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sábado, 11 de fevereiro de 2023

Impressionante! Cristo Redentor é atingido por raio; veja imagens

 Flagrante foi feito por um fotógrafo amador na noite da última sexta-feira (10)

Fotógrafo Fernando Braga registrou o momento em que o Cristo Redentor é atingido por um raio
Fotógrafo Fernando Braga registrou o momento em que o Cristo Redentor é atingido por um raio Reprodução/redes sociais
Pedro Duran da CNN

No Rio de Janeiro
11/02/2023 às 19:13 | Atualizado 11/02/2023 às 19:52

Da varanda de seu apartamento no bairro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, o desenvolvedor de softwares Fernando Braga tem vista privilegiada. Um dos maiores cartões postais do Brasil, o Cristo Redentor, abrilhanta a visão que ele tem da cidade onde. O monumento se tornou também a inspiração para que ele desenvolvesse um hobby, a fotografia.

Fernando já havia registrado o Cristo de braços abertos com a lua ao fundo mas foi nesta semana que conseguiu capturar a imagem mais emblemática de sua trajetória como retratista do monumento: um raio que atingiu a estrutura gigantesca de concreto, amortizado pelo para-raios instalado na cabeça de Jesus. “Estou tentando há um ano, foram 600 fotos para conseguir capturar essa imagem”, contou ele à CNN.

“Eu comecei quando minhas filhas nasceram, dez anos atrás. Comprei uma máquina pra tirar fotos delas. Hoje elas nem querem mais serem fotogradas. Eu não me considero um fotógrafo, acho que pra isso precisa de uma veia artística e criatividade, o que não é muito a minha praia”, conta ele. As filhas dele, Marina e Juliana, tem respectivamente 10 e 8 anos.

As chuvas no Rio de Janeiro marcadas por trovoadas foram a deixa para montar o equipamento e manter o enquadramento por três horas. Foram 600 fotos tiradas para conseguir captar o momento exato em que o raio atinge o Cristo.

A Igreja Católica, que administra o monumento, enviou uma equipe para fazer uma vistoria no Cristo Redentor e avaliar eventuais impactos do raio. O resultado será informado em breve. Há vários para-raios instalados na cabeça e no braço do Cristo justamente para absorver os impactos dos raios e evitar riscos aos visitantes e danos ao monumento e ao santuário.

O clique foi às 18h55 desta sexta-feira (10) e, em menos de 24 horas, o registro já havia viralizado na internet. Ele usou uma Nikon D800 e a técnica de longa exposição, diminuindo a intensidade da luz para flagrar o percurso exato do raio, a 4km de distância do apartamento dele, que fica no 17º andar.

“Na hora que o raio apareceu eu nem estava ali, eu estava tomando banho. A máquina estava programada. Quando eu virei e olhei eu não acreditei! Caramba, caiu na cabeça do Cristo! Daí você treme e parece que o raio caiu em você”, acrescenta.

Apaixonado por fotografia, Fernando se dedica a registrar fenômenos naturais, o sol, estrelas, a lua, paisagens e animais. Com camarote para o Cristo, ele também registra os vários momentos de homenagens quando a estátua ganha projeções e iluminação especial em datas comemorativas. Ele diz que quanto mais difícil a imagem, mais motivador é o clique.

Por isso, a meta foi renovada. “A próxima eu quero fechar bem mais no Cristo, pra se tiver alguma pessoa ali a imagem mostrar”, contou o fotógrafo amador. 

Assista no Instagram 

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/impressionante-cristo-redentor-e-atingido-por-raio-veja-imagens/

Lula diz que prioridade da viagem aos EUA era restabelecer 'relações democráticas' com o país

Antes de embarcar de volta para o Brasil, o presidente Lula concedeu uma entrevista, neste sábado (11) de manhã, à correspondente da TV Globo Raquel Krähenbühl.

 Lula deu detalhes da reunião que teve com o colega americano, Joe Biden

O presidente brasileiro falou sobre a promessa do governo americano de contribuir para o Fundo Amazônia e afirmou que o valor não era o mais importante. 

Lula disse que não foi aos Estados Unidos para fechar um acordo sobre o assunto com Joe Biden e que a prioridade era restabelecer a boa relação com os Estados Unidos e reafirmar o compromisso com a democracia. 

Lula também voltou a defender um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU e a criação de um grupo internacional para negociar a paz na Ucrânia.

Raquel Krähenbühl: Presidente, no dia 6 de janeiro, eu estava dentro do Capitólio naquele ataque frontal à democracia americana, eu estava ali testemunhando, cobrindo. E, dois anos depois, no 8 de janeiro, o Brasil sofreu ataques na mesma proporção, usando a mesma cartilha americana. Como é que foi o papo com o presidente Joe Biden sobre democracia e quais compromissos concretos o senhor, vocês dois ali fizeram, porque o comunicado foi mais vago, então teve algum compromisso concreto, o que pode ser feito para proteger a democracia no hemisfério e no mundo?

Lula: Olha, a primeira coisa que nós fizemos foi um encontro das duas maiores democracias da América Latina, e nós sofremos os mesmos ataques com dois anos de diferença entre o Capitólio, entre o Congresso Nacional, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto. O que eu acho que tem que ficar claro é que nós precisamos combater cada vez mais, com muita habilidade, com muita coragem, a extrema direita fascista que está surgindo no mundo. E nós temos que defender cada vez mais o exercício da democracia, porque somente na democracia é que a gente vai poder construir esse mundo de paz, esse mundo harmonioso, esse mundo produtivo que é esse mundo fraterno que nós sonhamos. Ou seja, nós combinamos de que vamos trabalhar muito fortemente na democracia em todos os fóruns que nós participarmos e, ao mesmo, tempo vamos estreitar a relação Brasil-Estados Unidos, que estava um pouco truncada. Há quatro anos que o Brasil não fazia contato com os Estados Unidos. E os Estados Unidos faziam poucos contatos com o Brasil. Ou seja, é impensável que duas maiores economias possam ficar tanto tempo sem conversar sobre acordo econômico, sobre acordo comercial, sobre política, sobre transição energética, sobre transição ecológica. Ou seja, nós temos um mundo pela frente para trabalhar. Temos um mundo para ser construído e isto tudo precisa ser feito em fortalecimento da democracia. Se a gente não fizer isso, a democracia perde valor e as pessoas precisam entender que a democracia é a melhor forma de governo que existe no planeta Terra.

