Lula desembarca em Lisboa com previsão de assinar 10 acordos |
Lula e Janja desembarcam do 'AeroLula'Ricardo Stuckert/PR
Metrópoles
atualizado 21/04/2023 7:36
Lisboa — O presidente Lula desembarcou em Lisboa na manhã desta sexta-feira (21/4), na primeira viagem à Europa de seu terceiro mandato. A viagem, que deverá ter cunho prioritariamente político, deve render uma dezena de acordos entre Brasil e Portugal.
Pela estimativa do Itamaraty, serão fechados cerca de 10 acordos entre os dois países. Desses, oito já estavam com negociações concluídas antes mesmo de o petista viajar. As tratativas para os outros dois acordos devem ser finalizadas em Lisboa.
Lula deve assinar, por exemplo, um acordo para a concessão de equivalência aos ensinos fundamental e médio do Brasil ao de Portugal. Também está previsto um acordo para que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) brasileira tenha validade permanente em Portugal, e vice-versa.
Na lista, estão previstos ainda acordos nas áreas de energia, geologia, produção audiovisual, turismo, saúde e direitos humanos.
O avião presidencial pousou no Aeroporto de Lisboa às 10h35 desta sexta, no horário local, 6h35 em Brasília. Lula viajou acompanhado da primeira-dama, Janja, e de outros sete ministros. O chanceler Mauro Vieira, que estava em Cabo Verde, também se juntará à comitiva presidencial em Portugal.
Confira os ministros que acompanha Lula na viagem:
- Ministro da Defesa, José Múcio
- Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira
- Ministro da Educação, Camilo Santana
- Ministra da Cultura, Margareth Menezes
- Ministra da Saúde, Nísia Trindade
- Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação Ministra da Igualdade Racial, Luciana Santos
- Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida
- Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo
Cunha político
Como mostrou a coluna, Lula deve priorizar agendas políticas em sua primeira viagem à Europa. Um dos principais objetivos do petista nas visitas será reestreitar relações com a União Europeia. Atualmente, o bloco é presidido pela Suécia, mas a Espanha assumirá o comando do grupo a partir do segundo semestre de 2023.
O presidente brasileiro também pretende usar a viagem a Lisboa e a Madri para reiterar a imagem de independência do Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia. Com isso, tentará desfazer ruído de suas falas recentes em que criticou os ucranianos pelo conflito.
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