O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira (9) em baixa de 0,97%. A cotação ficou em R$ 4,876 e atingiu o menor valor em doze meses, em uma sessão espremida entre o feriado e o fim de semana.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou com alta de 1,3%, aos 117.019,48 pontos. É o maior nível desde o fim de outubro do ano passado, quando marcou 117.171,11 pontos.
O que aconteceu:
A menor cotação de fechamento anterior foi de R$ 4,874, no dia 07 de junho de 2022.
A baixa ocorre após dados negativos da China elevarem a perspectiva de que o governo chinês poderá dar suporte à sua economia, o que é positivo para divisas de países como o Brasil.
Na noite de quinta-feira (pelo horário de Brasília), a Agência Nacional de Estatísticas da China informou que o índice de preços ao produtor de maio caiu pelo oitavo mês consecutivo. A queda foi a maior desde fevereiro de 2016, acima da expectativa.
Já o índice de preços ao consumidor da China subiu 0,2% em maio em relação ao ano anterior, abaixo da projeção de aumento de 0,3%.
A inflação tem demonstrado fraqueza na China. Enquanto isso, tem apertado a demanda por produtos nos EUA e na Europa. Assim, alguns analistas avaliam que o banco central chinês poderá cortar juros em sua reunião da próxima semana, para dar ajudar na economia.
Diante dos diversos sinais de enfraquecimento da retomada da economia chinesa, o presidente do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), Yi Gang, disse que a autoridade monetária local está preparada para ajudar a promover o emprego e a atividade econômica local."André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online
Com isso, os preços de algumas commodities, como o minério de ferro, encontraram suporte nesta sexta-feira, assim como diversas moedas de países exportadores de matérias-primas, como o real.
Com a sexta-feira espremida entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, exportadores e importadores se mantiveram mais afastados dos negócios.
O mercado futuro, no entanto, manteve um volume razoável de negócios para o dia, sendo que os investidores estrangeiros seguiram operando, com foco na rentabilidade dos ativos brasileiros, em especial na bolsa de valores.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Um medicamento contra diabetes, barato e amplamente disponível no mercado, poderia reduzir em 40% o risco de desenvolvimento da Covid-19 de longa duração após a infecção
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
RFI - A pesquisa mostrou que tomar metformina três dias após o teste positivo ajudou a reduzir as chances de desenvolver a forma longa da doença em 40%, segundo esse novo estudo.
Publicado na revista Lancet Infectious Diseases, o estudo foi realizado com 1.126 pessoas com sobrepeso ou obesas com mais de 30 anos, entre dezembro de 2020 e janeiro de 2022. Os resultados mostraram que apenas 6,3% dos participantes que receberam o medicamento relataram uma forma longa da doença, em comparação com 10,4% daqueles que tomaram placebo (40% menos).
A metformina é um medicamento barato e comumente usado para controlar o açúcar no sangue em pacientes com diabetes do tipo 2. Os cientistas dos EUA descobriram que com o remédio, os pacientes tinham menos probabilidade de continuar apresentando sintomas do vírus 10 meses depois.
Este é o primeiro estudo de fase três revisado por pares, mostrando que tomar medicamentos durante a infecção pode ajudar a prevenir o Covid longo. Os pesquisadores se apoiaram em estudos anteriores que mostram que a metformina impede a reprodução do vírus em condições de laboratório e reduz as chances de pessoas com sobrepeso ou obesas serem hospitalizadas, ou morrerem da doença.
"Emergência de saúde pública"
Carolyn Bramante, autora do estudo americano da Escola de Medicina da Universidade de Minnesota, descreveu a condição da Covid longa como uma "emergência significativa de saúde pública".
“Pode ter impactos duradouros na saúde física, mental e econômica, especialmente em grupos socioeconomicamente marginalizados”, disse ela. "Há uma necessidade urgente de encontrar possíveis tratamentos e formas de prevenir esta doença", completou.
"Nosso estudo mostrou que a metformina reduz substancialmente o risco de desenvolver Covid longo, se tomado quando infectado pela primeira vez com o vírus da doença," explica.
