PF vê organização criminosa e busca colaboração do pai de Cid no caso das joias

Por Andréia SadiValdo Cruz — São Paulo

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO



Esse mapeamento contou com o apoio de Mauro Cid, que decidiu colaborar com as investigações em diferentes frentes e em depoimentos filmados, como o blog revelou. Cid contou à PF que a movimentação financeira envolvendo Bolsonaro teria em Miami como uma das bases.

Foi lá que, segundo a PF, parte dos presentes oficiais recebidos por autoridades do governo brasileiro foram vendidos irregularmente. É lá, também, que morava o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e suspeito de participar do esquema.

A PF, agora, busca intensificar a colaboração do general da reserva Mauro César Lourena Cid enquanto, ao mesmo tempo, checa informações prestadas pelo filho para, por fim, formalizar um acordo de delação premiada. Ao blog da Julia Duailibi, o advogado Cezar Bittencour disse que deve decidir na semana que vem se fará ou não uma delação.

Com a delação, Cid pode obter mais vantagens judiciais, mas precisa entregar os outros envolvidos.

Gabinete do ódio

Além dos casos das joias, investigadores relatam que Mauro Cid também está contando como funcionava o gabinete do ódio e as estratégias dos integrantes desse grupo na disseminação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral.

Em outra frente, a Polícia Federal tem contado com colaboração de integrantes da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério da Justiça para investigar a atuação de Silvinei Vasques e Anderson Torres na interferência na movimentação de eleitores no 2º turno da eleição de 2022.

Segundo o blog apurou, esses depoimentos têm complicado a situação jurídica de Vasques e Torres.https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2023/09/01/pf-ve-organizacao-criminosa-e-busca-colaboracao-do-pai-de-cid-no-caso-das-joias.ghtml

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