Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo (SP): fechada após 61 anos Imagem: Divulgação
No dia 11 de novembro a fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fechou as portas após 61 anos de atividade.
Mas qual o destino da instalação histórica de mais uma marca de automóveis que deixou a região? O UOL Carros apurou que o novo dono do local não tem nada a ver com o setor automotivo.
Desde abril passado, parte das instalações da Toyota em São Bernardo do Campo foi vendida para a Tubos Ipiranga, fabricante e distribuidora de tubos de aço e conexões que tem entre seus clientes empresas como Companhia Siderúrgica Nacional, Raízen, Vale, Sabesp, JBS e Petrobras.
Segundo nota da Toyota enviada ao UOL Carros, a Tubos Ipiranga adquiriu o espaço antes utilizado pelas áreas corporativas da empresa, transferidas para Sorocaba (SP), em setembro de 2021.
Já a parte do complexo onde um dia veículos foram fabricados ainda segue sem destino.
Questionada, a montadora afirma que o terreno que abrigava a área produtiva "ainda segue em processo de venda".
O fechamento da primeira linha de produção da montadora asiática fora do Japão já tinha sido anunciado em abril de 2022 pela companhia.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, cerca de 350 funcionários ainda trabalhavam no local, que tinha 440 colaboradores diretos em meados do ano passado.
A Toyota não informa quantos trabalhadores aderiram ao PDV (programa de demissão voluntária) nem quantos foram realocados para suas demais fábricas - localizadas em Sorocaba, Porto Feliz e Indaiatuba, no interior de São Paulo.
"Não comentamos sobre detalhes específicos [do PDV], mas garantimos que todas as decisões foram tomadas em conjunto e com o máximo respeito e consideração pelo bem-estar das pessoas impactadas", diz nota da Toyota enviada ao UOL Carros.
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Fábrica histórica
A unidade de São Bernardo do Campo era uma das mais antigas do Brasil, onde foi produzido o Bandeirante - primeiro modelo que a montadora lançou no país e que saiu de linha em 2001.
Com apenas cinco quilômetros rodados, o exemplar na cor azul e com chassi de número 104.621 era guardado na fábrica de São Bernardo do Campo.
Há muitos anos, a unidade já não fabricava veículos e, segundo a Toyota, vinha sendo responsável por produzir peças que equipavam modelos produzidos no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos.
A linha de produção da Toyota não é a única a encerrar as atividades no ABC: em 2019, a Ford fechou a fábrica de São Bernardo do Campo e, dois anos depois, encerrou as atividades das outras três unidades produtivas que ainda mantinha no país, para vender aqui apenas veículos importados.
Em maio passado, foi a vez de a Bridgestone demitir 600 funcionários da fábrica de Santo André e lá encerrar a produção de pneus para carros de passeio - que foi transferida para a Bahia. A unidade do ABC passou a fabricar exclusivamente pneus para caminhões e utilitários, além de molas pneumáticas.
Como funciona o Concurso Nacional Unificado? O Concurso Nacional Unificado, também conhecido como Enem dos concursos, é um certame unificado para 21 órgãos federais.O candidato poderá concorrer a mais de um cargo, desde que estejam dentro do mesmo bloco temático.
“Cinco milhões é o que a gente está prevendo, o (número) máximo de candidatos. A gente está fazendo uma extrapolação com base no Enem”, detalhou a secretária.