Ela enfatizou, no entanto, que o estudo não mostra que o medicamento ajudaria as pessoas que já sofrem com o Covid longo.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece a existência da Covid longa ou Síndrome da Covid longa, desde 2021. A estimativa é que entre 10 e 20% dos contaminados terão sintomas persistentes, que duram mais de quatro semanas.
Mais estudos sobre o assunto, com um grupo mais amplo de participantes, ainda serão realizados.
247 - O deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO) pediu nesta sexta-feira (9) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que rejeite um “eventual pedido de prisão” apresentado contra ele, depois que o parlamentar afirmou que ‘deveria estar preso' por ter ajudado ‘a bancar’ manifestantes golpistas. A Polícia Federal poderia encaminhar ainda nesta sexta-feira ao STF o pedido de prisão do deputado Amauri Ribeiro.
A defesa de Ribeiro sustentou que as afirmações do deputado foram retiradas de contexto e que ele somente ajudou “os mais carentes” que estavam acampados em frente a um quartel do Exército em Goiânia. “Feitas essas explanações, requer a rejeição de eventual pedido de prisão preventiva contra o peticionante, porquanto incabível e desnecessária”, argumenta a equipe de advogados, sob o comando do ex-senador Demóstenes Torres.
Na manifestação, o deputado Amauri Ribeiro defendia a liberdade do coronel Benito Franco, preso pela Polícia Federal em abril durante uma operação contra acusados de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro e libertado nesta semana. “A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá”, disse o parlamentar. “Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou.
Segundo a defesa dos empresários, as mensagens podem demonstrar "a absoluta ilegalidade" das acusações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato
Conjur - É possível a utilização de prova ilícita, desde que em benefício do réu. Com esse entendimento, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, determinou que a defesa de dois empresários condenados na operação "lava jato" tenha acesso às mensagens apreendidas na operação "spoofing" que citem seus nomes ou das suas empresas.
As conversas entre procuradores da República e o ex-juiz e senador Sergio Moro foram interceptadas por hackers e apreendidas pela Polícia Federal. A defesa dos empresários pediu acesso ao conteúdo sob o argumento de que as mensagens poderiam demonstrar "a absoluta ilegalidade e a manifesta improcedência da acusação" por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da "lava jato".
O pedido foi negado nas instâncias inferiores, pois a operação "spoofing" tramita em sigilo e ainda há dúvidas quanto à licitude da prova. No entanto, para o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, não admitir o uso de provas obtidas por meios ilícitos é uma limitação ao direito de punir do Estado, não havendo óbice à sua utilização em benefício do acusado, haja vista o princípio da proporcionalidade.
"Ao ponderar os princípios em confronto, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Agravo Regimental na Reclamação 43.007/DF, assentou que as decisões proferidas naqueles autos, 'apenas autorizaram, fundadas no direito constitucional, em verdade, universal, à ampla defesa e ao contraditório, o acesso a conteúdos apreendidos na 'operação spoofing' relacionados, direta ou indiretamente, ao reclamante'".
Na ocasião, o STF autorizou o acesso da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às mensagens, bem como do senador Renan Calheiros. Em outra reclamação, o Supremo concedeu o acesso à defesa do ex-deputado Eduardo Cunha, sempre com supervisão da Polícia Federal e limitado às conversas que mencionem os políticos em questão.
O ministro Fonseca se baseou nesses precedentes do STF para autorizar o acesso da defesa dos empresários às mensagens, mesmo que ainda haja discussão em torno da licitude da prova. Segundo ele, a melhor doutrina autoriza a utilização da prova ilícita, desde que em benefício do réu, o que é exatamente a hipótese dos autos.
"Os recorrentes foram condenados na denominada operação 'lava jato' e buscam ter acesso às mensagens trocadas informalmente no âmbito da força-tarefa, as quais podem, eventualmente, auxiliar no exercício da ampla defesa e do contraditório. Justificam a necessidade de acesso aos diálogos em razão de terem tomado conhecimento da existência de graves ilegalidades na condução e celebração de acordos de colaboração premiadas, que teriam sido manipulados para instrumentalizar acusações e amparar condenações judiciais contra os recorrentes."
