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sábado, 29 de outubro de 2022

Meu comentário sobre o debate Lula-Bolsonaro. - Marco Antonio Villa




"Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você."
Jean Paul Sartre

“Quem tiver mais voto leva”, diz Bolsonaro após debate; Lula fala em “restabelecer harmonia neste país”


Eleições 2022

Candidatos a presidente discutiram temas como corrupção, salário mínimo, acesso às armas e pandemia em último debate marcado por trocas de acusações

Lula e Bolsonaro posicionados para o último debate presidencial do segundo turno
Lula e Bolsonaro posicionados para o último debate presidencial do segundo turno Globo/João Miguel Júnior
28/10/2022 às 22:09 | Atualizado 29/10/2022 às 01:13

Na antevéspera do segundo turno da eleição para presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se enfrentaram na noite desta sexta-feira (28) no último debate da campanha. No encontro promovido pela TV Globo, os presidenciáveis trocaram acusações, defenderam seus governos e discutiram temas como corrupção, salário mínimo, acesso às armas e a pandemia.

Após o debate, em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, Bolsonaro disse sobre resultado das eleições no domingo (30) que “quem tiver mais voto leva”, indicando que respeitará os resultados das urnas. Ele ressaltou que “não se arrepende” de ter entrado com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre inserções de sua campanha que não teriam sido veiculadas em rádios no Nordeste.

“Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tivesse culpa de nada, não teria demitido o funcionário da forma como demitiu trinta minutos depois que ele apresentou que o TSE não estava fazendo a sua parte”, disse. “O TSE, no meu entender, deveria pelo menos investigar [as denúncias]”, completou.

Já Lula encerrou o debate dizendo que, se depender do povo brasileiro, ele voltará a ser presidente para “reestabelecer a harmonia neste país”. “Possivelmente, os melhores momentos que este país viveu, nessas últimas décadas, foi no tempo que eu governei esse país. Porque não tinha briga, não tinha confusão, não tinha ódio”, afirmou.

O petista ressaltou que, no seu governo, o Ministério da Educação foi o maior vendedor de livros do mundo. “Eram distribuídos 16 milhões de livros didáticos para o ensino médio. A cultura funcionava. A educação funcionava. O povo trabalhava. O salário aumentava. Durante meu período de governo o salário aumentou todo ano acima da inflação. E a gente pode reconstruir este país. Depende única e exclusivamente de você ir votar no domingo”, concluiu, incentivando o comparecimento às urnas. A abstenção no segundo turno tem sido uma preocupação das duas campanhas.

Confira abaixo os principais destaques do debate.

Salário mínimo

Bolsonaro começou o debate dizendo que, mesmo diante de problemas com a pandemia, seu governo concedeu reajuste para os aposentados e elevou o salário mínimo.

Ele afirmou que o novo salário mínimo será de R$ 1.400 a partir do ano que vem. Segundo o presidente, Lula e o PT usaram a propaganda na televisão e nas inserções de rádio para dizer que o governo não irá reajustar o salário mínimo, as aposentadorias e vai acabar com direitos como o 13º, férias e horas extras. “Confirma isso? Fim do 13ª, das horas extras e das férias?”, questionou o presidente.

Lula começou sua participação agradecendo os votos que recebeu no primeiro turno e dizendo que sua candidatura representa “dez partidos políticos”, a “sociedade brasileira que defende a democracia”, as “mulheres que são vítimas de feminicídio”, além de trabalhadores, estudantes, o povo negro e os que amam a liberdade.

Sobre o salário mínimo, o ex-presidente afirmou que o valor atualmente é menor do que quando Bolsonaro assumiu o governo. “A verdade é que, durante todo o meu governo, eu aumentei o salário mínimo em 74%, enquanto ele não aumentou e agora é muito fácil prometer. Queria que ele respondesse o porquê, nesses quatro anos, ele não aumentou o salário mínimo”, disse.

O presidente disse que os reajustes não foram maiores por causa da pandemia e de uma “crise mundial”. “Fizemos o possível”, disse.

Os candidatos chamaram um ao outro de mentiroso.

“Se não fosse a gente trabalhar, os pobres estariam numa situação bastante difícil”, disse o presidente. “Estou querendo saber claramente por que você não deu aumento real para o salário mínimo, sendo que eu dei 74% de aumento real”, disse o petista.

Auxílio Brasil

Na esteira do salário mínimo, o Auxílio Brasil entrou em debate. Lula disse ser “sacanagem” comparar o Bolsa Família com o Auxílio Brasil porque o “Bolsa Família era só um dos programas de distribuição de renda que o Brasil tinha”. “Tinha condicionantes da criança estar na escola, da mulher vacinar as crianças, fazer o parto certinho, a gente tinha o PNAE, a gente fazia cisterna, era um conjunto de políticas públicas, não era só um Bolsa Família”, afirmou o ex-presidente. Segundo ele, no governo do PT, a economia vivia “um dos melhores momentos de sua história” e o PIB crescia 4%, enquanto atualmente cresce 1%.

Bolsonaro afirmou que Lula se “julga o pai dos pobres”. Ele questionou o petista sobre o valor de R$ 190 do Bolsa Família. Ele alegou que o programa de distribuição de renda criado no governo petista tornava as pessoas “escravas” do benefício.

Troca de acusações e corrupção

Na sequência, os candidatos trocaram acusações sobre corrupção. Lula questionou a quantidade de imóveis comprados pela família Bolsonaro com dinheiro vivo e citou as denúncias de rachadinhas envolvendo o presidente.

