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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Josias: Ato de Bolsonaro na Paulista não tem menor risco de dar certo… -

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/02/2024… 


Com o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado e o cerco se fechando sobre Jair Bolsonaro, o ato de domingo em São Paulo não tem chance de dar certo para o ex-presidente, disse o colunista Josias de Souza no UOL News desta sexta (23), parafraseando o ex-deputado Antônio Carlos Magalhães.

Podendo oferecer uma boa defesa à Polícia Federal, Bolsonaro prefere esticar a corda e estimular a atenção na rua. Não tem o menor risco de dar certo essa manifestação na Paulista. Ainda que esteja cheia, não tem a menor importância do ponto de vista penal e criminal.

Bolsonaro disse que jamais saiu das quatro linhas da Constituição. Hoje, sabemos que esse espaço era um terreno baldio no qual ele jogava seu lixo ideológico. No domingo, se sair do quadrado criminal em que se encontra, Bolsonaro pode ser preso.

Esse ato não tem a menor serventia do ponto de vista criminal. Não resolve o problema do Bolsonaro.

Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias, ao contrário do que Bolsonaro e seus apoiadores têm propagado, o ato de domingo na Paulista "não tem nada a ver com democracia".

Bolsonaro está flertando com o perigo. Há uma série de riscos que ele precisa evitar. Por exemplo: ele não pode convidar o Valdemar Costa Neto para o ato. Alexandre de Moraes proibiu que os investigados tenham contato.


É um ato que ocorre sob muitas limitações. Bolsonaro está pisando em ovos e, se sair do quadrado, corre efetivamente o risco de ser preso. Ele flutua em uma corda bamba e argumenta que é um ato em defesa do Estado Democrático de Direito. O mote é uma piada. Fica a impressão de que ele, não conseguindo se firmar como presidente e nem obtendo uma boa defesa, está tentando a sorte como humorista.

Josias de Souza, colunista do UOL

Josias: Tarcísio não se deu conta de que precisa se distanciar de Bolsonaro


Ao confirmar presença no ato de Jair Bolsonaro na Paulista e se manter próximo ao ex-presidente, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) não percebeu que pode comprometer seu futuro político, analisou Josias de Souza.

Foge uma percepção óbvia ao Tarcísio: a investigação que corre contra Bolsonaro mudou de patamar. O estado criminal dele se deteriorou. O governador, que tem a ambição de se converter no herdeiro político do Bolsonaro, ainda não se deu conta de que precisa se distanciar dele. Tarcísio vai hospedar a radioatividade no Palácio dos Bandeirantes e corre o risco de sofrer as consequências dela.

Josias de Souza, colunista do UOL

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/02/23/josias-ato-de-bolsonaro-na-paulista-nao-tem-menor-risco-de-dar-certo.htm

Bolsonaro teme ter sido traído por Valdemar Costa Neto, mas não fo

 Ricardo Noblat

 atualizado 

Vinícius Schmidt/Metrópoles
imagem colorida mostra valdemar costa neto, presidente do pl, partido de jair bolsonaro - Metrópoles minuta golpista

No início desta semana, Bolsonaro não escondia sua preocupação com a decisão de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido onde ele se abriga, de responder a todas as perguntas que a Polícia Federal lhe fizesse no depoimento marcado para ontem.

E se Costa Neto pisasse sem querer na bola e entregasse algo que pudesse incriminar ainda mais Bolsonaro? Ou pior: e se Costa Neto viesse a colaborar de fato com as investigações sobre o golpe planejado por Bolsonaro para manter-se no poder?

Costa Neto ajudou, sim, a criar o clima para que o golpe acontecesse. 

Terminada a eleição de 2022, derrotado Bolsonaro, o PL pediu ao Tribunal Superior Eleitoral a recontagem dos votos no segundo turno. 

Com isso, sugeria que poderia ter havido fraude.

O tribunal negou o pedido, mas Costa Neto fizera sua parte para ajudar a trama golpista. 

A trama estendeu-se do início de novembro daquele ano até o fim de dezembro, quando Bolsonaro concluiu que não tinha apoio suficiente para dar o golpe e fugiu.

Tão cedo se saberá o que Costa Neto disse em mais de três horas de depoimento à Polícia Federal. 