Conforme o ministro, não é possível negar que uma eventual confirmação da tese defensiva de que haveria graves ilegalidades na condução e celebração dos acordos de colaboração poderia ser útil como instrumento de defesa em favor dos empresários.
"Destacou-se, ademais, que não se poderia exigir da defesa a comprovação de que o acesso às mencionadas provas lhe seria benéfico, porquanto é exatamente este o objetivo da impetração, ter acesso às mensagens que digam respeito aos recorrentes e às suas empresas, para então aferir o efetivo benefício à defesa", completou Fonseca.
09/06/23 - HOJE TEREMOS PESQUISA SENDO REVERBERADA PELA MÍDIA. LULA TEM QUE FICAR ATENTO AO EXTREMO.
AO MESMO TEMPO,
MAIS CEDO COMENTAMOS O DIA DE FERIADO COM A MARCHA PARA JESUS.
MAS Parece QUE JESUS NÃO É LEMBRADO EM SUAS MENSAGENS PRINCIPAIS. Aliás, o evento se presta a colocar em evidências personagens políticos nocivos aos ensinamentos de Cristo.
O QUE HOUVE? Nenhuma mensagem em relação aos problemas sociais marcam o evento. Alienação?
usando como paralelo a religião, Tarcísio talvez tenha mostrado uma face do pecado: a traição em estágio inicial. Não mencionou Bolsonaro.
Faltam 13 dias para que ele seja detonado pelo TSE.
Sendo o bioma mais rico em biodiversidade do mundo, a Mata Atlântica é o mais ameaçado de extinção
(Foto: Joka Madruga/MST)
Jornal GGN - A Mata Atlântica, bioma mais diverso e mais ameaçado do Brasil, recebe uma chuva de sementes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação foi realizada em Quedas do Iguaçu, região central do Paraná, e foram 4 toneladas de sementes de palmito juçara, ameaçada de extinção, chovendo na mata.
A chuva para semeadura de palmito juçara aconteceu nesta quarta-feira, dia , em uma área de 67 hectares de reserva legal da comunidade de reforma agrária Dom Tomás Balduíno, nas encostas do Rio Iguaçu e da represa da Usina de Salto Osório.
Conversas entre procuradores da extinta Lava Jato mostram que a operação desejava "ferrar" com Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro
O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a construtora.
"Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse.
O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado. "Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou.
Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado. Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos.
"Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon.
Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.
Em discurso na Assembleia Legislativa de Goiás, Ribeiro afirmou que ‘deveria estar preso' por ter ajudado ‘a bancar’ manifestantes golpistas”
Deputado estadual Amauri Ribeiro (Foto: Assembleia Legislativa de Goiás)
247 - “A Polícia Federal encaminha ainda nesta sexta-feira ao STF o pedido de prisão do deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) que, anteontem, em discurso na Assembleia Legislativa de Goiás afirmou que ‘deveria estar preso' por ter ajudado ‘a bancar’ manifestantes golpistas”, informa o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo.
“Ribeiro deu a declaração para defender a liberdade do coronel Benito Franco, preso em abril pela PF durante uma operação que investigava atos golpistas”, explica Jardim.
Ribeiro tenta agora dizer que não apoiou o movimento golpista de forma direta, mas sua fala foi categórica: “A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”.
O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia revelou, em entrevista exclusiva ao Fórum Onze e Meia, que o objetivo do ex-juiz Sergio Moro sempre foi incriminar o PT e que esse plano data desde antes da Lava Jato. Garcia também alega que a grande mídia era manipulada para vender a narrativa de Moro e ilustra o conluio entre imprensa comercial e a então nascente "República de Curitiba" no caso do Mensalão com uma entrevista que concedeu à revista Veja e que posteriormente se tornou uma das provas para consolidar a teoria jurídica do "domínio do fato" contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro mandato de Lula, José Dirceu.
