Temer diz a sindicalistas que "não fará nada contra trabalhadores"
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Em almoço com representantes de centrais sindicais para discutir
pautas como desemprego e reforma da Previdência, o presidente interino
Michel Temer disse que o governo “não fará nada contra os trabalhadores”
e que é preciso “fazer mudanças por meio do diálogo”.Temer voltou a afirmar que pegou o país em grande dificuldade. “Elas [dificuldades] são maiores do que vocês podem imaginar. ” As declarações foram divulgadas no Twitter do presidente interino.
Após o almoço, o presidente da Força Sindical e deputado pelo Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SP), informou que o problema do desemprego no país e a reforma da Previdência foram os principais temas do encontro.
Sobre a reforma da Previdência, o deputado destacou que há uma ampla discussão pela frente, já que o governo insiste em idade mínima para aposentadoria e as centrais não concordam com a proposta. “Estamos apresentando propostas para o governo resolver de imediato o caixa de Previdência, como vender prédios da Previdência que estão abandonados e que a metade do dinheiro [obtido com a liberação] dos jogos, [projeto] que será aprovado na Câmara, vá para a Previdência.
E qualquer reforma é de médio e longo prazos. Precisamos resolver o problema do déficit que a Previdência tem.”
Está marcada para segunda-feira (13) uma reunião do grupo de trabalho criado em maio pelo presidente interino com as centrais sindicais para apresentar propostas e discutir a reforma da Previdência.
Participaram do almoço representantes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) não tem participado de reuniões com Temer por não reconhecer a legitimidade de seu governo.
Críticas à oposição
Aos sindicalistas, Temer fez críticas à oposição a seu governo na Câmara dos Deputados por ter atuado para dificultar a aprovação de matérias que ele lembrou terem sido encaminhadas pelo governo da então presidenta Dilma Rousseff. Temer citou a ampliação da meta fiscal. “Quando votamos, o que fizeram? Votaram contra e tumultuaram a sessão”. E completou “A DRU [Desvinculação das Receitas da União] também foi proposta pelo governo anterior. E os que propuseram votaram contra”.
Edição: Nádia Franco