Raquel Krähenbühl: Falando no planeta Terra, meio ambiente, outra prioridade do encontro. Muita gente esperava que fosse anunciada a entrada dos Estados Unidos no Fundo Amazônia, ou que houvesse algum tipo de assistência financeira, fossem anunciadas também cifras para proteger a Amazônia. Mas no comunicado conjunto tinha apenas uma intenção dos Estados Unidos de participarem. Isso te decepcionou? [Lula diz: Não] Os Estados Unidos ofereceram algum valor?

Lula: Olha, eu não vim aos Estados Unidos para discutir a ajuda de 50, de 100, de 200, de 10 milhões de dólares. A discussão não é essa. A discussão é a seguinte: o Brasil é o maior potencial de transição ecológica que pode acontecer no Brasil. O Brasil tem energia limpa, mais do que qualquer país do mundo. O Brasil tem uma floresta extraordinária a preservar. O Brasil tem cinco biomas que nós queremos cuidar bem e, sobretudo, a questão da Amazônia, que todo mundo fala, é que a Amazônia é um território soberano no Brasil. O que nós queremos é compartilhar com o mundo a possibilidade de, primeiro, pesquisar e estudar profundamente a riqueza da nossa biodiversidade. E compartilhar com eles, aí, sim, ajuda para as pesquisas e para que a gente possa transformar isso num ganho econômico para o povo que mora na região, que são praticamente 25 milhões de pessoas. Eu, quando vim para os Estados Unidos, eu não vim na ideia de que nós iríamos fazer um grande acordo, porque nós não viemos para fazer um grande acordo. Nós viemos para reestabelecer relações democráticas entre Brasil e Estados Unidos. Afinal de contas, nós somos os dois países mais importantes do continente, norte-americano, da América Latina e da América do Sul. E nós não poderemos deixar de conversar.

Raquel Krähenbühl: A guerra da Ucrânia vai completar um ano agora nos próximos dias, no dia 24. E o senhor e o presidente Biden têm visões diferentes em relação a essa guerra. Como é que ele recebeu a sua ideia de montar um grupo de países neutros para mediar a paz? Como que ele reagiu a isso?

Lula: Olha, deixa eu te falar. Eu quando vim conversar com o presidente Biden sobre este assunto, eu já tinha conversado com Macron (presidente da França, Emmanuel Macron), eu já tinha conversado com o chanceler alemão (Olaf Scholz). Ou seja, a verdade nua e crua é que, direta e indiretamente, muitos países já se envolveram na guerra. Quando o Olaf Scholz foi ao Brasil, e ele tentou fazer um pedido para que nós vendêssemos munição para eles utilizarem nos canhões... Ou seja, nós não vendemos as munições, porque se nós vendermos, nós iríamos começar a participar da guerra indiretamente. Eu acho que nós precisamos construir um grupo de países que comece a se organizar pela paz, ou seja, criar uma espécie de G20 pela paz. Nós criamos o G20, quando houve a crise econômica. Portanto, nós precisamos criar um outro instrumento político de países que não estão participando de nenhuma atividade nesta guerra e conversar com eles. Primeiro, o Putin (Vladimir Putin, presidente russo) tem que entender que ele está errado ao fazer invasão territorial de um país e ele precisa voltar atrás. É preciso que a guerra pare para gente começar a conversar. E eu disse para ele que eu tenho interesse, o Brasil tem potencial disso. O México tem potencial, a Indonésia tem potencial, a China tem potencial, a Índia tem potencial. Tem muitos países que não estão envolvidos e é isso que eu desejo. Alguém vai ter que falar para o Putin: ‘Cara, para essa guerra.’ Ou: ‘Zelensky (presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky), para essa guerra.’ Ou seja, vamos parar, vamos começar a conversar, que a gente pode encontrar uma solução para que o mundo seja pacificado.

Raquel Krähenbühl: O presidente Biden falou o quê?

Lula: Olha, nós discutimos, eu não posso dizer aquilo que o Biden falou, porque seria indelicadeza da minha parte. Mas eu acho que ele tem clareza de duas coisas: primeiro, que a guerra tem que parar, ela já foi longe demais. Segundo, é que as pessoas precisam reconhecer as suas falhas e seus acertos. Ou seja, o presidente Putin sabe que a guerra vai demorar muito. Ele sabe que não foi fácil como ele imaginava e que, portanto, eu acho que agora tem que ter um argumento para para convencê-lo de parar a guerra. E eu disse ao presidente Biden que nós nos propúnhamos a conversar. Nós já tínhamos conversado com os Estados Unidos na Guerra do Iraque. Nós já tínhamos conversado com o Irã na questão do enriquecimento de urânio, que ninguém conseguia fazer. O Brasil foi lá e fez. Ou seja, então nós temos que colocar em prática toda a nossa experiência para a gente tentar convencer as pessoas de que a única coisa que não interessa é a guerra, o resultado da guerra é destruição de patrimônio e destruição de vidas humanas que não serão mais recuperadas. Então, vamos parar e vamos encontrar uma solução.

Raquel Krähenbühl: O presidente Biden defendeu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, que é algo que o senhor defendeu muito nos seus oito anos de presidência. Ontem, isso foi discutido? O Brasil conseguiria o apoio do presidente Biden para ter um assento permanente no Conselho de Segurança?

