A nova pesquisa desenvolvida pela Geoimovel tomou como ponto de partida um levantamento realizado em 2006, para verificação futura do comportamento de valores do mercado em César de Souza.
O estudo foi repetido no último mês para medir a valorização dos imóveis na região. De acordo com o diretor técnico da empresa, o engenheiro civil Marcelo Brito Molari, as análises são feitas por amostragem e seguem rígidos padrões de metodologia, determinados pelo Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias (Ibape).
"As avaliações são feitas em imóveis de mesmo padrão e obedecem ao que as normas do Ibape preconizam.
A partir daí, conseguimos determinar a média dos valores", explicou.
A comparação das duas pesquisas indica que a valorização de terrenos foi maior do que a de imóveis residenciais construídos.
Em 2006, o preço médio das áreas livres era de R$ 90,38 o metro quadrado.
A nova pesquisa indicou que o valor atual é de R$ 323,28.
Na prática, isso que dizer que há cinco anos uma área de 250 m² custava, em média, R$ 22,595 mil em César de Souza. Hoje, o valor médio dos terrenos já é de R$ 80,820 mil.
A valorização, portanto, foi de 357,68% no período.
De olho no cenário promissor, os irmãos Ronaldo e Carlos Eduardo dos Santos adquiriram dois terrenos no loteamento Vem Viver Mogi, localizado na Rua Nilo Marcatto.
O empreendimento é do grupo Ivo Zarzur, com sede em São Paulo. No site oficial da marca, há um gráfico indicando a valorização das áreas.
Na época do lançamento, em agosto de 2010, o metro quadrado era comercializado por R$ 286,05.
Em abril de 2011, o preço já era de R$ 347,74, em uma valorização de 21% em apenas oito meses.
"Quando o loteamento foi lançado, preço de cada área era de R$ 50 mil.
Comprei a minha há três semanas por R$ 65 mil. A tendência é de valorização ainda maior", destacou o comerciante Ronaldo dos Santos.
A pesquisa elaborada pela Geoimovel também indicou quais são as regiões mais valorizadas atualmente em César de Souza.
Para isso, a localidade foi mapeada e divida em três grandes setores (veja gráfico), tecnicamente chamados de "zonas de valor".
Os preços mais altos foram observados na região do centro do distrito e do bairro Vila Suíssa - entre a Avenida Ricieri José Marcatto, a linha férrea e a divisa com Bairro Botujuru.
Lá, o metro quadrado dos terrenos está avaliado atualmente em R$ 381,88, valor bem acima da média geral do Distrito.
Essa valorização justifica-se pelo fato de a região concentrar grande parte da rede de serviços, como a agência bancária do Banco do Brasil, supermercados, padarias e farmácias.
A segunda fatia mapeada, compreendida pela região de bairros como Jardim São Pedro e Bela Vista, tem valor médio do metro quadrado cotado em média a R$ 312,77.
A última zona de valor identificada pela Geoimovel tem menor extensão e abrange o Jardim Cíntia e o Jardim das Bandeiras.
O metro quadrado dos terrenos nessa região está avaliado em R$ 338,63. "Em 2006, os valores eram muito homogêneos.
Agora, nós observamos que houve diferenças entre essas três zonas de valor e, por isso, fizemos um mapeamento específico para cada uma delas", explicou Molari.
Residências
O preço dos imóveis residenciais apresentou índice de crescimento menor, embora não menos expressivo.
Nos últimos cinco anos, a valorização foi de 235,29%. A pesquisa tomou por base os valores médios de casas novas, com aproximadamente 70m² de área construída e 250m² de terreno.
De acordo com o levantamento, em 2006, uma residência era vendida em média por R$ 68 mil em César de Souza.