“Eu sou o único com atestado de idoneidade. Eu fui julgado para que você fosse eleito, por um juiz mentiroso, ganhei 26 processos da Justiça Federal, dois na ONU e na Suprema Corte. Agora, você tem que responder 36 processos”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro afirmou que Lula não foi absolvido nos processos da Lava Jato e que foi “descondenado” por um “amigo do Supremo”, em referência ao ministro do STF Edson Fachin. O presidente questionou onde estão ex-integrantes do governo petista que foram condenados sob suspeita de corrupção.

Lula acusou o candidato do PL de “esconder” o ex-deputado federal Roberto Jefferson, a quem chamou de “pistoleiro”, em referência ao ataque a tiros a policiais federais no último domingo (23).

Bolsonaro falou que Jefferson era amigo de Lula, com participação no escândalo do mensalão.

“O Roberto Jefferson explodiu o seu governo, o mensalão. Atrás disso, veio o petrolão, veio tudo, mais de cem pessoas presas”, disse. Ele afirmou que a participação de Lula nas eleições indica para os jovens que o “crime compensa”.

Os presidenciáveis discutiram sobre a autoria das obras do rio São Francisco e também discutiram política externa no final do bloco.

Política externa

Lula disse que Bolsonaro isolou o Brasil do mundo e criticou o governo por não ter “política de comércio exterior”. O ex-presidente defendeu a política externa de seu governo. “Fui o único presidente a ser chamado para todas as reuniões do G8, participei da criação do Brics, que criou o G20”, afirmou.

Bolsonaro respondeu que seu governo teve três vezes mais acordos comerciais do que o governo petista. E declarou que a política externa petista é com “o ditador Maduro, com Cuba, e agora com a Argentina”.

Lula voltou a citar o caso das rachadinhas e as denúncias de desvio no MEC. “Quer continuar falando dessas bobagens, que continue. Eu vou continuar falando que o Brasil está mais isolado que Cuba. Os cubanos têm relação com quase toda a América do Sul; e você, não”, afirmou.

“Quem tá em guerra é a Ucrânia e a Rússia. Quando eu enfrentei a crise de 2008, que quebrou os EUA, no ano seguinte o Brasil cresceu 7,5%”, declarou.

Bolsonaro afirmou ter negociado fertilizante com a Rússia para afirmar que o país não está isolado. “Estamos avançando com o acordo comercial com a União Europeia e o Mercosul, temos muita coisa em andamento, o mundo árabe me recebe de braços abertos. Falei com Biden há pouco tempo, com todo mundo”, disse.

Lula afirmou que o Brasil era protagonista mundial e virou um “pária” durante o governo Bolsonaro. O presidente disse que a balança comercial do país está batendo recorde.

Combate à pobreza

Entre os temas possíveis para serem discutidos no segundo bloco, Lula optou por começar pelo combate à pobreza. Ele afirmou que, durante seu governo, o “povo tinha dinheiro para comprar comida, para trocar de fogão, de geladeira e de máquina de lavar roupa”. “Nós pegamos o governo e havia 40 milhões de pessoas que viajavam de avião. Quando eu deixei a Presidência, tinha 108 milhões de pessoas que viajavam de avião”, afirmou.

Segundo o petista, o país está atualmente empobrecido, com “24 milhões de pessoas aqui que não tem o suficiente para comer em casa”. “Eu gostaria de perguntar ao presidente por que o povo ficou tão miserável depois que ele assumiu”, disse.

O candidato do PL usou dados do Ipea para dizer que o país tinha 5,1% de pessoas em extrema pobreza e, mesmo com pandemia, a taxa ficou em 4%. “Diminuiu comigo a pobreza extrema”, disse. “Quem está com necessidade, se tem gente passando necessidade, é só se cadastrar no Auxílio Brasil”, acrescentou.

Lula disse que a reforma da Previdência aprovada no governo Bolsonaro reduziu “a quantidade de dinheiro que a pessoa pensionista recebe” e que aumentou o tempo da mulher para se aposentar. “Se o Guedes não te falou, no intervalo liga para ele, para ver porque o povo está passando fome. É porque o aposentado também está passando fome, é também porque o aposentado também não teve aumento de salário mínimo. É isso que está acontecendo nesse país, que você deveria saber”, disse.

Bolsonaro afirmou que seu governo ofereceu “o dobro” para que as pessoas possam “sair da linha da pobreza” e acusou o petista de ser “favorável” a que o povo “passe fome” para chegar ao poder e posar de “salvador da pátria”.

Bolsonaro negou que Guedes tenha proposto o fim do 13° e das férias por meio de um projeto de lei porque são direitos previstos na Constituição que não podem ser alterados. “Está no artigo 7, é cláusula pétrea, não tem como mexer”, disse.

O petista pediu para que quem estiver assistindo entre no Google para pesquisas o que Guedes disse.

Segundo Bolsonaro, o PT faz campanha para amedrontar a população.

Respeito à Constituição

Bolsonaro escolheu o tema “respeito à Constituição” na sequência do bloco. Ele afirmou que Lula defende a invasão de terra e questionou se “isso é respeitar a Constituição?”

Lula respondeu que Bolsonaro “todo santo dia” ameaça um ministro da Suprema Corte. “Ele vive ameaçando fechar, ele vive ameaçando não respeitar a decisão, ele vive xingando pessoalmente os ministros da Suprema Corte. Ele não tem respeito pela Constituição”, declarou.

Bolsonaro citou que “a rádio Jovem Jovem Pan foi calada pelo ministro Alexandre de Moraes e o TSE” e que quem entrou com a ação foi o PT.

“A Jovem Pan, por acaso, é aquele seu canal de televisão? O que os advogados do PT entraram foi com um pedido de isonomia. Sabe o que é isonomia? É tratamento de igualdade. De direito de resposta.”

Na sequência, discutiram sobre titulação de terras e aborto.