Lula: Olha, nós temos uma questão básica que precisa ser discutida. Em algumas ocasiões, é preciso que tenha uma governança global capaz de tomar uma decisão e essa decisão ser cumprida por todos os países, sobretudo na questão climática. Ou seja, se nós fazemos a COP 30, tomamos uma decisão e essa decisão vai para ser aplicada a partir da vontade do Estado Nacional, muitas vezes essas coisas não são aprovadas no Estado Nacional. Então, na questão climática é preciso ter uma governança mundial. O que eu acho, eu acho que o Conselho de Segurança da ONU hoje é de uma geopolítica de 45. Nós precisamos de uma coisa de 2022. E é por isso que nós precisamos colocar outros países africanos, colocar países como a Alemanha, colocar a Índia, colocar o Japão, o Brasil pode entrar, mais o México, pode entrar a Argentina. Ou seja, o que precisa é que a gente tenha uma representatividade para que, quando se toma a decisão, essa decisão possa ser cumprida e a gente possa ter certeza de que a gente vai recuperar o planeta Terra para nós. Não é uma coisa qualquer, ou seja, é uma coisa muito séria, porque todo dia nós estamos vendo o que a mudança climática tem feito ao mundo. Chove muito onde não chovia, faz muita seca onde chovia muito, ou seja, o mar cresce num lugar, ilhas vão desaparecer e nós precisamos cuidar, porque, afinal de contas o planeta é a casa de todos nós. Não tem rico que consiga escapar disso. Pode tentar inventar foguete, querer ir morar em Plutão, em Marte, na Lua, não vai conseguir. Então, vamos aproveitar a inteligência que Deus deu ao ser humano e vamos cuidar corretamente do planeta Terra fazendo aquilo que nós temos que fazer. No Brasil nós temos um compromisso sério: até 2030, nós queremos zerar o desmatamento. Segundo: a gente não vai permitir mais garimpos em terras indígenas. A gente não vai mais permitir garimpo ilegal em lugar nenhum. A gente vai acabar com o corte de madeira. Ou seja, se alguém quiser vender madeira, ele plante e espere 50, 60 anos, corte e venda para quem quiser. Mas a floresta que está lá há 300, 400 anos, ou seja, ela é de toda a humanidade, ela é de todo o povo brasileiro. Ninguém tem o direito de cortar, ninguém tem o direito de poluir a água que os indígenas bebem, que eles tomam banho, onde as crianças vivem. Então, no Brasil nós vamos ser muito duros, porque é preciso ser duro para a gente poder tentar criar o mundo saudável que todo mundo sonha, que precisa ser criado.

Raquel Krähenbühl: Presidente, sobre China, alguns dizem que já há uma guerra fria entre Estados Unidos e China. E a gente sabe que o senhor tem se guiado pela independência na política externa. Agora, como é que fica o Brasil então nessa disputa? Porque em alguns momentos podem existir situações em que vai ter que tomar um lado e desagradar o outro. Como navegar isso?

Lula: Em março, eu vou para a China. O Brasil tem na China e nos Estados Unidos os seus dois grandes parceiros comerciais. O Brasil tem um superávit muito grande com a China e a gente quer manter essa grande exportação nossa para a China e a gente quer manter o crescimento das exportações para os Estados Unidos. Nós queremos aumentar a produção de manufaturados, porque só assim a gente pode recuperar a nossa indústria, e a exportação de manufaturados rende mais para o nosso país. Eu não vou participar de Guerra Fria com ninguém. Eu vou participar de uma política externa muito ativa e altiva. Nós queremos ter uma belíssima relação com a União Europeia. Por isso vamos tentar com tudo concluir o acordo Mercosul-União Europeia. Nós queremos ter uma belíssima relação com a China e nós queremos ter uma belíssima relação com os Estados Unidos. O que eles precisam compreender, e aí sim, a Europa tem que compreender que a Europa, junto com a América do Sul, a gente pode formar um bloco ainda muito mais forte para negociar com as duas potências, que inegavelmente são duas potências que estão muito distantes do restante dos países. Então, o que nós precisamos é manter uma boa política com a China, uma boa política com os Estados Unidos, e dizer para eles que nós não estamos precisando mais de Guerra Fria, porque a Guerra Fria não construiu muita coisa boa para a humanidade. Ela construiu o conflito, e nós não queremos mais conflitos.

Raquel Krähenbühl: Presidente, o encontro ontem com Biden era para ter durado 15 minutos. Durou uma hora. Então parece que deu liga, né? O que o senhor achou do presente Biden, como é que foi esse contato?

Lula: Olha, possivelmente, de todos os presidentes americanos, o presidente que mais tem vínculo com o movimento dos trabalhadores, com o sindicato é o Biden. Ontem, eu uma reunião com 18 sindicalistas, eu perguntei se o discurso do Biden, que ele fez no Congresso Nacional, ele quer falar muito de trabalhadores, se ele era um defensor dos trabalhadores ou eu que estava entendendo mal. E os trabalhadores me disseram que ele é, na história dos Estados Unidos, o presidente que mais está ligado aos trabalhadores e aos sindicatos. Ora, isso deu uma proximidade, deu uma liga, porque eu venho do movimento sindical. E a visão dele sobre o mundo do trabalho, a visão dele sobre o papel do sindicato é muito importante, porque, veja, tem muita gente que acha que tem que destruir o sindicato para melhorar as coisas. Não! Quanto mais forte for o sindicato, quanto mais forte, quanto mais lutador, quanto mais brigador for o sindicato, mais a democracia será fortalecida. É assim que tem que se pensar. A democracia não é um pacto de paz. A democracia é uma sociedade em movimento, em ebulição. Uma sociedade querendo cada vez mais. É isso que a democracia é. Eu acho que ele entende isso, eu entendo isso. E eu posso dizer que nós vamos nos dar muito bem.

Raquel Krähenbühl: O senhor estava confortável ali, ontem, no Salão Oval, parecia.

Lula: Eu estava muito confortável. Eu estava. Eu já fui ali três vezes, já fui, na verdade, é a quarta vez agora que eu fui. Eu fui com o Bush, com o Obama. E é engraçado porque quando eu fui com o Bush ia começar a guerra do Iraque e eu disse para o Bush que eu não ia participar da guerra, que eu ia fazer uma guerra contra a fome no Brasil. E agora eu falei para o Biden outra vez, ou seja, essa guerra da Rússia e da Ucrânia é uma guerra que precisa terminar, porque ela não tem muito sentido. Ou seja, se os americanos acham que não pode mais a Otan ir lá para fronteira da Rússia, que a Ucrânia não pode estar na União Europeia, eu fico me perguntando: ‘por que essa guerra ser mantida? Qual é a lógica?’ Às vezes, eu compreendo que muitas vezes a gente começa a fazer uma coisa e depois a gente quer parar e não sabe como parar. Então eu acho que aqueles que ainda não estão envolvidos diretamente na guerra podem ajudar a encontrar a narrativa suficiente para essa guerra parar. Foi isso que eu disse ao presidente Biden. Eu acho que ele entendeu a minha mensagem, e vamos ver o que é que vai acontecer daqui para frente. Numa reunião entre dois presidentes as coisas nunca acontecem no dia que acontece a reunião. As coisas vão acontecendo nas semanas seguintes e eu pretendo manter uma relação muito sistematizada com o presidente Biden.