0:00 - "Usavam a imprensa pra condenar a pessoa primeiro na opinião pública" - Tony Garcia
"O pedido de cassação das deputadas apresentado ao Conselho de Ética é mais um episódio de perseguição às mulheres legitimamente eleitas", defendem
Sâmia Bomfim (Foto: Reprodução/Twitter)
247 - Os ministérios da Igualdade Racial, das Mulheres, dos Povos Indígenas, dos Direitos Humanos e da Cidadania, e da Justiça e Segurança Pública emitiram nesta sexta-feira (9) uma nota em defesa das seis congressistas que enfrentam a possibilidade de cassação após um atrito com deputados bolsonaristas.
O partido de Valdemar da Costa Neto pediu a perda de mandato de Sâmia Bomfim (Psol-SP), Célia Xakriabá (Psol-MG), Talíria Petrone (Psol-RJ), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Érika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP). Elas teriam chamado os deputados bolsonaristas de “assassinos” durante a votação da urgência do Projeto de Lei do Marco Temporal, ocorrida em 24 de maio.
Em nota assinada pelos cinco ministérios, o Grupo de Trabalho Interministerial de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres afirma que o pedido de cassação “é mais um episódio de perseguição às mulheres legitimamente eleitas e que ocupam espaços de poder e decisão”.
Leia a íntegra da nota:
O Grupo de Trabalho Interministerial de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres, coordenado pelo Ministério das Mulheres e composto por representantes dos Ministérios dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública e dos Direitos Humanos e da Cidadania, vem a público manifestar apoio e solidariedade às deputadas federais Sâmia Bomfim (SP), Célia Xakriabá (MG), Talíria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Érika Kokay (DF) e Juliana Cardoso (SP), que foram alvo de um pedido de cassação de seus mandatos na Câmara dos Deputados, quando se manifestaram contrárias à aprovação do Marco Temporal.
O pedido de cassação das deputadas apresentado ao Conselho de Ética é mais um episódio de perseguição às mulheres legitimamente eleitas e que ocupam espaços de poder e decisão, estando, naquele momento, alertando a sociedade sobre a gravidade que a aprovação do Marco Temporal representa para os povos indígenas. Configura-se, portanto, como uma violência política de gênero, principalmente, pela celeridade com que foi encaminhado ao Conselho de Ética, em menos de 24 horas. Já as ações contra quatro deputados homens, acusados de estimular os atos terroristas de 8 de Janeiro, até hoje não foram encaminhadas ao mesmo colegiado. Na última sexta-feira (02/06), fez quatro meses que elas estão paralisadas na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Destaca-se que as mesmas tentativas de punir as deputadas não ocorreram contra aqueles parlamentares que tentaram silenciar e até mesmo impedir a fala delas, quando participavam de debates em comissões temáticas daquela Casa Política, uma vez que as mesmas são reconhecidamente atuantes na defesa dos Direitos Humanos, tornando-se alvos permanentes de uma política misógina.
O fenômeno da violência política contra as mulheres no Brasil é histórico e estrutura as bases de formação do País. Agravado pela misoginia, pelo racismo e pela LBTfobia, tem como objetivo limitar ou até impedir a participação das mulheres na vida política e partidária. Essa estratégia de invisibilização das mulheres é uma das principais causas da sub-representação dessa importante parcela da população do país, no Parlamento e nos espaços de poder e decisão. As mulheres são 53% do eleitorado, mas ocupam apenas 17,7% da Câmara dos Deputados, 18% do Senado, 17% das Câmara Municipais, 12% das Prefeituras e 7,5% dos Governos Estaduais. Quando se observa a intersecção racial, há uma sub-representação em que apenas 1,7% das deputadas são negras, e 2,6% representam as ocupantes das câmaras estaduais e distrital.
Segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 145º lugar no ranking em número de mulheres no Parlamento, de um total de 187 países.
O episódio contra as seis parlamentares federais representa o ápice de uma violência sistemática que já vem ocorrendo de norte a sul do Brasil contra vereadoras e prefeitas, colocando em risco, inclusive, não apenas seus mandatos, mas, sobretudo, a possibilidade de suas reeleições no pleito de 2024. Afinal, a sub-representação configura um cenário de grave déficit democrático que impede o desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes para as mulheres em sua diversidade e, consequentemente, atrasa o desenvolvimento do país.
