Honda Civic Exposto no Salão de Detroit, modelo fica mais refinado e equipado. Preço da versão mais cara no Brasil deve ficar acima dos R$ 110 mil.

 

André PaixãoDo G1, em Detroit (EUA) - O jornalista viajou a convite da GM

Muito voltado para o mercado local e suas tendências, o Salão de Detroit nem sempre exibe tantos lançamentos de peso para o Brasil como outros, como Frankfurt ou Paris. Em 2016, curiosamente, o carro de maior importância para o nosso país, está exposto no Cobo Center, local do salão, mas não foi lançado aqui. É a nova geração do Honda Civic.

O sedã, que será lançado no Brasil no 2º semestre, só chegou ao estande da marca no segundo dia de apresentações para a imprensa – no primeiro ele estava no piso inferior do pavilhão para concorrer – e vencer – o prêmio de carro do ano nos Estados Unidos.


A unidade exposta em Detroit dá muitas pistas de como o Civic evoluiu, principalmente se a versão topo de linha nos EUA, chamada Touring, for produzida no Brasil. É a primeira vez que o modelo ganha a versão, que distingue os Honda mais equipados e luxuosos no país. Até então, tal “honraria” só existia no irmão maior, Accord.

Mais do que uma versão recheada de equipamentos, com controle de cruzeiro adaptativo (ACC, que reduz a velocidade carro o veículo da frente também o faça), alerta de mudança de faixa, faróis em full LED, o Civic também ficou ainda mais refinado na mecânica.

Pela primeira vez na história, ele será oferecido com opção de motor turbo. É um novíssimo 1.5 de 176 cavalos, aliado a um câmbio CVT de relações infinitas. Vale lembrar que, nos Estados Unidos, ele também terá versões mais baratas com o motor 2.0 aspirado.

O catálogo americano conta com cinco configurações, sendo duas aspiradas e três turbo. Os preços começam em US$ 18.640 para a básica, LX, e chegam a US$ 26,5 mil na Touring.

Honda Civic na versão topo de linha, Touring (Foto: André Paixão/G1)Honda Civic na versão topo de linha, Touring (Foto: André Paixão/G1)
E para o Brasil?
 
O discurso da Honda para a nova geração do sedã é cauteloso. A marca confirma que o modelo terá, sim, uma versão turbo, e que, inicialmente, ele chega "bebendo" apenas gasolina, e importado.


 Na fábrica de Sumaré, o propulsor será "casado" com o restante do veículo. Inclusive o processo de adaptação do veículo para o Brasil está a todo vapor.
A principal questão a ser desvendada são as versões – e com que preço o Civic chegará. 

Se o número de versões for mantido em 3, as mais "baratas", com motor de 2.0 litros, deverão sofrer um reajuste característico no preço, que ficariam mais parelhos com a tabela do Toyota Corolla.

No material de imprensa da Honda, a marca afirma que ele foi desenvolvido pensando em rivais compactos de luxo europeus– leia-se Audi A3 Sedan.
E, pela lista de equipamentos da versão Touring, bem como o nível de acabamento e capricho na cabine vista em Detroit, é fácil imaginar que, se ela chegar no Brasil, será consideravelmente mais cara do que a versão topo atual, EXR (R$ 94.100).

Sobre a confirmação desta versão para o Brasil, a marca não diz se ela será vendida, ou mesmo se o nome será esse. Aliás, não revela nem sequer quantas configurações irão para o mercado nacional.

Porém, é certo que a Honda terá uma versão "completona", que certamente será posicionada acima do Corolla Altis (R$ 102.990). Se for a Touring, ela deve mesmo é ficar na casa dos R$ 115 mil, e brigar com opções com motor 1.4 do Audi, que agora é produzido no Brasil.

Civic ficou mais equipado e com acabamento sofisticado na versão mais cara (Foto: André Paixão/G1)Civic ficou mais equipado e com acabamento sofisticado na versão mais cara (Foto: André Paixão/G1)
E o Corolla?
 
Mesmo com atributos para enfrentar o A3 Sedan, é óbvio que a Honda não se esqueceu do maior rival, Toyota Corolla, de quem levou uma "surra" nas vendas em 2015 no Brasil.


 Porém, com uma capacidade de produção limitada na planta de Sumaré, e com o SUV HR-V “bombando” nas vendas, é possível que a Honda deixe de lado a briga pela liderança do segmento de sedãs médios.


A coisa pode esquentar mesmo em 2017, com a abertura da segunda fábrica de carros da marca no Brasil, em Itirapina (SP). Com isso, a planta mais antiga ficaria só com a produção do Civic, enquanto o crossover migraria para a planta nova.

Retrovisor do Honda Civic Touring tem câmera (Foto: André Paixão/G1)Retrovisor do Honda Civic Touring tem câmera (Foto: André Paixão/G1)
 
 
ANTES E DEPOIS: COMPARE O CIVIC ANTIGO COM O NOVO
Honda Civic Antes e depois (Foto: G1)Honda Civic Antes e depois (Foto: G1)
 

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