Mas é improvável que ele tenha jogado mais lenha na fogueira onde Bolsonaro está sendo frito. Bolsonaro é um ativo político no qual Costa Neto investiu uma fortuna.

Um ativo político que, mesmo debilitado, poderá ser muito útil para que o PL eleja este ano um gigantesco número de prefeitos e vereadores. 

Por que estragá-lo?

Costa Neto quis apenas se diferenciar do bloco dos depoentes de farda que preferiram o silêncio.

No tribunal da opinião pública, quem cala é porque tem muito a esconder e quase sempre é culpado pelo que lhe acusam. 

Costa Neto quis dizer com seu gesto: me incluam fora dessa. 

Ou: aproximem-se para longe. E assim tirar alguma vantagem.

 Esperto, o rapaz. 

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/bolsonaro-teme-ter-sido-traido-por-valdemar-costa-neto-mas-nao-foi

Tarcísio e Nunes encontram Moraes às vésperas de ato pró-Bolsonaro

 Bruno Ribeiro

 atualizado 

Bruno Ribeiro/Metrópoles
Imagem colorida mostra o TRE

São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), participaram, na tarde desta sexta-feira (23/2), de um evento em São Paulo que também contou com a presença do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O encontro ocorreu às vésperas do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para este domingo, na Avenida Paulista, para defender de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada por Moraes que o investiga por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Tarcísio e Nunes confirmaram presença no ato pró-Bolsonaro.

O evento desta sexta marcou a posse do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), o desembargador Silmar Fernandes, e seu vice, desembargador José Antonio Encinas Manfré, na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no centro da capital.

Além de Alexandre de Moraes, também estavam presentes os ministros do STF André Mendonça, Cristiano Zanin e Dias Toffoli, que também são paulistas, e o ex-integrante do Supremo e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

No evento, Tarcísio fez elogios à Justiça Eleitoral após Moraes, que acumula a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defender, em discurso, que o eleitor poderia confiar nas urnas eletrônicas — alvo de ataques de Bolsonaro e aliados na última eleição. Nenhum dos dois fez menção ao ato bolsonarista de domingo. O prefeito Ricardo Nunes se sentou ao lado de Toffoli na cerimônia e não discursou.

Fique por dentro do que acontece em São Paulo. 

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do Metrópoles SP: (11) 99467-7776

https://www.metropoles.com/sao-paulo/tarcisio-nunes-moraes-ato-bolsonaro

"Não é guerra, é genocídio", reforça Lula sobre ação de Israel em Gaza

 Daniela Santos

 atualizado 


Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Lula anuncia Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça 16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta sexta-feira (23/2), do lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos, edital destinado ao patrocínio de projetos na área de cultura, no Rio de Janeiro.

Durante o evento, o chefe do Executivo reafirmou que a ação do Exército de Israel na Faixa de Gaza é um genocídio e voltou a defender a criação do estado palestino.

“Da mesma forma que eu disse, quando estava preso, que não aceitava acordo para sair da cadeia porque eu não trocava a minha dignidade pela minha liberdade, quero dizer para vocês: ‘eu não troco minha dignidade pela falsidade'”, afirmou o presidente.

“E quero dizer para vocês que sou favorável à criação do estado palestino livre e soberano. Que possa esse estado palestino viver em harmonia com Israel. O que o governo de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças”, defendeu.

Veja a fala do presidente:

No início da semana, na Etiópia, o presidente Lula havia comparado a situação em Gaza com o massacre de judeus no Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A declaração gerou uma crise diplomática.

Durante o evento no Rio de Janeiro, o presidente rebateu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o qual alegou que o petista “desonrou a memória de 6 milhões de judeus”. “Ele deveria ter vergonha de si mesmo”, disse Netanyahu.

“Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia. Leia a entrevista ao invés de ficar julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é genocídio. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, reafirmou o presidente. 

https://www.metropoles.com/brasil/nao-e-guerra-e-genocidio-reforca-lula-sobre-acao-de-israel-em-gaza

BANALIZAR O ATO BOLSONARISTA QUE CELEBRA ABOLIÇÃO VIOLENTA DO ESTADO DE DIREITO PODE CUSTAR CARO...

