Em áudio, Temer fala como se Câmara já tivesse aprovado impeachment Gravação de mensagem de vice foi distribuída a peemedebistas por gafe. Assessoria disse que divulgação por Whatsapp foi 'sem querer' e é 'ensaio'

 

Andreia Sadi e Filipe Matoso 
Da GloboNews e do G1, em Brasília
O vice-presidente Michel Temer afirmou em uma mensagem gravada distribuída para integrantes do PMDB que é preciso "um governo de salvação nacional". 

Segundo ele, o momento exige a "pacificação" e a "reunificação" do país.

 No áudio, Temer fala como se a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já tivesse sido aprovada pela Câmara.

De acordo com a assessoria de imprensa da Vice-presidência o áudio é um "ensaio" de Temer para o caso de o impeachment da presidente Dilma Rousseff vir a ser aprovado na Câmara. Conforme a assessoria, a gravação da mensagem foi uma "preparação" de Temer, que acabou divulgada "sem querer" para um grupo de Whatsapp.
Mais tarde, o próprio Michel Temer deu sua versão sobre o assunto. 

Ele afirmou que pretendia mandar o áudio para um amigo, mas o arquivo acabou enviado para um grupo de Whatsapp.

Principais pontos
Na gravação, Temer disse que:


- Manterá programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies
- Diz que é preciso um governo de "salvação nacional"
- Defende diálogo entre os partidos
- Afirma que a Câmara decide por "votação significativa" declarar a autorização para a instauração de processo de impeachment
- Afirma que o processo de impeachment no Senado será longo


'Reunificação do país'
"A grande missão, a partir deste momento, é a pacificação do país, a reunificação do país, é o que eu repito, o que venho pregando, como responsável por uma parcela da vida pública nacional. 


Devo dizer também que isso fica para – aconteça o que acontecer no futuro – um governo de salvação nacional e união nacional", declarou Temer.

Temer inicia a gravação afirmando que se dirige ao povo brasileiro sobre alguns temas que devem ser “enfrentados” por ele. 

O vice-presidente destaca que deve ter “muita cautela” porque há um mês se recolheu para não “aparentar” que estaria trabalhando para ocupar o lugar da presidente Dilma.

Ao dizer que foi procurado por “muitos que estão aflitos” com a situação do país, o peemedebista monta sua fala com base na eventual aprovação do impeachment de Dilma.

“Agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente, muitos me procuraram para que desse, pelo menos, uma palavra preliminar à nação brasileira, o que faço com modéstia, cautela e muita moderação, mas também em face da minha condição de vice e naturalmente substituto constitucional da senhora presidente”, afirma Temer no áudio.

 Impeachment (Foto: Arte/G1)

Postagens mais visitadas deste blog