Raquel Krähenbühl: O senhor convidou ele para ir para o Brasil, e ele aceitou o convite. Quando é que o senhor acha que ele vai? Vai este ano? Ele iria para a Amazônia, por exemplo?

Lula: Olha, eu não sei quando ele vai. Se ele fosse ao Brasil, seria importante. Primeiro que ele conhecesse o potencial industrial brasileiro, o potencial energético brasileiro. E depois seria importante conhecer um pouco a Amazônia para ele ver do quê que nós estamos falando, quando estamos falando de preservar a Amazônia de verdade, de preservar o Pantanal, de preservar o nosso bioma. Ou seja, a gente quer mostrar ao mundo que para a agricultura brasileira crescer hoje, para os criadores de gado fazer aumentar os seus rebanhos, você não precisa derrubar uma árvore. Nós temos 30 milhões de hectares de terra degradada que podem ser recuperadas para se plantar o que quiser, sem precisar derrubar uma única árvore. Essa é a narrativa que nós queremos construir para convencer a sociedade. Nós não queremos brigar, nós não queremos só coibir, nós não queremos só punir. Nós queremos conversar para ver se as pessoas entendem que é possível construir um novo Brasil. 

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/11/lula-diz-que-prioridade-da-viagem-aos-eua-era-restabelecer-relacoes-democraticas-com-o-pais.ghtml

Charge de Renato Aroeira

 

para o 247

Agência Pública abre caixa preta do Comitê de Crise da Covid de Braga Netto

 

Balaio do Kotscho - 

O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, em coletiva sobre a situação da covid-19 no Brasil - Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo/20.7.2020
O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, em coletiva sobre a situação da covid-19 no Brasil Imagem: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo/20.7.2020
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A Agência Pública, uma iniciativa de jornalistas independentes, liderada por Natália Viana e Marina Amaral, de cujo conselho editorial faço parte desde a fundação, iniciou esta semana a publicação de uma série de reportagens sobre a caixa preta da covid no governo Bolsonaro, só agora liberada pela LAI (Lei de Acesso à Informação), após a posse do presidente Lula.

Uma força-tarefa de repórteres montada pela agência está analisando as mais de 800 páginas das atas de 233 reuniões organizadas pelo CCOP (Centro de Coordenação das Operações do Comitê de crise da Covid-19), comandado pelo general Braga Netto, então ministro da Casa Civil, entre março de 2020 e setembro de 2021.

Com base nas reportagens da Agência Pública, membros da CPI da Covid vão pedir ao Supremo Tribunal Federal a reabertura de algumas investigações que foram arquivadas pela PGR, mas só depois que o engavetador-geral Augusto Aras deixar o cargo, em setembro.

Do incentivo ao "tratamento precoce" com cloroquina e outros remédios ineficazes ao abandono dos pacientes sem oxigênio em Manaus, está tudo documentado. Até agora, as atas inéditas já revelaram:

* A centralidade do Ministério da Defesa e do general Braga Netto na crise.

* O governo pretendia criar o Dia Nacional do Cuidado Precoce, incentivando tratamento não recomendado pela OMS.

* Governo tentou usar Manaus em plena crise sanitária para testar aplicativo TrateCov, que indicava o "kit Covid".

* Os ministros da Defesa Fernando Azevedo e depois Braga Neto se empenharam na produção de cloroquina nos laboratórios do Exército.

* A Defesa apoiava uma indústria que pretendia tornar a Bahia um "case" no uso da cloroquina.

* O Comitê não tratava com urgência as demandas vindas de governos estaduais. A Secretaria de Governo apresentava as demandas, mas elas ficavam de fora da lista de tarefas e encaminhamentos.

* Ministério da Saúde omitiu dados da falta de oxigênio nos hospitais de Manaus ao comitê de crise.

As atas das reuniões do comitê, uma das caixas pretas do governo Bolsonaro que começam a ser abertas, têm material suficiente não só para a reabertura da CPI da Covid como para a criação de outras frentes de investigação pelo novo governo.

Vida que segue.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2023/02/11/agencia-publica-abre-caixa-preta-do-comite-de-crise-da-covid-de-braga-netto.htm

Carreira política de Bolsonaro está chegando ao fim |

 

 Metrópoles

18 anos Blog do Noblat

No entorno de Bolsonaro, nos Estados Unidos, onde ele se refugia, ou aqui, dá-se cada vez mais como certo que o Tribunal Superior Eleitoral o tornará inelegível até final de maio próximo. O próprio Bolsonaro já admite isso em conversas com aliados de confiança.

O cerco sobre ele só faz se estreitar. Ministros do Supremo Tribunal Federal determinaram o envio de pelo menos 10 pedidos de investigação contra Bolsonaro para a primeira instância da Justiça, uma vez que ele perdeu o foro especial ao deixar o cargo.

Lula só pôde ser condenado e preso pelo então juiz Sérgio Moro porque perdera o foro especial. O ex-presidente Michel Temer, ao fim do seu mandato, foi preso por um juiz da primeira instância. Ficou poucos dias em prisão especial no Rio de Janeiro.

Bolsonaro sabe que correrá esse risco a partir de agora. Como evitá-lo? Não voltando. Mas sabe que será intimado a depor, e se não o fizer, o Brasil poderá pedir sua extradição. Situação complicada a dele. Bolsonaro responde a mais de 100 processos.

São processos já em curso, e não pedidos de investigação. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por injúria e apologia ao estupro. Quando deputado, ele disse que Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque era feia.

É alvo de ação de improbidade administrativa por ter empregado em seu gabinete na Câmara dos Deputados a ex-secretária Wal do Açaí, funcionária fantasma. Entre 2003 e 2018, Wal nunca pôs os pés em Brasília, sequer para assinar o ponto.

O que mais o preocupa, porém, são os processos sob a guarda do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, sobre atos contra a democracia que incluem a tentativa fracassada de golpe do 8 de janeiro. Esses não descerão para a primeira instância.

É com base nesses que sua inelegibilidade poderá ser decretada. 

Se for, adeus carreira política. 

Para quem era tratado na Câmara como deputado do baixo clero, até que ele foi longe demais. 

Vá cuidar da filha Laura, de 11 anos, e recompor-se com Michelle. 