Saúde e pandemia

No terceiro bloco do debate da Globo, Lula citou dados sobre a pandemia de Covid-19 e lembrou que o Brasil registrou 11% das mortes pela doença, embora tenha 3% da população mundial. “Por que passar 45 dias negando a vacina, negar a doença, esconder o cartão de vacina, acabar com 33% de recursos da Farmácia Popular?”, questionou.

Bolsonaro respondeu que o governo comprou 500 milhões de doses de vacina. “No dia que a Anvisa autorizou, no mesmo dia começamos a aplicar a vacina no Brasil. A primeira vacina no mundo foi em dezembro de 2020. Em janeiro de 2021 a primeira vacina foi aplicada no Brasil e o Brasil foi uma referência para o mundo no tocante à vacina”, disse.

O petista rebateu afirmando que quando o governo decidiu comprar a primeira vacina, São Paulo já estava aplicando os imunizantes e disse que Bolsonaro não visitou familiares de vítimas da pandemia, mas foi ao funeral da rainha Elizabeth para “mostrar que é bonzinho”. O presidente afirmou que Lula, durante seu governo, em vez de investir em hospitais, construiu “estádios superfaturados” para a Copa do Mundo.

Os candidatos também abordaram o programa Mais Médicos, que trouxe cubanos para trabalhar no Brasil e foi descontinuado no governo Bolsonaro. O presidente acusou o petista de criar a iniciativa para enviar dinheiro para Cuba. Lula defendeu o programa dizendo que foi um dos mais exitosos da história do país. “Milhares de municípios que nunca tiveram um médico tinham um que tratava o povo com humanismo”, disse.

Bolsonaro defendeu ainda o governo dizendo que ele criou mais de 7.000 leitos e ampliou recursos para a hemodiálise. “Estamos criando o Conecte-SUS pra você atender tudo ali de forma remota, até a marcação da consulta”, disse. Lula respondeu dizendo que o único médico que entendia de saúde no governo era o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido pelo presidente. “Graças a Deus nós temos o SUS, que você não para de tirar dinheiro. Se não fosse o SUS, teria morrido muito mais gente. Nós vamos investir no SUS e ser mais exemplo do que ele já é”, afirmou o ex-presidente.

Armas e violência contra a mulher

Bolsonaro afirmou que documentos do PT defendem a desmilitarização das polícias, além do fim das guerras às drogas. Disse ainda que o partido de Lula defende a divisão entre “brancos contra negros, homossexuais contra héteros, pais contra filhos, patrões contra empregados”.

Ele falou que o petista faz campanha contra as armas e esteve no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, para encontrar chefes do narcotráfico.

“Eu quero dizer que eu fui no Complexo do Alemão porque eu fui o único que teve coragem de entrar em uma favela antes e depois e tratar todo mundo com respeito. Todo mundo lá quer ter uma chance. Eu fiz a maior apreensão de armas e taquei fogo em todas, porque no meu governo nós vamos distribuir livros, cultura, vamos distribuir coisas que educam, não que matam”, respondeu o candidato do PT.

Lula ainda disse que o modelo de cidadão pacífico de Bolsonaro é o ex-deputado Roberto Jefferson, “armado até os dentes e atirando em policial”. “No meu governo, arma não vai ter. O crime organizado não pode adquirir armas”, disse.

O presidente citou a redução da violência durante seu governo e afirmou ter combatido chefes do tráfico. Ele negou ter ligação com Jefferson e disse que o tratamento dispensado ao ex-deputado foi o “de bandido”. “Afinal de contas, quem atira em policial é bandido, é assim que eu trato pessoas que atiram em policiais”, disse.

Criação de empregos e relação com prefeitos

No quarto bloco, os candidatos trataram da criação de empregos. Bolsonaro afirmou que, mesmo com a pandemia, o país criou, apenas no último mês, 250 mil vagas de trabalho. Ele questionou o adversário sobre uma declaração em que o petista diz que não sabe como criar empregos.

Lula afirmou que o governo atual incluiu os microempreendedores individuais como empregos criados. “Colocaram emprego informal como se fosse emprego. No meu tempo, a medição de emprego era carteira profissional assinada. Era isso que a gente media. Agora não, agora ele inventaram colocar o trabalho eventual, colocar o trabalho informal, colocar o MEI”, disse o ex-presidente.

Lula afirmou que, se eleito, irá se encontrar com os governadores para estabelecer um programa de desenvolvimento para o país. “Cada governador vai apresentar pelo menos três obras prioritárias de infraestrutura, envolvendo a área da saúde e da educação. E nós vamos trabalhar juntos de forma harmônica, sem brigar com governador e sem brigar com prefeito”, disse.

O atual presidente lembrou a reunião que teve com 650 prefeitos de Minas Gerais e com os governadores Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil). Ele disse ter apoio dos prefeitos por ter repassado mais recursos para os municípios.

Lula disse que Bolsonaro marcou um encontro com prefeitos, mas que ninguém apareceu. “Sabe por quê? Porque os prefeitos do Brasil sabem que nunca antes na história do Brasil um presidente tratou eles com a dignidade e com o respeito que eu tratei. Na Casa Civil tinha uma sala de prefeitos. Cada Caixa Econômica tinha uma sala para atender os prefeitos do interior. E eles não precisavam ficar pedindo favor. Era só apresentar o projeto e a gente atendia”, afirmou o petista.

Meio Ambiente

Lula perguntou como Bolsonaro vai acabar com o desmatamento, sobretudo na Amazônia. O candidato do PL respondeu que o governo petista desmatou mais que o dobro do atual governo. “Ainda bem que eu trouxe a Marina Silva nesse debate e ela foi minha ministra. E possivelmente foi a ministra que mais ganhou respeitabilidade no mundo com relação à questão do clima”, respondeu o ex-presidente.