Agente de atividades agropecuárias: 100 vagas Agente de Inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal: 100 vagas Técnico de Laboratório: 40 vagas Agente em Indigenismo: 152 vagas Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas: 300 vagas
Ensino superior
Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental: 150 vagas Analista de Infraestrutura: 300 vagas Analista Técnico de Políticas Sociais: 360 vagas Analista em Tecnologia da Informação: 300 vagas Analista Técnico-Administrativo: 190 vagas Economista: 27 vagas Psicólogo: 2 vagas Estatístico: 12 vagas Técnico em Comunicação Social: 10 vagas Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas Arquivista: 16 vagas Arquiteto: 14 vagas Engenheiro: 68 vagas Bibliotecário: 4 vagas Contador: 5 vagas Médico: 20 vagas Analista de Comércio Exterior: 50 vagas Analista Técnico-Administrativo: 50 vagas Economista: 10 vagas Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários: 30 vagas Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia: 40 vagas Auditor-fiscal federal agropecuário: 200 vagas Analista em Ciência e Tecnologia: 40 vagas Tecnologista: 40 vagas Analista Administrativo: 137 vagas Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário: 446 vagas Engenheiro Agrônomo: 159 vagas Analista em Ciência e Tecnologia: 296 vagas Analista Técnico de Políticas Sociais: 40 vagas Analista Técnico de Políticas Sociais: 70 vagas Indigenista Especializado: 152 vagas Administrador: 26 vagas Antropólogo: 19 vagas Arquiteto: 1 vaga Arquivista: 1 vaga Assistente Social: 21 vagas Bibliotecário: 6 vagas Contador: 12 vagas Economista: 24 vagas Engenheiro: 20 vagas Engenheiro Agrônomo: 31 vagas Engenheiro Florestal: 2 vagas Estatístico: 1 vaga Geógrafo: 4 vagas Psicólogo: 6 vagas Sociólogo: 12 vagas Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas Técnico em Comunicação Social: 10 vagas Tecnologista: 220 vagas Analista Técnico Administrativo: 100 vagas Analista Técnico de Políticas Sociais: 30 vagas Auditor-Fiscal do Trabalho: 900 vagas Analista Administrativo: 15 vagas Especialista em Previdência Complementar: 25 vagas Especialista em Regulação de Saúde Suplementar: 35 vagas Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas: 275 vagas Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas: 312 vagas Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas: 8 vagas Administrador: 154 vagas Arquiteto: 5 vagas Arquivista: 2 vagas Analista Técnico-Administrativo: 90 vagas Contador: 47 vagas Economista: 35 vagas Engenheiro: 18 vagas Estatístico: 7 vagas Médico: 3 vagas Psicólogo: 10 vagas Técnico em Assuntos Educacionais: 20 vagas Técnico em Comunicação Social: 9 vagas Analista Técnico-Administrativo: 30 vagas Analista Técnico-Administrativo: 45 vagas Economista: 15 vagas Analista Técnico-Administrativo: 50 vagas Pesquisador-Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais: 50 vagas
O exame para ingresso em cursos de ensino superior já teve um total de 8 milhões de candidatos. Durante a pandemia, o número caiu para 3 milhões. Na edição deste ano do Enem, foram mais de 3,9 milhões de inscritos. “Então, a gente está trabalhando nessa faixa aí de 5 milhões de candidatos”, completou Camargos.
No termo de referência, documento usado para definir a banca organizadora, o universo de candidatos estimado é menor, de, no mínimo, 1,5 milhão de pessoas. Mas há a ressalva: “podendo sofrer acréscimo ou redução durante o período de inscrição”.
A prova será realizada apenas em março, porque é exigido um período mínimo de três meses entre a publicação do edital e a aplicação, para garantir aos candidatos tempo hábil de preparo.
Fraudes e segurança
Em 5 de novembro, data da aplicação da primeira fase do Enem, imagens da prova foram divulgadas durante o horário do teste. O ministro da Educação, Camilo Santana, minimizou o episódio, afirmando tratarem-se de “ocorrências pontuais”.
Questionada sobre como antevê esse tipo de problema no Concurso Unificado, a secretária Regina Camargos explicou que o governo trabalha com o apoio da Polícia Federal (PF), que vai acompanhar todo o processo de segurança do concurso. Nos estados, terá o apoio das polícias militares e civis, que vão atuar no combate a eventuais problemas relacionados a vazamentos. Os órgãos policiais também deverão auxiliar no transporte das provas.
“Vai ter toda uma operação, inclusive, de inteligência para que, a cada etapa do concurso, a gente trabalhe com o maior nível de segurança possível de modo a evitar esse tipo de problema que surgiu recentemente no Enem”, destacou.
Tratava-se de um link enviado aos cidadãos para a realização de inscrição falsa. De acordo com o MGI, o link levava o internauta a uma página de cadastro e pagamento de Pix no valor de R$ 107,82. Vale lembrar que o prazo para as inscrições ainda não foi iniciado, e tampouco há informação sobre o valor da taxa de inscrição.
Informações detalhadas estarão disponíveis apenas no edital, que deverá ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) no fim de dezembro.
O edital com requisitos, vagas, salários, conteúdo programático, formas de inscrição, critérios de seleção, data e local das provas deverá ser divulgado até 22 de dezembro.