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/carreira-politica-de-bolsonaro-esta-chegando-ao-fim

Jornal da Cultura | 11/02/2023

 


Bezos e DiCaprio fecham operação emergencial na Amazônia com Marina Silva | Jamil Chade

 



Depois de Americanas, Grupo Raiola, de alimentos, e Grupo DOK, de calçados, entram com pedido de recuperação judicial


Raiola sofreu com a alta do preço dos insumos enquanto Grupo DOK é investigado por fraude pelo MP de São Paulo


www.brasil247.com - Homem usando máscara de proteção passa próximo de painel com cotações do mercado financeiro. 8/9/2020
Homem usando máscara de proteção passa próximo de painel com cotações do mercado financeiro. 8/9/2020 (Foto: REUTERS/Willy Kurniawan)

Por Mariana Amaro, no Infomoney - O Grupo Raiola, de azeites, azeitonas, tomates pelados e outros alimentos em conserva, entrou em recuperação judicial nesta semana após acumular uma dívida total na ordem de R$ 153 milhões. O pedido foi deferido pela 3ª Vara de Recuperações e Falências de São Paulo, com tutela de urgência.

Fundada em 1938 por imigrantes italianos, a empresa não suportou a explosão de preços causada pelo choque de oferta. Espremido e sem capital de giro, o grupo se viu forçado a recorrer a empréstimos.

Os débitos atualizados sujeitos à RJ são de R$ 62,3 milhões. Desse total, R$ 44 milhões são dívidas com agentes financeiros, como o Daycoval (R$ 8,9 milhões), o Bradesco (R$ 5,7 milhões) e o Banco do Brasil (R$ 3,4 milhões.) Outros R$ 18 milhões são devidos a fornecedores de matéria-prima, embalagens e serviços. Além disso, o grupo soma outros R$ 91 milhões em dívidas – de natureza fiscal, na maioria – que ficaram fora do processo. Para o procedimento, a marca foi avaliada em R$ 98 milhões.

Além disso, 10% dos créditos vindos das vendas presentes e futuras realizadas pelo Grupo Raiola para seus principais clientes foram penhorados como forma de assegurar o pagamento de pendências fiscais.

Acusação de fraude

Além da Americanas (AMER3) e da Oi (OIBR3), que entraram com pedido de recuperação judicial nas últimas semanas, e da Livraria Cultura, que teve falência decretada, o Grupo DOK, dono das marcas Ortopé e Dijean, enfrenta problemas. Na sexta-feira (10) a Justiça de Sergipe aceitou o pedido de RJ do grupo que possui uma fábrica nos municípios sergipanos de Frei Paulo e Salgado. O documento não cita o valor da dívida e a empresa tem até cinco dias para enviar a lista de credores.

Desde janeiro a empresa vinha sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo depois que fundos de investimento acusaram a companhia de emitir duplicatas frias e operar antecipação de recebíveis com as notas fiscais dessas operações inexistentes.

O escritório Dias da Silva Advogados, representante de um dos fundos potencialmente lesados pelo grupo, havia entrado com pedido de falência por fraude contra o Grupo DOK dias antes, alegando que a companhia possui dívidas de R$ 400 milhões distribuídos entre cerca de 90 instituições financeiras. Segundo o advogado José Luis Dias da Silva, o manejo do pedido de falência visa resguardar os direitos não só do credor por ele representado, como de todos os demais lesados. “A justiça aceitando o processamento do pedido de falência, o Grupo DOK deverá defender-se das robustas acusações de fraude, sendo certo que eventual pedido de Recuperação Judicial não interromperá a tramitação de tal medida judicial”, diz Dias da Silva. 

https://www.brasil247.com/economia/depois-de-americanas-grupo-raiola-de-alimentos-e-grupo-dok-de-calcados-entram-com-pedido-de-recuperacao-judicial

CLÃ BOLSONARO ENXERGA PRISÃO! Flávio quer colocar medo na sociedade. Em entrevista ao Poder 360, ameaçou a sociedade caso Bolsonaro seja preso.

 


Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência que não tive, diz Lula à CNN


Presidente concedeu entrevista exclusiva a Christiane Amanpour; também afirmou que "um dia" Bolsonaro terá que voltar ao Brasil e enfrentar processos

Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência que não tive, diz Lula à CNN

Entrevista Lula a Amanpour
Entrevista Lula a Amanpour Ricardo Stuckert/PR
10/02/2023 às 18:22 | Atualizado 10/02/2023 às 18:23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (10), em entrevista exclusiva a Christiane Amanpour, da CNN, que Jair Bolsonaro (PL) deve ser julgado da forma “mais democrática possível”, tendo o direito à presunção de inocência.

“Eu sempre trabalho com a ideia de que todo mundo tem direito à presunção de inocência. Ele tem o direito de se explicar para a sociedade e tem o direito de ser julgado da forma mais democrática possível, da forma que eu não fui”, disse.

“Eu quero para ele a presunção de inocência que eu não tive. E nem por isso eu estou preocupado. Eu quero que ele seja julgado de acordo com a lei”, complementou.

O chefe de Estado destacou que “um dia” Bolsonaro deverá voltar ao Brasil — o ex-presidente foi para os Estados Unidos antes do final do mandato, onde está até hoje –, e enfrentar os processos que recaem contra ele.

Lula reafirmou que o ex-mandatário deve ser condenado por genocídio e que mais da metade das mortes por Covid-19 no país aconteceram por irresponsabilidade do governo.

Além disso, pontuou que Bolsonaro teria incentivado garimpeiros ilegais e seria responsável também pelo que classificou como genocídio indígena contra os Yanomami.

Porém, o petista, quando perguntado por Amanpour se pediria extradição do ex-presidente, disse que isso cabe à Justiça brasileira, e que só falaria do assunto com o presidente dos EUA, Joe Biden, com quem se reúne nesta sexta, se isso fosse levantado pelo americano.

Bolsonaro não tem “chance de voltar à Presidência”, diz Lula

Em outro ponto da entrevista, Lula afirmou que Bolsonaro “não tem nenhuma chance de voltar a Presidência da República. Agora vai depender da nossa capacidade de construir a narrativa correta do que ele representou para o Brasil, porque essa extrema-direita está no mundo inteiro”.