Desde 2021, a Lei 14.192/21 estabelece regras para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, entendida como “toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher” (art. 3º). Esta legislação contempla tanto mulheres candidatas a cargo eletivo como também aquelas que já são detentoras de mandato eletivo.
Ante o exposto, solicitamos à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados que considere violência política de gênero os ataques desferidos contra as deputadas federais, e que não acate o pedido de instalação de Comissão de Ética contra elas.
Pedimos, também, que a Câmara dos Deputados se comprometa com a garantia de ampliação do acesso de mais mulheres em todas as esferas de poder e decisão, assim como que assegure a elas que possam exercer seu mandato e permanecer na política, por meio da criação de novos mecanismos de coíbam a criminalizem os atos de violência política contra as mulheres.
Grupo de Trabalho Interministerial de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres
Nesta sexta-feira, a moeda estadunidense já havia caído para R$ 4,87; com Lula no poder, investimentos estão voltando
Lula (Foto: Reuters/Rodrigo Antunes | Reuters/Lisa Marie David)
247 – A volta da confiança no Brasil, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no poder, já se reflete na valorização do real. Nesta sexta-feira, a moeda americana era negociada a R$ 4,87, em nova queda de 1%. Essa valorização da moeda brasileira é consequência da retomada dos investimentos e dos superávits recordes que o Brasil vem registrando. Diante deste cenário, o economista Robin Brooks, um dos mais renomados da cena internacional, já projeta o dólar cotado a R$ 4,50. Confira:
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Imagem: Celio Messias/Governo do Estado de SP
Gustavo Queiroz
Em São Paulo
08/06/2023
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira, 8, que conversou com o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre a pasta ter exigido a reintegração de Danilo Campetti, assessor especial do governador, à Polícia Federal (PF). O policial participou da condução coercitiva e prisão de Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato e estava cedido para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes desde janeiro, como mostrou a Coluna do Estadão. O chefe do governo de São Paulo disse respeitar a decisão e deu o caso como encerrado.
"Ele é policial federal, subordinado à Polícia Federal. Eles têm o direito de pedir. Conversei com Flávio depois do pedido. Eu fiz minhas ponderações, ele fez as ponderações dele, tudo certo", afirmou ao Estadão na Marcha para Jesus, realizada na capital paulista.
A declaração ocorre após a base do governador cobrar explicações do Ministério da Justiça sobre a retirada do policial da equipe de São Paulo. O vice-líder de Tarcísio na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Guto Zacarias (União Brasil), enviou um requerimento à pasta pedindo explicações no início desta semana.
Além de ter participado da condução coercitiva e da prisão de Lula durante a Lava Jato, Campetti escoltou o petista, em 2019, quando ele teve liberdade provisória concedida para ir ao velório do neto.
Naquele ano, a participação do agente nas operações provocou revolta na militância do PT por ele ser um apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, chegou a entrar com representação na PF e no Ministério Público Federal (MPF) contra o policial.
Um ofício assinado pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, foi enviado em abril ao gabinete do secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab, com o pedido de retorno do servidor às suas funções na corporação. A justificativa foi a falta de efetivo em razão da criação de novas diretorias na PF. Aliados de Tarcísio questionaram a decisão e veem tentativa de vingança pessoal.
Há cerca de dois meses, interlocutores de Tarcísio procuraram Dino e conseguiram postergar a saída de Campetti. Na última semana, no entanto, integrantes do governo federal mudaram a postura, exigiram o retorno do servidor e disseram que se tratava de um pedido direto de Lula.
Investigação da Polícia Federal conectou o escândalo de desvios de verbas públicas dos kits de robótica em Alagoas à compra de remédios e produtos hospitalares sem licitação em Pernambuco. O caso lembra por que o centrão pressiona tanto Lula para que lhe entregue o controle do Ministério da Saúde, lar de bilionárias emendas parlamentares, em nome de apoio no Congresso Nacional.
Ele aparecia como sócio da Megalic, a milionária empresa que vendeu kits de robótica com sobrepreço para prefeituras alagoanas e pertence a aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira. Mas também da Star Med, uma empresa que faturou R$ 8,5 milhões em contratos emergenciais da pandemia junto a prefeituras pernambucanas.