Lula disse que reduziu o desmatamento da Amazônia durante uma década em quase 80%, ao passo em que a agricultura crescia, em média, 2%. “Nós evitamos lançar na atmosfera 5 bilhões de toneladas de CO2. Nós pegamos 1.500 empresas clandestinas de madeira e fechamos”, afirmou.

O presidente afirmou que dois terços do solo do país estão preservados e que o Brasil é um exemplo para o mundo na preservação ambiental. “O Brasil é uma potência no agronegócio”, disse.

Segundo Lula, sua sorte é que  “o pessoal que cuida do mundo ambiental sabe a diferença entre o meu governo e o dele. Portanto, eu não vou ficar discutindo os números invisíveis que ele traz que eu nem sei qual é a fonte”, disse.

Tópicos
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-e-bolsonaro-se-enfrentam-no-ultimo-debate-da-eleicao-para-presidente/

UMA ESCOLHA NADA DIFÍCIL (DEPOIS DE ASSISTIR A ESTE VÍDEO)

 


Uma escolha óbvia 


Nando Motta - Charges 
https://www.brasil247.com/authors/nando-motta 



Nocaute
29 de outubro de 2022, 00:21 h 
Carlos Latuff - Charges

Broncas de Bonner, ato falho, 'portunhol': os bastidores do debate da Globo


Do UOL, em São Paulo, no Rio e em Brasília*

28/10/2022 22h32

Atualizada em 29/10/2022 02h16

O debate entre os candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), promovi


do hoje (28) pela TV Globo foi marcado por 'broncas' do apresentador William Bonner, e até 'direito de resposta' do jornalista, cobertura da mídia internacional e ato falho de Bolsonaro que, nas considerações finais, afirmou que irá cumprir mais um mandato de deputado federal.

O clima nos estúdios da emissora ficou tenso não apenas durante o debate, mas também depois do confronto. A coletiva de imprensa do presidente terminou com ele batendo na mesa e sendo retirado do local por assessores. Em outro momento, Bolsonaro se irritou com uma pergunta de um repórter português e chegou a dizer que não falava "portunhol".

Bolsonaro pede que Lula se aproxime, e petista diz: 'Não quero ficar perto'

Retirado por assessores. Bolsonaro teve a reação de bater na mesa ao ser questionado sobre o ato de campanha de Lula no Complexo de Alemão. O repórter da Folha de S.Paulo informou que toda a imprensa carioca sabe que o organizador da visita é um comunicador conhecido e sem envolvimento com o tráfico, como o presidente sugere. Ao ouvir esta frase, Bolsonaro reagiu aos berros.

"Você tem moral para me chamar de mentiroso?". A frase foi seguida de uma batida na mesa. Os dois passaram a falar ao mesmo tempo enquanto assessores do presidente tentavam interromper a cena. O senador eleito Sergio Moro (União-PR) precisou pedir calma ao presidente.

O ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid entrou em cena e levou Bolsonaro para fora do palco. Ao mesmo tempo, auxiliares corriam na direção de Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha, pedindo ajuda.

Que língua falo eu? Na entrevista coletiva, Bolsonaro foi questionado por um jornalista da RTP, de Portugal, sobre a imagem do Brasil no exterior, mas o presidente disse não entender a pergunta. O repórter se ofereceu para repetir o questionamento, mas o presidente negou.

"Não sei se entendi o que você falou. Mas se ficar repetindo eu continuarei não entendendo", disse Bolsonaro. "É que não falo espanhol nem portunhol", disse ao jornalista português. "Eu não falo portunhol", respondeu o repórter, que havia feito a pergunta em português.

Bolsonaro, o presidente. Irritado, Bolsonaro ameaçou sair da coletiva de imprensa após ser chamado de "candidato" pela assessora da Rede Globo, que avisou, no microfone, que faltava apenas um minuto para a conclusão do tempo combinado com a empresa.

"Pera aí, eu sou candidato ou sou presidente? Se eu sou candidato, eu vou embora. Então, por favor, eu sou presidente da República. Candidato eu era lá dentro", disse, em referência ao debate presidencial que ocorreu horas antes.

Bolsonaro, o candidato. Ele também se recusou a deixar o púlpito, quando informado que o tempo havia acabado, mesmo sendo chamado de "presidente" pela assessora.

"Não, não, não. Eu vou continuar falando aqui. Peraí, por favor, eu sou educado pra caramba. Se achar que está ruim, eu vou embora. Eu quero continuar falando. Eu falo com vocês uma hora, não cortem meu raciocínio", disse Bolsonaro.

O tempo de dez minutos após o debate é estabelecido em comum acordo entre as duas candidaturas e pode ou não ser usado totalmente, mas tem de ser disponibilizado igualitariamente, um pré-requisito da Legislação Eleitoral.

O ex-presidente Lula, por exemplo, abriu mão do seu tempo e deu lugar ao candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), que não deu entrevista, apenas fez um pronunciamento sobre a transferência do traficante Marcola.

Provocação. Durante o debate, enquanto discutiam sobre o combate à pobreza, Lula apontou para a área de convidados de Bolsonaro dentro do estúdio e disse, em tom de ironia: "Estão falando para você repetir, repete".

No último debate, as instruções do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), segundo filho do presidente, nos bastidores, chamaram a atenção dos presentes e ajudaram Bolsonaro. As dicas eram principalmente voltadas à postura do pai no palco.

Broncas de Bonner. O apresentador do debate, o jornalista William Bonner, fez diversas intervenções durante o primeiro bloco do debate pedindo silêncio aos assessores que acompanhavam Lula e Bolsonaro nos estúdios. Uma fala de Jair Bolsonaro, inclusive, acabou rendendo um "direito de resposta" ao apresentador.