“Estamos trabalhando com 22 de dezembro no limite, sendo que, a depender do andamento da definição do conteúdo programático, pode ser que tenha alguma alteração. Isso vai depender muito dessas articulações entre o MGI, os órgãos e a própria Fundação Cesgranrio”, adiantou Regina Camargos.
Os resultados gerais da primeira fase deverão ser divulgados até o fim de abril de 2024. O resultado final do certame deverá ser divulgado no fim do mês seguinte, maio. O início dos cursos de formação, o processo de ambientação e a alocação inicial dos servidores estão previstos para o período entre junho e julho.
Os novos servidores públicos deverão começar a trabalhar efetivamente em agosto do próximo ano, quando deverá ocorrer a posse.
Como será a prova
O concurso será realizado, de forma simultânea, em 180 cidades, distribuídas pelas cinco regiões do país. Todas as capitais estarão abarcadas, a elas se somando municípios selecionados por critério do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Serão 7 blocos temáticos de nível superior e 1 bloco de nível intermediário:
Bloco 1: Administração e Finanças Públicas — Ministério da Gestão, MPO e MDIC;
Bloco 2: Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação — Antaq, Aneel e ANS;
Bloco 3: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário — Mapa e Incra;
Bloco 4: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação — MCTI e Inep;
Bloco 5: Políticas Sociais, Justiça e Saúde — Funai, Ministério da Saúde e MJSP;
Bloco 6: Trabalho e Previdência — MTE e Previc;
Bloco 7: Dados, Tecnologia e Informação — IBGE; e
Nível Intermediário — IBGE, Mapa e Funai.
As provas serão realizadas em um único dia, dividida em dois turnos:
Provas objetivas, com matriz comum a todos os candidatos por bloco temático, no turno matutino; e
Provas específicas e dissertativas por blocos temáticos, no turno vespertino.
O investimento estrangeiro registrou um volume líquido de entrada de R$ 18,2 bilhões na Bolsa brasileira, a B3, em novembro.
Essa foi a melhor performance de ingresso desse tipo de recurso desde março de 2022, de acordo com informações compiladas pelo consultor de dados de mercado de capitais Einar Rivero.
E essa bolada não surpreende apenas por resgatar um patamar de investimentos só alcançado há um ano e dez meses.
Ela representa uma mudança acentuada em relação aos três meses anteriores a novembro.
Em agosto, setembro e outubro os saldos dos aportes estrangeiros na Bolsa foram negativos. Eles ficaram no vermelho em, respectivamente, R$ 10,4 bilhões, R$ 1,4 bilhão e R$ 2,8 bilhões, ainda segundo o levantamento de Rivero.
A questão é o que fez o humor global mudar em relação ao mercado de capitais brasileiro.
Luan Alves, analista-chefe da VG Research, diz que uma boa parte da explicação está ligada a um movimento de abrangência global.
Atração por juros
Isso porque, na tentativa de debelar a inflação, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) jogou os juros nas alturas. Em julho, eles alcançaram o intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior nível em 22 anos, onde permanecem até agora.
Essa escalada das taxas, iniciada em março de 2022, estimulou a atração dos investidores globais por títulos da dívida americana, os Treasuries, considerados seguros. Isso ocorreu em detrimento do interesse por ativos de maior risco e de renda variável, como é o caso das ações em Bolsa, especialmente em países emergentes como o Brasil.
Virada de jogo
“Nos últimos dois meses, a situação mudou”, afirma Alves. “Aumentou a convicção existente no mercado de que o ciclo da alta de juros chegou ao fim nos Estados Unidos. A discussão já não é mais se as taxas vão cair, mas, sim, quando elas começarão a ceder.”
André Fernandes, especialista em renda variável e sócio da A7 Capital, destaca que a convicção por parte dos agentes econômicos de que ocorra um corte de juros em março de 2024, o que é um horizonte relativamente curto de tempo, ganhou força nos últimos meses. “A probabilidade nesse caso já está acima de 50%”, diz.
Diante desta aposta – e de fato trata-se de uma aposta –, a sede por investimentos de risco aumentou. “Com isso, houve esse movimento de recuperação em que os estrangeiros voltaram a aumentar a exposição na Bolsa local”, afirma Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.