Segundo explicou, foi feito uso de Fake News de uma maneira com a qual não souberam “combater com igualdade de condições” e que nem todas as pessoas que votaram no ex-chefe de Estado são bolsonaristas.

Ainda sobre a produção de notícias falsas, o petista avaliou que elas são usadas pela extrema-direita no mundo todo como se fossem ferramentas para política e para falar com as pessoas, o que deve ser combatido.

Além disso, afirmou que a divisão política acontece em diversos países, como nos EUA, mas que, quando se ganha, é necessário governar para todos.

“Eu não quero saber se o prefeito de uma cidade foi o governador do Estado é bolsonarista. Eu quero saber se ele está interessado em ajudar a resolver o problema do povo brasileiro. Se ele tiver, que venha”.

*publicado por Tiago Tortella, da CNN

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/quero-que-bolsonaro-tenha-a-presuncao-de-inocencia-que-nao-tive-diz-lula-a-cnn/Tópicos

Macron acena para Lula com plano de paz na Ucrânia; Brasil recebe Lavrov

 

Jamil Chade - 

Colunista do UOL, em Washington

11/02/2023 09h23



Apesar de a proposta do governo brasileiro de criar um grupo para negociar o fim da guerra na Ucrânia não ter empolgado o presidente norte-americano Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um aliado para a ideia de pelo menos falar sobre a paz: a França.

Nas redes sociais, o presidente francês Emmanuel Macron comentou neste sábado uma postagem do brasileiro, no qual explicava que havia falado da necessidade de estabelecer a paz na Ucrânia. 

Em resposta, Macron deu sinais positivos, afirmou que existe um plano com dez pontos e que França e Alemanha estariam dispostos a dialogar.

Lula disse que conversou com Biden sobre "o que já tinha dito ao presidente Emmanuel Macron e ao chanceler [alemão] Olaf Scholz sobre a necessidade de criarmos um grupo para trabalhar pela paz e o fim da guerra no mundo". "É preciso parar de atirar, se não, não tem solução".

Como resposta, Macron afirmou que a paz estava "no coração das discussões em Paris durante a visita histórica do presidente Zelensky, com o chanceler Scholz". Segundo ele, a Ucrânia mostrou "coragem ao iniciar uma conversa com seu plano de paz de dez pontos".

"Vamos juntos nessa base, presidente Lula", completou o francês.

Lula leva proposta para China

No caso brasileiro, a proposta é um pouco diferente. 

Lula acredita que a mediação precisa acontecer por países que não estão envolvidos no conflito. 

Nas próximas semanas, o brasileiro ainda irá levar a proposta para o governo da China quando se reunir com o presidente Xi Jinping. 

Já em abril, o Itamaraty vai receber o chanceler russo, Sergey Lavrov.

Lula encampou a ideia que o timorense José Ramos-Horta, prêmio Nobel da Paz, o apresentou de criar um bloco com países que não estão envolvidos na guerra para permitir a criação de canais de diálogos.

Nos EUA, a proposta é vista com hesitação e a Casa Branca insiste que qualquer grupo precisa, antes, reconhecer que a Rússia é a agressora e que só existe uma vítima: o povo ucraniano.

Lula, agora, irá levar a mesma proposta aos chineses

O presidente irá para Pequim no final de março e a esperança é de que o tema possa ganhar força. Brasília não considera que Xi esteja envolvido de forma direta no conflito e, portanto, também poderia participar como facilitador de um diálogo. Outros países seriam ainda a Turquia ou Indonésia.

Outra etapa de suas conversas ocorrerá no Japão. Lula será convidado pelo G7 para sua cúpula, depois de anos de uma ausência do Brasil.

Lavrov no Brasil

Outra etapa da conversa será diretamente com os russos. O chefe da diplomacia do Kremlin pediu para fazer uma visita ao novo governo brasileiro, na esperança de retomar o diálogo.

Moscou sabe da postura de Lula de não se envolver no fornecimento de munições para os ucranianos e busca manter uma relação sobre temas como comércio de fertilizantes e outros pontos de interesse.

Mas, segundo fontes, também ouvirá do governo Lula que o Brasil considera que houve uma violação do direito internacional.

De fato, o governo brasileiro aceitou incluir uma referência direta aos russos na nota conjunta emitida com os EUA depois do encontro entre os presidentes Lula e Biden.

No texto, os presidentes "lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura".

"Os líderes expressaram preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança energética e alimentar, especialmente nas regiões mais pobres do planeta e externaram apoio ao funcionamento pleno da Iniciativa de Grãos do Mar Negro", afirmam.

Lula, que vinha adotando uma postura também de crítica à OTAN, optou por não tocar no assunto de forma pública. Mas, em suas últimas declarações, passou a designar de maneira clara a Rússia como a potência invasora. 

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/02/11/depois-de-biden-lula-recebera-ministro-de-putin-e-debate-guerra-com-xi.htm?cmpid=copiaecola

Deu a louca nos governadores de Minas Gerais e de São Paulo |



 Metrópoles


Adélia Prado, 87 anos de idade, a mais famosa e premiada poetisa mineira viva, filósofa, romancista e contista, jamais imaginou que um dia entraria nos trends topics do Twitter, não por seus reconhecidos méritos literários, mas graças ao governador reeleito do seu Estado, o simplório Romeu Zema (Novo).

Em entrevista ao podcast Pauta Quente, em Divinópolis (MG), onde vive Adélia, autora, entre outras obras, de “Cacos para um vitral” (1980) e “A faca no peito” (1988), Zema recebeu do apresentador Flaviano Cunha uma coletânea de 150 poemas de Adélia.

Ao agradecer o presente, Zema perguntou a Cunha se Adélia não era uma mulher que trabalhava em uma rádio da cidade. Ele simplesmente não sabia de quem se tratava. Zema quer ser o candidato da chamada direita civilizada à sucessão de Lula.

Outro que também quer ser, mas que nega, é o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo. 

Eleito sem nunca ter morado no Estado que ora governa, sem sequer saber a certa altura onde votaria no dia das eleições, ele pisou feio na bola.

Tarcísio vetou um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo que previa validade indeterminada a laudos médicos que atestem o transtorno do espectro autista. E na justificativa do veto, escreveu:

“[O autismo] diagnosticado precocemente até os cinco anos e onze meses de idade é mutável, podendo mudar tanto de gravidade como até mesmo deixar de existir”.