 


ANDRÉIA SADI: BOLSONARO PRESO | ALIADOS ACREDITAM EM PRISÃO

 



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Jornal da Cultura desta sexta-feira (23), você vai ver: 49 milhões de brasileiros vivem sem tratamento de esgoto adequado; Governo promete liberar R$20,5 bilhões em emendas até junho; STF inicia julgamento sobre vínculo empregatício entre motorista e aplicativos de transporte; Rússia amplia lista de políticos e autoridades não bem-vindos ao país; Plano de expandir assentamentos de Israel na Cisjordânia é criticado pelos EUA. Para comentar essas e outras notícias, Karyn Bravo recebe a economista Mariana Almeida, professora do Insper e diretora-executiva da Fundação Tide Setubal, e o advogado João Santana. #JornalDaCultura #JC ...

 


COM OMAR AZIZ, O SENADOR QUE ENFRENTOU OS MILITARES GOLPISTAS | TVGGN

 


Presidente Lula durante o Lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos

 



DEPOIS DE MAURO CID, NOVAS DELAÇÕES SÃO COGITADAS POR INVESTIGADOS EM GOLPE

 Segunda Chamada desta sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024, repercussões sobre a série de depoimentos de Bolsonaro e aliados na Polícia Federal no âmbito da investigação Tempus Veritatis.


Número de apartamentos no Alto Tietê mais que dobra em 12 anos, aponta Censo 2022 Mogi das Cruzes, com 18,9%, é a cidade da região que possui a maior proporção de apartamentos em relação ao total de domicílios. Em relação a casas, a região contabilizou 376.749 unidades em 2010 e 464.017 em 2022, o que representa um aumento de 23,16%.


Por Rubens Guilherme Santos, g1 Mogi das Cruzes e Suzano

23/02/2024  

O número de apartamentos mais que dobrou no Alto Tietê entre 2010 e 2022, de acordo com dados divulgados pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23).

A quantidade de unidades de apartamentos na região passou de 33.015 em 2010 para 75.658 em 2022, o que indica um aumento de 129,1%, sendo que o maior aumento foi observado em Biritiba Mirim, onde passou de uma unidade para 15, ou seja, 1.400%.

O levantamento ainda aponta que, dos 655.157 domicílios contabilizados no Alto Tietê no último Censo, 11,5% eram em apartamentos.

Apartamentos por cidade no Alto Tietê
Dados divulgados pelo Censo 2022
20102022ArujáBiritiba MirimFerraz de VasconcelosGuararemaItaquaquecetubaMogi das CruzesPoáSalesópolisSanta IsabelSuzano010k20k30k40k
Guararema
 2010: 147
Fonte: IBGE


Mogi das Cruzes é a cidade da região que possui a maior proporção de apartamentos em relação ao total de domicílios na cidade com 18,9%, seguido de Suzano com 14,5%, e Ferraz de Vasconcelos com 10%. Por outro lado, Biritiba-Mirim com 0,1% e Salesópolis com 0,4%, são os municípios com as menores proporções.

Além dos tipos de domicílios, também foram divulgados dados sobre:

Acesso a rede de esgoto;

Existência e quantidade de banheiros nas moradias;

Acesso a água e forma de abastecimento;

Coleta de lixo.

Para a análise foram considerados apenas os imóveis particulares e permanentes ocupados. Ou seja, casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva, como presídios, hotéis, pensões, asilos ou orfanatos não entram na conta.

Casas

Em relação a casas, a região contabilizou 376.749 unidades em 2010 e 464.017 em 2022, o que representa um aumento de 23,16%.

Segundo o Censo 2022,Itaquaquecetuba com 80% é a cidade com a maior proporção de casas em relação ao total de domicílios, enquanto Mogi das Cruzes com 61,2% é a menor.


Censo do IBGE

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone. 

