Casamentos e relacionamentos estão ruindo depois que um dos parceiros começa a usar o ChatGPT como terapeuta, confidente e árbitro das brigas.
Jornalista, documentarista e apresentador do podcast RESUMIDO (www.resumido.cc), sobre o impacto da tecnologia em todos os aspectos das nossa vidas, e da newsletter O Futuro Explicado (www.resumido.substack.com). Disponível nas principais plataformas de streaming.
ChatGPT está destruindo casamentos
Casamentos e relacionamentos estão ruindo depois que um dos parceiros começa a usar o ChatGPT como terapeuta, confidente e árbitro das brigas.
No episódio desta semana do podcast RESUMIDO [https://www.resumido.cc], comentei sobre uma reportagem da Futurism que entrevistou vários pares e mostrou um padrão preocupante em que o chatbot reforça narrativas enviesadas, valida ressentimentos e transforma conflitos comuns em diagnósticos e condenações unilaterais. Há registros de pessoas usando o modo de voz para atacar o parceiro ao vivo, inclusive na frente de crianças.
Entrevistada pra reportagem, a psiquiatra Anna Lembke, de Stanford, alerta que esses modelos de linguagem são desenhados para maximizar validação e empatia de curto prazo, um reforço de dopamina que prende o usuário. Não foram feitos para terapia responsável que confronte vieses, promova a perspectiva do outro e ajude na desescalada de conflitos.

Casamentos e relacionamentos estão ruindo depois que um dos parceiros começa a usar o ChatGPT como terapeuta, confidente e árbitro das brigas
O resultado é um ciclo de confirmação infinita que distancia casais e substitui comunicação humana por textos gerados sinteticamente. A reportagem conferiu logs de IA, conversas e documentos de mais de uma dúzia de casos. Parceiros relatam sentir-se encurralados por páginas e páginas de argumentos do ChatGPT usados como arma retórica.
Alguns casos descambam para abusos verbais e físicos. Outros descrevem isolamento social e dependência da IA para responder família, amigos e assuntos legais. Há ainda menções a psicose de IA e espirais delirantes que levaram a internações, perda de emprego e disputas de custódia.
“É conversando que a gente se entende”, diz o ditado. O ChatGPT é uma máquina de probabilidades que diz qual palavra provavelmente melhor se encaixa na sequência, chegando a um denominador comum. Não tem conhecimento ali, o que tem é uma média de conversas e conteúdos raspados online. Usar isso para resolver conflitos íntimos é delegar decisões pessoais para algo que não tem a menor capacidade de compreender o que está em jogo.
Tem algo muito triste em terceirizar a intimidade para um algoritmo. Casamentos e relacionamentos estão ruindo depois que um dos parceiros começa a usar o ChatGPT como terapeuta, confidente e árbitro das brigas.
No episódio desta semana do podcast RESUMIDO [https://www.resumido.cc], comentei sobre uma reportagem da Futurism que entrevistou vários pares e mostrou um padrão preocupante em que o chatbot reforça narrativas enviesadas, valida ressentimentos e transforma conflitos comuns em diagnósticos e condenações unilaterais. Há registros de pessoas usando o modo de voz para atacar o parceiro ao vivo, inclusive na frente de crianças.
Entrevistada pra reportagem, a psiquiatra Anna Lembke, de Stanford, alerta que esses modelos de linguagem são desenhados para maximizar validação e empatia de curto prazo, um reforço de dopamina que prende o usuário. Não foram feitos para terapia responsável que confronte vieses, promova a perspectiva do outro e ajude na desescalada de conflitos.

Casamentos e relacionamentos estão ruindo depois que um dos parceiros começa a usar o ChatGPT como terapeuta, confidente e árbitro das brigas
O resultado é um ciclo de confirmação infinita que distancia casais e substitui comunicação humana por textos gerados sinteticamente. A reportagem conferiu logs de IA, conversas e documentos de mais de uma dúzia de casos. Parceiros relatam sentir-se encurralados por páginas e páginas de argumentos do ChatGPT usados como arma retórica.
Alguns casos descambam para abusos verbais e físicos. Outros descrevem isolamento social e dependência da IA para responder família, amigos e assuntos legais. Há ainda menções a psicose de IA e espirais delirantes que levaram a internações, perda de emprego e disputas de custódia.
“É conversando que a gente se entende”, diz o ditado. O ChatGPT é uma máquina de probabilidades que diz qual palavra provavelmente melhor se encaixa na sequência, chegando a um denominador comum. Não tem conhecimento ali, o que tem é uma média de conversas e conteúdos raspados online. Usar isso para resolver conflitos íntimos é delegar decisões pessoais para algo que não tem a menor capacidade de compreender o que está em jogo.
Tem algo muito triste em terceirizar a intimidade para um algoritmo. Quando você pede ao ChatGPT para te ajudar a ganhar uma discussão, você já perdeu o relacionamento. Porque o objetivo nunca deveria ser vencer sua parceira ou parceiro, e sim entender e ser entendido. E isso nenhuma IA consegue fazer por você.
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