O autismo não tem cura. É definitivo.

Tarcísio soltou uma nota oficial onde afirma:

“Erramos. É importante esclarecer que o entendimento do Governo de São Paulo é que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é permanente e, portanto, os direitos serão definitivos. Falhamos ao deixar passar uma redação que não deixasse clara essa postura”.

Não foi erro de redação, dele e dos seus assessores. Foi ignorância.

Segue de brinde para Zema um dos mais belos poemas de Adélia Prado, “As Mortes Sucessivas”, retirado de “Bagagem”, seu livro de estreia publicado em 1976:

“Quando minha irmã morreu eu chorei muito

e me consolei depressa. Tinha um vestido novo

e moitas no quintal onde eu ia existir.

Quando minha mãe morreu, me consolei mais lento.

Tinha uma perturbação recém-achada:

meus seios conformavam dois montículos

e eu fiquei muito nua,

cruzando os braços sobre eles é que eu chorava.

Quando meu pai morreu, nunca mais me consolei.

Busquei retratos antigos, procurei conhecidos,

parentes, que me lembrassem sua fala,

seu modo de apertar os lábios e ter certeza.

Reproduzi o encolhido do seu corpo

em seu último sono e repeti as palavras

que ele disse quando toquei seus pés:

´deixa, tá bom assim´.

Quem me consolará desta lembrança?

Meus seios se cumpriram

e as moitas onde existo

são pura sarça ardente de memória.” 
https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/deu-a-louca-nos-governadores-de-minas-gerais-e-de-sao-paulo

Educação SP vai contratar mais de 7 mil agentes de organização escolar - Novas contratações reforçam quadro nas unidades escolares


A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vai contratar 7.771 Agentes de Organização Escolar (AOE), que serão selecionados por processo seletivo simplificado nas Diretorias de Ensino, conforme Portaria CGRH, publicada nesta quinta-feira (9) no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

O salário inicial é de R$ 1.320,00 e a carga horária é de 40 horas semanais. 

Os AOEs são fundamentais para o andamento das atividades do cotidiano escolar. 

Entre as responsabilidades da função, o AOE controla a movimentação dos estudantes nas dependências da escola, auxilia na manutenção da disciplina geral e contribui com a gestão escolar na organização de atividades.

As vagas estão distribuídas entre as Diretorias de Ensino que irão publicar os editais do processo seletivo nos próximos dias e serão responsáveis pela formulação e aplicação das provas, publicação do gabarito, período de recurso, resultado do recurso e classificação final.

Os candidatos aprovados de processos seletivos anteriores (válidos) serão convocados antes dos novos aprovados. 

Em função da essencialidade do serviço, o início do exercício das funções será imediato: um dia após a sessão de escolha de vaga. 

https://www.educacao.sp.gov.br/educacao-sp-vai-contratar-mais-de-7-mil-agentes-de-organizacao-escolar/

O fim de semana deve apresentar condições típicas de verão, ou seja, sol entre nuvens e tempo abafado com pancadas de chuva no final das tardes, o que deve manter elevado o potencial para formação de alagamentos.

 - Tempo e Temperatura CGE - SP


TENDÊNCIA PARA OS PRÓXIMOS DIAS:

No sábado (11) o tempo segue abafado com sol entre nuvens. 

As temperaturas variam entre mínimas de 19°C e máximas que podem superar os 27°C. 

As chuvas seguem ocorrendo na forma de pancadas, que devem ganhar força entre o meio da tarde e o início da noite com descargas elétricas, rajadas de vento e intensidade variando entre moderada e forte.

O domingo (12) deve apresentar sol entre nuvens e temperaturas elevadas. 
Os termômetros variam entre mínimas de 19°C e máximas que podem superar os 28°C.
 
No final do dia as chuvas retornam na forma de pancadas variando de moderada a forte intensidade, com raios e rajadas de vento. 
https://www.cgesp.org/v3/noticias.jsp?id=44668 


Charges

Clube da Democracia Golpista não entra!




 Charge do Amarildo

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/charges

Folha: BC independente vira "metaphysical state", com platonismo monetário

 

Reinaldo Azevedo 



Platão indica o caminho do Mundo dos Ideias para que se possa, afinal, chegar ao "Banco Central Independente". De quem?


Leiam trecho do meu artigo de hoje na Folha sobre a independência do Banco Central, que é uma ficção, e o discurso único.
*
(...) Num seminário em Miami, Roberto Campos Neto afirmou: "A principal razão, no caso da autonomia do BC, é desconectar o ciclo de política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes lentes e diferentes interesses. Quanto mais independente você é, mais efetivo você é, e menos o país vai pagar em termos de custo-benefício da política monetária". 
Sedutor para alguns. 
É uma tese que funda não o "deep state", mas o "metaphysical state" e o eleva a uma categoria filosófica: o "platonismo monetário".
(...)
Íntegra aqui 👇👇

Opinião - Reinaldo Azevedo: BC independente vira 'metaphysical state', com 'platonismo monetário'

Na pena e na boca de sectários de centro, 'populista' vira xingamento análogo a 'comunista' e 'fascista.

Não falarei aqui, e o contraste seria desmoralizante para mim, como Nietzsche no prefácio de "O Anticristo", tão certo da chacota da quinta série que antecipou a própria eternidade antes que a patota declarasse a sua obsolescência —suposta no caso dele, certa no meu. Escreveu: "Alguns homens nascem póstumos".

Preparo-me para o perecimento. Não com o estoicismo dos monges, mas com a "nonchalance" dos sátiros. E leio, "nas horas intermédias do tédio", André Lara Resende. Não por crença, mas por apreço ao dissenso. Ademais, tem obra, bem além do alarido dos "bonitinhos, mas ordinários". Ou não tem? Faço uma citação coberta para eventuais caçadores de referências. Discurso único intoxica a inteligência, despreza as evidências em contrário e é incompatível com a civilidade.

Antes que Lula voltasse a criticar os juros elevados, como fez em solenidade no BNDES (6), eu mesmo havia me incomodado com o recado do Banco Central ao governo ao manter a Selic em 13,75% ao ano. 

Estou entre aqueles que consideram essa taxa exagerada. Na mensagem do BC, havia um tom de bedel e de ente acima das disputas humanas. O presidente virou a Geni do mundinho "duzmercáduz" e seus porta-vozes, mas não se intimidou e serviu outra dose à cólera dos sábios.