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2024/02/23/numero-de-apartamentos-no-alto-tiete-mais-que-dobra-em-12-anos-aponta-censo-2022.ghtml

PF identifica militares da ativa que escreveram carta pressionando o comando do Exército por golpe de Estado

 Os investigadores não conseguiram, no entanto, descobrir quais outros oficiais manifestaram apoio ao texto golpista

23 de fevereiro de 2024,

247 - A Polícia Federal identificou dois militares que teriam participado da redação de uma carta de oficiais da ativa que pressionava o comandante do Exército em 2022, general Marco Antônio Freire Gomes, a aderir aos pedidos por golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência. Segundo a Folha de S. Paulo, a identificação desses militares foi feita a partir da análise de metadados do documento, que foi recebido pelo tenente-coronel Mauro Cid na noite de 28 de novembro de 2022, véspera da publicação do texto.

O autor foi identificado pela Polícia Federal como o coronel Giovani Pasini. Alexandre Bitencourt teria sido o último a modificar o documento, conforme afirmam os investigadores. Essas descobertas estão detalhadas em um relatório da Polícia Federal, o qual embasou os pedidos de prisão e buscas realizados em 8 de fevereiro contra ex-ministros e militares suspeitos de tramar um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota para o presidente Lula (PT). 

Pasini, oficial de artilharia da turma formada na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em 1997, optou por não comentar sobre a autoria do manifesto quando procurado. Ele é descrito por colegas como alguém que se dedicou ao ensino da língua portuguesa e se afastou do caminho tradicional da artilharia para se tornar professor de colégios militares e autor de livros. Em 2022, Pasini solicitou licença do Exército para se candidatar a deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo partido Patriota, porém não foi eleito. Após a divulgação da carta, ele decidiu pedir para ir à reserva, ato concretizado em fevereiro de 2023.

Já Alexandre Bitencourt, também oficial formado em 1997, da arma de infantaria, recebeu a medalha militar de ouro com passador de ouro em fevereiro de 2023, após completar 30 anos de bons serviços prestados. Ele passou um período no Chile em 2022 para realizar uma pós-graduação em condução de políticas estratégicas de defesa e, ao retornar ao Brasil, foi realocado para uma função no Departamento-Geral de Pessoal. A Folha não conseguiu contato com Bitencourt.  

O Exército emitiu uma nota informando que não poderia se manifestar sobre o assunto devido ao inquérito estar em "segredo de Justiça". Acrescentou ainda que as informações relacionadas ao tema seriam prestadas às autoridades competentes quando solicitadas.

Vale ressaltar que militares são proibidos por leis e regulamentos de se manifestarem coletivamente, seja sobre atos de superiores ou em caráter reivindicatório ou político. Na época da circulação da carta entre os oficiais, o Alto Comando do Exército advertiu os militares sobre possíveis consequências para aqueles que aderissem ao manifesto, uma vez que a participação em manifestações conjuntas é considerada infração e pode resultar em punição no Exército. Os investigadores não conseguiram saber quantos oficiais da ativa subscreveram o texto. 

https://www.brasil247.com/brasil/pf-identifica-militares-da-ativa-que-escreveram-carta-pressionando-o-comando-do-exercito-por-golpe-de-estado

Caminhoneiro espionado pela Abin: ‘Era esse governo que jogava nas quatro linhas?’

23 de fevereiro de 2024

Caminhoneiro espionado pela Abin: ‘Era esse governo que jogava nas quatro linhas?’

Litti e Landim se recusaram a mobilizar associados para manifestações golpistas, seja fechando estradas ou no 8 de Janeiro 

Por Chico Alves

As investigações da Polícia Federal sobre a atuação do chamado “Gabinete do Ódio” do governo de Jair Bolsonaro (na verdade uma espécie de milícia digital) e outras ilegalidades cometidas no período concluíram que líderes caminhoneiros que não eram alinhados com os bolsonaristas se tornaram alvos de monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo os jornalistas  Dimitrius Dantas e Thiago Bronzatto, de O Globo, os dados estão registrados no sistema israelense FirstMile, usado pelo órgão entre 2019 e 2021 para vigiar a localização de pessoas por meio da conexão do celular.

O portal ICL Notícias falou com dois líderes caminhoneiros que foram monitorados. Tanto Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), quanto Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente na Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), se recusaram a mobilizar seus associados para manifestações golpistas, seja fechando estradas ou participando do 8 de Janeiro.

