A melhora se deu após o indicador recuar 3,1 pontos em dezembro de 2016, frente a novembro.
Os dados do IAEmp foram divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e indicam que, na média móvel dos últimos três meses, o indicador avançou 0,9 ponto.
Como reflexo da evolução favorável do Indicador Antecedente de Emprego, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) também fechou janeiro com evolução favorável, recuando 1 ponto em janeiro, para 103,6 pontos.
A queda interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas, mas foi, segundo a FGV, insuficiente para alterar a tendência de alta do indicador em médias móveis trimestrais.
Para o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, o retorno do otimismo quanto à situação do emprego no país está diretamente ligado ao ciclo de redução da taxa básica de juros, iniciada pelo Banco Central no fim do ano passado.
“Os resultados do IAEmp foram puxados por um retorno do otimismo na indústria quanto ao futuro e devem estar relacionados ao ciclo de redução da taxa de juros iniciado no ano passado pelo Banco Central e que ganhou força neste início de ano”, frisou.
Aceleração da economia
Para o economista, o retorno do otimismo na indústria “deve contribuir para uma aceleração cíclica da economia mais adiante, ao longo do ano”.
Para Barbosa Filho, a queda observada no Índice Coincidente de Desemprego representa uma estabilidade em um nível ainda elevado do indicador, enfatizando a situação difícil do mercado de trabalho atual.
“A possível melhora da economia no futuro ainda não parece influenciar a percepção de dificuldade atualmente presente no mercado de trabalho brasileiro”, explica.
Os componentes que mais contribuíram para a alta do Indicador Antecedente de Emprego foram os indicadores que medem a expectativa com a situação dos negócios para os próximos seis meses e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, ambos da Sondagem da Indústria, com variações de 11,1 e 10,9 pontos, respectivamente.
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Volta do otimismo quanto ao emprego no país está ligada ao ciclo de redução da taxa básica de juros, iniciado pelo Banco Central - |
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Edição: Kleber Sampaio