência no domingo. Esse encontro ainda não está certo, mas tem sido discutido como uma demonstração de que o governo e ele pessoalmente não estão parados diante das delações da Odebrecht.
O texto da reforma deve ser apresentado formalmente na comissão especial da Câmara na próxima terça-feira.
A ordem é manter o calendário das reformas e, segundo interlocutores do presidente, somente a melhora do cenário econômico com a aprovação das medidas será capaz de contrabalançar o "estrago" feito pela lista.
As delações atingiram oito ministros (dois deles do núcleo palaciano) e 63 parlamentares, incluindo aí os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
O receio do Planalto é que, se não mostrar reação, poderá ficar refém da Lava Jato e ainda perder credibilidade e a confiança do mercado, que tem respaldado a agenda de reformas.
Por ora, os ministros estão mantidos, uma vez que a "linha de corte" estabelecida por Temer só levaria ao afastamento aqueles que forem alvos de denúncia criminal.
Na linha de rebater acusações, Temer também vai responder a tudo que o envolva, como fez nesta quinta, quando apareceu em um vídeo negando ter tratado de valores e negócios escusos em reunião com executivos da empreiteira.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pretende defender publicamente o cancelamento do recesso parlamentar do meio do ano a fim de garantir a aprovação, o quanto antes das reformas, principalmente a da Previdência. Por ora, essa é uma iniciativa individual dele.
Mas serve como uma vacina para aliados que já consideravam, antes da lista de inquéritos de Fachin, difícil aprovar as duas reformas até meados de julho.
Dois aliados do Planalto não consideram que haja, por ora, qualquer risco para que Temer complete o mandato.
Primeiro, não há um clamor popular para a queda dele, apesar das acusações pessoais. Avaliam ainda que, com partidos da base e oposição implicados, haverá uma tentativa da atual classe política se autopreservar para as eleições de 2018.
CONGRESSO
Por ora, há uma avaliação reservada de aliados do governo no Congresso de que haverá, sim, um comprometimento do calendário das reformas.
Um auxiliar de um presidente de partido implicado nas delações da Odebrecht afirmou que agora cada um vai cuidar de si e que a votação das reformas ficará em segundo plano.
"Temer quer aprovar as reformas, mas ninguém quer", disse esse auxiliar, sob a condição de anonimato.
Ele relatou que os parlamentares estão preocupados em sobreviver às investigações da Lava Jato no STF --mesmo que a tradição na Corte seja demorar até se chegar a um julgamento-- e ainda conseguir se reeleger, para garantir a manutenção do foro privilegiado.
O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), o mais antigo em atividade na Câmara, disse que agora vai se "cair na dúvida" sobre a capacidade do governo de aprovar a reforma da Previdência.
"As propostas em si são frágeis", afirmou Miro, que é contrário à reforma apresentada e defensor de novas eleições gerais.
Já o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), mesmo sendo um dos maiores críticos da reforma da Previdência na base, procurou minimizar eventuais prejuízos por conta das delações.
"No processo de impeachment de Dilma, em meio à crise econômica, foi o período em que o Parlamento mais deliberou", disse à Reuters Renan, à época presidente do Senado. Renan disse que suas críticas à proposta de Temer são relativas ao mérito da reforma da Previdência, que considera muito dura.
E no momento em que a Lava Jato avança sobre a classe política, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) pretende colocar em votação na próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado seu parecer que altera a legislação de abuso de autoridade.
Ele negou que a iniciativa tenha por objetivo retaliar a operação, à qual defende, e que o projeto visa a combater eventuais excessos de servidores públicos. A matéria tem sido criticada pela força-tarefa da Lava Jato como uma tentativa de inibir a operação

"Não há que se confundir. Vejo o corporativismo de algumas categorias do funcionalismo tão nocivo quanto à corrupção no Brasil", criticou.
Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu
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Delator diz que não tem mais computador com registro de propina porque o jogou no mar

Delator diz que não tem mais computador com registro de propina porque o jogou no mar

Brasil não pode ficar paralisado, alertam empresários e economistas Setor produtivo cobrou do Congresso para que trabalhos continuem. Brasil tem acompanhado atentamente a divulgação das denúncias.