Ambos foram muito críticos à gestão Bolsonaro, por entenderem que as condições de trabalho da categoria ficaram longe do prometido, com preço de combustível alto, valor do frete baixo e outros problemas, que não foram tratados nem pelo presidente e nem pelo ministro da Infraestrutura da época, Tarcísio de Freiras.

A seguir, os dois falam sobre a confirmação de que estavam sendo alvos de arapongas:

Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) 

“É um absurdo ser investigado por ser sindicalista, por militar a favor da categoria. E ainda mais que nesse caso é uma investigação ilegal. Não está claro o que esses caras fariam com informação que tinham. Uma coisa é você ser investigado dentro de um sistema democrático, dentro de um limite, dentro da dinâmica da luta de classes, que tem sempre. Outra coisa é lidar com ilegalidade, com os caras que são truculentos, que não aceitam o contraditório. Isso sim, é preocupante.

Eu sabia, tiha um sinalzinho estranho no celular. Não acredito que ele só estejam sabendo da tua localização, mas escutando o que tu tá conversando

Eles devem ter ido à loucura quando ficaram sabendo que eu estava em Cuba, em agosto de 2021, por exemplo. Deve ter dado algum choque em algum genera, que deve ter falado: ‘esse comunista!’ Esses caras são paranóicos, né? Se tu, se tu, por exemplo, eh, eu

A CNTTL ingressou na Justiça contra a Abin, quando circularam as primeiras informações de que fui monitorado. Movemos um processo, tem que ver com o advogado como está”.

Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente na Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores)

“A gente fica surpreso, né? Porque a gente sempre defendeu o segmento do transporte e não quero ter o perfil de de defender candidato A ou B e contra governo A ou B. Então, a gente fica triste por saber que estava sendo monitorado.

E a gente entende com muita chateação que em vez de estarem preocupados com o segmento dos motoristas, eles estavam monitorando quem eles [do governo Bolsonaro] achavam deviam monitorar quem eles achavam que eram personagens chave e quem eles achavam que traria risco para o país.

Quase todos eram os caminhoneiros que não concordavam com o governo.

É uma investigação de fato ilegal e mostra que o governo agiu de forma truculenta. Era uma forma de te deixar assustado, de intimidar.. Algumas coisas não avançaram no transporte porque a categoria acertava com o Tarcísio de Freitas (na época Ministro da Infraestrutura) e nada.

Era esse governo que jogava nas quatro linhas? Aí comete um ato de ilegalidade desse tipo? Com essa confirmação, vou entrar na Justiça para defender meus direitos”.

ONG em Ilha de Marajó alerta para novas mentiras de Damares Alves sobre pedofilia

 

ONG em Ilha de Marajó alerta para novas mentiras de Damares Alves sobre pedofilia

Parlamentar volta a associar arquipélago à exploração sexual infantil sem provas 

O Observatório do Marajó, ONG que trabalha para desenvolver políticas públicas no arquipélago paraense, manifestou um alerta contra campanha que liga a região à exploração e à violação sexual de crianças e adolescentes. A nota pública foi divulgada ontem. “A propaganda que associa o Marajó à exploração e abuso sexual não é verdadeira: a população marajoara não normaliza violências contra crianças e adolescentes. Insiste nessa narrativa quem quer propagá-la e desonrar o povo marajoara”, diz o texto.

A ONG explica que há redes criminosas em todo o país, não sendo exclusividade da ilha.

“Para proteger as crianças da violência, o caminho é o fortalecimento do sistema de proteção e garantia de direitos das crianças e dos adolescentes”, destaca outro trecho da nota, intitulada de “Não acredite em tudo o que vês na internet”.

“O Marajó pede socorro e não é de hoje”, escreveu ontem a senadora Damares Alves (Republicanos) no Twitter. A postagem veio após a cantora gospel paraense Aymeê lançar a música “Evangelho de Fariseus”, que cita diretamente o arquipélago paraense e supostas violações de direitos humanos. Nomes como Rafa Kalimann, Thaila Ayala, Gkay, Luisa Sonza, Ludmilla, Gabi Martins e MC Daniel fizeram publicações cobrando autoridades locais sobre o combate aos crimes. As postagens não detalham nenhum caso ou apresentam dados oficiais.