Entrada da sede do Banco Central, em Brasília - Antonio Molina - 11.jan.22/Folhapress

O tom e o pressuposto dos ataques ao petista são espantosos. No tom, tratam-no como a um usurpador que tivesse cometido a ousadia de tomar um lugar a outro reservado. A exemplo de qualquer ressentimento, também o dos sectários de centro é irrefletido. O pressuposto é ainda mais estapafúrdio: julgam o governo como se estivesse no fim. Acrescente-se que a régua com que se mede pouco mais de um mês de gestão é o primeiro mandato do próprio Lula. Como se o Brasil de antes fosse o de agora.

"Mas como pode o chefe do Executivo criticar decisões do BC?" A indisposição e o inconformismo biliosos preexistem às suas falas recentes. Já davam sinais na campanha e atingiram um primeiro pico de mau humor com a PEC da Transição. As objeções eram despropositadas porque alheias ao Brasil que se revelava na sua crueza antes mesmo do fim do delírio fascistoide. Sentenças de morte foram escritas já em novembro. Tendo a achar que, se o biltre homiziado de Orlando voltar, pode acabar atrapalhando o trabalho dessa oposição...

"Eu não peço desculpas nem peço perdão" (by Jorge Mautner) por entender, desde sempre, que essa prosa sobre independência do BC pressupõe uma neutralidade impossível e é uma farsa intelectual consentida. E não porque o mercado financeiro reúna lobos sanguinolentos, mas porque, na sua dimensão demasiadamente humana, é o que é. Como lembra o advogado Walfrido Warde, as agências reguladoras e o BC independente são tentativas de "deep state" no país. As decisões do BC, no entanto, ele pondera, não são infensas às pressões e fazem perdedores e ganhadores. Com juros altos, tomadores de crédito, por exemplo, perdem. Quem ganha?

Para além das dissensões e crenças, é incompatível com uma sociedade democrática partir do princípio de que o presidente está obrigado a silenciar sobre juros, o que alçaria a autoridade monetária à categoria de Estado acima do Estado. A ideia parece boa e, dizem, nos protege de diabólicos populistas, mas é falsa. A propósito: "populista" se tornou o insulto predileto dos sectários de centro. É, na sua boca e na sua pena, o correspondente ao "comunista" dos bolsonaristas e ao "fascista" da esquerda ligeira. Uma dica de leitura: 

"Do que Falamos Quando Falamos de Populismo", de Thomas Zicman de Barros e Miguel Lago (Companhia das Letras).

Num seminário em Miami, Roberto Campos Neto afirmou: 

"A principal razão, no caso da autonomia do BC, é desconectar o ciclo de política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes lentes e diferentes interesses. Quanto mais independente você é, mais efetivo você é, e menos o país vai pagar em termos de custo-benefício da política monetária".

Sedutor para alguns. É uma tese que funda não o "deep state", mas o "metaphysical state" e o eleva a uma categoria filosófica: o "platonismo monetário". Sem desculpas nem perdão, ficam essas palavrinhas do anticristo irrelevante e obsolescente. Hora da chacota...

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2023/02/bc-independente-vira-metaphysical-state-com-platonismo-monetario.shtml

Em comunicado conjunto com Lula, Biden anuncia intenção de entrar no Fundo Amazônia

Presidente americano disse ainda que vai trabalhar para expandir o Conselho de Segurança da ONU. Lula e Joe Biden se encontraram na Casa Branca nesta sexta-feira (10).

Por Letícia Carvalho, g1 — Brasília

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, caminham juntos ao longo da colunata do Rose Garden na Casa Branca, em Washington. — Foto: Reprodução/Reuters
 O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, caminham juntos ao longo da colunata do Rose Garden na Casa Branca, em Washington. — Foto: Reprodução/Reuters

Em comunicado conjunto após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (10), o presidente americano Joe Biden anunciou, sem citar valores, a intenção de colaborar com o Fundo Amazônia.

Embora o comunicado não cite valores da colaboração norte-americana, o blog da Julia Duailib apurou que o aporte será de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões).

O Fundo foi criado há 15 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento na Amazônia. Ele reúne doações internacionais e já recebeu recursos da Noruega e Alemanha.

"Como parte desses esforços, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante", apontou o comunicado.

Mais cedo, o presidente Lula, questionado pela imprensa, afirmou que "acha" que os Estados Unidos vão entrar no Fundo.

"Não só acho que vão, como é necessário que participem, porque veja: o Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também o Brasil não quer abrir mão de que a Amazônia é um território do qual o Brasil é soberano", completou o presidente brasileiro.

Lula e Joe Biden se encontraram na Casa Branca, residência oficial do governo norte-americano, na tarde desta sexta.

Conselho de Segurança da ONU

Além da intenção de entrar no Fundo Amazônia, EUA e Brasil também disseram que querem trabalhar juntos para expandir o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo assentos permanentes para países da África, América Latina e Caribe.

O objetivo, segundo o comunicado, é tornar o Conselho de Segurança mais "representativo" e "aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões prementes relacionadas à paz e à segurança globais".

Guerra na Ucrânia

No comunicado, os dois países condenaram a invasão do território ucraniano pela Rússia e usaram palavras duras, como "violações flagrantes do direito internacional", para classificar o conflito – que se estende desde fevereiro de 2022.

"Ambos os presidentes lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura", apontou o texto.

Direitos humanos

Os presidentes falaram ainda sobre a promoção da agenda dos direitos humanos por meio da cooperação em questões como:

  • inclusão social e direitos trabalhistas;
  • igualdade de gênero, equidade e justiça raciais;
  • e proteção dos direitos das pessoas LGBTQI+.

Viagem ao Brasil

De acordo com o comunicado, Biden aceitou o convite do presidente Lula para visitar o Brasil. A data da viagem, no entanto, não foi informada.

Lula diz que os EUA devem ajudar com o Fundo Amazônia

Lula diz que os EUA devem ajudar com o Fundo Amazônia 

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/02/10/em-comunicado-conjunto-com-lula-biden-anuncia-intencao-de-entrar-no-fundo-amazonia.ghtml

A empresa anunciou investimento de R$ 2 bilhões na 99Food, delivery de comida, até junho de 2026.

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