O Brasil inteiro tem acompanhado atentamente a divulgação das denúncias de corrupção contra políticos e aguarda o desfecho das investigações. 
O Jornal Nacional ouviu trabalhadores, empresários, economistas que disseram: o Brasil não pode ficar paralisado. Os projetos do país têm de andar ao lado das investigações.
O Brasil não pode parar
É o recado de uma empresa, onde as máquinas seguem rodando mesmo nesse momento de indignação e cobrança.
“A gente depende de trabalho para sobreviver e os nossos governantes estão decepcionando a gente, porque eles não estão cumprindo com as obrigações dele. A gente paga nossos impostos e a gente tem direito a saber o que estão fazendo com nosso dinheiro”, diz Alexandre Diniz, operário.
Para que as máquinas continuem rodando, a primeira reação do setor produtivo foi cobrar do Congresso para que os projetos não parem de rodar por lá também.
"Acho que as reformas hoje são inexoráveis. Se os políticos não olharem isso como sendo seu dever e a sua responsabilidade, a cobrança da sociedade vai ser tão gigante que eles vão se arrepender. Há uma consequência importante em você olhar para o seu representante político mesmo que ele esteja enquadrado na página do jornal, e dizer, a ele: cumpra seu dever”, explica Paulo Protásio, presidente da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro (ACRJ).
A economista Margarida Gutierrez diz que o momento é crucial, porque os primeiros sinais de retomada da economia dependem das reformas.
“Tem que andar, porque não é justo com a sociedade brasileira que a gente continue sendo penalizado, além de tudo que já fomos, por essas coisas todas que estão acontecendo e que estão agora aparecendo para o povo, que o povo continue sendo penalizado pela paralisação da economia”, diz a economista da UFRJ Margarida Gutierrez.
No chão da fábrica, notícia repetida que é notícia boa. É a máquina que não para, é a produção que aumenta, é o trabalho de cada um.
“A gente pensa só em trabalhar. Cada um tem que fazer a sua parte, mas nossa vida segue. É trabalhar, dar o melhor de si, manter nossa equipe sempre motivada para mudar o Brasil, mudar esse mundo e acreditar que a coisas vão mudar”, diz a empresária Renata Daflon.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/

Marcelo Odebrecht dá uma aula de caixa dois Depoimento do ex-presidente da empresa mostra como caixa dois e corrupção se misturaram em eleições no Brasil.

A maior delação da Lava Jato trouxe à tona relações promíscuas entre empresas e políticos. Os delatores falaram em nome de um sistema ilegal, do qual eles faziam parte, e dizem ter contaminado quase todas as campanhas eleitorais no Brasil.
Foi assim que muitos ex-executivos da Odebrecht explicaram o uso do caixa dois, que são doações não contabilizadas e não declaradas à Justiça Eleitoral.
A delação de Marcelo Odebrecht descreve a relação do caixa dois e a corrupção nas campanhas eleitorais.
“Eu não conheço nenhum político no Brasil que tenha conseguido fazer qualquer eleição sem caixa dois. O caixa dois era três quartos, o que eu estimo. Não existe ninguém no Brasil eleito sem caixa dois. O cara até pode dizer que não sabia, mas recebeu dinheiro do partido que era caixa dois. Não existe, não existe; era um círculo vicioso que se criou. Tanto é assim que, na hora que resolveram cancelar, o que se começou a discutir a mais, teve que aumentar o fundo partidário para início de conversa. A eleição ficou agora mais barata. Não tinha como. Não existe. O político que disser que não recebeu caixa dois está mentindo”, disse Marcelo Odebrecht.

Marcelo Odebrecht também tratou do financiamento de campanha em outro depoimento, ao juiz Sérgio Moro. Ele relacionou as doações a uma troca vantajosa para empresários e políticos, e disse que pedidos, sejam legítimos ou ilegítimos, geravam expectativa de contrapartidas.
“Essa questão de eu ser um grande doador, de eu ter esse valor, no fundo, é o quê? É também abrir portas. Apesar de não vir um pedido específico, é o que eu digo: toda relação empresarial com um político infelizmente era assim, especialmente quando se podia financiar, os empresários iam pedir. Por mais que eles pedissem pleitos legítimos, investimentos, obras, geração de empregos, no fundo, tudo que você pedia, sendo legítimo ou não, gerava uma expectativa de retorno. Então, quanto maior a agenda que eu levava, mais criava expectativa de que eu iria doar tanto”, disse.
Apesar de ser tratado com naturalidade pelos delatores, o caixa dois tem pena prevista em lei. É enquadrado como falsidade na prestação de contas, no artigo 350 do Código Eleitoral, que prevê até cinco anos de prisão e multa para quem omitir informações em documento público ou particular.

O ex-ministro do Supremo Carlos Ayres Britto foi taxativo ao condenar o caixa dois.
"O caixa dois é um caixa espúrio, irregular, correspondendo a ingresso intencionalmente não contabilizado, é falsidade ideológica, é falsidade documental, é omissão ilícita de valores, recursos, serviços, e tudo mais que se traduza em pecúnia. É hora da reação e o Brasil agora chegou o seu momento de passar a si mesmo a limpo", disse.