"Como fui citado pelo candidato Bolsonaro me permita fazer um esclarecimento muito breve. Eu de fato disse na entrevista do Jornal Nacional que o candidato Lula não deve nada à justiça. Mas como jornalista eu não digo coisas da minha cabeça. Eu disse isso baseado em decisões fundamentadas do STF", justificou Bonner.

Personal space. Lula evitou ficar próximo a Bolsonaro. No debate passado, que estreou o modelo livre entre os dois, podendo andar por todo o perímetro do palco, Bolsonaro chegou a tocar no petista. O ex-presidente foi pegar uma água e ficou claramente constrangido com o ato do presidente.

Na Globo, foi acordado que contato físico seguia proibido, mas, mais baixo, Lula preferiu manter distância do adversário. "Fica aqui, rapaz", disse Bolsonaro ao final do primeiro bloco, em um movimento parecido ao debate anterior. "Eu não quero ficar perto de você", respondeu o petista, de longe, com o dedo em riste.

Interesse internacional. O jornal americano The New York Times publicou um vídeo na quinta-feira (27) afirmando que a eleição do Brasil, país que controla mais da metade da floresta amazônica, vai definir o futuro do planeta.

De fato, o embate entre Lula e Bolsonaro atraiu interesse da mídia internacional. Na área reservada pela Globo para a imprensa ouvia-se diferentes línguas estrangeiras. Equipes de emissoras argentinas eram mais de uma e o espanhol também era falado por uma repórter da CNN chilena.

Os profissionais da YLE enviavam a sua matriz na Finlândia as informações do debate numa língua que ninguém entendia. Também tinha repórter que fala árabe. Hassan Massoud foi o jornalista destacado pela Al Jazeera para cobrir o último debate eleitoral.

Hassan Massoud grava boletim para o canal árabe TV Al Jazzera - Felipe Pereira/UOL - Felipe Pereira/UOL
Hassan Massoud grava boletim para o canal árabe TV Al Jazzera Imagem: Felipe Pereira/UOL

Direitos de resposta. Com apenas três segundos restantes para uma das respostas, Bolsonaro afirmou que não falaria mais e pediria direito de resposta após supostas ofensas a sua família.

Auxiliares do presidente, porém, disseram que já não contavam com nenhum aceno da Globo. "Não vão conceder nenhuma para gente".

"Militante de camarote". O ministro Ciro Nogueira foi um dos generais da campanha que Bolsonaro levou aos estúdios da Globo para assistir ao debate de camarote. Conhecido pela capacidade de articulação política, ele se comportou como militante virtual.

Durante o programa ele tuitou seis vezes e até publicou um vídeo defendendo as declarações feitas pelo presidente e concordando com os ataques a Lula. Neste fogo cruzado, sobrou até para o mediador do debate, William Bonner.

Apesar de estar em minoria, o presidente Bolsonaro está ganhando o debate com os presidenciáveis Lula e Bonner até agora: 2 a 1 em campo. No conteúdo, Bolsonaro continua goleando!

Ciro sugeriu que eram dois contra um e que o responsável pelos direitos de resposta era o deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado de Lula.

Viciado em frente ampla. Os acenos de Lula atrás de unir antigos adversários seguem até a véspera da eleição. Em meio ao debate sobre combate à pandemia de covid-19, ele lembrou positivamente o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), antigo crítico do petista que declarou voto nele recentemente.

"O único médico que você teve [no Ministério da Saúde], o Mandetta, você demitiu porque era a favor de vacinação", disse o petista a Bolsonaro, durante o terceiro bloco.

Desaprovação. Como aconteceu no primeiro debate do segundo turno, o presidente mencionou a agenda de campanha de Lula no Complexo do Alemão. Uma faxineira da Rede Globo passava na frente da televisão neste momento e teve uma reação espontânea de desaprovação: "Meu Deus do céu", disse em tom de desdém. Ela conversou com o UOL, não quis ser identifica, e afirmou que Bolsonaro nunca foi de subir nos morros do Rio.

O assunto aparecer na corrida presidencial não é novidade. No primeiro debate, o presidente se enrolou ao fazer a mesma pergunta e acabou sugerindo que nas comunidades do Rio de Janeiro moram apenas traficantes. A declaração foi usada por Lula em seus comícios.

Desconsiderando as urnas. "Tem gente que vai votar no PT na Bahia, que vergonha!", disse Bolsonaro, enquanto citava o apoio do ex-deputado Geddel Vieira de Lima (MDB), preso por corrupção, a Lula.

O estado nordestino é, no entanto, o segundo local mais lulista do país, depois do Piauí: o petista teve 69,73% do eleitorado baiano no primeiro turno e o PT projeta um crescimento para pelo menos 75% no próximo domingo (30).

Bolsonaro disse que o ex-deputado é "coordenador da campanha de Lula" no estado. O político, preso em 2017 pela Polícia Federal com a apreensão de R$ 51 milhões em dinheiro, é apoiador do ex-presidente, com quem havia rachado, mas não coordena a campanha.

Por outro lado, seu irmão Lúcio Vieira Lima, presidente do MDB-BA, foi um dos articulares para a coligação do partido junto ao PT no estado e participou de algumas reuniões junto a Lula.

'Ô Lula' x 'Esse Bolsonaro'. Bolsonaro começou o debate chamando Lula de "Luiz Inácio", mas logo abandonou o nome e adotou "ô Lula", que repetiu diversas vezes ao longo do debate, sobre tudo ao final de suas falas.

Em contrapartida, no primeiro bloco, o petista se referiu ao candidato à reeleição como "esse Bolsonaro", quando ia responder alguma declaração do presidente. O termo ficou entre os mais comentados do Twitter.

