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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Relatório do ACNUR aponta que há 65 milhões de refugiados no mundo Contingente é o maior já registrado. Síria, Afeganistão e Somália são os principais países de origem. O ACNUR critica a paralisia política da comunidade internacional nesta assunto e alerta para o aumento da xenofobia.

Por Guiherme Balza

Uma combinação de guerras que nunca acabam, novos conflitos a cada ano e inoperância da comunidade internacional provoca a pior crise migratória desde a Segunda Guerra. Esta é a conclusão do relatório do ACNUR, órgão da ONU para os refugiados. O documento mostra que em 2015 havia 65 milhões e 300 mil refugiados no mundo, metade deles crianças. 

 

É o maior número já registrado. Em um ano houve um aumento de mais de 10% no contingente global de refugiados. O montante inclui 21 milhões de refugiados que estão em outros países e 40 milhões que foram forçados a fugir de suas casas, mas que continuam no mesmo país. Luiz Fernando Godinho, porta-voz do ACNUR no Brasil, é enfático: a crise dos refugiados é uma questão política.

- São conflitos que quase estão ficando esquecidos, sem nenhuma solução e cada vez mais gerando refugiados. Acabar com as guerras é a única maneira de acabar com os refugiados. Não se pode achar que é uma solução humanitária. A solução é uma solução política, que só será atingida se toda a comunidade internacional atingir, trabalhar junto. Não há plano B pra isso.

A Síria está no topo da lista com quase cinco milhões refugiados . Em seguida estão o Afeganistão, com dois milhões e setecentos mil, e a Somália, com um milhão e cem mil. Dos dez países que mais acolheram refugiados, todos estão na Ásia e na África. São países como Turquia, Paquistão, Líbano e Irã, vizinhos de áreas belicosas. 

O relatório do ACNUR cita como agravantes para a questão migratória o fechamento de fronteiras, a xenofobia e o crescimento de uma retórica política desagregadora. Militante de Direitos Humanos, Omana Kasongo chegou ao Brasil em 2013, fugido da Republica Democrática do Congo, onde foi preso e torturado várias vezes.

 Hoje ele consegue se sustentar dando aulas de francês,  culinária e cultura africanas na Zona Leste de São Paulo, mas o começo foi difícil.

- A vida do refugiado é muito díficil aqui no Brasil. O Brasil não tem política para refugiados. Em outros países você vai, eles dão casas para vocês. Aqui no Brasil não tem esse sistema.

O engenheiro mecânico Talal Al-Tinawi está há dois anos e meio em São Paulo com a mulher e três filhos, um deles nascido no Brasil. Há um mês ele abriu um restaurante na Zona Sul da capital e não tem planos de voltar pra Síria.

- Se eu voltar vou começar a minha vida do zero. Aqui no Brasil comecei minha vida do zero. Não quero mais começar do zero. E meus filhos agora estão estudando em português. Se eu voltar eles vão ter que estudar em árabe, que é muito difícil pra eles.


Em abril, o Brasil iniciou negociações com a União Europeia para receber até 100 mil sírios nos próximos cinco anos. Mas, segundo reportagem da rede britânica BBC, a gestão Temer suspendeu as negociações por determinação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A pasta nega e sustenta que não houve início de qualquer negociação deste tipo durante o governo Dilma. Dois diplomatas ouvidos pela reportagem da CBN, no entanto, confirmam que houve sim essa determinação do governo de interromper as tratativas com os países europeus.

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