Mérito local
Luan Alves, da VG Research, acrescenta que o avanço do investimento estrangeiro na B3 não é consequência apenas de uma engrenagem global, em que uma força age de fora para dentro, provocada pela suposição do fim do ciclo de juros altos nos Estados Unidos. “O Brasil também está bem posicionado e está conseguindo aproveitar esse momento”, diz. “Nos últimos cinco anos, quando a economia nacional estava mais frágil, o país perdeu a chance de fazer parte desse fluxo de capitais.”
Alves considera que o ingresso de recursos do exterior é positivo para o mercado de capitais do país. “Na prática, esse dinheiro faz a roda girar”, afirma. “Isso quer dizer que as ações se valorizam e, a partir daí, as empresas podem retomar o interesse por promover aumentos de capital, ofertas públicas de ações e assim por diante.”
Grande participação
Acrescente-se a isso o fato de os investidores estrangeiros serem essenciais para a Bolsa brasileira. Representados por gestoras de ativos, bancos e outros agentes internacionais, eles são responsáveis por cerca da metade do volume de negócios da B3.
Mas, para que essa roda ganhe tração, nota Alves, é preciso que a entrada de dinheiro do exterior se mantenha ao longo do tempo.
O que não é algo tão simples no mercado de ações.
Mesmo porque esse mundo sempre girou embalado por um nível altíssimo de volatilidade.
O governo do Reino Unido anunciou um novo aporte de cerca de R$ 215milhões para o Fundo Amazônia.
A informação foi divulgada durante a 28ª edição da Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP28, que ocorre em Dubai.
O novo subsídio foi confirmado após uma reunião entre a secretária de Segurança Energética e Emissões Zero do Reino Unido, Claire Coutinho, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Claire afirmou, em um comunicado oficial, que está entusiasmada com as ajudas financeiras que seu país vai oferecer. Além disso, lembrou que o dinheiro anunciado na COP28 vai “reconhecer e ajudar a apoiar a visão do Brasil para as florestas e as pessoas que a protegem”.
Vale lembrar que no começo deste ano, o governo britânico se comprometeu a investir cerca de R$ 500 milhões no Fundo, responsável por financiar ações que ajudem na proteção da floresta amazônica.
O valor foi confirmado na reunião.
Desmatamento Arquivo/Agência Brasil
Desmatamento na Amazônia caiu 45,9% entre janeiro e outubro de 2023, diz Inpe Getty Images
Garimpo ilegal na Amazônia Fernando Frazão / Agência Brasil
Marina falou logo após o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, elogiar a redução do desmatamento. "Impressionante! É a melhor notícia do ano".
Bastante emocionado, o presidente Lula chorou ao ceder seu lugar de fala à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o evento "Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência", que aconteceu neste sábado (2) durante a Conferência Climática da ONU, a COP28, que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
"Pela primeira vez, a floresta veio falar por si só. Eu não poderia utilizar a palavra sobre a floresta se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na Floresta, se alfabetizou aos 16 anos...", disse Lula, interrompido por forte emoção.
Em seguida, o presidente abraçou Marina Silva para conter as lágrimas e seguir com a breve fala, antes de passar a palavra à ministra do Meio Ambiente.
"Eu acho que é justo que para falar da floresta, ao invéz de falar o presidente que é do Estado que não é da floresta, a gente ouvir ela que é a responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental que nós estamos fazendo no Brasil", emendou.
Marina falou logo após o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, elogiar a redução do desmatamento. "Impressionante! É a melhor notícia do ano".
Durante seu discurso na mais alta cúpula durante a COP28, Lula traz à tona os problemas da Amazônia e a necessidade de ajuda dos países mais desenvolvidos
Presidente Lula com a carta recebida do Papa Francisco (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
247 - O presidente Lula compartilhou em seu perfil no X, antigo Twitter, a carta que recebeu do Papa Francisco durante as discussões sobre a crise climática na COP28. Apesar de ter cancelado sua participação na conferência devido a problemas de saúde, o Pontífice instou os líderes internacionais a considerarem o "bem comum".
Como divulgado pelo Globo, na carta escrita em 29 de novembro, o Papa Francisco expressou sua gratidão pela disposição de Lula em debater o futuro do planeta e abordar maneiras eficazes de lidar com os desafios urgentes enfrentados pela humanidade.
Durante a Sessão do Segmento de alto nível para Chefes de Estado e de Governo, Lula alertou sobre a possibilidade de um "processo de savanização da Amazônia" devido ao aquecimento global, mesmo que o Brasil cumpra sua promessa de atingir desmatamento zero até 2030.