Comitiva feminina. Lula chegou à TV Globo acompanhado da senadora Simone Tebet (MDB-MS), da presidente petista Gleisi Hoffmann, da deputada eleita Marina Silva (Rede), da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), da esposa Janja da Silva, do candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), do advogado Cristiano Zanin e de ex-ministros e coordenadores, como Aloízio Mercadante e Edinho Silva.

Entre os acompanhantes de Lula no debate estavam a esposa Janja da Silva e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann - Marcelo Ferraz/UOL - Marcelo Ferraz/UOL
Entre os acompanhantes de Lula no debate estavam a esposa Janja da Silva e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann Imagem: Marcelo Ferraz/UOL

Com Bolsonaro, só homens. Já Bolsonaro levou em sua comitiva apenas homens: o senador eleito Sergio Moro (União-PR), os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), das Comunicações, Fábio Faria (PP), o coordenador de Comunicação da campanha, Fábio Wanjgarten, e aliados e integrantes da campanha, como Major Cid, Filipe Martins e Vicente Santini.

Integrantes da comitiva de Jair Bolsonaro no debate da TV Globo - Crédito: Marcelo Ferraz/UOL - Crédito: Marcelo Ferraz/UOL
Integrantes da comitiva de Jair Bolsonaro no debate da TV Globo Imagem: Crédito: Marcelo Ferraz/UOL

Sem influencers. Os dois principais conselheiros digitais das campanhas de Lula e Bolsonaro não acompanharam seus candidatos ao estúdio. Carlos Bolsonaro, segundo filho mais velho do presidente, tem acompanhado o pai em todos os debates, mas dessa vez não foi à Globo.

O deputado André Janones (AV-MG), que hoje dita os rumos das redes petistas, disse que iria, mas também não foi.

Oração antes do debate. O pastor Silas Malafaia, que acompanha Bolsonaro nos estúdios da emissora, fez uma oração com o candidato à reeleição antes de entrar na área do debate.

* Participaram desta cobertura:

*Em São Paulo: Ana Paula Bimbati, Gilvan Marques, Isabella Cavalcante, Rafael Neves e Wanderley Preite Sobrinho

No Rio: Carla Araújo, Felipe Pereira, Lola Ferreira e Lucas Borges Teixeira

Em Brasília: Camila Turtelli, Gabriela Vinhal e Hanrrikson Andrade 

https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/28/bastidores-debate-tv-globo-segundo-turno.htm

Em ato falho, Bolsonaro pede voto para mandato como "deputado federal"

Mariah Aquino

29/10/2022 0:08

 | Metrópoles

Presidente jair bolsonaro durante debate na TV Globo eleições 2022 - Metrópoles
Reprodução/Tv Globo

O atual presente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaram, nesta sexta-feira (28/10), do último debate antes do segundo turno das eleições, que ocorre no domingo (30/10).

No último bloco, quando concluía as suas considerações finais, Bolsonaro cometeu um ato falho. Ele pedia votos dos espectadores e agradecia a Deus por concorrer mais uma vez. Mas, distraído, trocou o cargo que disputa. “Estou pronto para cumprir mais um mandato como deputado federal… presidente da República”, disparou.

Bolsonaro também afirmou ter certeza de que vencerá as eleições. Já o candidato petista disse que poderia ser “o próximo presidente a reestabelecer a harmonia neste país”. 

https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/em-ato-falho-bolsonaro-pede-voto-para-mandato-como-deputado-federal

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

🔴 Debate Lula x Bolsonaro na Globo: colunistas assistem e comentam ao vivo | UOL Eleições | 28/10/22

 



Onyx, bolsonarista, 700 mil mortos depois: “A melhor vacina é pegar a doença”

 


Na chegada ao debate, Lula pede que população compareça às urnas

 O ex-presidente enviou uma "mensagem de esperança" para que os eleitores não deixem de votar no próximo domingo (30)

https://www.brasil247.com/poder/na-chegada-ao-debate-lula-pede-que-populacao-compareca-as-urnas?amp

Trump erra nome de Lula, diz que ele é lunático e declara apoio a Bolsonaro


7.mar.2020 - Jair Bolsonaro em jantar com o então presidente dos EUA, Donald Trump - JIM WATSON/AFP VIA GETTY IMAGES
7.mar.2020 - Jair Bolsonaro em jantar com o então presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: JIM WATSON/AFP VIA GETTY IMAGES

28/10/2022 12h06

Atualizada em 28/10/2022 13h15

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump usou sua rede social Truth nesta sexta-feira (28) para voltar a demonstrar apoio ao atual mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições do próximo domingo (30).

"Domingo é um grande dia para o Brasil e para o mundo. Um grande e respeitado líder, que também é um grande cara com um grande coração, presidente Jair Bolsonaro, concorre à reeleição. Seu adversário, 'Lulu' [sic] é🤪 um lunático da esquerda radical que quer destruir o seu país e todo o tremendo progresso feito sob o presidente Bolsonaro, incluindo o fato de que o Brasil é um país respeitado de novo", escreveu em sua conta.

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Ao fim da mensagem, em letras maiúsculas, Trump diz que Bolsonaro "nunca vai desapontar".

No primeiro turno, disputado em 2 de outubro, o republicano já havia divulgado uma mensagem, mas em forma de vídeo, apoiando o candidato do PL. No texto, Trump dizia que os brasileiros tinham "uma grande oportunidade de reeleger um líder fantástico, um dos maiores presidentes que qualquer país poderia ter".

O norte-americano ainda usou a sua rede social para se manifestar após o primeiro turno, em 2 de outubro, onde Bolsonaro ficou atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que seu aliado estava "em uma posição muito forte para ter uma grande vitória" no segundo turno.

Trump e Bolsonaro sempre foram aliados, inclusive, com o governo brasileiro sendo um dos últimos do mundo a reconhecer a vitória do democrata Joe Biden após as eleições norte-americanas de 2020.

