Jornalista da CNN que vazou imagens foi assessor de líder do PP, que tem elo histórico com Bolsonaro


Leandro Magalhães, da CNN, entrevista Bolsonaro em vídeo divulgado pelo ex-presidente nas redes. Créditos: Facebook
Por Plinio Teodoro
MÍDIA20/4/2023 · 12:07

O jornalista Leandro Magalhães, da CNN, principal interlocutor de Jair Bolsonaro (PL) na mídia liberal e responsável pelo vazamento das imagens que mostram o general Gonçalves Dias, o G. Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), andando entre os terroristas atuou por 3  anos no gabinete do deputado Eduardo da Fonte, de Pernambuco, que foi vice-líder do PP em 2022.

A informação foi revelada pelo jornalista Leandro Demori no Twitter e aprofudada pela Fórum, que constatou essa e outras informações.


Correspondente da CNN em Brasília, Leandro Magalhães da Luz começou a trabalhar com o deputado do PP em novembro de 2016 em cargo comissionado de Natureza Especial (CNE09). Ao deixar o gabinete, em janeiro de 2020 - no segundo ano de mandato de Bolsonaro -, ocupava cargo de Secretário Parlamentar (SP25).

No mesmo mês, Leandro foi contratado como "repórter e âncora da CNN Brasil", como consta em seu perfil no Linkedin.


No entanto, Leandro omite os cargos na estrutura do PP na Câmara tanto na rede profissional, quanto em seu perfil no International Center for Law and Religion Studies (Centro Internacional de Estudos de Direito e Religião, em tradução livre), uma organização sediada nos EUA que diz ter como missão "ajudar a garantir as bênçãos da liberdade de religião e crença para todas as pessoas".

Além do vídeo com G. Dias entre terroristas no Planalto, que ajudou a oposição ao governo Lula instalar a CPMI sobre o tema, Leandro coleciona "furos" na CNN Brasil. A maioria deles são de entrevistas e declarações exclusivas de Bolsonaro, especialmente quando o ex-presidente esteve nos EUA.

Às vésperas de seu retorno ao Brasil, no final de março, Bolsonaro deu uma série de declarações exclusivas ao jornalista da CNN, como sobre suas pretensões de "rodar o Brasil" e "defender a CPI do 8 de Janeiro".

Leandro também obteve declarações exclusivas de Bolsonaro sobre as joias sauditas, construindo sua narrativa de que não há ilegalidade no fato de ter surrupiado os presentes dados ao governo brasileiro e levado para um bunker na propriedade do ex-piloto de corridas Nelson Piquet. 

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