Brasil reafirma apoio à criação do Estado palestino e pede retomada do processo de paz


No Conselho de Segurança da ONU, Brasil destaca a urgência em evitar uma escalada do conflito

Bandeira da Palestina e o presidente Lula
Bandeira da Palestina e o presidente Lula (Foto: Reuters)

247 - Em meio ao intenso conflito entre Israel e Palestina, que já resultou na morte de mais de 1.500 pessoas, o Brasil, enquanto presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocou uma reunião emergencial no último domingo (8) para debater os recentes desdobramentos do confronto.

Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, destaca-se que o país expressou profundo lamento pela perda de vidas, condenando veementemente os ataques contra civis. A declaração enfatizou que ambas as partes envolvidas no conflito devem evitar a violência contra civis e respeitar suas obrigações conforme o direito internacional humanitário.

Ao conclamar os envolvidos para a máxima contenção, o Brasil destaca a urgência em evitar uma escalada do conflito, cujas consequências poderiam ser imprevisíveis para a paz e a segurança internacionais. Além disso, o governo brasileiro ressaltou a necessidade de retomar o processo de paz.

O governo brasileiro também defendeu a solução de dois Estados, reiterando seu compromisso com um Estado palestino economicamente viável, que coexista em paz e segurança com Israel, respeitando fronteiras mutuamente acordadas e reconhecidas internacionalmente.

Israel foi atingido por um ataque de foguetes sem precedentes vindo da Faixa de Gaza no último sábado pela manhã. O exército israelense disse que o Hamas disparou mais de 3.000 foguetes, acrescentando que dezenas de tropas do Hamas infiltraram áreas de fronteira no sul de Israel. Desde então, o exército israelense enviou tropas para os territórios do sul para reconquistá-los das forças palestinas e começou a realizar ataques contra as posições do Hamas em Gaza.


O BRASIL RECONHECE A PALESTINA? - Sim, o Brasil reconhece a Palestina como um Estado. O reconhecimento formal aconteceu em 1º de dezembro de 2010, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão brasileira respondeu a uma solicitação feita pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em carta enviada ao presidente Lula. Na carta, Abbas expressou a esperança de que o reconhecimento pudesse contribuir para que o governo israelense cumprisse suas obrigações estipuladas pelo direito internacional e concluísse o processo de construção do Estado da Palestina.

Esse reconhecimento refere-se às fronteiras existentes em 1967, antes da Guerra dos Seis Dias, o que inclui a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.


O reconhecimento do Estado Palestino pelo Brasil está alinhado com a posição histórica do país em apoio ao direito dos povos à autodeterminação e à busca de uma solução pacífica e negociada para o conflito.

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