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2022/10/28/trump-volta-a-declarar-apoio-para-bolsonaro-no-2-turno.htm

Servidor exonerado do TSE muda versão de alertas sobre inserções de rádios; Pesquisas mostram pouca variação da intenção de voto no 2º turno; Parlamentares americanos se mostram preocupados com proximidade do pleito brasileiro.

 


Presidente do TRE-DF manda recado para o próximo chefe da nação

 atualizado 28/10/2022 19:23

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), desembargador Roberval Belinati, participou, nesta sexta-feira (28/10), do Metrópoles Entrevista. Às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, ele mandou um recado para o próximo presidente da República.

Segundo o chefe do Tribunal Eleitoral local, o mandatário escolhido pela maioria dos brasileiros deverá iniciar o trabalho já na segunda-feira (31/10), antes mesmo de tomar posse.

“A partir de segunda-feira, o presidente eleito deverá assumir o compromisso de dirigir bem esta nação. E espero que ele comece a trabalhar pensando na reconciliação do povo brasileiro. Vai ser um momento de reconciliação, união e trabalho”, disse.

Belinati ainda afirmou que o novo chefe do Executivo deverá cumprir com as promessas feitas durante a campanha. “Vai ter de cumprir as promessas feitas neste processo eleitoral. É isso que esperamos”, completou.

Filas e planejamento do TRE-DF

Questionado sobre uma possível medida para evitar filas nas zonas eleitorais, como as vistas durante o primeiro turno, Belinati reforçou que houve novas orientações aos mesários que vão atuar durante o pleito.

“Nós fizemos um levantamento de todas as falhas do primeiro turno. Agora, a eleição vai ser muito mais rápida porque, aqui no DF, vamos votar apenas para o presidente da República. Orientamos os mesários a serem mais ágeis. Que eles atendam de dois em dois eleitores. Isso vai evitar filas. Outra recomendação é no sentido de que os eleitores tentem evitar o horário de pico, entre 10h e 11h da manhã. Aquele que puder votar em outro horário não deve enfrentar fila”, avaliou.

Os mesários também foram orientados a aumentar o espaço entre as sessões eleitorais e agilizar o processo de coleta da biometria.

“Cada urna tem aproximadamente 400 eleitores. A recomendação é para que deem um espaçamento maior entre uma sessão e outra”, completou Belinati. Ele ainda reforçou que o eleitor que não votou no primeiro turno pode votar no segundo, e frisou a necessidade de justificação da ausência.

“Cerca de 300 mil pessoas não votaram no primeiro turno no DF. Se não votar também no segundo turno vai ter que justificar. Isso pode ser feito no site do TRE-DF ou do TSE.”

Veja a entrevista completa:

Segurança

Belinati assegurou que a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) está preparada para garantir a segurança do processo eleitoral e das comemorações após o resultado. “No dia da votação, o eleitor não pode fazer boca de urna; Não pode fazer propaganda, nem levar o celular para a cabine de votação. No primeiro turno, dois eleitores foram presos porque não obedeceram a essa regra, queriam levar o celular para a cabine”, comentou.

“Esperamos que as pessoas respeitem a ordem”, completou. Segundo o programa de segurança da SSP/DF para o dia do segundo turno, haverá reforço do policiamento nos pontos de votação, nos locais de apuração de votos, na segurança de juízes eleitorais e na prevenção e no monitoramento de crimes eleitorais.

Assim como ocorreu no 1º turno, em 2 de outubro, as equipes de atendimentos de emergência, das delegacias e dos batalhões também receberão reforço. Haverá mais agentes dos órgãos responsáveis trabalhando nas ruas e rodovias.

https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/presidente-do-tre-df-manda-recado-para-o-proximo-chefe-da-nacao

#NemTodoHeróiUsaCapa: atores de 'Vingadores' pedem a brasileiros que votem no segundo turno e Lula responde

Mark Ruffalo (Hulk), Chris Hemsworth (Thor), Robert Downey Jr (Homem de Ferro), Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Benedict Wong (Wong) subiram hashtag contra abstenção nas eleições

Lula, Chris Hemsworth, Robert Downey Jr e Mark Ruffalo
Lula, Chris Hemsworth, Robert Downey Jr e Mark Ruffalo

247Atores da franquia de filmes 'Vingadores' se mobilizaram, nesta sexta-feira (28), em uma campanha com influenciadores brasileiros pedindo que a população compareça às urnas e vote no segundo turno das eleições neste domingo (30).

Mark Ruffalo (Hulk), Chris Hemsworth (Thor), Robert Downey Jr (Homem de Ferro), Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Benedict Wong (Wong) interagiram com Luciano Huck, Juliette, Thelma, Fabio Porchat, Paulo Vieira e outras celebridades brasileiras, divulgando mensagens contra a abstenção nas eleições com a hashtag #NemTodoHeróiUsaCapa.

O ex-presidente Lula (PT), apoiado publicamente por Mark Ruffalo e por diversos influenciadores participantes da campanha, como Ana Hikari, Paulo Vieira, Fabio Porchat, Juliette e Thelma, também entrou na brincadeira e escreveu: "Por aqui também juntamos um time diverso, pra combater a fome e o desemprego. Milhões de brasileiros com Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Simone Tebet, Marina Silva, André Janones, Randolfe Rodrigues, Guilherme Boulos e Eduardo Paes."

https://www.brasil247.com/tanostrends/nemtodoheroiusacapa-atores-de-vingadores-pedem-a-brasileiros-que-votem-no-segundo-turno-e-lula-responde?amp

Desesperado, Bolsonaro tenta golpe e é abandonado pelos militares, informa Helena Chagas


Bolsonaro pediu aos comandantes das Forças Armadas que adotassem uma medida rara, usada em guerras e catástrofes. "A boa notícia é que os três fizeram ouvidos moucos", disse Helena

Helena Chagas e Jair Bolsonaro
Helena Chagas e Jair Bolsonaro

247 - Jair Bolsonaro está desesperado com a possibilidade de derrota no segundo turno das eleições neste domingo (30) e tem tentado tomar iniciativas para contestar o resultado das urnas. 