A chance de Denilson ser o laranja de alguém é a mesma de o Corinthians estar fora da próxima fase da Libertadores.
Emendas enviadas pelo centrão também estão presentes nesses dois casos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), destinou R$ 32,9 milhões do orçamento secreto para bancar os tais kits em Alagoas, segundo apuração do jornal O Estado de S.Paulo. Aliás, seu então assessor Luciano Cavalcanti foi flagrado coletando dinheiro do esquema. E Murilo Nogueira Júnior, que doou o uso de sua picape para que Lira fizesse campanha eleitoral, também cedeu o veículo para o transporte desse dinheiro.
E municípios pernambucanos que receberam emendas de deputados federais de partidos do centrão, como o PP, também aparecem fechando contratos sem licitação com a milionária Star Med do mecânico Denilson.
Ou seja, ao puxar um fio do novelo de lã com os indícios de corrupção nos kits de Alagoas, a Polícia Federal já chegou em remédios em Pernambuco. Se houve compartilhamento de estruturas e laranjas para diferentes esquemas, o caso pode ir longe, atingindo mais estados e nomes de parlamentares. No foco principal, recursos que saíram dos dois maiores orçamentos do governo federal: Educação e Saúde.
Durante o governo Bolsonaro, o Tribunal de Contas da União (TCU) viu indícios de sobrepreço na licitação de quatro mil ônibus rurais escolares pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o que poderia fazer com que os veículos custassem até R$ 732 milhões a mais. Naquele momento, o procurador Lucas Rocha Furtado, que pediu para parar o pregão, afirmou que ele podia se converter em um "prejuízo à democracia, a depender da destinação que esses recursos venham a ter, como, por exemplo, a composição do chamado 'caixa 2 de campanha'".
O mesmo cheirinho de desvio de recursos para caixa 2 exala de recursos para Alagoas e Pernambuco. Se houve crime eleitoral, só a PF poderá dizer.
É difícil imaginar, contudo, que parlamentares venham a ser punidos, mesmo que o caso suba para o STF. Como muita gente no Congresso se beneficia de emendas, incluindo o próprio presidente da Câmara, responsável por sua distribuição, qualquer tentativa de cassação dos envolvidos seria barrada, nem como ignorada qualquer decisão da Justiça nesse sentido.
O Supremo já decidiu que as emendas não podem mais ser secretas, o que não significa que as lideranças parlamentares não continuem pressionando o governo Lula a lhes ceder o controle de boa parte do orçamento para que seja usado como instrumento de poder. A depender do tamanho que esse escândalo atual assuma, o barraco tem potencial, ao menos, para ajudar a frear o apetite parlamentar.
Em dezembro do ano passado, o centrão queria que Lula cedesse o controle do Ministério da Saúde. O presidente preferiu dar o comando a Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz, sem filiação partidária, conferindo à pasta o caráter técnico que ela não teve durante a pandemia de covid-19. Manter a Saúde como um local em que propinas eram discutidas como militares, policiais, religiosos e deputados ajudou à grande obra do governo Bolsonaro, ou seja, mais de 700 mil mortes pela doença.
Agora, após o emparedamento de Lula na MP da reestruturação dos ministérios, o centrão volta à carga pelo Ministério da Saúde. Com uma imensa capilaridade que atinge todos o país, a pasta conta com R$ 11 dos 21 bilhões do total de emendas parlamentares individuais. Lira quer o filho pródigo de volta, Lula nega.
Quanto mais investigações mostrarem o que aconteceu com dinheiro de emendas da Saúde sob a gestão do centrão, chocando a opinião pública, mais fica difícil para o grupo retomar a pasta. A questão é que o Ministério da Saúde não é apenas o seu comando.
