Mogi das Cruzes - Fechamento da maternidade do Ipiranga deve impactar o Alto Tietê
O
fechamento da maternidade do Hospital Ipiranga, em Mogi das Cruzes,
deve impactar diretamente os serviços de outras maternidades da região.
Esta é a opinião de Kátia Aparecida dos Santos, diretora regional do
Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo
(Sindsaúde).
Para ela, por mais que o público da maternidade Ipiranga seja, na maioria dos casos, de poder aquisitivo alto e façam os atendimentos por meio de convênios ou particular, ninguém irá para outra região fazer os exames de pré-natal e muito menos o parto.
A opção, segundo ela, deve
ser as maternidades dos hospitais públicos.
“O fechamento (da
maternidade) do Ipiranga em Mogi vai refletir em toda rede de
maternidades do Alto Tietê.
Nenhuma grávida vai fazer todos os
procedimentos durante a gravidez em algum lugar distante só pela questão
do convênio. Com certeza, grande parte da demanda vai optar pelo
serviço público dentro da região”, falou Kátia.
A diretora também destacou que essa não é uma situação nova para a saúde do Alto Tietê.
Além do encerramento das atividades da maternidade do
Ipiranga, desde 2010, duas unidades que atendiam gestantes foram
fechadas em Suzano (Campos Salles e São Sebastião).
A maternidade do
Hospital Osíris Florindo Coelho, em Ferraz, também permaneceu sem
atividades por aproximadamente um ano. “Esse é um problema antigo. A
cada maternidade que fecha as portas, o problema se agrava. Toda a
região sentiu quando as outras maternidades foram fechadas. A situação
só irá melhorar com a construção de um Hospital Maternidade referência”,
disse Kátia.
A maternidade do Hospital Ipiranga, em Mogi das Cruzes, encerrou suas atividades ontem. Os atendimentos que eram feitos por lá foram transferidos para a maternidade do Hospital Ipiranga de Arujá, localizado na Avenida Melvin Jones, 90, no Centro da cidade.
Os motivos
que levaram ao fechamento da unidade de Mogi não foram divulgados pela
Rede Ipiranga.