Segundo a jornalista Helena Chagas, Bolsonaro pediu aos três comandantes das Forças Armadas que decretem uma medida identificada como FALERT, um tipo de estado de alerta que costuma ser usado em casos excepcionais, como guerras e catástrofes. "A boa notícia é que os três fizeram ouvidos moucos", disse Helena. 

"Esse tipo de medida prevê, por exemplo, restrições à circulação de pessoas por parte das FFAA. É o que Bolsonaro quer para as vésperas da eleição. Mas os três comandantes não estão dispostos a passar para a história assim, dizem essas fontes", acrescentou a jornalista.

Segundo Helena Chagas, as informações são de que Bolsonaro estaria "nervosíssimo" com a possibilidade do ex-presidente e candidato Luiz Inádio Lula da Silva levar ao debate da Globo nesta sexta-feria (28) conteúdos do celular do ex-assessor Gustavo Bebbiano passados por Paulo Marinho. 

Leia também matéria da Reuters sobre o assunto:

Judiciário se diz preparado para rebelião contestação de Bolsonaro em caso de derrota

(Reuters) - A cúpula do Judiciário acompanhou com atenção a escalada retórica de Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e se diz preparada para rebelião se o candidato à eleição reeleição contestar os resultados em caso de derrota nas urnas no domingo, fontes ouvidas pela Reuters.

A avaliação das fontes, que analisam diferentes cenários ao longo dos últimos meses e dizem que nada está fora do esperado, é que um quadro crítico se desenhando, com uma eventual de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma margem apertada de votos e uma contestação de Bolsonaro e aliados

"O que se vê é uma série de coisas plantadas para desestabilizar e tumultuar o processo eleitoral", disse uma alta fonte do Judiciário à Reuters que, descarta, no entanto, uma situação de caos pós-eleitoral.

"Temos que acompanhar o que vai ocorrer no domingo. Manter contato com as forças de segurança para não ter tumulto nas ruas mas a manifestação é livre", frisou.

Outra alta fonte do Judiciário que conversou com a Reuters sob anonimato por causa da sensibilidade do tema diz que é "previsível" ou que pode após a votação, uma vez que Bolsonaro está jogando seus apoiadores contra o TSE ao acusar o tribunal e Moraes de agirem para favorecer Lula.

Sem respaldo oficial da campanha, apoiadores foram convocados pelas redes sociais para irem à Esplanada dos Ministérios no final da tarde de domingo para acompanhar a contagem dos votos, em uma chamada "Festa da Vitória".

Outras possíveis situações de votação também estão no radar, até depois que Bolsonaro pede para apoiarem a votação ao redor das zonas o fechamento das urnas.

Ambas as autoridades ouvidas pela Reuters corroboram fontes internas do TSE e do Supremo Federal (STF) ao afirmar que a cúpula do Judiciário têm um plano de contingência pronto para domingo. Uma segurança especial dos magistrados do STF e do TSE --além dos prédios das instituições-- foi montado e a leitura é que deve haver até a diplomação do presidente --em caso de vitória de Lula-- esquema previsto para 19 de dezembro.

RESPALDO A MORAES E MILITARES

Há meses Bolsonaro vem atacando, sem provas, como urnas eletrônicas, que são passíveis de fraude, e durante a campanha do presidente e aliados têm insistido na mensagem de que as autoridades eleitorais trabalham contra sua reeleição.

Nesta semana, a campanha do presidente foi ao TSE para contestar uma suposta irregularidade na exibição de inserções em rádios da Bahia e de Pernambuco, uma tentativa, segundo Bolsonaro, de privilegiar Lula.

O presidente do TSE ordenou rapidamente o arquivar o caso, tendo em conta a denúncia inconsistente, enquanto o mandato anunciou que vai ocorrer a decisão e seutário "às últimas consequências".

Moraes, que recentemente ampliou seus poderes para combater a desinformação nas redes, tem a chancela de seus pares nas altas cortes para agir. "Alexandre não carregou nas tintas e está na linha certa. Se não fosse ele, com ações e medidas preventivas, esse processo pode ter descarrilado", disse uma das fontes altas do Judiciário. "Ele tem se antecipado às situações e agido preventivamente", seguindo a mesma fonte.

Uma das incógnitas queur para as Forças eletrônicas é que papel terão as Armadas, porque do alto comando chegaram a acompanhar Bolsonaro no questionamento das Forças eletrônicas no passado. Os militares aconteceram de maneira inédita nesta eleição umagem dos resultados que sairam das urnas, mas divulgados para divulgar o resultado da fiscalização do sistema após o segundo turno, mais um dos resultados divulgados das incertezas.

No TSE e no STF, e também no Ministério da Defesa há uma tentativa de golpe de Bolsonaro, com apoio dos militares, segundo fontes dessas instituições.

No entanto, a iniciativa de Bolsonaro não reconhece os resultados de um apoio a qualquer iniciativa dos militares. "Tumulto tem, já teve", diz o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa dos Governos Petistas Celso Amorim, citando os Relações de Violência, como a morte de apoiadores de Lula, durante a campanha.

Ele descarta, no entanto, qualquer papel institucional na caserna no entanto turbulências. "As forças militares não façam isso, totalmente confio das Forças militares podem ser.

https://www.brasil247.com/poder/desesperado-bolsonaro-tenta-golpe-e-e-abandonado-pelos-militares-informa-helena-chagas?amp


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