A ex-ministra de Jair Bolsonaro afirmou em sua rede social que tentou resolver o suposto problema na região durante sua passagem pelo governo, mas que a priorização do combate à pandemia impediu um melhor resultado.

A onda de fake news sobre a Ilha de Marajó surgiu em 2022 com a própria Damares Alves, então titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e conhecida difusora de informações falsas. A parlamentar disse na ocasião que ouviu “nas ruas” relatos sobre estupro e tráfico de crianças no Marajó. Como aconteceu em outros episódios, a ex-ministra não apresentou provas das denúncias.

“Enquanto ministra de Estado, Damares Alves não destinou os recursos milionários que por diversas vezes prometeu para a região, para fortalecer comunidades escolares. Ao invés disso, atentou contra a honra da população diversas vezes, espalhando mentiras, e abriu tais políticas públicas para grupos privados de São Paulo que defendem a privatização da educação pública”, relata o texto do Observatório do Marajó.

Relembre o caso

Em 2022, a ex-ministra Damares afirmou que o Ministério havia descoberto um esquema de tráfico de crianças no arquipélago, durante discurso em um culto da Assembleia de Deus, em Goiânia. Segundo ela, as crianças traficadas seriam submetidas a mutilações corporais e regimes alimentares para facilitar abusos sexuais.

Na época, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou, em nota, que “nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia ao MPF sobre tráfico de crianças no Marajó mencionou as torturas citadas por Damares”.

Após a repercussão do caso, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) determinou que o Ministério informasse detalhadamente todos os casos de denúncias recebidas pela pasta entre 2016 e 2022.

De acordo com análise do jornal Estado de São Paulo, os relatórios apresentados pela ex-ministra para buscar comprovar as denúncias não continham provas. O veículo verificou o documento de 2.093 páginas dos relatórios de três CPIs enviados pela assessoria de Damares, e diz não ter encontrado os fatos que ela alegou terem ocorrido na Ilha de Marajó.

Em setembro de 2023, o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública contra a ex-ministra. Procuradores solicitaram pagamento de multa de R$ 5 milhões por Damares. Segundo o MPF, as informações divulgadas pela atual senadora eram “falsas e sensacionalistas”. A Justiça ainda não deu sua decisão definitiva sobre o caso.

https://iclnoticias.com.br/ong-da-ilha-do-marajo-alerta-para-mentiras-de-damares-alves/

PL corta salários de Braga Netto e Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro

Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil perde os R$ 40 mil que recebia por mês do partido

 23 de fevereiro de 2024 































Walter Braga Netto e Marcelo Câmara, dois dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, tiveram seus salários suspensos pelo Partido Liberal, mesma legenda do ex-presidente.

A informação é do blog da jornalista Andreia Sadi.

O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil ganhava cerca de R$ 40 mil para cuidar de uma parte logística, na organização de palanques eleitorais. Já o ex-assessor pessoal de Bolsonaro recebia metade desse valor do partido, aproximadamente R$ 20 mil.

Segundo o blog de Sadi, os pagamentos foram suspensos desde que Valdemar foi proibido de se comunicar com os dois, por determinação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga o plano de golpe contra a democracia brasileira.

No PL, o general Braga Netto não tem atuação política relevante. 

Seu envolvimento com o plano de golpe foi decisivo para a suspensão do salário, assim como no caso de Câmara, preso na operação Tempus Veritatis. 

Segundo a investigação da Polícia Federal, o coronel atuava no monitoramento da agenda de Moraes e de outras autoridades para concluir a prisão deles em caso da conclusão do golpe.

A defesa de Câmara pediu a Moraes que ele autorize um novo depoimento dele à PF.

Nos bastidores da legenda, segundo a nota, já há o entendimento de que Bolsonaro, principal cabo eleitoral do partido, será preso ao fim das investigações.


https://iclnoticias.com.br/pl-corta-salarios-de-braga-netto-e-camara/

Na declaração de Lula sobre Gaza, cabe retratação (da imprensa) - Imprensa brasileira é expert em reivindicar autocrítica da esquerda, mas péssima em criticar a si própria

Quase uma semana depois de Lula ter dito que os ataques do exército de Israel às mulheres e crianças de Gaza só seriam comparáveis ao que fez Hitler com os judeus, a tempestade diplomática prevista pela imprensa brasileira não aconteceu.