O centrão reivindica também cargos na pasta que decidam sobre a distribuição de recursos às bases eleitorais de parlamentares, o que o PT está mais disposto a entregar. A recriação da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) pela Câmara dos Deputados na MP após ter sido extinta por Lula é um recado. Reduto yde indicações de parlamentares do centrão, eles querem esse poder de volta.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
Luis Felipe Salomão pediu ao STF o compartilhamento das provas da Vaza Jato para utilizar o material na inspeção que a CNJ realiza na 13a Vara Federal de Curitiba
247 - “O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento das provas da Vaza Jato para utilizar o material na inspeção que a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) realiza na 13a Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ambos eram os responsáveis por processos da Lava-Jato. O TRF-4 ficou conhecido por referendar praticamente todas as decisões de Curitiba”, informa a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.
“O material da Vaza Jato inclui as mensagens obtidas por hackers trocadas entre procuradores da operação e também Sérgio Moro, quando foi juiz. Salomão solicitou ainda acesso a uma reclamação relacionada ao operador financeiro Tacla Duran”, acrescenta.
A jornalista ainda informa que “o próprio corregedor nacional irá pessoalmente para Curitiba, na próxima sexta-feira, para colher depoimentos. Toda documentação será usada na correição que fiscaliza a 13a Vara e o TRF-4. Em março, ao prestar depoimento ao juiz Eduardo Appio, hoje afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, Tacla Duran afirmou ter sido vítima de um suposto esquema de extorsão envolvendo Moro e mencionou o ex-procurador Deltan Dallagnol. Em abril, uma decisão do desembargador Marcelo Malucelli acabou por restabelecer uma ordem de prisão preventiva contra Tacla Duran. A medida foi suspensa pelo STF. Malucelli é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz da Lava-Jato no escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados. Posteriormente, o desembargador pediu afastamento de ações ligadas a Tacla Duran”.
Pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira (9) mostra que a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou para baixo. A parcela dos eleitores que consideram a gestão do atual presidente como “boa” ou “ótima” passou de 39% para 37% em relação a abril.
O número está dentro da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Já as avaliações de “ruim” ou “péssima” aumentaram de 26% para 28%. Os que consideram o atual mandato do petista como “regular” também aumentou, saindo de 30% para 32%.
Ambos os dados também estão dentro da margem de erro considerada pelo instituto de pesquisa.
A pesquisa Ipec mostra, ainda, que 53% aprovam a maneira como Lula está governando, enquanto 40% disseram desaprovar. Em março, 57% diziam aprovar o jeito que o atual chefe do Executivo administra o país.
A pesquisa Ipec, contratada pelo jornal “O Globo”, tem intervalo de confiança de 95% e entrevistou presencialmente 2 mil pessoas entre os dias 1° e 5 de junho.
Segundo o levantamento, o eleitorado que vive mensalmente com até um salário mínimo é o que mais aprova o governo Lula (43%). No entanto, esta faixa também apresentou variação negativa, uma vez que em abril eram 53%.
Na parcela mais rica da amostra, com ganhos acima de cinco salários mínimos por mês, o percentual que avaliam a atual gestão como bom e ótima passou de 30% para 36%.
Adesão a Lula
Pesquisa Ipec mostra também que entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 8% consideram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo ou bom, e 33% como regular, resultando em um montante de 41% dos apoiadores de Bolsonaro que não veem a gestão do petista como negativa.
A maioria dessa parcela (56%), por outro lado, avalia o terceiro mandato de Lula como ruim ou péssimo.
Já entre aqueles que votaram em Lula, 68% avaliam seu governo como ótimo ou bom e 27% dizem ser regular. Nesta faixa, apenas 3% consideram a atual gestão como ruim ou péssima.
Ainda segundo o levantamento, 19% daqueles que optaram por Bolsonaro indicaram aprovar a maneira de governar de Lula. E 16% dizem confiar no atual presidente.
Outro recorte feito pela pesquisa Ipec se dá com relação ao apoio ao governo Lula entre eleitores que votaram em branco ou nulo no segundo turno das eleições. Neste segmento, os que apontam a gestão como ruim ou péssima são minoria (33%). A maior parte dessa população considera o governo como regular (43%) e 17% avaliam como ótimo ou bom.
Por outro lado, a maioria desaprova a maneira de o petista governar (47%) e não confia no atual presidente (64%).