O presidente ressaltou que o destino da Amazônia não está apenas nas mãos dos habitantes locais e enfatizou que, mesmo se o Brasil parar de derrubar árvores, a região pode atingir um ponto crítico se outros países não contribuírem para a solução.
COP28: Lula denuncia genocídio em Gaza e faz apelo pela paz em reunião do G77; veja vídeo
QUEBRA DE PROTOCOLO
COP28: Lula denuncia genocídio em Gaza e faz apelo pela paz em reunião do G77; veja vídeo
Presidente brasileiro quebrou o protocolou e, em duro discurso, usou encontro sobre clima para denunciar massacre israelense contra crianças e mulheres palestinas e pedir mudanças no Conselho de Segurança da ONU.
Lula na reunião do G77 durante a COP28, em Dubai. Youtube
Lula quebrou o protocolo na reunião do Grupo dos 77 nas Nações Unidas, o G77, realizada durante a COP28 na manhã deste sábado (2) em Dubai para denunciar o genocídio cometido pelo governo sionista de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza e fez um apelo pela paz.
Falando de improviso, antes da leitura do discurso preparado para o encontro com os líderes mundiais do G77 na Conferência da ONU que trata das mudanças climáticas, o presidente brasileiro fez um chamado "pela paz e pela sensatez para salvar o planeta, e não para o destruirmos em guerras".
"Enquanto nós estamos discutindo a questão ambiental nós temos guerra entre Rússia e Ucrânia e temos uma guerra insana entre Israel e os palestinos, sobretudo na Faixa de Gaza. E é importante que a gente chame a responsabilidade das pessoas que estão em guerra que fica muito mais barato sentar numa mesa de negociação e encontrar uma solução pacífica. Não é possível que as pessoas não se deem conta de que a guerra nos tempos modernos não conduz à nada, a não ser a destruição de vidas, de casas, de prédios, de ruas, de ferrovias e rodovias", iniciou Lula.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é praticamente um genocídio. Porque só de crianças são mais de 6 mil que foram mortas, além de milhares desaparecidas. Mulheres fazendo cesarianas para terem filhos antes de serem atingidas por uma bomba. E eu penso que daqui do G77 a gente fizesse um chamamento àqueles que estão em guerra, que é hora de parar, é hora de conversar, é hora da sensatez tomar conta da alma humana para a gente acreditar que nós estamos trabalhando para salvar o planeta, não para destruí-lo com guerras. Salvar o planeta para que a gente possa viver em paz", emendou o presidente brasileiro.
Em seguida, Lula voltou a cobrar da ONU mudanças na organização com vistas à reestruturação da governança global.
"Quero aproveitar a oportunidade para fazer um chamamento, inclusive ao nosso secretário-geral da ONU [Antonio Guterrez] para que a ONU dedique um esforço incomensurável para que a gente possa fazer um acordo e que nós, presidentes dos países aqui presentes, tomemos uma atitude de que ou nós mudamos o Conselho de Segurança ou nós colocamos mais países participando da ONU", exortou.
Presidenta do Banco do BRICS está em Dubai participando da COP28
Dilma e Lula na COP28 em Dubai 01/12/2023 (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fotografado nesta sexta-feira (1°) ao lado da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
No X, o chefe de Estado divulgou uma foto com Dilma em que também aparece a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. "Juntos!", escreveu Lula na postagem.
"Quantas lutas e vitórias cabem em um olhar?", postou o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, também no X.
A Comissão de Ética Pública da Presidência avaliou que Gilson Machado cometeu desvio ético em manifestação pública
Gilson Machado (Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)
247 - Ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, Gilson Machado recebeu a punição máxima da Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) por ter xingado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O órgão afirmou que a "liberdade de expressão não é absoluta".
A comissão avaliou que o ex-ministro cometeu desvio ético em manifestação pública. Machado chamou Lula de "safado, ex-presidiário e cachaceiro" durante publicação no Twitter em novembro de 2021.
A CEP é vinculada ao presidente da República. É o órgão central do Poder Executivo Federal em matéria de gestão da ética pública. O conselho é formado por até sete brasileiros, nomeados pelo presidente da República. Os mandatos são de até três anos. Existe a possibilidade de uma recondução. https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/ex-ministro-de-bolsonaro-recebe-punicao-maxima-de-comissao-por-xingar-lula