O chanceler israelense fez performances lamentáveis, expondo o embaixador brasileiro a humilhação e usou as redes sociais ao estilo Carluxo, com diatribes contra o presidente brasileiro. Netanyahu tornou Lula persona non grata e esperneou, como se esperava. Entidades de lobby pró-Israel também rebateram agressivamente — tudo dentro do previsto.

No âmbito interno, os radicais bolsonaristas, capitaneados pela impoluta Carla Zambelli (PL-SP), correram a recolher assinaturas para pedir impeachment de Lula, algo que, eles sabem, nunca sairá do papel. Para não perder o costume, ocuparam a tribuna e as redes sociais para disseminar mentiras, acusando o presidente de ser contra os judeus.

Nos primeiros dias de repercussão da fala de Lula, os grandes veículos de imprensa compraram a tese desses desqualificados, ocupando tempo e espaço do noticiário para criticar o petista. Mais: pelas palavras de seus jornalistas e entrevistados, sugeriram — alguns até exigiram — que o presidente se retratasse.

Provavelmente, as palavras mais pronunciadas e escritas no noticiário nacional nos últimos dias foram “desculpas” e “retratação”.

Bastante ilustrativa foi a cobertura do Jornal Nacional sobre a sessão do Senado em que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teve a ousadia de dizer que Lula deveria se desculpar. Depois dessa fala, o noticiário da Globo mostrou a manifestação do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), que também discordou de Lula. A mais efusiva intervenção, no entanto, foi a do senador Omar Aziz (PSD-AM), filho de um palestino, que apoiou integralmente a declaração de Lula e ainda deu uma bronca em Pacheco por sugerir retratação. Essa cena o JN não mostrou.

Apesar das previsões catastróficas e da certeza de muitos jornalistas de que o presidente seria execrado mundialmente, ocorreu o contrário. Nenhum governante de peso atendeu ao convite de Netanyahu, que pediu mobilização contra o governante brasileiro. Na mão inversa, líderes da União Europeia e dos Estados Unidos passaram a condenar mais fortemente o massacre que Israel impõe a Gaza. Muitos disseram que Lula tem o direito de criticar, embora alguns desses líderes não concordem com sua afirmação.

Um dos que repetiu esse refrão foi Anthony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos. Convidado pela repórter do Jornal Nacional a criticar a declaração de Lula, não sem antes ser lembrado que é judeu e que tem padrasto que sofreu com o Holocauso, ele estragou a pauta. “Lula falou motivado pelo sofrimento dos palestinos, ele quer ver isso acabar, assim como nós”, respondeu. “Para nós, como eu disse, está muito claro que não há comparação [com o Holocausto] alguma”.

Da mesma forma que na famosa música do genial Assis Valente, popularizada por Carmen Miranda, “o mundo não se acabou”, apesar de todas as previsões de Apocalipse. Ou seja, a hecatombe política e diplomática se resumiu ao risível pedido de impeachment dos parlamentares terraplanistas e ao bate-boca com o governo de Israel.

Enquanto isso, o morticínio em Gaza nunca foi tão debatido por aqui como depois da fala de Lula.

A escabrosa história da Lava Jato demonstrou como a imprensa brasileira é expert em reivindicar autocrítica da esquerda, mas péssima em criticar a si própria.

Mesmo assim, não custa perguntar mais uma vez aos grandes veículos de comunicação: não seria o momento de pedir escusas?

Chico Alves

Jornalista, por duas vezes ganhou o Prêmio Embratel de Jornalismo e foi menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog. Foi editor-assistente na revista ISTOÉ e editor-chefe do jornal O DIA. É co-autor do livro 'Paraíso Armado', sobre a crise na Segurança Pública no Rio, em parceria com Aziz Filho. Atualmente é editor-chefe do site ICL Notícias.

https://iclnoticias.com.br/na-declaracao-de-lula-sobre-gaza-cabe-retratacao-da-imprensa/

23/02/24 - Preocupação máxima com a manifestação do dia 25 promovida por Malafaia. PODEMOS TER DESABASTECIMENTO NOS SUPERMERCADOS! FESTA TOTAL!

 


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