Mais de 70 políticos, entre deputados, senadores e ministros tiveram inquéritos abertos no Supremo com base nas delações da Odebrecht. E um terço é suspeito de ter recebido via caixa dois.
Delatores afirmaram que em muitos casos o caixa dois está ligado ao crime de corrupção, e tem pena bem maior: 12 anos. O próprio Marcelo Odebrecht já tinha dito à Justiça que pagar fora da contabilidade pode ser uma contrapartida num esquema de corrupção.
Na delação, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Mello Filho afirma que a empresa não tinha como garantir o que os políticos faziam com o dinheiro.
“O motivo do pedido era, a pretexto, doação de campanha. Agora quero deixar claro pra senhora: eu não posso afirmar se ele foi usado pra doação de campanha. Nem eu nem a empresa pode afirmar isso, entendeu?”, disse.
Outro ex-funcionário da Odebrecht explicou que não importava a motivação.
Hilberto Mascarenhas trabalhava no setor de propinas, um departamento criado pela construtora para esses pagamentos. A ordem era executar sem questionar.
“Não há porque entrar no mérito do porque pagar. Não nos era dito. Se a gente perguntasse, a resposta era muito simples: Não é da sua conta isso. Sua conta é pagar o que foi autorizado pra quem de direito. Cabou”, disse.
O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) defende punição rigorosa ao caixa dois.
"Todos aqueles que utilizam o caixa dois deveriam ser condenados e ter os madatos caçados, porque se trata de crime de falsidade ideológica. A pessoa recebeu o dinheiro e não declarar. E muitas vezes esse recebimento, por baixo dele, está o crime de corrupção, porque a pessoa recebe o dinheiro supostamente para gastar nas esleições, mas ele recebe, na verdade, uma propina. Um dinheiro vindo da corrupção", explica Roberto Veloso, presidente da Ajufe.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/

Brasil é campeão em juros reais mesmo após maior corte em 8 anos Inflação está caindo mais rápido do que a Selic e Brasil segue líder mundial em juros reais com 6,39%, segundo ranking da Infinity com o MoneYou

A Selic caiu de 12,25% para 11,25% e mesmo assim o Brasil segue campeão mundial de juros reais entre as principais economias do mundo.
A conta, que subtrai a inflação dos últimos 12 meses dos juros nominais, é feita a cada reunião pelo site MoneYou com a Infinity Asset Management.
A diferença com o segundo lugar caiu, mas o Brasil ainda é líder com 6,39% de juros reais, seguido por Rússia (5,23%) e China (3,52%).

Por João Pedro Caleiro
http://exame.abril.com.br

Nos últimos lugares do ranking estão países com juros reais negativos como Turquia (-2,96%), Argentina (-11,21%) e Venezuela (-85,52%). A média geral é -2,7%.
Isso acontece porque no Brasil a inflação chegou a dois dígitos e está caindo de forma acelerada, enquanto a Selic começou a ser cortada em ritmo mais lento.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse recentemente que assim como o juro nominal, o juro real também está em queda.
Segundo ele, é mais adequado usar a medida “ex-ante” (com referência da inflação futura e não passada), pois é a que mais influencia as decisões econômicas.
Mas nessa conta, que desconta dos juros nominais a inflação prevista pelo mercado para os próximos 12 meses, o Brasil também é campeão mundial com juros reais de 6,36% seguido da Rússia com 5,12%.
Veja a seguir os juros reais (taxa de juros dos últimos 12 meses descontada a inflação dos últimos 12 meses) nas 40 principais economias do mundo:
PaísJuros reais
1Brasil6,39%
2Rússia5,23%
3China3,52%
4Índia2,51%
5Colômbia2,21%
6Hong Kong1,35%
7Taiwan1,20%
8Indonésia1,10%
9México1,09%
10Tailândia0,73%
11África do Sul0,66%
12Chile0,29%
13Austrália0,00%
14Singapura-0,13%
15Israel-0,30%
16Filipinas-0,39%
17Japão-0,40%
18Polônia-0,49%
19Coreia do Sul-0,93%
20Holanda-1,09%
21França-1,09%
22Suíça-1,34%
23Itália-1,38%
24Malásia-1,44%
25Canadá-1,47%
26Portugal-1,57%
27Alemanha-1,57%
28Dinamarca-1,63%
29Estados Unidos-1,66%
30Grécia-1,67%
31Hungria-1,75%
32Suécia-1,78%
33Reino Unido-2%
34Áustria-2,15%
35Bélgica-2,23%
36Espanha-2,25%
37República Tcheca-2,49%
38Turquia-2,96%
39Argentina-11,21%
40Venezuela-85,52%
Média geral-2,7%

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