Região tem só 35% dos leitos que necessita
Mogi das Cruzes |
Dados
do Ministério da Saúde mostram que o Alto Tietê dispõe de apenas 35% do
número mínimo de leitos hospitalares necessários para atender
satisfatoriamente a população.
A situação regional é ainda mais grave
que a de Mogi das Cruzes, mostrada ontem em O Diário, onde a densidade é
de 65% do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O
próprio Ministério da Saúde trabalha com a necessidade mínima de 2,5 a 3
leitos para cada mil habitantes. No Brasil, essa taxa é de 2,3, em
média. Em Mogi, chega a 1,95, enquanto o Alto Tietê trabalha com a
densidade de apenas 1,07.
Com
isso, o déficit nas 10 cidades da Região (Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz
de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá,
Salesópolis, Santa Isabel e Suzano) é de pelo menos 3.043 leitos.
Mesmo
considerando a taxa mínima preconizada pelo Ministério da Saúde, de 2,5
leitos para cada mil habitantes, o débito do poder público e também da
iniciativa privada é de 2.255 vagas para o atendimento de saúde.
O
maior déficit numérico está em Itaquaquecetuba.
A cidade tem 353 mil
habitantes, mas apenas 224 leitos disponíveis. Deveria possuir 1.058,
mas há apenas 21% do necessário. Biritiba Mirim aparece na lista sem
nenhum leito hospitalar para os 31 mil moradores. Em Mogi das Cruzes,
faltam 446 leitos. A Cidade possui 828 vagas, mas deveria ter 1.274.
Dessas 828, há ainda 263 para atendimento de toda a Região, no Hospital
das Clínicas Luzia de Pinho Melo.
Não
faltam apenas vagas em hospitais públicos. A rede particular de saúde
também fica devendo leitos para a Região. Na Grande São Paulo, metade da
população tem algum tipo de plano de saúde. No Alto Tietê, são 762
vagas privadas para uma população de 1,5 milhão de habitantes. Mogi das
Cruzes ainda é responsável por quase a metade desse quinhão, com 362
leitos particulares disponíveis aos segurados. O déficit, então, é de
1.602 leitos hospitalares.
Em
nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirma que para a população
SUS-dependente, a oferta de vagas é de 2,2 leitos na rede pública para
cada mil habitantes no Alto Tietê.
A conta considera os leitos
disponíveis na cidade de Guarulhos que, para fins de regulação
hospitalar, também faz parte da Região. (Danilo Sans)